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05/01/2023

DIVULGAÇÃO DE PARCEIROS #02 - Como o crescimento de jornalistas no futebol fomenta o debate por representatividade feminina no esporte?


As mulheres enfrentam uma grande dificuldade no jornalismo esportivo, e isso acontece porque a representatividade feminina é extremamente reduzida, em um ambiente onde a identificação dos homens como o gênero relacionado ao tema é dominante.

A discriminação de gênero, principalmente no setor do jornalismo esportivo na área televisiva, coloca as mulheres em situações inaceitáveis no ambiente de trabalho, sendo muito difícil ingressar na área.

A construção de uma carreira bem-sucedida no mercado de trabalho já possui as suas dificuldades.

Entretanto, algumas questões, como o preconceito e o assédio, muitas vezes são situações constantemente enfrentadas pelas mulheres, dificultando ainda mais a sua atuação nesse mercado de trabalho.

Dessa forma, entre os diferentes setores existentes no mercado, onde desde a área da culinária até a área de engenharia, o ambiente voltado para o jornalismo esportivo é um dos mais difíceis de serem aceitas mulheres em seus meios.

É por isso que a igualdade de gênero vem sendo discutida cada vez mais, para que, num futuro próximo, as mulheres possam exercer sua profissão sem ser discriminada, assim como acontece em uma empresa de software.

O futebol é o esporte dominante no Brasil, onde tanto o jogo em si quanto a sua mídia é dominantemente masculino, tornando muito difícil a entrada do gênero feminino no setor.

Um exemplo para isso é a Seleção Brasileira feminina de futebol, que obteve um desempenho excepcional no campeonato da libertadores, obtendo uma vitória em todos os jogos da competição, sendo invicto.

Entretanto, o time não obteve tanta atenção da mídia, ficando sempre em segundo plano quando comparado com o time masculino.

Existe ainda muito preconceito relacionado às mulheres no mercado de trabalho, mas em especial no setor de jornalismo esportivo, onde a sua atuação ainda é muito vinculada a personalidades masculinas.

O processo de discriminação de jornalistas mulheres

As mulheres ainda hoje sofrem muita discriminação nos ambientes de trabalho, onde mesmo que o progresso tenha melhorado a sua aceitação nas empresas, o preconceito ainda existe e se faz presente em suas rotinas.

Enquanto uma empresa de folha de pagamento pode possuir uma grande aceitação das mulheres em seu ambiente de trabalho, o jornalismo esportivo ainda possui os seus obstáculos para o gênero.

Historicamente, o número de mulheres presentes nas redações e programas esportivos foi sempre muito pequeno em relação à quantidade de homens presentes no setor.

Além disso, a quantidade de entidades femininas na área diminui ainda mais se analisado o seu cargo de atuação.

Por exemplo, diferente do setor de varejo, onde você pode encontrar muitas mulheres ao decidir comprar esteira profissional, o jornalismo pode obter uma redução significativa em seu organograma empresarial.

Por mais que a figura feminina já seja reduzida no jornalismo, ela é ainda mais incomum para o cargo de comentaristas ou então integra as famosas mesas-redondas.

A maioria dos cargos que são ocupados pelas mulheres no meio jornalístico são as funções de repórteres, restringindo significativamente o progresso e evolução das mulheres no meio de trabalho.

A pequena porcentagem de mulheres que conseguiram atingir o patamar de apresentadoras no setor ocupa apenas posições em que devem questionar os comentaristas, sendo esses masculinos, para obter as suas respectivas opiniões.

Além disso, a presença feminina na função de narradora é ainda mais reduzida, sendo praticamente nula.

Dessa forma, é possível perceber que as mulheres que possuem o desejo de seguirem o ramo do jornalismo esportivo devem se preparar para enfrentar um mercado ainda muito preconceituoso e restrito à figura masculina, tanto pelos profissionais como pelo público.

Isso acontece porque ainda existe a ideia de que as mulheres não entendem do assunto ou então por não desejarem que esse mercado, sempre dominado pelos homens, perca essa característica.

Já em relação ao público em si, as mulheres ainda enfrentam muitos xingamentos e assédios proporcionados pelos torcedores nos estádios.

Enquanto uma empresa de georreferenciamento e uma fábrica de automóveis já possuem um maior índice de aceitação dessas profissionais femininas, o setor do esporte ainda parece muito fechado em relação a isso.

O preconceito presente no setor pode ser revelado de diversas formas, onde os torcedores nos estádios, ruas e os internautas em redes sociais podem demonstrar o seu descontentamento com a figura feminina através de xingamentos e assédio verbal ou até mesmo físico.

Já no local de trabalho, o preconceito pode estar presente através dos mesmos elementos, mas também podendo se apresentar através do boicote efetuado no ambiente de trabalho.

Por fim, as jornalistas também são expostas aos assédios que podem estar presentes tanto por parte dos torcedores como também dos jogadores, técnicos e dirigentes ao realizarem uma entrevista com essas entidades.

Com isso, pode-se perceber que o preconceito e o assédio podem se revelar presente no dia a dia dessas profissionais em diversos meios de comunicação, como:

  • Rádio;

  • Televisão;

  • Internet;

  • Programa ao vivo;

  • Programa gravado.

Além disso, existem ainda muitas outras situações em que o preconceito e o assédio podem ocorrer com essas profissionais, tornando ainda mais difícil a sua atuação no mercado esportivo.

