DIVULGAÇÃO DE PARCEIROS #10 - ESCRITORA A. C. MAYER - Tô cansada de ouvir "essa capa engana"

 Olá alegres e felizes!

Bem-vindo ao Meyerverso! 💫 Onde palavras ganham vida e romances tomam forma. ☕ Puxe uma cadeira, sirva-se de café e fique à vontade! Tô cansada de ouvir "essa capa engana" A estética é moderna. O preconceito é que ficou datado. A. C. Meyer mai 22   LER NA APP   Oieee! Outro dia me deparei com uma crítica que tem aparecido com frequência: “Os romances adultos estão com capas que parecem livro teen.” E embora eu entenda o ponto — afinal, ilustração pode mesmo remeter à infância —, queria levantar outra perspectiva: ilustração não infantiliza uma história. Muito pelo contrário: ela pode comunicar leveza, humor, sensualidade e estilo. A escolha por esse tipo de traço é tão intencional quanto qualquer outra decisão de design. No fim das contas, é uma linguagem visual diferente, não um rótulo de faixa etária. 🎨 A estética é outra — e não é nova Até o começo dos anos 2010, muitas capas de romances voltados ao público feminino eram ilustradas. Lembra dos famosos “chick-lits”? Era raro encontrar fotos de casal ou modelos sensuais. O boom das capas com foto surgiu por volta de 2012/2013, impulsionado pelo sucesso da autopublicação nos EUA e pelo acesso mais fácil a bancos de imagem e sessões exclusivas com fotógrafos. Ou seja: o que hoje chamam de “modinha” foi, por muito tempo, o padrão. Estamos apenas vendo uma retomada, agora com um traço mais moderno, inspirado por fanarts, HQs e estética digital. 🧠 Ilustração ≠ conteúdo leve Capa não é sinopse. E nem deve ser. O fato de a arte ser “fofa” não significa que a história será leve, sem tensão ou sensualidade. Esse contraste, inclusive, pode ser parte do charme do livro. E a escolha de uma capa assim é estratégica — uma forma de atrair leitores que buscam romances divertidos, modernos, que combinam emoção, química e, às vezes, cenas explícitas. 🧩 A culpa não é da ilustração É comum dizer que capas ilustradas podem enganar leitores mais jovens. Mas capa com foto também não impede isso. Me lembro da Bienal de 2015, quando vi adolescentes saindo com sacolas cheias de Toda Sua, da Sylvia Day — mesmo com a capa sensual, a faixa indicativa de +18 e até uma cinta avisando que era um livro para adultos. Parece capa de livro para jovens? Por isso, é importante reforçar: a responsabilidade não está apenas na capa. Cabe aos leitores — e no caso de menores, aos seus responsáveis — analisar: A sinopse do livro As categorias onde ele está cadastrado O estilo do autor As sinalizações editoriais Uma capa é apenas uma parte da comunicação — e não deveria ser o único filtro de escolha. 📐 Ilustrado, sim. Infantil, não. Muita gente adulta prefere capas ilustradas justamente por elas serem acolhedoras, conversarem com referências visuais que vêm da infância e adolescência — mas que hoje fazem parte do repertório visual de quem consome conteúdo adulto. A estética infantojuvenil, aliás, é completamente diferente da usada em romances adultos ilustrados. Veja só: Capas infantojuvenis costumam ter: Proporções caricaturais (cabeças grandes, corpos curtos) Cores planas, pouco sombreadas Personagens em trajes comportados e poses neutras Foco em aventura, amizade, fantasia ou amadurecimento Nada de beijos, abraços ou tensão romântica Capas ilustradas adultas trazem: Composições sugestivas Olhares, posturas ou toques que comunicam romance ou tensão Paleta de cores e traço que dialogam com o conteúdo E muitas vezes, sinalizações como “+18” ou menções a conteúdo adulto 📖 Exemplo real: Louca por Você, de A.C. Meyer O conteúdo é adulto. A capa é ilustrada. E sim, as duas coisas coexistem perfeitamente. 