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08/12/2019

RESENHA #62 - “MUNDO EM CAOS” - PATRICK NESS


LIVRO: “MUNDO EM CAOS”
TÍTULO ORIGINAL: “THE KNIFE OF NEVER LETTING GO
SÉRIE: MUNDO EM CAOS
VOLUME 1
AUTOR: PATRICK NESS
TRADUTOR: EDMUNDO BARREIROS
EDITORA: INTRÍNSECA
 PÁGINAS –480
  EDIÇÃO 2019
CATEGORIA: ROMANCE AMERICANO
ASSUNTO: DISTOPIA/SANTASIA/FICÇÃO
ISBN: -  978-85-5100-450-0

Mundo em Caos

CITAÇÃO:

[...] O CONHECIMENTO É PERIGOSO, OS HOMENS MENTEM E O MUNDO NÃO PARA DE MUDAR, MESMO SE EU QUISESSE OU NÃO.” (PÁG. 67)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Toda preta com uma faca vermelha e as letras do título em branco.
Arte da capa: Walker Books Lts. Reprodução com autorização de Walker Books Ltd. Londres SE 11 SHJ, www.walker.co.uk
Adaptação da capa: Julio Moreira/Equatorium Design.

NOTA: 5,00 DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

Nenhuma descrição de foto disponível.

As folhas são amareladas com letras pretas medianas e em negrito quando expressam os pensamentos dos protagonistas. O início das partes as folhas são pretas com o título em letras brancas e uma faca cinza.
Conteúdo: nota da editora; dedicatória; pensamento; dividido em seis partes numerada em algarismo romano; quarenta e dois capítulos numerados e com títulos; e, conto inédito do autor.

A imagem pode conter: 1 pessoa

Diagramação: Julio Moreira/Equatorium Design.
Ilustrações: Walker Books Lts. Reprodução com autorização de Walker Books Ltd. Londres SE 11 SHJ, www.walker.co.uk
E Julio Moreira/Equatorium Design.

Nenhuma descrição de foto disponível.

NOTA: 4,80  DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa é descritiva em primeira pessoa pelo protagonista e diálogos complementares.
A linguagem é contemporânea, jovial, de fácil entendimento e envolvente.
Revisão: Giu Alonso e Carolina Vaz.

NOTA: 4,70  DE 5,00

CITAÇÃO:

“-A ÚNICA COISA QUE FAZ DE MIM UM HOMEM É VER VOCÊ SE TRANSFORMAR EM UM TAMBÉM – DIS ELE, A VOZ FIRME COMO UMA ROCHA.” (PÁG. 373)


SINOPSE:

“Em um mundo pós-apocalíptico, uma infecção rara e perigosa causou o inimaginável: a morte de todas as mulheres. O mesmo germe fez com que os pensamentos dos homens se tornassem audíveis, e agora o caótico Ruído está por toda parte. É impossível guardar segredos no Novo Mundo.
Todd Hewitt é o único garoto entre os homens da cidade de Prentisstown, e mal pode esperar para se tornar um deles. No entanto, o lugar esconde algo grave, capaz de mudar o futuro de Todd e do Novo Mundo para sempre. A apenas um mês de se tornar homem, um segredo impensável é revelado, e ele se vê forçado a fugir antes que seja tarde demais. Acompanhado por seu fiel escudeiro, o cachorro Manchee, ele empreende uma jornada repleta de perigos e se depara com uma criatura estranha e silenciosa: uma garota. Mas quem é ela? E por que não foi morta pelo germe como todas as mulheres?”

CITAÇÃO:

“A VIDA NÃO É JUSTA.
NÃO É.
NEM NUNCA FOI.
É INÚTIL E IDIOTA, E SÓ TEM SOFRIMENTO E DOR E PESSOAS QUE QUEREM TE MACHUCAR. VOCÊ NÃO PODE AMAR NADA NEM NINGUÉM, PORQUE TUDO VAI SER TIRADO DE VOCÊ OU DESTRUÍDO, E VOCÊ VAI FICAR SOZINHO E VAI TER QUE LUTAR O TEMPO TODO, TENDO QUE FUGIR O TEMPO TODO SÓ PRA CONTINUAR VIVO.
NÃO TEM NADA DE BOM NESSA VIDA. NÃO TEM NADA DE BOM EM LUGAR NENHUM.” (PÁGS. 375/376)


