RESENHA #78 - ”AS SETE IRMÃS” - LUCINDA RILEY

LIVRO:”AS SETE IRMÃS”

TÍTULO ORIGINAL:”THE SEVEN SISTERS”

AUTORA:LUCINDA RILEY

TRADUÇÃO:ELAINE CRISTINA ALBINO DE OLIVEIRA

EDITORA: NOVO CONCEITO

PÁGINAS – 559

1ª  EDIÇÃO

1ª IMPRESSÃO 2014

CATEGORIA: FICÇÃO INGLESA

ASSUNTO: ROMANCE

ISBN: - 978-85-8163-533-0

 

CITAÇÃO: “[...] Maia, você sabe que ele não foi embora. Os espíritos não morrem, eles apenas se mudam para outro plano.” (págs. 32/33)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Uma jovem de vestido branco e longo, caminhando dentro de um jardim com arbustos desenhados na entrada de uma casa de pedra antiga com uma esfera armilar no centro do caminho.

É belíssima!! E está totalmente integrada ao enredo do livro.

Infelizmente não há referência da criação da capa.

(nota:5,00 de 5,00)

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com letras pretas um pouqinho acima da média que facilitam a leitura,

Composto em: dedicatória; pensamento; diagrama com a definição dos personagens do livro; nota da autora; dividido em partes entre a protagonista contemporânea e a protagonista do passado, e são 51 capítulos curtos e de fácil leitura; agradecimentos e bibliografia.

É uma diagramação simples, porém eficaz.

Formato/Acabamento: 16x23x3,6

(nota:5,00 de 5,00 )

- ESCRITA:

As partes contemporâneas onde a protagonista é Maia, a narrativa é feita em primeira pessoas com suas próprias opiniões e sentimentos.

As partes do passado com a protagonista Izabela é escrita em terceira pessoa desconhecida, e os diálogos entre todos os envolvidos na época.

Confesso estar tão envolvida com a trama que nem percebi se havia erros ou não, perdoem-me; mas, se houveram erros, não devem ter sido graves, pois nada me chamou a atenção.

(nota:5,00 de 5,00)

CITAÇÃO: “- A arte deve ser exibida para todos – ele dizia. – É um presente do artista para a alma. Qualquer coisa que precise ficar escondida dos olhos não tem valor.” (pág. 50)

RESUMO SINÓPTICO:

Em junho de 2007 às margens do Lago Genebra encontramos o fabuloso e isolado castelo de Atlantis onde o bilionário misterioso Pa Salt viveu e criou suas 6 filhas,  adotadas quando bebês e criadas com a ajuda de Marina (Ma), a guardiã de todos e que acompanhou a morte de Pa Salt até o final, cumprindo todas as diretrizes desejadas por ele, inclusive entrando em contato com as filhas após seu enterro ter sido feito em alto mar.

Maia D Apliése é a mais velha de todas as irmãs, foi a primeira a ser adotada e a que ficou ao lado do pai durante toda vida no castelo e na primeira saída mais longa para passar uns dias ao lado da amiga, acontece a morte de Pa e ela sente-se culpada. É tradutora de livros e fluente em várias línguas, pode trabalhar em casa mesmo e foi opção dela. No momento está traduzindo o 2º livro do escritor brasileiro Floriano Quintelas.

Floriano além de escritor trabalha como guia de turismo e é professor/historiador no Rio de Janeiro, viúvo e com uma filha de 7 anos, inteligente e carente.

Pa Salt deixa uma carta para cada uma das filhas, contando um pouco de onde cada uma foi pega e dando coordenadas precisas,  através  da esfera armilar que tem na entrada do castelo, de onde podem ir em busca de suas origens. E através dessa pista deixada pelo pai, Maia atravessa o mundo e vai até o Rio em busca das peças que foram o quebra cabeça de sua vida...

Em 1927 na Belle Epoque do Rio, há 80 anos, encontramos Izabela Bonifácio, filha de um próspero investidor de cana de açúcar, estrangeiro no Brasil e em busca de reconhecimento social, porque mesmo com dinheiro não era totalmente aceito pela sociedade. Consegue casamento para Izabela com um filho de família renomada na sociedade, porém sem dinheiro. Ele não se importa totalmente com a situação dos pais, porque se apaixona imediatamente por  Izabela. Os pais por sua vez, apesar de não aceitarem totalmente o acordo, consomem o trato por causa de dinheiro.

