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12/10/2021

RESENHA #46 - “ORGULHO E PRECONCEITO” - JANE AUSTIN

 

LIVRO:  “ORGULHO E PRECONCEITO”

AUTORA: JANE AUSTIN

TÍTULO ORIGINAL: “PRIDE AND PREJUDICE”

TRADUTORA: M. ÂNGELA SANTOS

EDITORA: PRINCIPIS/LIVRARIA FAMÍLIA CRISTÃ

 PÁGINAS – 288 PÁGS.

  EDIÇÃO 2020

CATEGORIA: LITERATURA INGLESA

ASSUNTO: ROMANCE/ROMANCE DE ÉPOCA

ISBN: -  978-65-509-7043-7




 

PRIMEIRO PARÁGRAFO:

 

“UMA VERDADE MUNDIALMENTE CONSAGRADA  É A DE QUE UM HOMEME SOLTEIRO, DONO DE UMA GRANDE FORTUNA, DEVE ESTAR PRECISANDO SE CASAR. POR MENOS QUE OS SENTIMENTOS OUAS IDEIAS DE TAL HOMEM SEJAM CONHECIDOS, AO SE ESTABELECER EM UM NOVO LOCAL, ESSA VERDADE ESTÁ DE TAL FORMA ENRAIZADA NA MENTE DAS FAMÍLIAS VIZINHAS QUE MUITAS DELAS CONSIDERAM O RAPAZ PROPRIEDADE LEGÍTIMA DE UMA DAS SUAS FILHAS"

 

ANÁLISE TÉCNICA:

 

-CAPA-

 

Toda branca com título preto e algumas folhagens nas laterais.

Confesso que esperava uma capa mais condizente com o romance.

A capa é dura.

Projeto gráfico e capa: Wilson Gonçalves.

 

NOTA: 3,80  DE 5,OO

 

-DIAGRAMAÇÃO:

 

As folhas são amareladas e bem finas.

As letras são pretas um pouco maior que a média.

A lombada das folhas é verde e a capa dura.

Conteúdo: sumário; prefácio; sessenta e um capítulos numerados e em sequência.

 

 

NOTA: 4,50 DE 5,00

 

- ESCRITA:

 

A narrativa é descritiva em terceira pessoa e com diálogos.

A linguagem é mais formal, porém de fácil entendimento, com tiradas sarcásticas nos diálogos e bem fluída.

Tradução: M. Ângela Santos.

Revisão: Beluga (Paula Medeiros)

 

NOTA:  4,80 DE 5,00

 

CITAÇÃO: “Custava para ela admitir que pudesse constituir um objeto de admiração para tão grande homem. A ideia de que ele a fitasse porque ela lhe desagradava lhe parecia mais estranha ainda. Concluiu, por fim, que talvez lhe chamasse a atenção por, de acordo com as noções dele de decoro, encontrar algo de mais errado e repreensível do que em qualquer outra pessoa presente. Tal suposição estava, porém, longe de magoá-la. Não simpatizava com ele o suficiente para se preocupar com a opinião que pudesse formar a respeito.” (págs. 45/46)

 

SINOPSE:

 

“A história de Orgulho e Preconceito gira em torno de cinco irmãs Bennet, que viviam na área rural do interior da Inglaterra, no século XVIII. Aborda a questão da sucessão em uma família sem herdeiros homens, dentro de uma sociedade patriarcal, onde o casamento era fundamental para as mulheres. Assim quando um homem rico e solteiro se muda para os arredores a vida pacata da família entra em ebulição.”

 

CITAÇÃO: “Ele pareceu igualmente surpreso por encontra-la sozinha e desculpou-se pela intrusão, dizendo ter pensado encontrar todas as senhoras em casa.” (pág. 136)

 

RESUMO SINÓPTICO:

 

A Vila de Longbourn começa a mudar com a chegada do solteiro, jovem e rico MR. BINGLEY, sua irmã e seu melhor amigo MR.DARCY, que resolvem passar uma temporada no campo em Meryton, próxima a propriedade da família Bennet.

A família Bennet fica em grande alvoroço, afinal naquela época, as mulheres viviam para casar e ter  filhos, cuidar exclusivamente da família  e o propósito da Sra. Bennet era encontrar bons maridos para suas cinco filhas: a bela Jane, a sensata Elizabeth, a culta Mary, a imatura Kitty e a desvairada Lydia.

Senhora Bennet vê a oportunidade de aproximar Jane, sua filha mais velha com o MR. Bingley, o que ele acata de bom grado. Já Mr. Darcy não quer aproximação com nenhuma delas, pois se acha superior e elas socialmente inferiores.

Elizabeth, a segunda filha, percebe o desprezo de Mr. Darcy com a família. Ele a considera apenas  tolerável. O que ele não sabe é que ela é inteligente e perspicaz. Resolve então ‘dar o troco’ e ‘pagar com a mesma moeda’.

E através de  discussões sobre diferenças sociais, sobre educação e sobre casamentos arranjados que visam apenas status e a moral, e muitas situações hilárias e dramáticas, levam ao caminho da autodescoberta , a definição dos verdadeiros valores e também o que os levará para o caminho do amor, puro e verdadeiro.

 

 

CITAÇÃO: “Se a gratidão e a estima são fundamentos suficientes para a afeição, a alteração no sentir de Elizabeth não seria nem improvável nem inadequada. Mas se, pelo contrário, a afeição oriunda de tais motivos é insensata e pouco natural, comparada com aquela que em geral, dizem originar-se no próprio instante do encontro e mesmo antes de qualquer palavra ser trocada, nada poderá ser dito em defesa de Elizabeth, a não ser que ela experimentou esse último método com Wickham e que seu fracasso talvez a autorize a procurar a outra espécie menos interessante de afeição. Seja como for, foi com tristeza que ela o viu partir. [...]” (págs. 207/208)

 

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

 

Falar que é um clássico nem se faz necessário, concordam?

