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31/05/2024

DIVULGAÇÃO DE EDITORAS #22 - GALUBA, ESCALA, NEMO, CIA. DAS LETRAS, THOMAS NELSON, VESTÍGIO, ALEPH.

 Olá alegres e felizes!


Divulgação de editoras.


01-) GALUBA:


Livro Gratuito SÓ Hoje!

Amor na Adega está gratuito nessa sexta, dia 31 de maio

Para comemorar os 5 milhões de páginas lidas, pedimos para as pessoas que estão no nosso grupo de WhatsApp indicarem e escolherem o livro que elas queriam que ficasse gratuito por 24h na Amazon.

O livro escolhido foi o Amor na Adega.

Baixa agora a sua próxima leitura: Amor na Adega
 

SINOPSE:

Um romance que deve ser consumido sem moderação.

Léonie é uma aspirante a atriz frustrada com a vida. Desiludida, ela está voltando para casa, onde vai trabalhar na vinícola do cunhado cobrindo a licença maternidade da irmã. É para ser temporário, enquanto reorganiza a vida.

O que ela não esperava era que o odioso Enzo agora é mestre de Adega da vinícola. Enzo, o filho da vizinha, o babaca que perturba ela desde sempre, o idiota que vivia inventando histórias escabrosas sobre ela.

Léo consegue se adaptar bem a nova vida, fazendo novas amizades e se reconectando com a comunidade a que pertence. Só uma coisa parece não se encaixar de jeito nenhum: ele. Seria possível se livrar dele de alguma forma? Ou o jeito vai ser aceitar a trégua proposta?

BAIXE AGORA AMOR NA ADEGA

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Comece a ler A um passo do amor

Um comédia romântica levemente dramática

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Sinopse:

Quando menos se espera, o amor muda tudo...

Alex tem um compromisso: todo dia no mesmo horário ela vai ao parque ver o homem por quem está completamente apaixonada. O problema é que ele sempre passa e nunca repara nela.

Will é um menino esperto que adora olhar para o céu e pensar nos planetas. Até porque ele sabe que a sua vida aqui na Terra não é das melhores.

Patrick é um professor de Educação Infantil. Desde que seu coração foi partido, ele resumiu sua vida a dar aulas, ler seus livros e correr ao ar livre.

Quando a vida desses três se entrelaça, eles vão perceber que estão a um passo do amor.

 
Capítulo 1

 

Finalmente sexta… A semana foi cansativa e, para piorar, hoje o dia foi longo e intenso. De manhã tive que fotografar as obras do metrô que estão quase finalizadas, e depois corri para cobrir a nova exposição itinerante do Metropolitan. Para completar, quando voltava à redação, meu chefe me ligou:

— Alex, querida, Mike está preso em um engarrafamento, e não chegará a tempo da coletiva de imprensa do prefeito. Preciso que você cubra para ele. Também está acontecendo um protesto estudantil bem no seu caminho para a redação e preciso de fotos para ilustrar a matéria. Aí você aproveita e escreve quatro linhas sobre o protesto para ocupar meia página.

— Me parece que sua ideia “de estar no caminho” e a minha não se parecem muito…— ele fica calado enquanto suspiro, antes de ceder: — está bem.

— Te devo uma.

— Não, você se engana. Me deve um milhão.

Quando finalmente cheguei à redação, estava esgotada, despenteada, com três bolsas penduradas nos ombros e tempo suficiente apenas para escolher as melhores fotos, escrever quatro linhas sobre o protesto e mandar tudo para a diagramação. Para conseguir dar conta, tive que renunciar a um pequeno vício, algo totalmente sem importância como comer. Meu único alimento do dia foram uns biscoitos Oreos murchos que encontrei um uma caixa nas gavetas da minha mesa e agora tenho tanta fome que seria capaz até de comer o iogurte que está na geladeira há mais tempo do que eu nesse andar (presente de boas-vindas do inquilino anterior).

Mas não! Agora não posso parar para comer porque tenho um encontro. Um encontro no parque. Necessito de minha dose diária…

Com toda a presa, entro no meu apartamento, deixo a mochila com as câmeras e coloco uma legging e camiseta. Calço os tênis de corrida, pego meu Ipod, minha faixa de cabelo e o casaco." Pronta? É agora ou nunca.”

