Olá, Rudynalva Soares
Este é um livro que nos surpreende e cativa. Um romance policial que se passa no Brasil em tempos do Império! Que mostra também o lado não submisso do negro escravizado, mas não conformado. O filósofo, a enfermeira e o trapaceiro é o mais recente lançamento do selo Marco Polo, da Editora Contexto, que se junta a sucessos como Portões de fogo, de Steven Pressfield, e A amiga de Leonardo Da Vinci, de Antonio Cavanillas de Blas, nesta coleção que une deliciosas narrativas a um primoroso trabalho de pesquisa histórica. Escrita por Max Velati, a narrativa vai empolgar e deliciar seus leitores.
No Brasil dos barões do café e dos traficantes de escravos, no paraíso dos brancos e inferno dos negros, acompanharemos a arriscada jornada de três improváveis investigadores: um jogador viciado, um filósofo africano trazido como escravo e uma enfermeira austríaca assombrada pelo passado. Três destinos que se encontram no Brasil do século XIX para desvendar crimes cometidos por vingança, mas também em nome da religião e do racismo.
O leitor deve se preparar para percorrer grandes distâncias e visitar lugares perigosos, encarar assassinatos, castigos, traições, violência e a crueldade da escravidão, junto a um trio incomum que desafia as tradições e desvenda crimes há muito já enterrados. Conheça O filósofo, a enfermeira e o trapaceiro:
– Eu tinha 11 anos quando numa tarde quente de outubro decidi ser na vida um canalha. (César, o trapaceiro)
– Tomaram essas decisões a meu respeito, mas não me conhecem. Pelas leis de onde nasci e onde todos me conhecem, eu sou Isoba, neto do grande Ajani e um homem livre. Mudar o meu nome e me chamar de escravo não muda quem eu sou. Chamar uma zebra de falcão não fará a zebra voar. (Isoba, o filósofo)
– Não posso dizer que a acolhida no Brasil foi calorosa, mas não foi hostil. Passado o choque em relação aos odores, à sujeira e ao barulho, não era um mau destino.(Agnes, a enfermeira)