RESUMO SINÓPTICO:

TODD HEWITT mora  em Prentisstown mo Novo Mundo, onde os garotos se transformam em homens com 13 anos e os anos tem 13 meses. Falta apenas um mês para que complete a maioridade e se transforme em homem. Seu companheiro inseparável é o cachorro Manchee. Não existem mulheres no Novo Mundo após uma infecção rara e perigosa que causou a morte de todas e Todd acabou de ser criado por dois amigos de sua mãe. Os pensamentos dos homens podem ser ouvidos após a infecção, é um fluxo caótico de sons e ruído por toda a parte, impossível guardar segredos.
Uma garota é descoberta por Todd num lugar onde nenhuma mulher deveria existir. Para complicar ainda mais, ela é a única pessoa que consegue esconder seus pensamentos, tornando-a particularmente ameaçadora para os homens que dominam aquele mundo. Ela se chama VIOLA.
Em um mundo onde existem animais falantes, criaturas como os kivits e Spackles, pensamentos masculinos causando ruídos por toda parte, mentiras, segredos e mistério, Todd e Viola empreenderão uma jornada inimaginável.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:

Já se imaginaram em um mundo onde todos os pensamentos masculinos podem ser ouvidos? Uma cacofonia de pensamentos esdrúxulos e maldosos? Sem contar que animais falam e não existem mulheres no mundo? Um cenário surreal e distópico onde ocorrem os acontecimentos do livro. Uma ficção bem escrita, porém que causa uma certa confusão no início da narrativa, pelo menos foi assim para mim.
Fiquei um tanto confusa no início do livro, entretanto, conforme os capítulos vão se desenrolando, fui me envolvendo com toda a trama e aventura do livro, ao tempo que os segredos íam sendo revelados e tudo sendo desvendado até o ápice final que confesso não foi muito do meu agrado, esperava um final diferente, embora tenha feito too sentido já que é uma série e tem continuação que já quero poder ler.
As personagens tem papéis bem definidos e mesmo as personagens secundárias tem funcionalidade primordial para toda história, temos de estar atentos aos detalhes, prestar atenção em cada fato ocorrido e como tudo se desenrola e perceber o que está por traz de pequenos fatos e acontecimentos, imaginando sempre um todo. Difícil de entender o que digo? Pois apenas lendo entenderão.
Algumas coisas me incomodaram um pouco: primeiro tanto sofrimento no decorrer da jornada, como dois adolescentes conseguiram enfrentar tantas coisas(?); o real sentido de toda a trama (que possivelmente só será desvendado no decorrer dos outros livros da série) e porque todos, além das duas crianças, se entregam a um ser vil e se deixam dominar totalmente? Fiquei com muitos questionamentos e mesmo sabendo que é uma ficção/distopia, algumas coisas simplesmente nem faziam sentido, mesmo para uma fantasia.
O fato dos meus questionamentos pessoais não atrapalha em nada a genialidade da criação e da formação de cada uma das personagem, da ambientação do Novo Mundo e de todo enredo carregado de muita aventura, mistérios, segredos, novidades a todo momento que tornam a leitura viciante e instigante até a última página.
E o conto adicional ao livro é totalmente revelador, mostra como Viola apareceu na trama e tudo o que aconteceu, sensacional. E recomendo sim a leitura para quem gosta de distopia e de mundos surreais.

NOTA : 4,60 DE 5,00


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SOBRE O AUTOR:

Foto -Patrick Ness

Patrick Ness é o autor best-seller da trilogia Chaos Walking e de A Monster Calls.
Aclamado pela crítica, já recebeu diversos prêmios como escritor de ficção para crianças, incluindo duas medalhas Carnegie, no Reino Unido. Já foi colunista do Sunday Telegraph e hoje é crítico literário no The Guardian. Patrick nasceu na Virgínia, nos Estados Unidos, e vive em Londres.


