RESENHA #38 - “A EXTRAVAGÂNCIA DO MORTO” - AGATHA CHRISTIE

LIVRO: “A EXTRAVAGÂNCIA DO MORTO”

TÍTULO ORIGINAL: “DEAD MAN’S FOLLY”

AUTORA: AGATHA CHRISTIE

TRADUÇÃO: ANA BAN

EDITORA: L & PM EDITORES

PÁGINAS –224

1ª  EDIÇÃO 2009

CATEGORIA: ROMANCE INGLÊS

ASSUNTO: SUSPENSE POLICIAL

ISBN: - 978-85-2541-905-7

CITAÇÃO:

“-Nunca é muito difícil imaginar as coisas – a sra. Oliver respondeu. – O problema é pensar em coisas demais, e daí tudo fica muito complicado, de modo que é necessário abrir mão de algumas delas e isso é um tanto angustiante. Agora, vamos por aqui.” (pág. 24)

“[...] Era exatamente porque eu podia morrer que cada pequeno aspecto pessoal da minha vida adquiria importância maior. [...]” (pág. 39)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Ilustração de um pequeno barco atracado a um píer de madeira e uma construção ao fundo, do outro lago do rio(?).

Confesso que a capa não é uma das mais atrativas. Não defini ainda se por ser apenas uma gravura (parece um desenho infantil) ou por não se encaixar plenamente com o enredo.

Feita por: Néktar Design.

Foto: Bem Haslam/Shutterstoch.

Nota: 3,50 de 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:

Livro de bolso com folhas brancas e letras pretas medianas.

Conteúdo: sumário; dedicatória; vinte capítulos apenas numerados; e, títulos da coleção Agatha Christie Pocket.

Dimensões do produto: 17,4 x 10,8 x 1,4 cm

Peso: 181 g

A diagramação não é das melhores, porém dá para se ler bem.

NOTA: 3,50 de 5,00

- ESCRITA:

Narrativa descritiva em 3ª pessoa.

Diálogos fluidos e coerente, dando dinamicidade a leitura.

Senti em alguns momentos que a tradução não foi tão bem feita, ficou a desejar, dando uma conotação diferente em alguns trechos.

Pequenos erros ortográficos e concordância.

Preparação: Marianne Scholze.

Revisão: Joseane Bucker.

NOTA: 3,50 DE 5,00

CITAÇÃO:

“-É exatamente isto – respondeu a sra. Oliver. – Sempre existe alguma falha. Às vezes, só a percebemos quando o livro já está impresso. E então, é uma agonia! – O rosto dela refletia essa emoção. Ela suspirou. –O mais curioso é que a maior parte das pessoas nunca repara. Eu digo a mim mesma: “Mas é claro que o cozinheiro teria notado que duas costelas sobraram nos pratos”. Mas ninguém mais pensa assim, de maneira alguma.” (pág. 59)

“-É preciso reconhecer – ele disse – que a vida é cheia de surpresas. Chego aqui em um cruzeiro de férias, admiro a bela paisagem, venho passar a tarde com uma priminha que não vejo há anos e o que acontece? Primeiro, mergulho em uma espécie de festança com cocos voando perto da minha cabeça e, logo na sequência, passo da comédia à tragédia e me vejo envolvido em um assassinato.” (pág. 106)

SINOPSE:

"A sempre original Agatha Christie produziu, mais uma vez, um novo e altamente engenhoso quebra-cabeça." New York Times A extravagância do morto marca o inusitado encontro de dois detetives criados por Agatha Christie: Hercule Poirot, o infalível investigador belga, e Ariadne Oliver, a escritora de livros de mistério. Juntos, eles se deparam com um curioso caso: uma festa no campo, na qual se jogará a “caça ao assassino”, com direito a vítima, pistas falsas, suspeitos, arma do crime. Mas Ariadne Oliver sente que há algo incômodo no ar, que as pessoas estão agindo de maneira estranha e que algo sinistro está para acontecer.”

CITAÇÃO:

“-Nunca dá para entender as pessoas excêntricas – Hoskins respondeu. –A questão, na verdade, é saber o quão excêntrica ela é.” (pág. 112)

“-Acho que, quando se é velho, a morte de uma pessoa jovem nos aborrece fora de proporção. Nós, os velhos, esperamos a morte, mas aquela criança ainda tinha a vida toda pela frente.” (ág. 186)

RESUMO SINÓPTICO:

Em Nassecombe/Devon, ARIADNE OLIVER, uma famosa escritora de romances policiais, é convidada para organizar um jogo durante uma festa na mansão NASSE HOUSE do milionário GEORGE STTUBS, uma versão da "Caça ao Tesouro" transformada em "Caça ao Assassino".