Antes de casar Izabela convence o pai e o noivo a ir passar uma temporada com a família da amiga, filha de Heitor da Silva Costa, arquiteto renomado e responsável pela construção do Cristo Redento no Rio. Heitor está de viagem marcada para Paris em busca de um escultor que pudesse colocar em prática os desenhos do arquiteto para construção. Em Paris Heitor vai ao ateliê de Paul Landowski e Izabela conhece o artista Laurent Brouilly e apaixonasse completamente por ele. Difícil o rompimento de ambos. Izabela tem de voltar ao Brasil e enfrentar a responsabilidade do casamento para realizar os sonhos do pai em ser aceito pela alta sociedade carioca. O casamento é um fracasso desde o início por causa do alcoolismo do marido, mas resolve ficar ao lado do marido por causa da família. Até que Paul tem de vir ao Brasil para trazer as peças do Cristo e seu ajudante Laurent vem com ele. Ao se reencontrarem no Rio Bela e Laurent começam um romance clandestino com graves conseqüências futuras...

Maia chega ao Rio e começa as buscas por sua origem. Floriano dá a maior assistência há Maia, por ser historiador é de grande ajuda para ela e vão para em uma mansão em ruínas no bairro nobre do Rio.

CITAÇÃO: “- Acredito  piamente que, quando alguém nasce com criatividade – Laurent comentou -, é como se sua alma fosse um céu repleto de estrelas cadentes que vão sempre em direção da musa que captura sua imaginação. Muitas pessoas aqui podem não saber desenhar ou esculpir, mas escrevem poesia, produzem sons maravilhosos em seus instrumentos, fazem a platéia chorar com suas habilidades teatrais ou cantam como pássaros em uma árvore. Ah, mademoiselle – Laurent se levantou e fez uma reverência para Margarida, que retornava à mesa. – Você foi espetacular.” (pág,230)

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Fico impressionada como a Lucinda Riley consegue melhorar a cada novo livro.

Aqui encontramos a história ambientada no Rio de Janeiro, e, até para nós que somos brasileiros, descobrimos uma parte da história de lá que não sabíamos, pelo menos eu não sabia, se refere a construção do Cristo Redentor, mostra o Rio no início do século passado com sua beleza e plenitude.

O primeiro livro da série As sete irmãs, baseada ma mitologia das Plêiades, estrelas do cinturão de Órion (como explica a própria autora), é como a introdução que vai dar o que falar. Na verdade nada tem de mitológico no livro, porém por ser uma referência de onde se baseou, acredito que tenha um sentido maior ao final de tudo, assim espero.

A verdade é que os livros da Lucinda,e esse não foge ao ritmo, sempre nos traz uma mistura de passado com atualidade, ela entrelaça duas histórias distintas e bem escritas e faz com que acabem se cruzando de forma tão intrínseca que não conseguimos desvencilhar uma da outra.

Faz dias que terminei a leitura e ainda hoje me pego pensando no enredo, nas personalidades distintas das irmãs e na real verdade sobre Pa Salt, o homem que as escolheu como filhas e porque as escolheu. Há um mistério por traz de tudo e acredito que só descobriremos no decorrer dos livros ou ao final da série.

Até agora foi o melhor livro no ano que li.

Mais que recomendado para todos que gostam de um romance bem ambientado, onde o passado mexe com as famílias de um Rio antes e durante a construção do Cristo, com fatos históricos e verídicos, misturado à uma ficção criativa!

NOTA : 5,00 de 5,00

 

BOOK TRAILLER:

 https://www.youtube.com/watch?v=Lrc6TATdbws

SOBRE O AUTORA:

 

Lucinda Riley nasceu na Irlanda e durante sua infância viajou por todo o Oriente. Assim que se mudou para Londres, começou carreira como atriz de cinema, teatro e televisão. Aos 24 anos, baseada em sua experiência com dramaturgia, escreveu seu primeiro livro. Sua paixão por História trouxe-lhe a inspiração para escrever romances que têm conquistado os primeiros lugares nas listas de leitura de todo o mundo. Vive entre os Estados Unidos e a França, com o marido e quatro filhos.

 

CORTESIA EDITORA NOVO CONCEITO!

 

cheirinhos

Rudy

 PENSAMENTO DO DIA:"Somos donos de nossos atos, mas não donos de nossos sentimentos; somos culpados pelo que fazemos, mas não somos culpados pelo que sentimos; podemos prometer atos, mas não podemos prometer sentimentos... Atos sao pássaros engailoados,  sentimentos são passaros em vôo." (Mario Quintana).