RESENHA #29 - “AS BATIDAS PERDIDAS DO CORAÇÃO” (LITERATURA NACIONAL) - BIANCA BRIONES

LIVRO:  “AS BATIDAS PERDIDAS DO CORAÇÃO” (LITERATURA NACIONAL)

SÉRIE: “BATIDAS PERDIDAS”

LIVRO: 01

AUTORA: BIANCA BRIONES

EDITORA: VERUS

PÁGINAS – 406

1ª  EDIÇÃO 2014

CATEGORIA: LITERATURA BRASILEIRA

ASSUNTO: ROMANCE/JOVEM ADULTO

ISBN: -  978-85-7686-322-9

PRIMEIRO PARÁGRAFO: “MEU PAI COSTUMAVA DIZER QUE NADA ACONTECE POR ACASO E QUE DEVEMOS SER CAPAZES DE PERCEBER OS SINAIS DE QUE ALGO BO VIRÁ EM QUALQUER SITUAÇÃO.”

CITAÇÃO:

“[...]’A vida é muito mais que uma sucessão de fatos ao acaso. Quando você acha que nada mais pode acontecer, é exatamente aí que tudo muda’.” (pág. 09)

“[...] Não escolhemos amar nossa família. Amamos e pronto. É uma extensão de nós. Um amor que nasce e morre com a gente. Mas um parceiro... Aquela pessoa que vai viver com você até o fim, é diferente. É muita coisa pensar em quanto você tem que amar alguém pra tomar essa decisão e depois ter isso arrancado de você.” (pág. 119)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Uma linda jovem sentada de lado com um rapaz tocando uma guitarra, só aparece os braços e as mãos.

A capa é bem condizente com o enredo do livro.

Capa e projeto gráfico: André S. Tavares da Silva.

Imagens da capa: @Pindyurin Vasily/Shutterstock(guitarrista), @Aleshyn_Andrei/Shutterstock (mulher).

NOTA: 4,80 DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com letra pretas medianas.

Conteúdo: dedicatória; oitenta capítulos numerados e com o nome de quem dá voz ao capítulo, além da letra de alguma música; e, agradecimentos.

NOTA: 4,30 DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa é descritiva em primeira pessoas pelo protagonista masculino e feminino, tem diálogos (muitos), complementarem que ajudam o entendimento e ainda algumas trocas de mensagens pelo celular.

A linguagem é bem atual e atualizada, correspondendo a faixa etária das personagens (NA), tem muitos palavrões, mas inseridos em um contexto e muitas frases de efeitos que alguns chamariam de clichês.

Alguns pouco erros de ortografia, pontuação e concordância, nada excessivo, mas deveria haver uma nova revisão, mesmo que não atrapalhe a leitura.

Copidesque: Ana Paula Gomes e Maria Lúcia A. Maier.

Revisão: Raquel de Sena Rodrigues Tersi.

NOTA: 4,80  DE 5,00

CITAÇÃO:

“[...] A via é uma loucura. Ela faz o que quer com a gente. [...]”  (pág. 163)

“-É, entendi. A merda da conexão da morte. É como uma ligação invisível do inferno. A gente tá conectado pela dor, e é mais fácil ficar junto. Cara, é como se ver o outro sofrendo entrasse em conflito com o que a gente sente, e querer ver o outro bem fosse maior do que querer enfrentar a própria dor.[...]”. (pág. 170/171)

SINOPSE:

“Viviane acaba de perder o pai. Com a mãe em depressão, ela se vê obrigada a assumir o controle da casa com o irmão mais novo. Rafael teve o pai assassinado há alguns anos e agora viu quatro pessoas de sua família, incluindo a única irmã, morrerem em um acidente de carro. Viviane pertence a uma classe social que ele despreza. Rafael é tudo o que ela sempre ouviu que deveria evitar. Eles são opostos, porém dividem a mesma dor. Jamais se aproximariam se a morte não os colocasse frente a frente, e agora, por mais que saibam que são completamente errados um para o outro, não conseguem evitar uma intensa conexão, que poderá salvá-los ou condená-los para sempre.”