Confiro o relógio: 18:37. Não sei se chegarei a tempo, por isso decido correr assim que saio de casa. Quando chego ao parque são 18:42.

"Merda! Acho que cheguei tarde”. Mas exatamente quando começo a me desanimar e a caminhar de volta para a casa, ele aparece “Aí está! Disfarça, Alex, disfarça…”

Começo a correr pelo caminho que existe ao lado do lago, meus cinco sentidos em alerta, esperando que me ultrapasse a qualquer momento. Olho para trás e ali está, a menos de cinco metros, com calça de moletom cinza e casaco preto com o gorro.

Quando me ultrapassa, inspiro com força para absorver seu odor e escuto sua respiração entrecortada. Olho para ele de relance. Meu Deus, que lindo! Encanto-me por suas feições angulosas, sua covinha no queixo e suas maçãs do rosto marcadas. Além disso, tem uma boca incrível, com lábios carnudos que agora estão entreabertos devido ao esforço. Hoje parece que não se barbeou, pois tem uma fina camada de pelos cobrindo o rosto.

Cheguei a desenvolver um pode sobrenatural que me permite analisá-lo por completo em um décimo de segundo. Resultado de muitos meses admirando-o, esperando estes poucos segundos, por isso posso adivinhar tantos detalhes.

Aumento o ritmo para tentar segui-lo durante uns metros e assim poder desfrutar dele um pouco mais. Ai ai que costas! Que bunda! Mesmo com agasalho e calças largas é possível perceber que ele tem um corpo maravilhoso. Costas largas, cintura fina, bunda dura...

“Alex, se concentra, senão você vai cair e quebrar os dentes!”

Depois de 10 minutos, para meu descontentamento, parece que meu estômago vai sair pela boca, então começo a diminuir o ritmo enquanto o vejo se distanciar. Não desvio o olhar e vejo sua silhueta diminuindo no horizonte. Ao chegar no quiosque de sorvete, dou meia-volta e começo a caminhar para casa, maldizendo-me por ser tão patética e pela minha péssima forma física.

Quando chego em casa e ligo o computador, vejo que recebi um e-mail do meu irmão. Sei que o único propósito será implicar comigo, sendo assim não tenho pressa de ler, antes preciso de um banho. Abro a torneira de água quente e entro debaixo do jato de água, ficando lá por um bom tempo, maldizendo o dia que, entre um drinque e outro, confessei ao Joey que estava apaixonada por um cara com o qual nem sequer havia trocado uma palavra. Desde então, a maioria de seus e-mails e mensagens são para implicar comigo e me lembrar de não “deixar o trem passar”.

Somos tão diferentes que não parecemos irmãos, muito menos gêmeos. Ele tem olhos verdes e eu, cinza. Ele mede 1,85 metros e eu, 1,65 m. Ele sempre foi muito extrovertido e, ainda que eu não tivesse dificuldade de me relacionar com as pessoas, no colégio era conhecida como a irmã do Joey; Ele foi o típico adolescente carismático, viciado em esportes e popular, por isso era sempre convidado para as festas enquanto eu era a menina centrada nos estudos, com um grupo pequeno de amigos, a maioria deles também trabalhavam no jornal da escola. Ao acabar essa etapa de nossas vidas, nós dois nos mudamos para Nova York, onde eu me matriculei na faculdade de jornalismo e ele se alistou na academia de polícia. Estar em uma cidade desconhecida, afastados de casa, nos uniu muito mais, e chegamos a sair durante as noites, como colegas, bebedeiras incluídas… na noite da minha confissão, ele havia me convidado para jantar para celebrar sua promoção a detetive de homicídios, ele se sentindo o próprio galã das séries de televisão. Depois do jantar, me levou a um clube que ele conhecia onde pude comprovar que grande parte do público feminino do local também o conhecia.

 Está vendo aquela loira ali? Já peguei. E essa garçonete? Fodi com ela no depósito de bebidas. E sabe esse grupinho que estão sentadas no reservado? Das cinco, já peguei três, duas ao mesmo tempo.