O que me surpreendeu foram os diálogos e embates entre as personagens principais, que trouxeram a leitura um tom mais leve, hilário e um embate ácido, mostrando a real personalidade deles e mostrando que apesar de aparentemente nada terem em comum, acabam descobrindo o amor.

Ele é arrogante, ela cabeça dura. E aos poucos eles vão se transformando, se amoldando e amadurecendo de uma forma inexplicável e inusitada, nem eles mesmos percebem o que está acontecendo.

A escrita da autora é fenomenal. Descreve e envolve  tanto com sua escrita que é possível sentir cada angústia, cada palavra e atitude interpretada da forma errada, até chegarmos enfim a todo desfecho e redenção da história. É um retrato fiel de todo sentimento que nos envolve de forma arrebatadora.

Devo dizer que o início foi um tanto tumultuado, pelo menos para mim. É que são muitas personagens, tudo bem descritivo e ainda a linguagem que apesar de fluída, é um tanto formal e é preciso se adaptar.

Mais do que recomendado, principalmente por não se fazer necessário trechos de colóquios amorosos e descrições minuciosas sobre o relaciomento afetivo, achei genial!

 

NOTA : 4,50 DE 5,00








 

SOBRE O AUTORA:




 

Romancista britânica nascida em Steventon, Hampshire, Inglaterra, cuja obra literária deu ao romance inglês o primeiro impulso para a modernidade, ao tratar do cotidiano de pessoas comuns com aguda percepção psicológica e um estilo de uma ironia sutil, dissimulada pela leveza da narrativa. Filha de um pastor anglicano, toda a sua vida transcorreu no seio de um pequeno grupo social, formado pela aristocracia rural inglesa. Aos 17 anos, escreveu seu primeiro romance, Lady Susan, uma paródia do estilo sentimental de Samuel Richardson. Seu segundo livro, Pride and Prejudice (1797), tornou-se sua obra mais conhecida, embora, inicialmente, tenha sido malvisto pelos editores, o que levou por algum tempo ser descriminada no meio editorial. Depois conseguiu publicar o romance Sense and Sensibility (1811), cujo sucesso levou à publicação, ainda que sob pseudônimo, de obras anteriormente recusadas. Vieram ainda outros grandes sucessos como Mansfield Park (1814) e Emma (1816) em um estilo menos ágil e humorístico, porém ganhando em serenidade e sabedoria, sem perda de sua típica ironia. Morreu em Winchester, um ano antes de serem publicadas as obras Persuasion e Northanger Abbey, uma deliciosa sátira, escrita na juventude, ao gênero truculento da novela gótica. Seu poder de observação do cotidiano forneceu-lhe material suficiente para dar vida aos personagens de suas obras, e a crítica considerou-a a primeira romancista moderna da literatura inglesa.



CHEIRINHOS

RUDY


9 comentários:

  1. Olá Rudy
    Tem bastante tempo que li esse livro, os diálogos do casal protagonista são perfeitos, amo, essa sua resenha ficou ótima deu vontade de ler novamente
    Bjs

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  2. Como eu amo esse livro, Rudy.
    Já li duas vezes e pretendo ler mais.
    Essa edição está linda

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  3. Oi, Rudy! Faz tempo que li Orgulho e Preconceito, mas lembro de me divertir com esse contraste entre o casal. Jane Austen é fantástica!

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  4. Que saudades de suas resenhas aqui no blog!Uma vergonha, mas eu tenho esse livro na estante, há anos rs (ele e mais dois da Jane) e não os li ainda e pelo andar da carruagem, esse ano ainda não vou conseguir ler.
    Mas claro que tenho muita expectativas, ainda mais por sair da minha zona de conforto e trazer o nome dessa mulher que é um ícone.
    A adaptação eu já vi só mil vezes rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  5. Olá Rudy!
    Tenho muita vontade de ler esse livro, todos elogiam ele deve ser maravilhoso! Adoro romance de época, gosto muito quando a protagonista é arrogante e cabeça dura e que aos poucos vai amadurecendo e transformando em outra pessoa! E essa capa é simplesmente maravilhosa!

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  6. Li Orgulho e preconceito em HQ. Gostei, mas não ficou na lista de melhores livros, talvez lendo no formato livro goste mais.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  7. Olá
    Ainda não li esse livro .
    O filme já assisti várias vezes .
    Gosto muito do envolvimento dos personagens que a princípio se estranham mas aos poucos o amor vai tomando conta dos corações dos dois. Um grande clássico sem dúvida nenhuma.

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  8. Oi, Rudy
    Aiii que resenha linda!! E tô emocionada!!!
    Esse é um dos meus livros preferidos da vida!
    Amoooooo!
    Todo ano releio.
    É muito lindo!
    Lizzie e Darcy tem um lugar especial no meu coração!!!
    bjss

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  9. Oi, Rudy!
    Não curto histórias com muitos personagens e quando tudo é bem descritivo, e apesar de ter amado ler um livro nacional que foi inspirado no livro Orgulho e Preconceito - Primeiras Impressões da Laís Rodrigues - confesso que não tenho interesse em ler esse clássico da Jane Austin e conhecer a história original...
    Mas eu amei sua resenha!
    Bjos!

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Adoro ler seus comentários, portanto falem o que pensam sem ofensas e assim que puder, retribuirei a visita e/ou responderei aqui seu comentário.
Obrigada!!
cheirinhos
Rudy