LIVRO: “MÃE, ME ENSINA A CONVERSAR” (LITERATURA NACIONAL)
SUBTÍTULO: “VENCENDO O AUTISMO COM AMOR”
AUTORA: DALVA TABACHI
EDITORA: ROCCO
PÁGINAS – 93
1ª EDIÇÃO 2006
CATEGORIA: BIOGRAFIA/PSICOTERAPEUTA E PACIENTE
ASSUNTO: AUTISMO/RELAÇÕES COM A FAMÍLIA
ISBN: - 978-85-3252-108-8
CITAÇÃO:
“[...] Quando a realidade é muito dura, a pessoa tende a não
aceita-la. A verdade está à sua frente, mas você não a vê... [...]” – (pág. 26)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Amarela e preta com uma menino e a sombra da mãe atrás dele.
Ilustração da capa: Flor Opazo.
NOTA: 4,00 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amareladas com letras pretas medianas.
Conteúdo: dedicatória; sumário; agradecimentos; introdução;
por que este livro; vinte e três
capítulos com títulos; e, uma reflexão final.
Impressão e acabamento: Editora JPA Ltda.
NOTA: 4,70 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em primeira pessoa pela mãe do
protagonista Ricardo e tem pareceres de alguns especialistas que trabalham com
ele.
A linguagem é muito enternecedora, envolvente, de fácil
entendimento e demonstra sentimentos profundos.
Preparação de originais: Heliete Vaitsman e Pedro Karp
Vasquez.
NOTA: 4,70 DE 5,00
CITAÇÃO:
“A dedicação e a solidariedade costumam ser uma via de mão
dupla, em que o aprendizado é mútuo. [...]” – (pág. 39)
“Mas, como diz o ditado, a cada um conforme suas
possibilidades. Aceitar as diferenças, sem discriminar ninguém por causa delas,
nos torna melhores como seres humanos. [...]” – (pág. 56)
SINOPSE:
“Para a maioria, o autismo equivale a uma sentença de morte
em vida, com suas vítimas passando silenciosamente pela vida, prisioneiros de
seus corpos, navios fantasmas que não atracam em nenhum porto.
Esse livro, emocionante e instrutivo, prova que o amor de
uma mãe é capaz de mudar isto. É capaz de realizar milagres que nada têm de
sobrenaturais, visto que são auxiliados por dezenas de médicos, terapeutas e
outros especialistas, todos igualmente movidos pela mesma certeza e visando a
um único objetivo: resgatar Ricardo de seu isolamento e inseri-lo no convívio
social.
A saga deste jovem carioca, que hoje trabalha e é campeão de
natação, é uma inspiradora lição de tenacidade, esperança e, sobretudo, amor.
Uma história que não deixará ninguém indiferente.”
CITAÇÃO:
“[...] Quem foge nunca tem o prazer da vitória. Além do
mais, sei que, com meu exemplo, vou ajudar muita gente que não acredita que um
mudo pode falar, um surdo pode ouvir e um autista, quando bem orientado por
profissionais competentes e cercado de muita paciência e amor, pode tornar-se um
ser humano verdadeiramente integrado e feliz.” – (pág. 92)
RESUMO SINÓPTICO:
DALVA e PEDRO trabalhavam juntos e acabaram construindo uma
relação afetiva que chegou ao casamento. Juntos batalharam para progredir,
enfrentando as dificuldades e colhendo os frutos da estabilidade financeira.
Após um ano de casamento, engravidou e em 25 de abril de 1981, nasceu RICARDO.
DALVA tinha 33 anos e era uma mulher independente, teve um
parto normal e sem dor. Insegura por ser ‘marinheira de primeira viagem’ em
relação a maternidade, contratou uma babá-enfermeira para acompanhar Ricardo
enquanto continuava a trabalhar. Ricardo estava sempre arrumado, cheiroso, bem
alimentado, mas chorava muito na hora de dormir, o que preocupava os pais. A
família aumentava e nasceram BERNARDO, ALAN e RODRIGO.
Aos três anos Dalva começou a perceber que Ricardo era
diferente das outras crianças, vivia em seu próprio mundo, não falava uma só
palavra, tinha dificuldades motoras, falta de coordenação com os objetos, não
mastigava direito e entrou no jardim da
infância. A psicóloga após contato com Ricardo e observar seu comportamento,
comunicou a Dalva que acreditava que ele tinha autismo, à partir daí, ela
começa a busca por especialistas que poderiam confirmar o entendimento da psicóloga.
Foi em busca do pediatra e de um psicanalista. Acabou dispensando a enfermeira
e passou a tomar conta dos filhos em um horário.
Após o diagnóstico comprovado, Dalva apoiada sempre por
Pedro, foi em busca da melhoria e/ou da cura do filho. Sabia que como mãe e
guerreira, poderia operar milagre com o filho e com ajuda de médicos,
terapeutas e outros especialistas, empenhou-se para inserir Ricardo na sociedade.
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
O livro mostra toda a luta, trabalho e carinho ao longo dos
anos para melhorar a condição e autismo de Ricardo. Fala sobre a busca durante
todos os anos de uma melhoria para seu filho e como o amor dela como mãe, do
pai e dos irmãos, além dos especialistas.
O mais encantador no livro é a obstinação e o amor que a mãe
tem por seu filho ‘diferente e o empenho em torna-lo incluído na sociedade, o
que não foi em vão, porque hoje, Ricardo trabalha, é campeão de natação e procura
se superar a cada dia para se sentir mais integrado.
O relato é bem verdadeiro, mostrando a indignação quando
percebe que o filho sofre algum tipo de preconceito, mostra de forma
cronológica como foi criada a família, o quanto todos foram importantes para a
evolução gradual de Ricardo e ainda que, é preciso a ajuda de vários
especialistas e de muito amor para que houvesse essa melhoria.
Confesso que esperei mais do livro. Mesmo em alguns momentos
ela descrevendo todo esforço, pareceres dos especialistas em relação a melhora
do filho, o amor do pai e dos irmãos por ele, não sei... tinha a expectativa de
que o livro fosse ainda mais detalhado ou que Ricardo tivesse um pouco de voz
no livro.
Bom, mas isso era uma expectativa minha, o que não quer
dizer o livro não seja bom, é excelente e importante, porque acredito que
leituras como esta, tragam a discussão de um tema muito importante que é a
inclusão dos especiais e do quanto o amor é importante para estimular a melhora
e o desenvolvimento.
Recomendo a leitura para quem como eu, gosta de família, de
problemas psicológicos e do quanto o amor pode curar muita coisa, se não tudo,
em nossas vidas.
NOTA : 3,80 DE 5,00
SOBRE O AUTORA:
Dalva Tabachi nasceu em 1948, no Rio de Janeiro, onde vive
com o marido e os quatro filhos. É comerciante da área de moda, pintora
amadora, nadadora master do Flamengo e escreveu seu primeiro livro baseando-se
nas anotações e observações sobre a trajetória do seu filho Ricardo.
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