— Merda, Joey! Agora vão pensar que sou outro de seus casos!

— Pelo menos assim vão achar que você tem uma vida sexual.

— Grosso…— Joey gargalha, passando um braço por cima dos meus ombros. — E essas mulheres? Não entendo como podem estar aí, tão… tranquilas, rastejando por você, com olhinhos apaixonados e cumprimentos envergonhados, sabendo que são só uma das muitas com quem você se agarrou…

— E o momento maravilhoso que dei a elas, não conta? E a possibilidade de eu querer repetir com alguma?

— Coitadas… Eu não gostaria de me transformar na boneca inflável de alguém como você…

— E por isso segue mantendo seu deprimente recorde de quatro anos sem foder.

— Não é deprimente. Simplesmente não abro as pernas para qualquer um. Estou esperando a minha pessoa especial — respondo cada vez mais irritada.

— Vamos, Alex… não fique assim. Sei que ama o que faz, mas às vezes penso que você vive só para trabalhar. Tem que sair mais, se divertir, e achar um cara que te pegue de jeito de vez em quando. No meu caso, sou jovem e essas moças também. Não temos nenhum compromisso, não busco uma relação séria e deixo isso sempre claro…— Ele me olha durante alguns minutos, até que acrescenta: — Vem, me dá um abraço, toma sua gim-tônica e me conta como está a busca pelo seu príncipe encantado.

Essa gim-tônica virou outra e logo duas outras. Comecei a ver tudo duplicado e a ter sérios problemas para me manter na vertical. A minha língua começou a enrolar e como acontece sempre que fico bêbada, chorei. O resultado foi que, entre lágrimas, acabei confessando que o homem pelo qual suspirava, com o qual sonhava toda noite, meu príncipe encantado, era um total desconhecido para mim. Expliquei a ele, com todos os detalhes possíveis, a história de como o conheci, ou melhor, de como virei sua perseguidora. Suponho que o alto nível de álcool no meu sangue não me permitiu ver a cara de terror do meu irmão, nem tampouco me advertiu de que acabaria me arrependendo dessa confissão pelo resto da minha vida.

Contei a ele que a primeira vez que vi meu príncipe encantado foi há dois meses, voltando do trabalho. Estava nevando e decidir passar pelo parque para tirar umas fotos. Enquanto colocava o lago em foco, minha lente captou a imagem de um rapaz vestido com uma calça de moletom e um casaco com capuz. Ele corria na minha direção. Devido ao frio, via como seu hálito saía de sua boca em grandes baforadas. Tinha que ser louco para correr com esse tempo, lembro de ter pensado. Ao passar por mim, nossos olhares se encontraram e fiquei petrificada, perdida em seus preciosas olhos azuis. Foi apenas um segundo, mas sua imagem ficou gravada como se fosse uma fotografia.

Esse olhar me deixou tão transloucada que no dia seguinte voltei a passar no mesmo lugar, na mesma hora. Continuava nevando. De fato, não havia parado, mas o corredor misterioso faltou ao nosso encontro. Fazia muito frio, frio demais para sair para correr e ficar meio escondida atrás de uma árvore para espiar não ajudava em nada. Suponho que éramos dois loucos, cada um à sua maneira. Seu ritmo era constante e tinha estilo correndo. Não é como se eu entendesse muito sobre o tema, mas se notava que praticava esportes com frequência,

Confessei ao Joey que desde esse dia me preparo para estar sempre no mesmo lugar e na mesma hora para ver correr o desconhecido de olhos azuis, meu homem misterioso.

Dei a ele um nome, Neil, e comecei a imaginar como seria sua vida. Uma vida que, segundo meu estado de ânimo, variava de “solteiro e sem compromisso esperando sua mulher ideal” (ou seja, eu), passando por “com uma namorada ninfomaníaca que lhe pedia sexo a todos os momentos” (por isso treinava todo dia, corria para manter a forma) ou “felizmente casado com uma mulher de alta classe, religiosa, com quatros filhos e esperando o quinto”. Vamos admitir, esta última é a vida que menos parecia com sua aparência, mas minha cabeça me impedia de admitir, tentando pintar para mim um panorama mais pessimista possível para tentar evitar que meu coração se apegasse a ele.

