RESENHA #70 - ”NOVE REGRAS A IGNORAR ANTES DE SE APAIXONAR” - SARAH MACLEAN

LIVRO:”NOVE REGRAS A IGNORAR ANTES DE SE APAIXONAR”

TÍTULO ORIGINAL:”NINE RULES TO BREAK WHEN ROMANCING A RAKE”

AUTORA: SARAH MACLEAN

TRADUÇÃO: FABIANA COLASANTI

EDITORA:ARQUEIRO

PÁGINAS –384

1ª  EDIÇÃO 2016

CATEGORIA: FICÇÃO AMERICANA

ASSUNTO: ROMANCE

ISBN: - 978-8580415049

CITAÇÃO:

“-A única coisa que aprendi com o exemplo de nossos pais é que o amor é supervalorizado. O que importa é a responsabilidade. A honra. [...]” (pág.25)

“-Bem – comentou Callie, hesitantemente -, a história de Selene não é das mais felizes. Afinal de contas, está falada a amar um mortal em sonho eterno.

Nicholas virou-se ao ouvir as palavras, obviamente impressionada.

- Culpa dela própria. Deveria saber que não se pede favores a Zeus. Ele nunca acabam bem.” (pág. 71)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Torso de uma mulher com colar de pérolas e vestido azul e parte do rosto na lateral com os lábios com batom rosa.

Imagem da capa: Lee Avison/Trevilion Images.

Capa: Miriam Lerner.

NOTA: 4,50 DE 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:

Folhas amareladas com letras pretas.

Conteúdo: dedicatória; nove regras a ignorar antes de se apaixonar; prólogo (local e data); vinte quatro capítulos numerados, com local e data; epílogo; e, conheça os próximos títulos da série.

Diagramação: Abreu’s System.

Impressão e acabamento: Cromosete Gráfica e Editora Ltda.

FORMATO: 16 X 23 CM

PESO: 420.00 KG

ACABAMENTO: BROCHURA

NOTA: 4,80 DE 5,00

- ESCRITA:

Narrativa descritiva em terceira pessoa e diálogos coerentes e dinâmicos.

A linguagem é acessível e de fácil entendimento, traz fluidez ao texto e agilidade na leitura.

Alguns pequenos erros de ortografia, mas que não comprometem o entendimento e/ou a leitura.

Preparo de originais: Juliana Romeiro.

Revisão: Cristhiane Ruiz e Taís Monteiro.

NOTA: 4,50 DE 5,00

CITAÇÃO:

“-Mulheres tendem a acreditar que o amor é um direito. Especialmente as mais jovens.” (pág. 82)

“Não chegaria ao ponto de achar que o amor é tão perfeito quanto esses poetas gostariam de nos fazer crer, mas acredito em casamentos por amor. Tenho que acreditar. Sou o produto de um. E, se isso não for prova suficiente, acho que esta noite teria sido pelo menos modernamente convincente. [...]” (pág. 118)

SINOPSE:

“A sonhadora Calpúrnia Hartwell sempre fez tudo exatamente como se espera de uma dama. Ainda assim, dez anos depois de ser apresentada à sociedade, ela continua solteira e assistindo sentada enquanto as jovens se divertem nos bailes. Callie trocaria qualquer coisa por uma vida de prazeres.

E por que não se arriscar se, aos 28 anos, ela já passou da idade de procurar o príncipe encantado, nunca foi uma beldade e sua reputação já não lhe fará a menor diferença? Sem nada a perder, a moça resolve listar as nove regras sociais que mais deseja quebrar, como beijar alguém apaixonadamente, fumar charuto, beber uísque, jogar em um clube para cavalheiros e dançar todas as músicas de um baile. E depois começa a quebrá-las de fato.

Mas desafiar as convenções pode ser muito mais interessante em boa companhia, principalmente se for uma que saiba tudo sobre quebrar regras. E quem melhor que Gabriel St. John, o marquês de Ralston, para acompanhá-la? Afinal, além de charmoso e devastadoramente lindo, ele é um dos mais notórios libertinos de Londres.

Contudo, passar tanto tempo na companhia dele pode ser perigoso. Há anos Callie sonha com Gabriel e, se não tiver cuidado, pode acabar quebrando a regra mais importante de todas – a que diz que aqueles que buscam o prazer não devem se apaixonar perdidamente.”

CITAÇÃO:

“[...] Ele parou de tocar, imaginando como seria acreditar tanto no poder do amor em fazer o bem. Em trazer felicidade.

Balançou a cabeça, curvando-se por cima das teclas do piano, Nunca vira esse lado do amor. Só vira a dor que ele causava, a devastação esmagadora que vinha quando era rescindido. Uma lembrança então surgiu, de seu pai declarando amor eterno pela mulher. Uma mulher que abandonou seus deveres como esposa e mãe sem jamais olhar para trás. Duas vezes.” (pág. 219)

“Um caso de amor.

O pensamento o fez refletir. Callie havia confessado sua crença em casamentos por amor há séculos, e ele escarnecera dela, mostrando-lhe que a atração era tão poderosa quanto o amor no qual botava tanta fé. [...]” (pág. 292)

RESUMO SINÓPTICO:

LADY CALPÚRNIA HARTWELL conhecida como CALLIE, filha mais velha do conde e da condessa de Allendale foi criada para o mundo da dança graciosa, modos perfeitos e beleza, porém não se considerava uma beldade, era pragmática demais e sempre falava tudo o que pensava. Em seu baile de apresentação à sociedade, não foi tirada para dançar nenhuma vez e correu para se isolar no labirinto dos jardins do lado de fora. Isso não era próprio de uma dama, mas ela não se importava, não queria estar mais na festa.

