RESENHA #57 - "AGRIDOCE" (LITERATURA NACIONAL) - SIMONE O. MARQUES

LIVRO  : "AGRIDOCE" (LITERATURA NACIONAL)

(BOOKTOUR)

AUTORA: SIMONE O. MARQUES

EDITORA  : MODO TRADICIONAL

PÁGINAS –316

1ª EDIÇÃO 2012

CATEGORIA: SOBRENATURAL/LITERATURA FANTÁSTICA

ISBN: - 978-85-65588-07-2

 

CITAÇÃO: "Daniel foi tomada por uma ansiedade como nunca havia sentido e isso o irritava. Estava acostumado a deixar as mulheres se desfazendo aos seus pés, prontas para atender seus desejos e sugestões, mas a simples perspectiva de encontrar a dona daquele nome o fazia se sentir um adolescente inexperiente e imbecil![...]" (pág. 96)

ANÁLISE TÉCNICA: 

-CAPA = de André Siqueira. Moça com o cabelo esvoaçado, respingos de sangue e o dorso de um homem cujo rosto não aparece.

(nota: 4,50 de 5,00)

-DIAGRAMAÇÃO:  de Marina Ávila, com folhas amareladas e letras pretas.

Tem: prólogo e capítulos com títulos.

No ínicio e no final as folhas são pretas e tem ramos desenhados.

A cada capítulo acima do nome, tem um logotipo com ramos e uma tríade. Nos cantos das páginas tem ramos impressos.

(nota:  4,80 de 5,00)

- ESCRITA:  Falr da escrita da Simone é um prazer, pois mesmo escrito em 3ª pessoa o livro tem uma linguagem própria e viva, que transmite toda emoção.

(nota: 4,80 de 5,00)

CITAÇÃO: "O som de mais uma sirene de polícia soou, obrigando Renato a largar a vítima antes de sorver tudo o que queria e a sair correndo por uma passagem estreita e escura que levava de volta à Rua Cardeal... Sabia que as sombras o protegeriam, já que para ele  tudo parecia mais escuro agora. Não que aquilo fosse ruim... Afinal, ele vivera à sombra por tempo demais..." (pág. 240)

RESUMO SINÓPTICO:   

Anya Andrade é uma jovem de 20 anos que cursava faculdade de Gastronomia. Era solitária e tinha alergia aos raios UV do sol, (doença herdada de sua mãe),  tinha o olfato apurado e sensível, portanto, apreciadora dos aromas. Em uma de suas caminhadas pela praia sente o cheiro delicioso, agridoce de Alex e não resistiu... teve de sentir o sabor da pele dele ... ali começa seu 'despertar' para uma vida nova, onde mesmo sem sua aceitação, teria de enfrentar a nova situação e todas as consequências que adviriam dela...

Edgar, o pai; Ivan, o amigo do pai; Rafael Montéquio, o tutor; Renato Cordeiro, o amigo; Dante, o médico e Daniel, o escravo de sua nova condição; são os homens que rodeiam Anya, para protegê-la ou atacá-la... que será do futuro de Anya?

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:  

 A Simone tem uma forma envolvente de escrita. Fico embriagada com cada nova trama, cada novo personagem descrito e  totalmente extasiada com as histórias criativas e bem desenvolvidas. E claro que com Agridoce não foi diferente... até mais, crio eu...

É que é um enredo sobre vampiro, porém, não vampiros comuns... não é uma daquelas histórias comuns de vampiros que estamos acostumados. Todos os paradigmas que se conhecem sobre vampirismo, são quebrados nas páginas do livro, trazendo uma realidade mais aceitável aos que possuem o vírus desta doença. Sim, porque é assim que a hemafogia é tratada neste enredo totalmente aprazível ao leitor.

É como se qualquer um de nós pudéssemos de repente 'despertar' o vírus adormecido, o que traz  a história um pouco mais perto da realidade, embora seja ainda sobrenatural através do 'despertar' não apenas de mais um vampiro, mas junto com cada despertar, o surgimento de um antagonista e de um escravo que suprirá a necessidade de alimentação...

O final do livro deixa a curiosidade por seu segmento e aquele gostinho de: quero logo saber o que aconterá... 

Fiquem ligados! Certeza que este é um dos mais sensíveis, criativos e 'reais' livros sobre vampiros.

EXCELENTE!

NOTA : 5,00 de 5,00

 

BOOKTRAILER: 

SOBRE O AUTOR:

Paulistana, nascida no ano em que o homem pisou na lua e de Woodstock. Formada pedagoga e mestre em Educação. Escreve desde 2007. Obras publicadas: Paganus, Triskle, Tribo de Dana, Era de Aquário, Agridoce e Marina e os tesouros da Tribo de Dana. Autora de diversos contos publicados em antologias de ficção e fantasia. E sempre escrevendo...

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