Com a desculpa de fazer fotos da paisagem, desculpa que eu dava a mim mesma para não parecer tão maluca, tirava fotos dele também. Se tinha pouca gente no parque, dava umas voltas e me escondia atrás de alguma árvore. Eu sei, patético.

Um dia me convenci a dar um passo mais e tentar me aproximar dele: comprei meia e tênis para começar a correr e assim poder vê-lo mais do que alguns minutos. Comprei também uma legging preta lindíssima e uma camiseta rosa fúcsia que combinavam com o tênis. E aí acabou minha tentativa de aproximação… O que você pensava? Que eu ia fazer como gente normal e falar com ele? Não. Preferi cuspir o estômago pela boca e suar como nunca com a intenção de vê-lo por quinze minutos por dia, que é o máximo que aguento correndo atrás dele.

Assim passaram dois meses e falar, realmente falar, não aconteceu, mas em um dia intuí um ligeiro cumprimento com a cabeça. As más línguas dirão que é uma mera saudação cordial entre os corredores. Mentira. Cumprimentou a mim. Tenho certeza. De forma totalmente consciente. Além disso, estou ficando com uma bunda linda de tanto correr!

A quem quero enganar? Joey tem razão, sou patética. Tenho 28 anos e me apaixonei por um rapaz que nem sequer sei o nome e a quem vejo no máximo quinze minutos por dia.

Saio do banho, coloco o pijama e esquento o yakissoba no micro-ondas, pego uns hashis e me sento em frente ao computador.

 

De: Joey

Para: Alex

Assunto: Tem comida?

Mensagem:

Teve sorte? Falou com ele? Sabe ao menos como ele realmente se chama? Irmãzinha, faça algo logo ou no final acabará adotando gatos.

Você já tem uma certa idade…

 

Suspiro enquanto me disponho a responder o e-mail.

 

De: Alex

Para: Joey

Assunto: Parasita

Sinto ser eu aquela que te lembra que temos a mesma idade, também não te vejo se esforçando para sossegar com alguém. Sendo assim, vamos juntos ao abrigo de animais?

Como vai na sua nova função de detetive? Já viu muitos vestígios de sangue e encontrou cabelos de assassino? Já conheceu alguma detetive que chamou sua atenção? Falando nisso, por favor, lembre-se que não é bem visto que encontre seus próprios fluídos nas cenas do crime…

Em resposta ao seu interesse, te digo que não, ainda não sei seu nome. E não, também não falei com ele. Nem todos somos tão atrevidos como você, e também não penso em nenhuma desculpa para começar a conversa. De toda forma, as ideias e conselhos serão bem-vindos. Vejo que te interessa muito minha vida social e não quero que perca o sono por minha causa.

Te amo, ainda que odeie reconhecer,

Alex

 

Recebo sua resposta quase que instantaneamente.

 

De: Joey

Para: Alex

Assunto: Ofereço conselhos em troca de comida

Mensagem:

Vou para sua casa hoje.

Tenho a noite livre.

Levo cervejas e uma lista de sugestões para dar um empurrão na sua vida amorosa.

Te amo, J.

 

Capítulo 2

 

Abro o olho. Fecho imediatamente. Esfrego os olhos com as duas mãos e volto a tentar. Várias tentativas depois, consigo mantê-los cinco segundos abertos. Deus meu, por que tanta claridade? Que horas são? Por que minha cabeça dói tanto? Tento me recompor, mas a dor é insuportável e volto a me espreguiçar.

Começo a me lembrar o que aconteceu na noite passada, e chego à conclusão: meu irmão está se tornando uma má influência para mim. Cada vez que nos vemos, acabo em uma bebedeira de respeito. Espero não ter lhe contato qualquer outra intimidade. Jesus. Será que lhe contei que inventei o nome Neil para o homem no qual estou em relacionamento a distância sem o conhecimento do mesmo?!? Sim, se isso ocorreu, logo terei certeza, já que é uma informação muito jocosa para que Joey não a utilize para ficar rindo de mim durante meses.