Falava sozinha, resmungando,  quando alguém ri às suas costas, no escuro. Ela chama sua atenção e quando ele surge diante da luz, percebe que é o Marquês de Ralston (Gabriel), charmoso e devastadoramente lindos, além de o maior libertino de Londres. Conversam um pouco e ele pergunta seu nome, quando ela diz, fica vermelha. Ele diz que não deve se envergonhar, pois Calpúrnia é nome da Imperatriz de Roma, casada com César. E que ela uma imperatriz e não deveria deixar que ninguém a menosprezasse.

Ele se afasta e vai de encontro com a moça que aguardava. Ela fica a espreita e vê o casal em atos libidinosos. Em seus 17 anos nunca havia presenciado algo tão maravilhosamente escandaloso...Acaba se apaixonando por Ralston e guarda esse amor por toda a vida.

Dez anos se passam e Callie ainda é solteira. Quer se casar apenas por amor, coisa que sabe jamais acontecerá, pois tem um ‘língua ferina’ e fala tudo que pensa e nenhum homem gosta disso Eles apenas se interessam pelo dote e pela fortuna que receberão caso casem co ela, porém ela expulsa todos de alguma forma.

Gabriel e seu irmão gêmeo Nicholas (NICK), descobrem que tem uma irmã italiana e após a morte da mãe, JULIANA está sem família e vai morar com os irmãos em Londres, mesmo que de forma relutante...Eles precisam conseguir uma preceptora para a irmã conviver em sociedade e aprender os modos londrinos. Callie é a pessoa mais indicada e acaba aceitando o desafio.

Entretanto, por já estar com 28 anos, resolve que tem de fazer algumas coisas antes de casar. E cria uma lista com nove regras que irá cumprir, mesmo sabendo que é algo quase impossível, mas com a ajuda de Anne sua criada e de Gabriel que será seu cúmplice em forma de pagamento por ajudá-lo na orientação de Juliana, ela vai aos poucos riscando sua lista, mas não antes de passar por aventuras perigosas e momentos inesperados que a levarão a conhecer o amor verdadeiro que tanto sonhava...mas antes terá uma grande decepção...

CITAÇÃO:

“-Não estou chorando por você – disse, levando a mão ao rosto dele. – Estou chorando por aquele menininho que nunca teve a chance de acreditar o amor. E por seu pai, que obviamente também nunca o experimentou. Porque aqui era paixão, não amor. O amor não é unilateral e egoísta. É pleno e generoso, e modifica a vida da melhor maneira possível. O amor não destrói, Gabriel. Ele cria.” (pág. 329)

ANÁLISE CRÍTICA E DA AUTORA:

Já faz alguns meses que li esse livro maravilhoso e ainda não tinha feito a resenha, porque gostaria de trazê-la junto aos outros dois livros da série, entretanto, como não consegui lê-los ainda, resolvi trazer logo essa antes que esqueça o que o leitura me causou.

Gosto demais de romances de época, primeiro porque acho uma época fantástica, principalmente os ambientados no século XIX, como é o caso deste, e em Londres, onde as regras sociais eram muito severas, ainda assim, nos bastidores, aconteciam escândalos homéricos. E ainda tem a vestimenta, a cultura, a culinária... enfim, gosto muito.

E nesse romance, gostei demais por ver que a protagonista não é mais uma jovenzinha, já é uma mulher ‘madura’ para a época e totalmente irreverente, que não se permite deixar dominar pelos homens ou regras sociais, embora tenha uma moral ilibada diante da sociedade londrina.

Outra coisa que gostei demais foi a ousadia, a autora soube criar uma personagem de personalidade forte e também que se mete em situações engraçadas, o que traz de forma hilária alguns episódios que proporcionam boas risadas.

Ainda tem todas as histórias paralelas e os escândalos sociais. A família de Gabriel, bem como seus próprio sentimentos que vão mudando no decorrer da história e mostrando como o amor pode mudar as impressões e sentimentos cultivados durante longos anos de abandono, enfim, a autora traz um livro completinho e delicioso de ser lido.

A unica coisa que me incomodou foi o nome da protagonista, sério! Que nome é esse gente! A autora poderia ter usado um nome mais comum como os dos outros personagens, mas tudo bem...

Para quem gosta de romances de época, com certo drama e uma pitada de comédia, é o livro perfeito. Recomendo a leitura!

Agora quero ler os outros livros da série...

NOTA : 4,80 DE 5,00

SOBRE A AUTORA:

Sarah MacLean passou boa parte da infância em meio a livros e bibliotecas, o que lhe inspirou o amor tanto por fatos históricos quanto por romances ficcionais. Formada pela Smith College e pela Universidade de Harvard, ambas em Massachusetts, foi quando se mudou para Nova York que Sarah finalmente decidiu unir suas maiores paixões e escrever o primeiro livro. Desde então, suas obras já entraram na lista de mais vendidos do The New York Times, do The Washington Post e do USA Today, além de terem sido traduzidas para mais de vinte idiomas. Vencedora do prêmio RITA na categoria Romances de Época, Sarah MacLean também é colunista do The Washington Post. Ela ainda mora em Nova York, com o marido e a filha.

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