Páginas

17/05/2020

RESENHA #26 - “BELA GRATIDÃO” - COREY ANN HAYDU


LIVRO:  “BELA GRATIDÃO”
TÍTULO ORIGINAL: “MAKING PRETTY”
AUTORA: COREY ANN HAYDU
TRADUTOR: NATALIE GERHARDT
EDITORA: GALERA RECORD
PÁGINAS – 430
  EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: LITERATURA ESTRANGEIRA
ASSUNTO: ROMANCE/FICÇÃO
ISBN: -   978-85-0111-094-7

Bela Gratidão

PRIMEIRO PARÁGRAFO: “EU NÃO DEVERIA ESTAR INDO A UM BAR.”

CITAÇÃO:

“[...] Sinto muito. Você provavelmente é muito legal e tudo, e o meu coração está partido por tudo que você passou, mas eu não consigo fingir que isso é o suficiente para querer que você esteja na minha casa. Com o meu pai. Tentando ser minha amiga ou algo assim. Sinto muito. Eu sou uma pessoa horrível mesmo. Mas nós queremos o nosso pai. Não você.” (pág. 114)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Quatro vasos de flores de tipos diferentes e o fundo todo amarelo.
Apesar de achar a capa até bonitinha, não entendi muito o significado, a não ser que as flores demonstrem uma forma de gratidão.
Design de capa: TypoStudio.

NOTA: 4,70 DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas e as letras pretas medianas, tipologia Transit521 BT Roman.
Conteúdo: dedicatória; diário de gratidão; quarenta e seis capítulos intercalados com diário de gratidão; e, agradecimentos.

NOTA: 4,70 DE 5,00

- ESCRITA:

Narrativa descritiva em primeira pessoa pela protagonista, diálogos complementares e diário de gratidão.
A linguagem é de fácil entendimento, de acordo com a faixa etária destinada, sem muitos erros e com agilidade.
Tradução: Natalie Gerhardt.

NOTA: 4,70 DE 5,00

CITAÇÃO:

“Crianças pequenas jogam coisas na estátua, tentando fazer com que se mexa. Não se mexe. Continua firme e imóvel. Ela é meio incrível. Seus olhos não piscam enquanto amêndoas e gotas d’água atingem seu rosto pintado.” (pág. 291)

SINOPSE:

“Um romance sobre amadurecimento e a dureza de crescer em uma cultura que exige das mulheres nada menos que a perfeição. Corey Ann Haydu explora as complexidades da família, os limites do amor e quão duro é crescer em uma cultura que premia a beleza acima de qualquer outra coisa e cobra das mulheres nada menos que a perfeição. Uma leitura atual que dialoga direta e honestamente com a multiplicidade de questões enfrentadas por adolescentes e jovens no mundo todo – a confusão do primeiro amor, os dramas familiares e a construção da própria identidade no meio de toda essa loucura. O livro está cheio de personagens realistas, que tropeçam nos próprios medos e cometem erros com alguns dos quais é impossível não se identificar. Montana e sua irmã Arizona têm um pacto desde que a mãe as deixou: São elas duas contra todo o mundo. Com o pai sempre imerso em relacionamentos tóxicos e uma sucessão de madrastas essa foi a maneira que encontraram de seguir em frente. Mas agora que Arizona foi para a faculdade Montana se sente deixada pra trás e perdida, mergulhando em uma amizade vertiginosa e empolgante com a ousada Karissa. No meio disso tudo, Montana encontra uma distração em Bernardo. Resta saber se Montana têm a confiança necessária no que sentem um pelo outro para encaixar Bernardo na sua vida imperfeita.”