Dentre uma empresa de síndico profissional e uma escola, atuando como professoras, o contato com as pessoas nesses mercados ainda parece mais seguro do que no mercado esportivo, demonstrando assim o grande preconceito ainda existente na área.

Outro ponto muito importante que deve ser destacado em relação a participação das mulheres no meio de trabalho do jornalismo esportivo são os padrões de beleza que são exigidos para elas.

Existe uma grande pressão relacionada a essa questão, onde a questão da representatividade e toda a influência da cultura do patriarcado na construção dessa realidade possui um impacto muito negativo para as mulheres.

Os padrões de beleza impostos pela sociedade, devido ao patriarcado, trazem inúmeros malefícios para as mulheres, uma vez que a pressão para estar sempre bonita pode ser significativamente prejudicial a elas, proporcionando muitos problemas.

Diferente dos fabricantes de caldeiras a vapor e de muitos outros setores, na área do jornalismo existe uma grande pressão para as mulheres se apresentarem de forma sempre elegante e agradável, diferente das figuras masculinas.

Um bom exemplo para isso é o caso da comissária de bordo que foi ressarcida de todos os seus gastos referente a maquiagem que precisava utilizar em seu dia a dia no trabalho.

Em sua rotina de trabalho, diferente dos homens na profissão, a profissional era obrigada a se apresentar de forma impecável, sendo devidamente maquiada, com o cabelo bem cuidado e de unhas feitas em todas as suas jornadas de trabalho.

Um processo resultou em um ressarcimento dos gastos que ela obteve durante o seu período de trabalho na empresa relacionados a questões estéticas em 2022.

A importância de um jornalismo esportivo com equidade

Existem diferentes casos de racismo que são noticiados no esporte, entretanto, algumas áreas ainda não receberam a devida atenção.

As mulheres já conquistaram um grande espaço no mercado de trabalho, uma vez que, atualmente, a sua atuação em uma empresa de dedetização, por exemplo, pode obter uma melhor visão entre os profissionais da área.

Entretanto, o jornalismo esportivo ainda enfrenta as suas barreiras, impedindo muitas mulheres de adquirirem um papel mais significativo no setor.

A representatividade das mulheres em todos os setores do mercado possui uma grande relevância, uma vez que isso possibilita que próximas gerações tenham uma perspectiva mais ampla de suas possibilidades, sem serem restringidas por pensamentos antigos.

As mulheres dentro do esporte são frequentemente esquecidas, onde a sua atuação é muito rara e o destaque maior é fornecido às entidades masculinas da área.

Todavia, é de extrema importância obter uma maior inclusão das mulheres em todos os setores, mas em especial no jornalismo esportivo.

A diversidade e representatividade impactam diretamente na sociedade como um todo, onde as meninas que assistem uma mulher conquistar uma posição de destaque se sentem motivadas a tentar o mesmo, adquirindo o senso de que são capazes do mesmo.

A presença feminina não deve estar apenas em uma empresa que é distribuidor de peças agrícolas ou em uma loja de roupas, mas em todos os locais que forem do seu interesse.

O número de mulheres negras como comentaristas ou atingindo posições de destaque no jornalismo esportivo ainda possui um número menor ainda, demonstrando o déficit de representatividade e o preconceito presentes ainda até hoje.

Todos os indivíduos possuem o direito de se sentirem incluídos no mercado de trabalho e poderem alcançar a posição que tiverem vontade, entretanto, nada disso será possível se não houver consciência do público masculino.

A representatividade possui um papel fundamental na vida de todos e, por esse motivo, é de extrema importância a sua adesão.

É importante que o jornalismo esportivo deixe para trás o preconceito contra a atuação de mulheres no setor, priorize a equidade de gênero, incentivando todas as mulheres a alcançarem os seus objetivos e tornando essas posições possíveis para todas.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.


cheirinhos

Rudy



6 comentários:

  1. É uma alegria sem precedentes ver as mulheres cada vez mais no futebol. Seja como árbitras, bandeirinhas. E agora como repórter de campo, comentarista e narradoras

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  2. Esse ano de Copa do mundo nos mostrou o poder e o valor das mulheres no esporte. Seja em qual seguimento for, as mulheres estão conquistando seu papel e fazendo isso brilhantemente!!
    Matéria super importante e que deve ser levada adiante!!!
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Olá Rudy!
    É muito bonito de se ver as mulheres conquistando espaço no setor esportivo, um ambiente que era só de homens, principalmente no Futebol, excelente postagem, adorei!!

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  4. Um dia ainda veremos que não é o sexo que define a competência da pessoa, e sim o esforço dela.

    Danielle Medeiros de Souza
    danibsb030501@yahoo.com.br

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  5. Há muito tempo que as mulheres estão trabalhando no meio esportivo .Temos a Renata Fan da Tv Band que há quase dez anos comanda um programa esportivo,e vemos muitas mulheres comentando futebol,comentando arbitragem ,Eu acompanho futebol .então vejo que as mulheres conquistaram muitas coisas.Nos canais fechados vejo muitas mulheres comandando debates sobre futebol e outros esportes.

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  6. Infelizmente muitos atletas não tem nenhuma noção. São endeusados e ganham uma quantia absurda e se acham donos do mundo, e não foram poucas vezes que presenciamos isso. As mulheres enfrentam muitos preconceitos, mas felizmente alguns nomes já abrem caminho e mostram que é possível ocupar espaço nesse meio.

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Obrigada!!
cheirinhos
Rudy