RESENHA #32 - “AFRO AFETOS” (LITERATURA NACIONAL) - LELÊ ALVES

 

LIVRO:  “AFRO AFETOS” (LITERATURA NACIONAL)

SUBTÍTULO: “POESIAS DE AMOR, DOR E REVOLTA”.

AUTORA: LELÊ ALVES

EDITORA: AMAZON/INDEPENDENTE

 PÁGINAS –79

1ª  EDIÇÃO 2021

CATEGORIA: LITERATURA NACIONAL

ASSUNTO: POEMAS/POESIAS

ISBN: -  B08WL9HZ8Z

 

 

PRIMEIRO PARÁGRAFO:

 

“A  rte

M  antém

O  que

R  espira”

 

ANÁLISE TÉCNICA:

 

-CAPA-

 

Toda amarela com fios interligando as pontas dos dedos.

Capa: LARISSA CHAGAS.

 

NOTA: 4,50 DE 5,OO

 

-DIAGRAMAÇÃO:

 

Conteúdo: dedicatória; sumário; aviso importante; prefácio; pensamento; três partes: amor, dor e revolta; agradecimentos; sobre a autora; e outro livro da autora.

SOL NOELY.

 

NOTA: 4,70 DE 5,00

 

- ESCRITA:

 

A narrativa é em primeira pessoa, sem rimas. Intercalada com ilustrações.

A linguagem é de fácil entendimento, atual, descritiva e bem escrita.

REVISÃO: LUCIANA FAUBER.

ILUSTRAÇÕES: GYOVANNA CABRAL.

 

NOTA: 4,80 DE 5,00

 

SINOPSE:

 

“Um povo que foi escravizado e discriminado pode refletir sobre as consequências desses atos de diversas maneiras, inclusive sentimentos. Dor, amor e revolta são alguns deles. Dor pelas injustiças, amor uns com os outros e revolta como uma resposta. Nesta coletânea de poesias informais esses afetos são expressos de maneira artística, buscando não somente repensar sobre a nossa realidade como também emitir o que muitas vezes não é dito em voz alta.”

“Nós negros temos sido profundamente feridos, como a gente diz, ‘feridos até o coração’, e essa ferida emocional que carregamos afeta nossa capacidade de sentir e consequentemente, de amar. Somos um povo ferido. Feridos naquele lugar que poderia conhecer o amor, que estaria amando.” - Bell Hooks.

 

 

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

 

AVISO: O LIVRO TRAZ GATILHOS SOBRE RACISMO, HOMOFOBIA, MACHISMO, DEPRESSÃO, ANSIEDADE, ASSASSINATO E VIOLÊNCIA POLICIAL, portanto, se é sensível a qualquer desses temas, não leia.

Como mulher branca tenho tentado ler mais sobre os negros, sua cultura, suas agrurias, sociedade, seu mundo, para entender melhor o que sentem e pensam.

O livro é um relato visceral de todas as mazelas vividas pela autora e seu povo. A leitura foi intensa, profunda, dolorosa, tão verdadeira que é como se recebesse um tiro no peito. Sabemos da discriminação, do racismo, da escravização de ouvir falar. Lendo percebemos que existe muito mais por trás, muito mais dor, muito mais violência, injustiça e desvalorização da raça negra... algo a nível inimaginável.

Percebi que temos de refletir sobre tudo que não é dito abertamente, algo velado, atitudes escrachadas de preconceito, ódio e violência através do preconceito não explicitado em palavras, entretanto, com ações cruéis e evidentes que se relacionam com a cor da pele.

Um relato, desabafo indignado de quem sofreu e sofre vários tipos de preconceito, não apenas relacionado a misoginia, a cor da pele, a degradação do povo negro... algo mais profundo e estarrecedor que precisamos aprender, conhecer e refletir, até em pequenos atos que fomos condicionados pela sociedade a cometer.

Recomendo a leitura para todos, mas como falei, lembrem-se dos gatilhos. Leitura mais que necessário para desvendarmos o véu que cobre nossos olhos para os sentimentos intrínsecos sofridos.

 

NOTA :  4,00 DE 5,00

 

SOBRE O AUTORA:

 

Lelê Alves nasceu em Belo Horizonte, MG. A escritora e poeta começou com fanfics no Wattpad, para em seguida publicar suas histórias originais na plataforma. Além disso, escreve poesias no Instagram e participa do coletivo Nosso Sarau, em Sarzedo. Como uma boa ariana, ela começa sua publicação independente com uma coletânea de contos intitulada "Geminianas".

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