CITAÇÃO:

“[...] As pessoas se vão com muita facilidade. Você devia saber como a vida é frágil. Devia dar valor às pessoas enquanto elas estão aqui.” (pág. 246)

“[...] Se tem algo que a vida me ensinou é que a morte é implacável e inevitável.” (pág. 318)

RESUMO SINÓPTICO:

VIVIANE acompanhou o pai durante o longo processo de quimioterapia e ele acabou morrendo com câncer de pulmão. A mãe ficou tão arrasada e vive deprimida, não sai do quarto e tentou suicídio. E  ainda tem um irmão mais novo 10 meses do que ela que acabou de completar 18 anos e eles passam dois meses com a mesma idade, ela está prestes a completar 19 anos e acha que tem de controlar tudo e tomar a frente das decisões. Ela está no seu limite.

RAFAEL perdeu o pai assassinado há 4 anos e agora perdeu a sua irmãzinha, os tios e o primo em um acidente de carro, devido a imprudência de um playboy, filho de um promotor que protegeu o filho da responsabilização. Ele não suporta a classe alta, bem diferente da condição financeira dele que é guitarrista e barman no bar de um amigo. Não conseguiu superar suas perdas e acabou ‘afogando’ suas mágoas em álcool e drogas.

Viviane e Rafael acabam se conhecendo no hospital e mesmo ele tendo aversão aos riquinhos, se vê totalmente encantando com ela, a paixão é tão grande que ele até tenta largar as drogas e consegue por um tempo, porém o destino é cruel e mais uma perda, dessa vez da mãe dele, o faz se entregar de vez até quase chegar à morte. Quase, porque seus amigos jamais o abandonaram e a ajuda veio de onde ele menos esperava.

Viviane fica tão desnorteada que acaba indo morar com um amigo fora do país. Achava que seu amor poderia curar Rafael, mas se enganou. Precisava se manter distante e sem notícias para esquecer Rafael, tirá-lo de vez da sua vida...

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Já vou logo dizendo que adorei a história desse NA, embora tenha um lado doloroso e sofrido, não apenas por uma das personagens estar envolvida em drogas, mas também pela forma como a autora consegue demonstrar minuciosamente o processo angustiante de quem tenta sair das drogas sem um acompanhamento especializado. É algo fora do normal e que choca, portanto, se é sensível a esse assunto, deve procurar um melhor momento para a leitura. E apenas por esse fato não favoritei o livro.

Gostei da ambientação ser em São Paulo, gosto muito quando nossos autores nacionais ambientam suas histórias em nosso país, valorizo muito.

Gostei dos capítulos curtos que facilitam a leitura, apesar do livro ter um pouco mais de 400 páginas e quase não sentimos ver passar, a leitura é intensa e dinâmica.

Gostei da construção das personagens, tanto das principais, quanto das secundárias que tem papéis importantíssimos durante todo desenrolar da trama, eles comprovam que as amizades verdadeiras são primordiais para tempos difíceis da das pessoas.

Gostei do romance que apesar de todas as improváveis variáveis para que levasse ao sucesso, é tão lindo e fofo que fiquei encantada. Eles tem uma química perfeita e se complementam de uma maneira irresistível.

E o que mais gostei foi a forma como a autora abordou  a questão das drogas e se aprofundou em como sair desse desespero e como tornou o final do livro tão interessante e crível que merece louvor.

Recomendo muito a leitura e lembro que tem alguns trechos mais hots embora não seja o foco do livro, mesmo sendo um romance.

NOTA : 5,00 DE 5,00

SOBRE O AUTORA:

Bianca Briones cria histórias desde antes de saber escrever. Foi uma menina sonhadora e manteve essa qualidade, o que a faz se perder em pensamentos com frequência.

O romantismo explodiu em sua vida na adolescência, quando decidiu que seus filhos teriam nome de heróis. E tiveram — Athos e Arthur são dois garotos encantadores que a salvam todos os dias.

Desde 2010, Bianca tem como prioridade a escrita e está sempre trabalhando em um novo projeto, enquanto outros personagens esperam pacientemente (ou nem tanto) que ela também escreva suas histórias.

É autora da série Batidas Perdidas, de "As Fases da Lua" e de "Como se fosse magia".

Atualmente está trabalhando em um novo projeto, enquanto outros personagens esperam pacientemente (nem tanto) que ela também escreva suas histórias.

Nas horas vagas, está sempre acompanhada de um bom livro, seus filhos Athos e Arthur; Max, o Husky Siberiano, e seus dois coelhinhos, Morgana e Lancelot.

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