CHEIRINHOS

RUDY





29/09/2019

RESENHA #46 - “PARA TODOS OS GAROTOS QUE JÁ AMEI” - JENNY HAN


LIVRO: “PARA TODOS OS GAROTOS QUE JÁ AMEI”
TÍTULO ORIGINAL: “TO ALL THE BOYS I’VE LOVED BEFORE”
SÉRIE: PARA TODOS OS GAROTOS QUE JÁ AMEI
VOLUME 1
AUTORA: JENNY HAN
TRADUTORA: REGIANE WINARSKI
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS –320
  EDIÇÃO 2015
CATEGORIA: FICÇÃO AMERICANA
ASSUNTO: ROMANCE ADOLESCENTE
ISBN: - 978-85-8057-726-6

Para Todos os Garotos que Já Amei

CITAÇÃO:

“-Não sei por que está tão chateada. Fiz um favor a você. Eu poderia ter desmentido sua história.
Hesito. Ele tem razão. Poderia.
-E por que não fez isso?
-Você tem mesmo um jeito engraçado de agradecer. De nada, aliás.” (pág. 98)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Uma Garota com feições asiáticas, deitada na cama, escrevendo em um caderno.
Arte da capa: Lucy Ruth Cummins
Foto da capa: @2014 Anna Wolf
Lettering original: @2014 Nancy Howell
Adaptação de arte e lettering: Ô de casa

NOTA: 4,70  DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são brancas com letras pretas medianas.
Conteúdo: dedicatória; prefácio; setenta e dois capítulos numerados; e, agradecimentos.
Os capítulos são curtos e ajudam na leitura.
Diagramação: Filigrana.

NOTA: 4,00  DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa é descritiva em primeira pessoa pela protagonista, mostrando seus sentimentos, pensamentos e vontade. Os diálogos são complementarem e dão uma noção mais panorâmica de todo enredo através de outras personagens.
Pouquíssimos erros de ortografia.
Revisão: Milena Vargas.

NOTA: 4,70  DE 5,00

CITAÇÃO:

“Continuo estudando, mas é difícil me concentrar quando fico magoada. Digo para mim mesma que é só porque me dei ao trabalho de fazer brownies e arrumar a cozinha. É falta de educação marcar um compromisso e não aparecer. Ele não tem educação? Será que gostaria se eu fizesse o mesmo? E qual é o sentido de toda essa mentira se ele vai voltar para ela de qualquer jeito? O que eu ganho com isso? [...]”. (pág. 195)



SINOPSE:

“Lara Jean guarda suas cartas de amor em uma caixa azul-petróleo que ganhou da mãe. Não são cartas que ela recebeu de alguém, mas que ela mesma escreveu. Uma para cada garoto que amou — cinco ao todo. São cartas sinceras, sem joguinhos nem fingimentos, repletas de coisas que Lara Jean não diria a ninguém, confissões de seus sentimentos mais profundos.
Até que um dia essas cartas secretas são misteriosamente enviadas aos destinatários, e de uma hora para outra a vida amorosa de Lara Jean sai do papel e se transforma em algo que ela não pode mais controlar.”

CITAÇÃO:

“Dou um pulo e o abraço. Sinto vontade de chorar.
Papai Noel, ou seja, papai, nos dá presentes bobos como sacos de carvão e pistolas de água com tinta invisível dentro, mas também coisas práticas como meias esportivas, tinta para impressora e meu tipo favorito de caneta. Parece que Papai Noel também faz compras em lojas de departamento.” (pág. 295)

RESUMO SINÓPTICO:

LARA JEAN está com dezessete anos e é a filha do meio de uma família onde a mãe morreu e o pai é médico, porém está sempre presente na vida das filhas. MARGOT a irmã mais velha, fez o papel de mãe durante os últimos 6 anos, desde quando a mãe morreu e agora está prestes a ir para faculdade na Escócia. KATHERINE (KITTY) está com nove anos e é uma menina muito, muito esperta.
Lara Jean nunca namorou de verdade com ninguém, mas já gostou de alguns garotos desde o sétimo ano e resolveu escrever cartas de ‘término’ para eles, porém não para enviar, apenas como um ritual de esquecê-los. Guarda as cartas em uma caixa deixada pela mãe para ela. O pai faz um faxinão na casa e descarta muitas coisas. De repente os garotos começam a receber as cartas, elas foram enviadas por engano e os rapazes não ficam nada felizes com o que leem nelas.
Lara fica bem chateada, porque não era para eles terem recebido as cartas, principalmente JOSH, vizinho que namora com sua irmã Margot, mas foi o garoto que ela sempre amou... Margot acaba o namoro antes de viajar, porque acha que isso é o certo a fazer. Lara agora é a responsável por Kitty e precisa dar o exemplo, mas está difícil conviver com Josh, porque ele também diz que gostou de Lara antes de namorar com Margot, a maior confusão... a relação deles já não é a mesma.
PETER KAVINSKY foi outro garoto que recebeu uma carta de Lara também. Ele namorava com Genivieve há algum tempo. Gen é prima de Cris, melhor amiga de Lara, mas as primas não se dão muito bem. Peter conversa com Lara e resolvem ter um namoro de mentira. Peter para fazer ciúmes para GEn e Lara para afastar Josh, pois não acha justo gostar do namorado da irmã.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Antes de ter a oportunidade de ler esse livro, logo após o lançamento e nos anos subsequentes, li muitas boas resenhas sobre o livro, o que sempre me causou curiosidade pela leitura. Não posso negar que o livro é bonzinho, porém achava que fosse beeeeeeem melhor diante de tantas resenhas boas.
Na verdade até entendo porque as pessoas gostam muito do livro. É um drama adolescente, com problemas que passamos por essa fase, ainda tem a questão familiar, enfim, algo que atrai as pessoas para a leitura e elas gostam. Além da linguagem bem fácil de entender, uma dinâmica rápida e ainda tem a Kitty que para mim, é uma das melhores coisas do livro. Fácil de gostar.
Gostei do livro, entretanto, achei bem bobinho, sério. Achei que seria mais intenso e um pouco mais maduro. É uma leitura fácil, mesmo com mais de 300 páginas, ficamos tão envolvidos na leitura que quando demos por nós, puf, ela já acabou. E gostei também do final, tive uma surpresa que nem imaginava e só por esse fato já teria valido a pena, principalmente porque o amor familiar é tudo, concordam?
Algumas coisas ficaram rondando na minha mente, como algumas atitudes que Margot tomou, mas depois fiquei pensando: o livro não é sobre ela e sim sobre Lara, talvez não devessem mesmo serem aprofundados, ainda sim, fiquei curiosa por saber o que se passava na cabeça dela.
O maior crédito da autora foi em trazer personagens cativantes, não tem como não nos apaixonarmos por eles, por todos, tanto os principais como os secundários. Trouxe uma história fácil de ser ‘digerida’, sem muitos requintes e que serve perfeitamente para entretenimento, já que não tem nada de tão complicado. É uma leitura deliciosa de ser feita.
Quero poder ler a continuidade da série, principalmente para saber como tudo acontecerá no futuro. O livro termina de forma fechada, sem pontinhas soltas, mas acredito que deva ter mais histórias para o futuro.
Recomendo a leitura para quem gosta de livros mais brandos, com romances e dúvidas adolescentes e que gosta de pequenos dramas familiares.

NOTA : 4,70 DE 5,00

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SOBRE O AUTORA:

Foto -Jenny Han

Jenny Han nasceu na Virgínia, Estados Unidos, e cursou mestrado em escrita criativa pela New School. Sabe fazer um brownie perfeito, é ótima em inventar apelidos e tem paixão por livros de receitas. Sua série de TV preferida é Buffy – a caça-vampiros. Mora no Brooklyn, em Nova York.

CHEIRINHOS


RUDY




26/09/2019

RESENHA #45 - “O CONSTRUTOR DE PONTES” - MARKUS ZUSAK


LIVRO: “O CONSTRUTOR DE PONTES”
TÍTULO ORIGINAL: “BRIDGE OF CLAY”
AUTOR: MARKUS ZUSAK
TRADUTOR: STEPHANIE FERNANDDES e THAÍS PAIVA
EDITORA: INTRÍNSECA
 PÁGINAS – 528
  EDIÇÃO 2018
CATEGORIA: FICÇÃO AUSTRALIANA
ASSUNTO: ROMANCE
ISBN: - 9778-85-510-0398-5

O construtor de pontes

CITAÇÃO:

“Não havia dúvidas de que ele pintava bem, lindamente até; conseguia capturar um rosto, tinha um olhar apurado. Era capaz e desenvolver seus temas no papel ou na tela, mas a verdade é que ele sabia muito bem: fazia o dobro de esforço de todos os outros estudantes, que ainda produziam mais rápido. E seu talento se restringia a uma única área. À qual ele se agarrava com unhas e dentes.” (pág. 166)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

A capa é toda vermelha com teclado de piano branco e preto como se estivesse sendo arrancado e voando, como os pássaros brancos e pretos que o sobrevoam.
Capa: Aline Ribeiro/linesribeiro.com
Imagem: @Shutterstock/Ildar Galeev

NOTA: 4,70  DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são levemente amareladas com letra pretas Electra LH e folhas pretas com letras brancas dividindo as partes do livro.
Conteúdo: dedicatória; antes do início; oito parte numeradas e com títulos; depois do fim; e agradecimentos.
Diagramação: Julio Moreira/Equatorium Design.