Necessito de um café forte. Vou até a cozinha e encontro um papel pregado na geladeira com um imã.

“Operação diminuir a perseguição e transar mais”

Merda, merda, merda… como deixei isso acontecer? Não fui eu, foi o álcool.

“Ações para chamar a atenção do corredor gostosão”

Certo, preciso de um café AGORA, antes de seguir lendo. Aí tenho a confirmação de que, certamente, dei com a língua nos dentes.

Ao sentir que estou preparada, me sento em um dos banquinhos da cozinha e, esperando o pior, respiro profundamente, antes de olhar esse pedaço de papel.

“1. Quando estiver correndo e passar ao lado dele, provoque um encontrão e caia, com sorte, um por cima do outro”.

Reconheço que esta já havia passado pela minha cabeça.

“2. Quando estiver correndo e estiver na frente dele, caia. Ele irá parar para te ajudar. Ao levantar, poderá trocar algumas frases”.

E se para ele tanto fizer que eu caia e nem pare para me ajudar? Ainda que, pensando bem, com está opção não coloco em perigo a integridade física dele, como na opção número um.

“3. Tente descobrir o trajeto completo que ele faz correndo para saber onde mora. Vamos ser realistas aqui: vai de bicicleta, para não morrer na tentativa”.

Caio na gargalhada, ai ai, irmãozinho.

“4. Leve ao parque um frisbee ou uma bola, e quando ele passar, joga nele. Assim, você só precisa se aproximar dele e pedir desculpas. A partir daí, começa uma conversa”.

Isso está começando a ficar violento.

“5. Decotão que deixa pouco para a imaginação, shorts curtos, alongamentos com bumbum empinado e quando ele passar perto… lembre-se, menina, nós homens não somos de pedra”.

Sim, é certo que com meus encantos e minha agilidade, ele ficará maravilhado, se jogará sobre mim e fará amor comigo ali mesmo.

“6. Aproxima-se dele e diga: Olá, me chamo Alex. Vamos tomar um café?”.

Por que a opção mais simples e natural me parece a mais descabida?

 

O resto do papel são desenhos obscenos de Joey. Ele nuca vai mudar, penso, mas como sempre, consegue me arrancar um sorriso.

Sei que no fundo ele tem razão. Infelizmente a vida não é como um desses anúncios de perfume no qual um homem gato emerge da água vestido com uma sunga branca e vem na sua direção para lhe dar um beijo de cinema. Algumas mulheres como eu, para conseguir algo assim, tem que trabalhar um pouco mais. Sendo assim, tomei uma decisão: hoje à tarde tomarei a iniciativa. Creio que escolherei a segunda opção: irei me fazer de molenga e cair diante dele. A opção número um me tenta: cair em cima dele me daria a oportunidade de apalpá-lo, mas não quero correr risco de machucar então opto pela opção mais segura… pelo menos para ele.

 *

Passo o resto da manhã no supermercado. Como não costumo almoçar em casa e de noite chego sem vontade de cozinhar (o que, convenhamos, não é o meu forte), encho o carro com coisas básicas como leite, iogurtes, cereais… o salvador sushi para a janta, massas prontas, burritos congelados e toneladas de sorvetes e batatas fritas. Um pouco antes de chegar ao caixa, decido colocar no carrinho água oxigenada e esparadrapo. É que, se me conheço bem, posso entrar demais na personagem e a quedinha virar um triplo mortal carpado do chão na minha cara.

Ao chegar em casa, preparo um prato de espaguete com molho de tomate, mas só como metade. Tenho um nó no estômago, nervosa pelo que pode acontecer mais tarde. Depois de tanto tempo sonhando com esse momento, idealizando o simples fato de escutar sua voz, agora que falta pouco estou tão nervosa que fico repassando o diálogo na minha cabeça, de novo e de novo

— Desculpa, se machucou?

— Não… (riso charmoso)

 Tem certeza?

— Sim… (riso charmoso de novo)

— Deixe-me te recompensar.

— Não tem necessidade… (risinho de novo, coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha e mordo o lábio inferior).

— Insisto. Posso te convidar para jantar no melhor restaurante da cidade? Te pego às 20h na sua casa no meu conversível.