👀 O que a capa comunica: Um casal jovem em destaque, com expressões e posturas que sugerem química (ele está claramente encantado por ela). A personagem feminina está segura, no centro da ação, com microfone em punho e corpo em movimento — o que reforça sua presença de palco e personalidade marcante. A ilustração é moderna, estilizada, com tons vibrantes e traço limpo, transmitindo leveza, romance e energia. Nada nela remete ao universo infantil. 📝 E a sinopse? Julie tem dois grandes sonhos: cantar profissionalmente e fazer com que Daniel a enxergue como mulher. Ele é o charmoso dono do badalado bar After Dark e se diz avesso a compromissos, sempre pronto para noitadas casuais. Em uma noite de muito movimento, o estabelecimento se vê sem vocalista para dar continuidade à programação musical, e Julie é colocada por um dos sócios de Daniel à frente da banda a fim de resolver o problema. Mas a voz e a presença de palco da nova cantora encantam o público… e também o atraente garanhão. Descontrolado de ciúmes, Daniel está disposto a usar toda a sua autoridade para tirar Julie dos holofotes e dar uma chance ao seu verdadeiro amor. Ele só não contava com as investidas insistentes de Alan, o guitarrista sexy da banda, que resolveu fazer de tudo para conquistar o coração da nossa mocinha. Será que o sonho de Julie enfim vai se concretizar com Daniel ou seu verdadeiro príncipe encantado é o guitarrista sensual? Expressões como, “profissionalmente”, “enxergue como mulher”, “badalado bar”, “avesso a compromissos”, “noitadas casuais”, “garanhão”, “descontrolado de ciúmes”, “guitarrista sensual” e o tom geral da narrativa sinalizam claramente que o conteúdo é adulto. ✅ Conclusão A escolha de uma capa tem toda uma análise por trás. Ninguém ilustra um livro pensando “vou enganar leitores incautos”. São decisões pensadas com base no mercado, público-alvo e tom da história. E é ótimo que essa discussão esteja acontecendo, porque mostra que os leitores estão atentos. Mas se a gente quer que mais livros cheguem ao público certo, a conversa precisa ir além da capa. E incluir tudo que a cerca: sinopse, sinalização, curadoria e, claro, o conteúdo. ✨ Pra terminar… A gente aprende desde cedo a não julgar um livro pela capa. Mas quando se trata de romances — especialmente os voltados para o público feminino — parece que essa máxima é esquecida com facilidade. Capas ilustradas não são truque, não são disfarce, não são enganação. Elas são uma escolha estética, narrativa e comercial. Elas dizem: esse livro pode ser leve e divertido, mas também sexy, ousado, emocional. Elas dizem: você vai rir, suspirar, se envolver — e talvez até se surpreender. Então, da próxima vez que alguém torcer o nariz e disser “mas essa capa parece de livro teen…”, convida para ler a sinopse. Ou melhor: convida para ler o livro. 📣 Julgar um livro pela capa pode fazer a gente perder experiências inesquecíveis. Você já teve essa surpresa boa com algum romance? Ou quase deixou passar um favorito por puro preconceito visual? Compartilha comigo nos comentários. 💬 📚 Escolher a capa certa também é parte de contar uma boa história. E escrever o Meyerverso é meu jeito de continuar essa conversa fora das páginas — com espaço para opinião, bastidor, provocação e afeto. Toda quinta, a cada quinze dias, tem papo novo na sua caixa de entrada — sobre escrita, histórias, tretinhas literárias e aquelas reflexões que só quem ama livros vai entender. Até a próxima! 💌 Gostou desta edição do Meyerverso? Compartilhe com um amigo que ama histórias! 📚 Me acompanhe também no Instagram, Amazon ou TikTok. Beijos, A. C. Meyer 💜

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Rudy