DIVULGAÇÃO DE EDITORA #212 - COMPANHIA DAS LETRAS - LEIA AGORA TRECHO EXCLUSIVO E INÉDITO DO LIVRO 4 - "AGAROTA NA TEIA DE ARANHA"
Olá alegres e felizes!
Leia agora trecho exclusivo e inédito
do livro A garota na teia de aranha
9. MADRUGADA DE 21 DE NOVEMBRO
Lisbeth
acordou atravessada na imensa cama de casal e lembrou que tinha sonhado
com o pai. Um sentimento ameaçador a envolvia como um véu. Mas em
seguida se lembrou da noite anterior e concluiu que devia ser uma reação
química do corpo. Estava de ressaca e se levantou com as pernas ainda
bambas para ir vomitar no enorme banheiro de mármore equipado com
banheira de hidromassagem e todas essas idiotices dos ricos. Mas
apenas se ajoelhou e começou a respirar fundo.
Depois de algum tempo se levantou e se olhou no espelho, o que não
foi muito animador. Seus olhos estavam vermelhos. Mal passava da
meia-noite. Não podia ter dormido só umas poucas horas. Ao sair do
banheiro, pegou um copo e o encheu com água. No mesmo instante, as
lembranças do sonho voltaram, e Lisbeth apertou com força o copo que
segurava e se cortou nos estilhaços. O sangue pingou no assoalho e ela
soltou um palavrão ao perceber que não iria mais conseguir dormir.
Será que devia tentar descriptografar o arquivo que havia baixado
no dia anterior? Não, não valia a pena, pelo menos não naquele instante.
Lisbeth enrolou um curativo na mão, foi até a estante de livros e pegou
o mais recente estudo da pesquisadora de Princeton Julie Tammet no qual
ela descrevia o colapso e a transformação das estrelas em buracos
negros. Depois se deitou no sofá vermelho que ficava junto à janela com
vista para Slussen e o lago de Riddarfjärden.
Lisbeth se sentiu um pouco melhor assim que começou a ler. O sangue da mão pingava nas páginas e sua cabeça não parava de latejar. Mesmo assim se deixou levar pela leitura e de vez em quando fazia uma anotação na margem. Sabia melhor do que a maioria das pessoas que uma estrela se mantém viva graças a duas forças opostas — as explosões nucleares em seu interior, que a levam a tentar se expandir, e a força da gravidade, que assegura sua integridade estrutural. Lisbeth via isso como um cabo de guerra que passa milhões de anos empatado e que apenas no fim, depois que o combustível nuclear acaba e as explosões perdem força, achega ao inevitável vencedor.
Em A garota na teia de aranha, a dupla que já arrebatou mais de 80 milhões de leitores em Os homens que não amavam as mulheres, A menina que brincava com fogo e A rainha do castelo de ar se encontra de novo neste thriller extraordinário e imensamente atual.
Adoro ler seus comentários, portanto falem o que pensam sem ofensas e assim que puder, retribuirei a visita e/ou responderei aqui seu comentário. Obrigada!! cheirinhos Rudy
Sou doida para ler essa série. Parece ótima!
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