Imaginei esse diálogo várias vezes, mas pode estar um pouco contaminado pelo livro que repousa na minha mesa de cabeceira.

— Desculpa, se machucou?

— Não… (riso charmoso)

 Tem certeza?

— Sim… (riso charmoso de novo, simulo que desmaio e ele me sustenta em seus braços, gritando, olhando para o céu, desesperado)

Essa é outra das opções que passam na minha mente, mas pode ser que tenha copiado um pouco de uma novela que vi outro dia.

— Se machucou?

— Não… (riso charmoso)

 Ok. Até logo.

Reconheçamos, esta é a versão menos idílica, mas também a mais provável, sendo assim vou descartar jogar um charme, que, certamente, no meu caso, beira a idiotice e analiso algumas opções mais… ao alcance da minha mão.

Talvez depois de agradecê-lo por ter se preocupado com o meu tombo, posso me apresentar. Isso daria a ele uma deixa para me dizer seu nome. Ponto ao meu favor.

Em seguida, comentaria que corro para manter a forma, mas que os esportes nunca foram muito a minha praia.

— Não como você, é notável que você pratica esporte regularmente… (toma uma cantada camuflada que acabo de fazer).

E então deixo escapar que necessito de um tênis novo, mas que não sei onde nem qual modelo comprar, e como já conversamos por um tempo e temos certa simpatia, peço que ele me acompanhe para comprar um.

Teremos um encontro digno de comédia romântica e ele se dá conta que sou encantadora e ao me deixar em casa me dá um beijo terno, segurando meu rosto entre suas mãos. Em seguida se separa alguns centímetros de mim e quando consigo voltar a respirar, olho em seus olhos azuis e me perco nele. Agarro-o pelo cabelo e lhe beijo como se não houvesse amanhã, mordo seu lábio inferior e escuto escapar um suspiro. Ele me agarra pela bunda e me puxa em sua direção para que eu perceba sua ereção. Ambos paramos de nos beijar para recuperar a respiração e nos olhamos. Posso ler em seus olhos que me pede permissão para seguir adiante e minha resposta é buscar as chaves de meu apartamento na bolsa. Entramos em casa aos tropeções. Largo a bolsa no corredor, ele tira os tênis e as meias e enquanto desabotoa a camisa, tiro suas calças. Vestindo apenas cuecas, me sussurra no ouvido:

— Não me parece que estamos nas mesmas condições…

Ele se afasta de mim um pouco para me olhar. Um por um, desabotoo os botões da blusa, com toda a parcimônia do mundo. A respiração dele se acelera quando deixo a blusa cair no chão e começo a desabotoar a calça jeans justa. Quando termino, fico diante dele, vestida apenas com uma lingerie preta. Mordo meu lábio inferior enquanto observo seu peitoral e abaixo o olhar em direção a sua cueca. Suponho que isso tenha sido o suficiente para ele, e como um animal, ele me joga contra a parede do corredor. Arranca a minha calcinha sem nem me olhar, abaixa a cueca e me penetra com força. Ponho meus braços ao redor de seu pescoço e as pernas em volta da bunda dele. Ele apoia suas mãos contra a parede, em cada lado do meu rosto e me penetra uma e outra vez. Jogo minha cabeça para trás e fecho os olhos enquanto ele começa a me beijar, primeiro no seio. Demora o tempo que deseja nos mamilos, lambendo-os, mordiscando-os com os dentes. Em seguida, me beija o pescoço e quando percebo seu hálito quente, me estremeço. Finalmente ele vai até a minha orelha e me sussurra:

— Olha nos meus olhos.

Obedeço e neste momento volto a ficar hipnotizada. Como um azul tão claro pode ser ao mesmo tempo tão ardente? Esse olhar provoca tantas coisas em mim, que caio em um turbilhão de sensações. Ele segue investindo contra mim sem descanso, mas eu já perdi a noção. Estou perdida nele. Ele me agarra mais forte e gritamos juntos…

Acordo sobressaltada e muito excitada. Demoro um pouco para me dar conta que havia dormido no sofá. De repente, lembro do meu plano desta tarde e olho para o relógio. Já passaram das 18:40. Não tenho tempo de trocar de roupa se quero chegar. Pego a bolsa, arrumo um pouco o cabelo no espelho da entrada e saio de casa com muita pressa.