NOTA: 4,70  DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa é descritiva em primeira pessoa por um dos protagonistas, escrevendo um livro como se fosse uma fábula. Alguns diálogos complementares mostram os comportamentos e atitudes das personagens.
A linguagem é envolvente, criativa, de fácil entendimento, como as próprias fábulas são.
Revisão: Ângelo Lessa, Giu Alonso, Cristiane Pacanowski/Pipa Conteúdos editoriais, Juliana Werneck, Luisa Suassuna, Mariana Bard.

NOTA: 4,60  DE 5,00

CITAÇÃO:

“No fim, tudo foi definido enquanto ela tomava chá. Surgiu a certeza abjeta sobre a única forma de me ajudarem, e não era comparecerem à escola. Não era buscar proteção.” (pág. 263)

“A primavera se transformava em verão, e seguíamos em marcha.
Era correr e viver.
E manter a disciplina, perfeitos idiotas.
Em casa, ficávamos à deriva; sempre tínhamos razões para brigar, gargalhar ou fazer as duas coisas ao mesmo tempo.
Nas ruas, era diferente:
Quando corríamos, sabíamos onde estávamos.
Acho que era a combinação perfeita de amor nos tempos do caos e amos nos tempos do controle; éramos puxados para os dois lados, e vivíamos entre extremos.” (pág. 344)


SINOPSE:

“Se em A menina que roubava livros é a morte quem conta a história, em O construtor de pontes, novo romance de Markus Zusak, presente e passado se fundem na voz de outro narrador igualmente potente: Matthew, o filho mais velho da família Dunbar. Sentado na cozinha de casa diante de uma máquina de escrever antiga, ele precisa nos contar sobre um dos seus quatro irmãos, Clay. Tudo aconteceu com ele. Todos mudaram por causa dele.
Anos antes, os cinco garotos haviam sido abandonados pelo pai sem qualquer explicação. No entanto, em uma tarde ensolarada e abafada o patriarca retorna com um pedido inusitado: precisa de ajuda para construir uma ponte. Escorraçado pelos jovens e por Aquiles, a mula de estimação da família, o homem vai embora novamente, mas deixa seu endereço num pedaço de papel. Acontece que havia um traidor entre eles: Clay.
É Clay, então, quem parte para a cidade do pai, e os dois, juntos, se dedicam ao projeto mais ambicioso e grandioso de suas vidas: uma ponte feita de pedras e também de lembranças — lembranças da mãe, do pai, dos irmãos e dele mesmo, do garoto que foi um dia, antes de tudo mudar. O tempo, assim como o rio sob a ponte, tem uma força avassaladora, capaz de destruir, mas também de construir novos caminhos.
O construtor de pontes narra a jornada de uma família marcada pela culpa e pela morte. Com uma linguagem poética e inventiva, Markus Zusak nos presenteia mais uma vez com uma história inesquecível, uma trama arrebatadora sobre o amor e o perdão em tempos de caos.”

CITAÇÃO:

“Ele jamais seria capaz de expressar sua gratidão, pelo livro e pelo toque dos braços dela. Sabia que nunca mais voltaria a vê-la, que não haveria mais nada a ser dito. Pela fresta derradeira, antes de as portas do elevador se fecharem por completo, ela abriu um sorriso.” (pág. 447)

RESUMO SINÓPTICO:

MATTHEW DUNBAR está sentado em sua cozinha, teclando na velha máquina de escrever e divagando sobre as lembranças do passado. Traz para si a responsabilidade de contar  a história da família Dunbar, principalmente um dos seus quatro irmãos: CLAY.
Os cinco irmãos: MATTHEW, HORY, HENRY, CLAYTON E THOMAS tentam sobreviver nos arredores do subúrbio de Sidney, de uma forma bem desorganizada, entre móveis velhos, filmes antigos, jogos de games, roupas espalhadas e muitas brigas entre eles. Passaram por muitas dificuldades: viram a mãe morrer alguns anos atrás e o pai desaparecer, deixando-os sozinhos...
Cada irmão tomou um rumo em suas vidas: Matthew trouxe para si a responsabilidade de cuidar dos irmãos mais novos; Rory se tornou um lutador bruto e invencível, mas com o péssimo hábito de furtar as caixas de correio do bairro; Henry se tornou um colecionador que vive ‘garimpando’ objetos em vendas de garagem; o caçula Thomas traz para casa todos os animais que encontra pela rua, inclusive a mula Aquiles; e, Clay que passou a vida se preparando fisicamente para algum tipo de construção que ainda não sabe qual é... ele é a personagem central de toda a trama familiar dos Dunbar.
Um belo dia MICHAEL DUNBAR, pai dos garotos, irrompe em sua antiga casa e faz uma convite inesperado: precisa que um deles o ajude a construir uma ponte. Os filhos bem revoltados nem querem saber do que o pai precisa ou não, e, não aceitam a proposta dele, menos o ‘traidor’: Clay, que resolve acompanhar o pai para tal construção da ponte.
Clay descobre que essa construção não é apenas material, pedras, cimento e material de construção, é feita de lembranças do passado, carregadas de dor, sofrimento, perdas e acima de tudo de perdão...

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:

Sei que o autor se tornou renomado aqui no Brasil após o livro “A menina que roubava livros” e é tido como uma dos melhores escritores, devido sua narrativa. Não discordo disso após ler “O construtor de pontes, embora no primeiro quinto do livro, até pensei em deixar a leitura (coisa que nunca faço), não porque o livro seja ruim, mas não conseguir me conectar de primeira com a linguagem usada por ele, vagava entre as linhas sem estar entendendo nadinha...(erro meu). Como não sou de desistir de nenhuma leitura, principalmente de um escritor considerado tão bom, dei um tempo, fui ler outro livro mais empolgante e depois retomei a leitura e assim sim, pude me emocionar e aproveitar todo conhecimento transmitido pelo autor em sua fábula bem escrita.
Devo alertar que talvez não seja um livro para todos os leitores, primeiro porque é como se fosse uma colcha de retalhos, um quebra cabeças a ser montado aos poucos, porque vai ao passado, retorna ao presente e vão se confundindo e entremeando os fatos aos quais devemos estar atentos aos detalhes para não perder uma só lógica exposta; em seguida acompanhamos o sofrimento dos irmãos, todo caos familiar que foram obrigados a enfrentar, as perdas, o luto, a briga entre os irmãos para se manterem um pouco sãos diante da total desestrutura que passaram na adolescência; e ainda, toda a linguagem poética que envolve o enredo, além de algumas tiradas mais irônicas e humorísticas que tentam amenizar todos os sentimentos envolvidos aos protagonistas, e isso pode mexer muito com as emoções de quem está lendo.
Quando o livro começa a ficar angustiante diante da vida desses rapazes, confesso que uma vez mais pensei em desistir da leitura. Achei que, ainda vivendo meu próprio luto, não seria capaz de enfrentar tanta dor e sofrimento que as personagens muito bem delineadas mostravam, porém já estava conquistada por eles e resolvi uma vez mais continuar a leitura, mesmo me compadecendo com tudo. E foi muito bom, porque todas as reflexões e quebra de paradigmas que o livro traz, puderam ordenar melhor meus sentimentos e saber que o perdão é o melhor caminho para curar tudo.
Sei que essa resenha pode parecer um pouco diferenciada e talvez menos objetiva dos que costumo fazer, mas é que o livro realmente  trouxe para mim, grandes reflexões e algumas mudanças que talvez não esteja conseguindo transcrever para cá, foi bem mais profundo do que esperava e ao mesmo tempo, catártico para minha dor.
Recomendo a leitura sim e com grande prazer.

