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28/06/2015

RESENHA #35 - ”SOBRE MOCINHOS E BANDIDOS” (LITERATURA NACIONAL) - FABIO DIAZ MENDES



LIVRO:”SOBRE MOCINHOS E BANDIDOS” (LITERATURA NACIONAL)
AUTOR: FABIO DIAZ MENDES

EDITORA: PENALUX

SELO: LAMPEJOS

PÁGINAS –173

1ª  EDIÇÃO 2015

CATEGORIA: LITERATURA NACIONAL

ASSUNTO: CONTOS

ISBN: - 978-85-69033-07-3


 






CITAÇÃO: [...] ÀS vezes, por causa de uma besteira, uma coisa irrisória, cometemos erros com conseqüências muito mais graves.” (Pág. 24 – Conto 1)





ANÁLISE TÉCNICA:





-CAPA-



A capa tem todo fundo vermelho com folhas de papel caindo e dois homens, um em frente ao outro como se fossem ‘invisíveis’, apenas os contornos. Ao lado deles uma arma apontada para rosas. O título aparece em um trecho de página rasgada.



A capa é bem intrigante e tem haver com o conteúdo do livro.



Feita por Ricardo A. O. Paixão.



Desenho da capa: Patrícia Paulozi.





(nota:5,00 de 5,00)







-DIAGRAMAÇÃO:



As folhas são amareladas e letras pretas.



Conteúdo: sumário; pensamentos; apresentação; citação sobre Santa Rita de Cássia;e, 22 contos numerados e sem títulos.

 



As bordas das páginas com tarja cinza.

 



Feita por Ricardo A. O. Paixão.



Edição: França e Gorj.



A diagramação é muito bem feita.



(nota:5,00 de 5,00 )







- ESCRITA:



A revisão feita por Michele Pupo está quase perfeita. Encontrei apenas um erro na pág.141 e pelo visto foi de tipografia, não de ortografia ou concordância.



A escrita é bem contemporânea, acessível, de fácil entendimento, com vocabulário extenso e inovador, algumas palavras inseridas nos contos, nos faz pesquisar o dicionário, o que é enriquecedor.



Os contos 1, 2, 3, 18, 19, 20 e 21, são escritos em 1ª pessoa, trazendo mais proximidade e identificação dos acontecimentos.



Os contos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, 11,12,13,14,15, 16,17 e 22, são escritos em 3ª pessoa desconhecida em narrativa.



(nota:4,80 de 5,00)







CITAÇÃO: “Seu Quincas não estava acreditando que Triguinho havida cedido à proposta dos policiais. Ainda mais deste jeito, vendendo o estabelecimento todo, e indo embora, sem ninguém ver, saber.Era no mínimo estranho. Ele havia crescido no bairro. Era sozinho, perdera a mãe quando criança, e o pai quando mais adulto, vítima de uma bala perdida, numa das muitas disputas de território sediadas na Vila dos Prazeres. Herdara a casa e nela montou o depósito, uma fonte de renda honesta.” (Págs 80/81 – Conto 7).





RESUMO SINÓPTICO:



O livro consiste em 22 contos que em certos aspectos podem ser considerados crônicas, já que são fatos cotidianos e incrementados com tons de ironia e bom humor, dando uma visão diferenciada do que está aparente a nossa frente e de tão óbvio, não conseguimos enxergar.



São contos que abordam uma realidade social, política e cultural.Contam fatos do cotidiano e que estão presentes em nossas vidas, mesmo que por serem tão corriqueiros, nem percebamos.



São contos voltados para o que consideramos bem ou mal, ético ou não, moral ou amoral. Que nos faz questionar as premissas que temos na vida e que podem ser modificadas por situações, pressões,fatos impostos por circunstâncias, independente da nossa vontade que nos levam ao ‘erro’...



Contos que mostram a opressão que a sociedade pode gerar interiormente e mostrar a dualidade pessoal que todos possuem, uma linha tênue entre o bem e o mal...





ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:



Sempre tenho dificuldade em fazer resenha quando considero um livro muito bom e aqui ainda mais por ser um livro de contos.E contos que mexem com nossas premissas de vida, que nos põem a refletir sobre nosso comportamento. Pensei em falar sobre cada conto separado, entretanto, iria tirar o prazer da leitura.



O autor relata várias situações corriqueiras, que se tivéssemos um olhar um pouco mais aguçado, poderíamos perceber que acontecem com mais frequência do que imaginamos e bem ao nosso lado.Fatos cotidianos e questionáveis do ponto de vista moral e que ao mesmo tempo nos faz pensar: e se fosse comigo? Como agiria? É certa ou não determinada atitude?



E os contos são abrangentes que vão de um carro emprestado para alguém sem carteira de motorista à um chefe de tráfico no morro que tem hábitos familiares como um cidadão comum; de crianças que fogem de casa para andar de bicicleta e confundidas com bandidinhos à uma oficial de justiça que pede um ‘cafézinho’ para entregar intimação na frente das outras; de um médico mercenário à um funcionário de banco que repassa informações para assalto dos clientes; de uma mãe que tenta salvar o filho das drogas e é presa à um enfermeiro que considera a eutanásia a melhor forma de aliviar a dor de pacientes terminais; enfim, os contos envolvem toda as classes sociais, profissões, instruções ou não...



É um livro chocante do ponto de vista que nos coloca frente a frente com a realidade da corrupção nos pequenos atos, das injustiças covardes e da miséria social a que somos impostos diariamente, tornando a obra que seria de ficção em algo tão real que chega a nos assustar.



Apenas uma coisinha me incomodou...A leitura rápida e voraz. Fiquei tão envolvida que em poucas horas terminei a leitura e buscava por mais...Queria conhecer mais fatos que me questionassem sobre nossa atitude.



Livro excelente!





NOTA : 5,00 de 5,00 


  





SOBRE O AUTOR:


Fabio Diaz Mendes




Natural de São Paulo (1978), formado em Direito. Lançou seu novo trabalho literário, um livro de contos “Sobre Mocinhos e Bandidos”, pela Editora Penalux, em maio de 2015. Em 2014 publicou seu primeiro livro solo, de crônicas, "O Tempo. Nosso inimigo ou aliado?", pela Editora Multifoco, Rio de Janeiro. No mesmo ano participou do I Concurso de Crônicas da Academia Bragantina de Letras, sendo um dos escolhidos para compor a Antologia "Despertar", publicada em março de 2015, com a crônica "A vida alheia". Em 2013 participou da coletânea de poesias no livro "Poesia todo dia", da AgBook.



CONTATO:



SITE: http://www.fabiodiazmendes.com



E-MAIL: fabiodiazmendes@gmail.com

LEITURA CEDIDA PELO BOOKTOUR DO AUTOR!

cheirinhos
Rudy



PENSAMENTO DO DIA

"A verdadeira amizade significa unir muitos corações e corpos num coração e num espírito."(Pitágoras)