Chego ao parque em dez minutos. Me aproximo do lago e me apoio na grade sem saber bem o que fazer. Os jeans não me parecem a roupa mais adequada para correr, sendo assim talvez eu deveria mudar meus planos. Tento pensa em uma alternativa que me parece mais crível, mas sob pressão não trabalho bem. Olho na direção de onde ele costuma vir, e nada. Sem plano e sem objetivo, tenho pouco do que fazer senão abortar a missão. Sento-me em um banco para tentar recuperar o fôlego que perdi quando dormia…

— Eu sabia! Sabia que a valentia de ontem à noite estaria reduzida a nada e que você se cagaria de medo! É assim que pensa em conquistar esse cara? Sentadinha em um banco? Tem poderes mentais e tenta fazer com que ele se apaixone por você por telepatia?

— Meu Deus, Joey! Que susto! O que houve? Você não descansa? Agora é meu anjo da guarda ou algo do tipo?

— Não mude de tema, Alex. O que houve com tudo que conversamos ontem?

— Eu ia fazer, juro. Já tinha decidido qual tática usar e preparado os tópicos para conversação.

— Perfeito! Então, por que está aqui sentada?

— Cheguei tarde… não tive tempo nem de trocar de roupa…e travei… pensei que já não tinha sentido começar a correr…

— E aí decidiu não fazer nada?

— Joey, sério, não sou teu projeto humanitário. Você não tinha que estar trabalhando?

— É meu dia de folga.

— Então vai procurar o eu fazer, por Deus, e para de me perseguir…

— Não estou te perseguindo. Isso faz mais seu tipo. Sou apenas seu irmão gêmeo e está no meu DNA cuidar de você. Sendo assim, repito, decidiu não fazer nada?

— Está tarde. — Ele me olha levantando as sobrancelhas, sem compreender nada, assim me atrevo a esclarecer: — Quero dizer, normalmente ele costuma passar por aqui mais cedo…

Mas então, como se os Deuses estivessem confabulando para darem umas gargalhadas a minha custa, vejo-o aparecer à distância. Minhas habilidades, no mais puro estilo Robocop, se põe em ação e dou a olhada de cima a baixo habitual, guardando na minha memória o máximo de detalhes possíveis: calça de moletom preta, agasalho cinza claro sem capuz, o mesmo que usava no domingo passado, óculos de sol, boné virado para trás, acredito ser dos Yankees. Estou tremendo, como sempre… Tento dissimular por estar na frente do Joey, mas a cara de tonta que costumo fazer ao vê-lo é difícil de disfarçar, com isso ele vira na direção de onde estou olhando.

— É ele? — me pergunta. Umedeço os lábios várias vezes e tento respondê-lo, mas não consigo. Movo as mãos como se pudesse fazer me entender por mímica, mas também não fica nada inteligível. Ainda assim, creio que minha incapacidade de me comportar como uma pessoa normal respondeu sua pergunta —. Parece que no fim das contas ele apareceu. Está esperando o quê, então? Vai lá! Pare ele e fale com ele, mulher!

— Joey, não posso… Não tem sentido… Sou patética, assumo.

— O que não tem sentido é que você fique sentada aqui sem fazer nada! Alex, ele está quase passando na sua frente… Alex!

Sou incapaz de me mover. Estou paralisada. Ele tem razão, deveria me aproximar, mas não posso porque sei que não serviria de nada. Esse homem tão perfeito não prestaria atenção em alguém como eu, nunca. Mas então, enquanto me compadeço de mim mesma, vejo Joey se afastando de mim a passos largos.

— Neil! Oi, Neil! — ele grita para chamar a atenção, levantando ambos os braços. De forma inconsciente, me encolho no banco, abaixando a cabeça e tapando o rosto com o cabelo. — Neil, sou eu, Joey!

Quando está a poucos passos de distância, volta a gritar seu nome e Neil, com cara de surpresa, para de repente. Não sei se quero assassinar meu irmão ou agradecer-lhe pela atitude. Estou indecisa…

— É você, Neil?

