LIVRO: EVOLUÇÃO 2.0
(LITERATURA NACIONAL)
SUBTÍTULO: “O SUPER-HOMEM”
AUTOR: GEORGE LUIZ
EDITORA: PENALUX
PÁGINAS – 228
1ª EDIÇÃO 2021
CATEGORIA: FICÇÃO BRASILEIRA
ASSUNTO: FICÇÃO/REFLEXÃO/EVOLUÇÃO HUMANA/TECNOLOGIA
ISBN: - 978-65-5862-250-5
PRIMEIRO PARÁGRAFO:
“-QUANDO OLHAMOS PARA A HISTÓRIA DA HUMANIDADE, PERCEBEMOS
QUE A DESIGUALDADE É UM MAL QUE QUASE SEMPRE ESTÁ PRESENTE. DESDE O MOMENTOQUE
CRIAMOS A AGRICULTURA, NOSSA ESPÉCIE NÃO CONSEGUE DISTRIBUIR AS RIQUEZAS PARA A
SOCIEDADE DE UMA MANEIRA JUSTA. E A TECNOLOGIA
ACABOU SENDO ENGOLIDA POR ESSE MAL; POR EXEMPLO, AS INOVAÇÕES TECNOLOGICAS
MAIS RECENTES SEMPRE CHEGAM PRIMEIRO AOS
MAIS RICOS. ISSO OCORRE TANTO COM ESTADOS QUANTO COM INDIVÍDUOS. ANTES PARA
SABER A DIFERENÇA ENTRE AS PESSOAS EM
TERMO DE CLASSES, BASTAVA OLHAR PARA SEUS PERTENCES; CARROS, CASA, ROUPA,
ELETRÔNICOS DE NÍVEIS BEM DISTINTOS. HOJE, PARA PERCEBERMOS ESSAS DIFERENÇAS,
BASTA SIMPLESMENTE OLHAR PARA AS PRÓPRIAS PESSOAS. NÓS LUTAMOS PARA QUE OS
TRATAMENTOS GENÉTICOS SE TORNEM UM BEM PARA TODOS E NÃO APENAS PARA OS QUE
POSSUEM MELHORES CONDIÇÕES FINANCEIRAS.”
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Uma figura aparentemente humana em pé, raios de sol cobrindo
a parte inferior, céu azulado ao fundo e a cadeia de DNA saindo por trás do
corpo.
A capa é bem representativa sobre o conteúdo do livro.
CAPA: Guilherme Peres.
NOTA: 4,50 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
Conteúdo: sumário; e, quatorze capítulos com títulos.
Simples e eficaz.
Diagramação: Guilherme Peres.
NOTA: 4,50 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em terceira pessoas e a maior parte
da escrita é através de diálogos.
A linguagem é acessível, de fácil entendimento, um tanto
filosófica em alguns trechos e reflexiva.
CITAÇÃO:
“A capacidade racional do ser humano é sua grande
arma de sobrevivência e, ao mesmo tempo, é um grande perigo para ele.” (pág.
98)
SINOPSE:
“Em uma sociedade onde os mais ricos possuem acesso desigual
à tecnologia, Frank, um homem medíocre, procura mudar sua vida ao entrar para
uma seita que incentiva intervenções genéticas para evoluir a espécie humana.
Em sua busca por uma evolução biológica e pessoal, ele irá se deparar com uma série de encontros
inusitados e diálogos únicos, sempre procurando responder à questão: até que
ponto a tecnologia pode melhorar o ser humano?”
RESUMO SINÓPICO:
O autor se utiliza de
um protagonista, Frank, que se sente um
ária da sociedade, invisível para muitos e com sonhos de viajar para Marte,
tipo um paraíso onde apenas os bem sucedidos socialmente e ricos, conseguem
chegar lá. São necessárias várias mudanças genéticas para que já adaptação ao
planeta e elas custam caro.
Através de um seita que acompanha o pregador pela TV, resolve ir procurá-lo. Simão, o
pregador, se interessa pelo perfil de Frank e resolve ajudá-lo a fazer as
transformações necessárias para que vá à Marte. Claro que seu maior objetivo é
provar suas teorias sobre a evolução biológica da humanidade através da tecnologia.
CITAÇÃO:
“Os últimos eventos que você presenciou mostraram um lado sombrio da natureza humana. O conhecimento usado de maneira pouco sábia. Inteligência sem sabedoria é como um veículo em alta velocidade sem freio.” (pág. 212)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
Gosto de poder conhecer novos autores nacionais, quem
acompanha o blog sabe disso. E fiquei feliz com a possibilidade de ler uma
ficção científica e não apenas
distópica, mas que envolve também vários assuntos correlatos, questionáveis e
de certa forma, reflexivos.
O livro traz críticas sobre a tecnologia, o uso excessivo do
celular, clones, mudança de fisionomia, robôs com emoções, religiosidade,
reflexões sobre como o ser humano cria ‘coisas’ sem pensar no futuro e claro,
fala também sobre a tecnologia evoluída.
Muitos assuntos, concordam? Todos bem construídos e
inseridos no enredo paulatinamente e de
uma forma que o leitor consegue entender o raciocínio das personagens, ao mesmo
tempo que vai se questionando sobre o assunto abordado, trazendo de alguma
maneira a filosofia para a leitura.
Mostra ainda como a sociedade se reúne como tribos, onde os
que tem mesmo interesses e posses, juntam-se, excluindo os menos favorecidos.
Acredito que conhecemos muito sobre isso, concordam? E aí está a maior crítica
social.
Outras personagens fazem parte da trama e mostram a visão do
‘monstro’ criado através da evolução tecnológica, bem interessante. Algo como
uma releitura do Frankstein, mostrando o super-homem, distorcido, é claro.
Confesso que é uma leitura agradável. Demorei um pouco mais
do que o normal para fazer a leitura, justamente por ter de refletir em vários
pontos e entender qual o real sentido do livro. E também por tantas outras
leituras feitas em conjunto. Valeu à pena!
Recomendo muito a leitura.
NOTA : 4,50 DE 5,00
CITAÇÃO:
“[...]Cada tribo vê a si mesmo como dona de todas
as respostas, dona de todos os pedaços necessários para montar o mundo. A
verdade é que elas possuem apenas uma fração disso, a ideia de uma tribo é completada
pela ideia da outra; por isso é tão importante ter a alternância de ideologias
no poder, por exemplo, e vários tipos de pensamentos dentro da socie-dade, para
que as pessoas possam ter uma boa liberdade de escolher o que vão querer ser e
como viver.” (PÁG. 225)
SOBRE O AUTOR:
George Luiz Araújo de Lemos é natural do Rio de Janeiro,
porém, atualmente reside em Pernambuco. É Bacharel em Sistemas de Informação
pela UNINASSAU e chegou a estudar por 2 anos Administração na Universidade
Federal de Pernambuco (UFPE), mas acabou abandonando o curso. Atua
profissionalmente como funcionário público estadual na Universidade de
Pernambuco (UPE). Lançou seu primeiro romance “Os Espelhos” em 2006. Além de
romancista, também escreve contos e poesias.
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