NOTA : 4,80 DE 5,00

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SOBRE O AUTOR:

Foto -Markus Frank Zusak

Mais novo de quatro filhos de um austríaco e uma alemã, Markus cresceu ouvindo histórias a respeito da Alemanha Nazista, sobre o bombardeio de Munique e sobre judeus marchando pela pequena cidade alemã de sua mãe. Ele sempre soube que essa era uma história que ele queria contar.
"Nós temos essas imagens das marchas em fila de garotos e dos 'Heil Hitlers' e essa ideia de que todos na Alemanha estavam nisso juntos. Mas ainda haviam crianças rebeldes e pessoas que não seguiam as regras e pessoas que esconderam judeus e outras pessoas em suas casas. Então eis outro lado da Alemanha Nazista", disse Zusak numa entrevista com o The Sydney Morning Herald.
Aos 30 anos, Zusak já se firmou como um dos mais inovadores e poéticos romancistas dos dias de hoje. Com a publicação de "A Menina que Roubava Livros", ele foi batizado como um "fenômeno literário" por críticos australianos e norte-americanos. Zusak é o autor vencedor do prêmio de quatro livros para jovens: "The Underdog", "Fighting Ruben Wolfe", "Getting the Girl", e "Eu Sou o Mensageiro", receptor de um Printz Honor em 2006 por excelência em literatura jovem. Markus Zusak vive em Sydney com sua esposa e sua filha. Gosta de surfar e assistir filmes em seu tempo livre.

CHEIRINHOS

RUDY




27/02/2019

RESENHA #11 - BLACK HAMMER: ORIGENS SECRETAS - JEFF LEMIRE, DEAN ORMSTON E DAVE STEWART


LIVRO: BLACK HAMMER: ORIGENS SECRETAS
TÍTULO ORIGINAL: BLACK HAMMER: SECRET ORIGINS
SÉRIE: BLACK HAMMER
VOLUME I
AUTOR(es):  JEFF LEMIRE, DEAN ORMSTON E DAVE STEWART
TRADUTOR(es): Fernando Scheibe e Leonardo Alves
EDITORA: INTRÍNSECA
 PÁGINAS –184
  EDIÇÃO 2018
CATEGORIA: GRAFIC NOVEL
ASSUNTO: FICÇÃO
ISBN: - 978-85-510-0337-4

Black Hammer: Origens secretas

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Ilustração com as personagens Abraham Slam, Menina de Ouro, Coronel Weird, Madame Libélula e Barbalien, personagens que protagonizam a história.
Feita por: Dean Ormston e Daave Stewart.

NOTA: 4,00  DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

Nenhuma descrição de foto disponível.

Quadrinhos coloridos com letras pretas.
Conteúdo: seis primeiros exemplares numerados e com títulos referente a cada personagem e título do capítulo; a verdadeira origem secreta de Black Hammer; ilustrações dos esboços originais; e, o caderno de rascunhos de Black Hammer – comentários de Dean Ormston.
Cores: Dave Stewart.
Arte: Dean Ormston.
Letras: Todd Klein.
Ilustrações das aberturas de capítulos: JEFF LEMIRE, DEAN ORMSTON E DAVE STEWART.

A imagem pode conter: 2 pessoas

Presidente e Publisher original: Mike Richardson.
Editores originais: Brendan Wright e Daniel Chabon.
Designer: Rick DeLucco.
Editor da coleção original: Daniel Chabon.
Assistentes Editoriais: Ian Tucker e Cardner Clark.
Técnica de arte digital: Christina McKenzie.
Diagramação e lettering: Antonio Rhoden.
Formato: 17 x 26 x 1

A imagem pode conter: 1 pessoa

NOTA: 4,80  DE 5,00

- ESCRITA:

Acessível, de fácil entendimento e bem traduzido. Alguns termos ficcionais introduzidos nas escrita.
Revisão: Victor Almeida e Rayssa Galvão.

NOTA: 4,80 DE 5,00

SINOPSE:

“Black Hammer é representante nobre da obra de Jeff Lemire, um dos maiores nomes dos quadrinhos atualmente. Eleita a Melhor Série Original de 2017 pelo Eisner Awards, o principal prêmio internacional de quadrinhos, a obra de Jeff Lemire com o artista Dean Ormston e o colorista Dave Stewart explora os percalços na vida de heróis em decadência.
No passado, eles salvaram o mundo, mas agora levam vidas medíocres em uma cidade rural fora dos limites do tempo. Não há como fugir, mas Abraham Slam, Menina de Ouro, Coronel Weird, Madame Libélula e Barbalien tentam empregar suas habilidades extraordinárias para se libertar desse incomum purgatório.
Obrigados a disfarçar seus poderes, sua natureza e suas origens aos olhos dos habitantes locais, eles personificam uma típica família disfuncional, tentando criar para si uma vida normal. Este primeiro volume, Black Hammer: Origens secretas, reúne os primeiros seis fascículos originais e conta ainda com posfácio do autor, perfis da construção de personagens e esboços originais.”