— Acho que você me confundiu com outra pessoa… não me chamo Neil…

— Me desculpa, pensei que era um colega da faculdade que faz muito tempo que não vejo… Desculpa por ter te interrompido, colega.

— Sem problemas.

Ele sorriu por cortesia e retorna à marcha, enquanto meu irmão volta em minha direção.

— Posso saber que merda passa pela sua cabeça para fazer uma besteira como essa? Deixe-me sozinha, ok? Deixa-me viver a minha vida.

— Chama isso de viver a sua vida? Sentar aqui e ver a dos demais passar diante do seu nariz? Se quer algo, precisar agarrar forte e lutar por ele. Se não se arrisca, certamente, não terá nenhuma ferida, mas não ache que alguém se arriscará por você.

— Perfeito. Já provou que é muito mais corajoso que eu. Parabéns!

— É isso que pensa que eu quis mostrar? Não é questão de coragem, Alex! Em dois minutos consegui algo que você não conseguiu fazer em dois meses: falar com ele. E não morri na tentativa, então, acorda. Ele não morde e fala o nosso idioma. Ah, e já pode tentar outro nome, porque não se chama Neil. 

fbigin


02-) ESCALA:


Descubra o Mistério da Tulipa Negra:
Amor, Intriga e Aventura no Século XVII

Você já imaginou uma história que mistura amor, traição, tulipas e uma prisão no século XVII na Holanda? Pois bem, “A Tulipa Negra” é exatamente isso! Escrito por Alexandre Dumas, o mesmo autor de Os Três Mosqueteiros, este romance nos leva a um mundo de intrigas, paixões e desafios.

Na trama, Cornelius van Baerle, um médico e apaixonado cultivador de tulipas, é injustamente acusado de traição. Enquanto está preso, ele se apaixona por Rosa, a bela filha do carcereiro. Mas há algo ainda mais desafiador: a produção de uma tulipa negra, um feito quase impossível. A Associação Hortícola de Haarlem oferece um prêmio vultuoso de cem mil florins para quem conseguir criar essa raridade.

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Olá, Rudynalva

Se você é leitor da Aleph das antigas, talvez se lembre dessa coletânea de contos que foi lançada pela primeira vez em 2008. O livro O vampiro antes de Drácula, agora, ganha uma nova edição atualizada e expandida!


Reunindo 14 autores clássicos, a antologia reúne histórias que exploram o mito do vampiro antes da publicação da grande obra de Bram Stoker, Drácula. Os contos foram especialmente selecionados e traduzidos por dois aficcionados por ficção vampírica, Martha Argel e Humberto Moura Neto. E a segunda edição ainda conta com nova capa e ilustrações internas de Mateus Acioli.

Mesmo antes de Drácula, os vampiros já assombravam o mundo.

Aristocratas misteriosos que seduzem donzelas indefesas, uma jovem apaixonada que pousa para um retrato pintado com a sua própria vida, uma flor rara que ao desabrochar demanda um tipo bem específico de adubo... Essas são algumas das histórias reunidas em O vampiro antes de Drácula.


É uma coletânea perfeita para entender as origens de um mito que segue até hoje como uma das principais figuras da cultura pop e conhecer como autores clássicos contribuíram para a construção dessa figura icônica do terror.

Garanta já o seu!
Para quem gostou de: Carmilla, As crônicas vampirescas e O corvo
Com contos de 14 autores

Conheça os vampiros de H. G. WellsEdgar Allan PoeBram Stoker, Lord Byron, Alexandre Dumas, Guy de Maupassant e outros grandes nomes da literatura do século 19.

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cheirinhos

Rudy




4 comentários:

  1. Olá Rudy!
    Muitos lançamentos maravilhosos! Só posso dizer que minha lista de desejados só aumenta!!!

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  2. Ando gostando de ver tantos clássicos nacionais voltando ao debate nos últimos dias e olha que as Editoras já sacaram isso!
    Adorei rs
    Beijo

    Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor

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  3. Olá Rudy!
    Lançamentos maravilhosos, vários desejados, esse e-book já baixei
    Bjs

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cheirinhos
Rudy