Entretanto,  instintivamente, ela pressente que alguma coisa sinistra pode acontecer: um assassino de verdade pode aproveitar a oportunidade e fazer uma vítima. Por essa razão, resolve convidar HERCULE POIROT, um famoso e exêntrico detetive belga, para fazer a entrega dos prêmios. 

Poirot fica intrigado com o convite, ainda assim, resolveu aceitar, porque sua curiosidade é maior.

As suspeitas Ariadne são confirmadas: uma inocente aparece estrangulada, e somente Poirot, com sua perspicácia, será capaz de solucionar o caso. Outros crimes acontecem no evento sensacionalista e qualquer participante é um suspeito em potencial. Poirot precisa analisar todos os ângulos e pessoas envolvidas (e não são poucas). Ele busca pistas além das encontradas pelo detetive-inspetor Bland, responsável pela apuração do crime.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Fiz apenas um resumo do resumo sobre o livro, porque tem muitas, muitas personagens mesmo e ficaria enfadonho ir citando um a um. A meu ver foi uma das coisas que muito me incomodou na leitura: além das pessoas que estavam hospedadas na mansão, ainda tinha uma colônia de estudantes de todo mundo no terreno ao lado e outras tantas pessoas da região, poderiam participar da ‘caça ao assassino’. Imaginem aí o tanto de personagens, principais, secundários e figurantes que tem o livro?

Com a genialidade da rainha do suspense/crime, não há como ser um enredo ruim, longe disso. Foi bem elaborado e confesso que ao final, fiquei chocada com a pessoa responsável pelos crimes. Não imaginei em nenhum momento que seria essa personagem. O que é um ponto bem positivo: o inusitado e insuspeito ser o criminoso; contudo, aqui tenho um ponto negativo a abordar: muitas pistas foram arroladas no enredo, umas falsas e outras verdadeiras que se misturavam e confundiam em algum ponto. Difícil de explicar. Apenas fazendo a leitura é que entenderão o que digo.

Outro ponto que me deixou bem incomodada, foi o fato do Poirot ter ficado relegado durante quase toda a trama. Ele só veio mostrar realmente suas qualidades de observações e desvendar o mistério, quase nas últimas páginas do livro, deixando grande frustação para mim.

Enfim, não foi um dos melhores livros da autora que já li, mas ainda sim, vale super à pena a leitura, porque podemos observar várias nuances da autora ainda não observados em outros livros.

NOTA : 3,70 de 5,00

SOBRE O AUTORA:

Agatha Mary Clarissa Christie DBE (nascida Agatha Mary Clarissa Miller; Torquay, Devon, Inglaterra, Reino Unido, 15 de setembro de 1890 — Wallingford, Oxfordshire, Inglaterra, Reino Unido, 12 de janeiro de 1976), popularmente conhecida como Agatha Christie, foi uma escritora britânica que atuou como romancista, contista, dramaturga e poetisa. Destacou-se no subgênero romance policial, tendo ganhado popularmente, em vida, a alcunha de "Rainha/Dama do Crime" ("Queen/Lady of Crime", no original em inglês). Durante sua carreira, publicou mais de oitenta livros, alguns sob o pseudônimo de Mary Westmacott.

Segundo o Guiness Book, Christie é a romancista mais bem sucedida da história da literatura popular mundial em número total de livros vendidos, uma vez que suas obras, juntas, venderam cerca de quatro bilhões de cópias ao longo dos séculos XX e XXI[1], cujos números totais só ficam atrás das obras vendidas do dramaturgo e poeta William Shakespeare e da Bíblia. Segundo a organização Index Translationum, as obras de Agatha Christie já foram traduzidas, em levantamento recente, para mais de 100 idiomas em todo o mundo. Seu livro mais vendido, Ten Little Niggers (publicado no Brasil como "E Não Sobrou Nenhum", ou "O Caso dos Dez Negrinhos", e em Portugal como "Convite para a Morte" ou "As Dez Figuras Negras"), de 1939, é também, com cerca de 100 milhões de cópias comercializadas em todo o globo, a obra de romance policial mais vendida da história, além de figurar na lista dos livros mais vendidos de todos os tempos, independentemente de seu gênero.

Em 1971, foi condecorada pela rainha do Reino Unido, Elizabeth II, com o título de "Dame" (Dama) do Império Britânico, uma honra que consiste no equivalente feminino ao sir. No total, escreveu setenta e dois romances, sendo sessenta e seis deles do gênero romance policial e inúmeros contos, reunidos em quatorze coletâneas. É constantemente referida por seus emblemáticos personagens, incluindo o detetive belga Hercule Poirot e a idosa detetive amadora Jane Marple, ou Miss Marple.

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