RESUMO SINÓPTICO:

A editora compilou os seis primeiros volumes da série em um único exemplar. Cada volume trás um dos protagonistas e conta um pouco de sua história pessoal. No decorrer desses últimos dez anos, eles foram exilados em uma espécie de cidade prisão, onde precisam viver como uma família normal em uma pacata fazenda escondendo seus poderes e identidades enquanto não descobrem uma maneira de fugir daquele lugar.
No enredo de Origens Secretas somos apresentados a Abraham Slam, Gail, Barbalien, Coronel Weird, Talky Walky e Madame Libélula. Todos possuem características e poderes bem peculiares e foram habitantes de Spiral City. Em um passado não muito distante, o grupo salvou a cidade de várias ameaças. Porém, ao enfrentarem um poderoso inimigo, acabaram sendo transportados para uma idílica fazenda em uma dimensão paralela. Os antigos campeões da cidade foram exilados e os habitantes da cidade que tantas vezes eles salvaram não fazem a menor ideia do que aconteceu, só que eles desapareceram. Já se passaram dez anos e ninguém do grupo sabe como foi parar ali, nem o motivo e nem se um dia vão conseguir dali.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR(es):

Já há muito tempo quero introduzir no blog e me aventurar em leituras que geralmente não faço, como as Grafics Novels. E fiquei muito feliz quando ganhei essa, porque é bem atual, os escritores são conhecidos no mundo dos quadrinhos (embora não por mim) e quem sabe um novo público se aproxime do blog. Já fiz umas duas resenhas de outras HQs no passado, mas algo bem esporádico e espero poder trazer mais em pouco tempo e tornar um hábito.
Apesar de nesse exemplar a editora ter juntado os seis primeiros volumes da série, achei bem interessante porque como não conhecia as personagens, pude ter uma noção sobre o passado de cada um e como ficaram ‘presos’ em um mundo alternativo, devido ao confronto com um inimigo em comum. O que achei bem legal é a história ser de super heróis, porém diferente dos super heróis que estamos acostumados, esses aqui tem um ar mais sombrio e tenebroso. Não é uma história de terror, porém tem nuances de algo sombrio, que achei muito interessante  e diferente e chamou minha atenção.
As ilustrações são de traços fortes e expressivos, com um colorido mais ‘fechado’, mais tenebroso, porém, muito bem feitas.
E gostei também que no final podemos apreciar como foi a criação das personagens, as ilustrações iniciais feitas pelo autor e as posteriores feitas por outro companheiro de jornada, já que Jeff Lemire estava envolvido com outros projetos.
Ter ousado fazer essa leitura foi muito instigante, ainda mais por ser uma HQ não tão convencional como as que vemos no mercado por ai. Pode ser que essa observação seja bem pessoal, já que minha experiência com HQs se resumem aos super heróis convencionais.
Para quem como eu  quer se arriscar nesse mundo dos quadrinhos e gosta de ficção, mais que recomendado.

NOTA : 4,00 DE 5,00

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SOBRE O AUTOR(es):

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JEFF LEMIRE é autor e ilustrador canadense. Entre suas principais obras estão O soldador subaquático e a trilogia Condado de Essex. Foi eleito duas vezes melhor quadrinista do Canadá pelo Schuster Award. Além de suas graphic novels independentes, passou por grandes editoras norte-americanas, como a Marvel e a DC, onde atuou em séries como Arqueiro Verde, Constantine, Cavaleiro da Lua e outras.

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DAVE STEWART é um colorista americano considerado lendário no mundo dos quadrinhos, tendo ganhado o Eisner seis vezes. Já trabalhou com a DC, a Marvel e a Dark Horse, em títulos como Hellboy, Star Wars, Ultimate X-Men, Capitão América e Superman, entre outros.

Dean Ormston on Discogs

DEAN ORMSTON é ilustrador britânico. Seus trabalhos mais notáveis são a série 2000 AD e os títulos do selo Vertigo, da DC.

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