CITAÇÃO:

“A corrida de táxi até a minha casa tem cheiro de batata frita e desodorante corporal Axe. Quem quer que tenha usado o carro antes de nós era péssimo. Estou enjoada com o movimento e faço força para tentar ficar sóbria.” (pág. 386)

RESUMO SINÓPTICO:

MONTANA está buscando sua própria identidade. Sua mãe foi embora e a deixou com o pai, médico cirurgião plástico que quer a perfeição das pessoas e  que vive trocando de mulher, todas elas fazem mal para a família ; e com sua irmã ARIZONA, com quem tem um pacto se serem as duas para sempre; entretanto, depois que Arizona foi para faculdade, volta totalmente mudada e sem lembrar do tal pacto que fez com a irmã, inclusive até uma cirurgia para implantar silicone, ela fez, contrariando o fato de nunca fazerem uma plástica, o que deixa Montana ainda mais perdida e solitária.
Acaba conhecendo KARISSA e acredita que ela é a amiga perfeita, mas ela acaba ‘indo embora também. Todos a abandonam. Conhece BERNARDO e passam a ter um relacionamento, mesmo sabendo que ele é de um mundo totalmente diferente do dela, entretanto, a considera e faz de tudo para vê-la feliz.
Montana tem jeito próprio de se vestir e se apresentar e não se importa com o que as pessoas falam (o que não é verdade, pois se importa muito) e acha seu mundo totalmente imperfeito e não sabe como encaixar Bernardo nesse mundinho pessoal.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Quem me acompanha a mais tempo, sabe o quanto o tema GRATIDÃO e FAMÍLIA são importantes para mim. E o livro fala exatamente sobre isso, embora algumas coisinhas tenham me incomodado, porque a meu ver, a autora, apesar de realista, distorceu um pouco os comportamentos que até certo ponto, são questionáveis.
E já que comecei falando pelo que não achei tão bom durante a leitura, vou logo falar sobre isso. A primeira coisa que me incomodou e muito, foi o fato de adolescente saírem para beber (e em excesso), sem que um adulto responsável esteja por perto; não que seja puritana ou coisa do tipo, mas é que na minha cabeça é inconcebível que isso aconteça sem que ninguém perceba e a autora deixou rolar frouxo nesse sentido.
Outra coisa que me incomodou muito, foi o fato de a protagonista achar seu mundo bem imperfeito e não se achar digna de um um garoto ‘legal’ fazer parte da vida dela, sendo que na verdade, o tal garoto é que a instiga a fazer coisas nada aconselháveis, a influencia de maneira bem perniciosa.
Dito isso, vamos às coisas boas. A família é algo importante em nossas vidas e de acordo com a maneira que fomos criados, nossas atitudes futuras trarão seus frutos que podem ser bons ou não. A autora sobre mostrar de maneira correta, o que o abandono pode ocasionar de várias formas. Não quer dizer que as famílias devem ser perfeitas, porque isso não existe mesmo, entretanto, é preciso ter uma certa supervisão, empatia, amor e equilíbrio.
E como o livro aborda sobre família e amizade, claro que o perdão está bem presente, além do amor e da gratidão, tudo muito interligado e intrínseco, mostrando que nada perdura para sempre e tudo pode ser mudado com um pouco de entendimento.
Outra coisa que gostei muito foi a crítica ao culto da aparência perfeita que a sociedade impõe, foi bem desenvolvido e mostrando as grandes contradições dentro das famílias e dentro dos grupos sociais.
O livro é grande com mais de 400 páginas e apesar de trazer uns trechos enfadonhos, traz também muita reflexão para nosso cotidiano e para nossas atitudes em relação a determinados fatos e acontecimentos.
Recomendo.

NOTA : 4,40 DE 5,00


Resultado de imagem para GIFS SMILEResultado de imagem para GIFS SMILEResultado de imagem para GIFS SMILEResultado de imagem para GIFS SMILEResultado de imagem para ILUSTRAÇÃO DE SMILES


SOBRE O AUTORA:


Foto -Corey Ann Haydu


Corey Ann Haydu, autora de Uma História de Amor e TOC, Life By Committee e Making Pretty e seu próximo livro de estreia Rules for Stealing Stars. Se formou na NYU’s Tisch School of the Arts e The New School’s Writing for Children MFA program.
Corey mora no Brooklyn com seu cachorro e namorado.


CHEIRINHOS

RUDY






21 comentários:

  1. Olá Rudy!
    Não conhecia esse livro, achei a capa muito linda e o título já me chamou a atenção e fiquei com muita vontade de ler, gosto muito de livros que falam sobre família e amizade! Também não concordo com adolescente saindo para beber, gostaria muito de ler se tiver oportunidade!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Lucia!
      Espero que tenha oportunidade de ler.
      cheirinhos
      Rudy

      Excluir
  2. ola
    Rudy
    não conhecia esse livro e nem e autora e gosto quando a autora faz essa reflexão sobre valores essenciais como voce citou Por exemplo o valor do perdão , da familia amizade
    bjs

    ResponderExcluir
  3. Quando vi a capa de Bela Gratidão, me apaixonei. Mas impressão que tive quando fui lendo é que o livro inicia vários assuntos e fala demais, mas não chega a lugar nenhum! As diversas questões levantadas são interessantes e achei válida a proposta sobre os prejuízos causados pela ditadura da beleza.

    Mas a relevância disso veio abaixo total quando a autora gastou tempo demais deixando os personagens jovens brincarem de adultos, e os verdadeiros adultos se comportarem como adolescentes inconsequentes, também achei que ficou nítida uma inversão de papeis que (assim como vc achou) particularmente achei desnecessária, então desse livro eu esperava mais.

    Mais profundidade dos personagens, mais coerência na história e mais clareza com relação a direção que a narrativa tomaria. O livro não é ruim, ele tem seu charme.

    ResponderExcluir
  4. Olá Rudy! Já tinha ficado bem interessada nesse livro pela capa, título e sinopse, agora depois de ler essa sia resenha fiquei ainda mais curiosa em conferi tudo isso que foi dito aqui, curto muito histórias sobre família, amizade, etc. Bjs

    ResponderExcluir
  5. Oi, Rudy
    Que capa linda.
    Parece ser uma boa história, para relaxar e valorizar e refletir mais sobre a família.
    Pena que os jovens têm atos irresponsáveis na história.
    Bjs

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ana!
      Pois é, mas ainda assim vale a pena.
      #FiqueEmCasa
      cheirinhos
      Rudy

      Excluir
  6. É um livro bem grande mesmo. Também gosto desses temas, e sabemos que sempre rendem muitos assuntos. Infelizmente esses adolescentes hoje bebem e fazem coisa pior, e muitos pais ou acham normal ou fingim nao ver.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Evandro!
      Pois é... má criação.
      São temas importantes de serem discutidos.
      cheirinhos
      Rudy

      Excluir
  7. Achei a capa bem bonita e com um toque delicado. Não sou muito de fazer essas leituras mais 'realistas' mas gostei do livro. Faz o leitor refletir sobre relacionamentos, tanto na família como nas amizades.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Fabiolla!
      Gosto de livros que nos fazem refletir.
      cheirinhos
      Rudy

      Excluir
  8. Já li alguns comentários sobre esse livro. Alguns gostaram, outros acharam mais ou menos.
    Pelo que li na sua resenha, acho que vou gostar.

    ResponderExcluir
  9. Não conhecia o livro, a história me chamou a atenção, pois fala de um assunto muito importante, que é essa questão do padrão.

    ResponderExcluir
  10. Oi, Rudy! Família nenhuma é perfeita, realmente e o fato de a autora abordar tais problemas acho que deixa o livro realista. Apesar dos pontos negativos, o livro apresenta assuntos e reflexões importantes.

    ResponderExcluir

Adoro ler seus comentários, portanto falem o que pensam sem ofensas e assim que puder, retribuirei a visita e/ou responderei aqui seu comentário.
Obrigada!!
cheirinhos
Rudy