LIVRO: “ATÉ QUE A
CULPA NOS SEPARE”
TÍTULO ORIGINAL: “TRULY MADLY GUILTY”
AUTORA: LIANE MORIARTY
TRADUTOR: JULIA SOBRAL CAMPOS
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS – 464
1ª EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: LITERATURA ESTRANGEIRA AUSTRALIANA
ASSUNTO: ROMANCE/SUSPENSE/DRAMA
ISBN: - 978-85-510-0191-2
PRIMEIRO PARÁGRAFO: "-A HISTÓRIA COMEÇA COM UM CHURRASCO - DISSE CLEMENTINE. O MICROFONE AMPLIFICAVA E SUAVIZAVA SUA VOZ, DEIXANDO-A MAIS AUTORITTÁRIA, COMO SE TIVESSE SIDO ALTERADA NO COMPUTADOR."
CITAÇÃO:
“Vá dormir, então, na segurança da sua fortaleza financeira
que, por mais que tenha sido construída com base em uma transgressão, ainda
está de pé.
Ela fechou os olhos e instantaneamente os abriu. Estava
cansada, mas alerta. Sentia os olhos esbugalhados, como se estivesse sob efeito
de cocaína. Então isso era ter insônia. Ela sempre achara que não fazia o tipo
insone.” (pág. 126)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Botas vermelhas com a parte de cima estilhaçada e espalhada.
Design de capa: Aline Ribeiro/linasribeiro.com
Ilustração: Leandro Peres.
NOTA: 4,00 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amareladas e as letras são pretas medianas,
tipografia perpetua.
Conteúdo: dedicatória; pensamento; oitenta e nove capítulos
curtos e numerados por extenso; e agradecimentos.
Diagramação: Ilustrarte Design e Produção Editorial.
NOTA: 4,00 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em terceira pessoa desconhecida e
onipresente.
A linguagem é de fácil entendimento, embora muito descritiva e entediante, com diálogos complementares e
intercalando passado e presente, dando uma noção mais ampla dos fatos.
Alguns erros de concordância e ortografia, nada que atrapalhe
a leitura, mas poderia ser mais bem revisado.
Revisão: Laís Curvão e Crolina Rodrigues.
NOTA: 4,00 DE 5,00
CITAÇÃO:
“Mas naquele instante o pequeno cronômetro na mesa de Não é
Pat fez um barulho afetado para indicar que a sessão havia chegado ao fim. Não
é Pat deu um pulo feito o palhaço de uma caixa surpresa. Ela não costumava se
levantar com tanta pressa. Talvez talvez não tivesse gostado daquela sessão.”
(pág. 275)
SINOPSE:
“Amigas de infância, Erika e Clementine não poderiam ser
mais diferentes. Erika é obsessivo-compulsiva. Ela e o marido são contadores e
não têm filhos. Já a completamente desorganizada Clementine é violoncelista,
casada e mãe de duas adoráveis meninas. Certo dia, as duas famílias são
inesperadamente convidadas para um churrasco de domingo na casa dos vizinhos de
Erika, que são ricos e extravagantes.
Durante o que deveria ser uma tarde comum, com bebidas,
comidas e uma animada conversa, um acontecimento assustador vai afetar
profundamente a vida de todos, forçando-os a examinar de perto suas escolhas -
não daquele dia, mas da vida inteira.
Em Até Que a Culpa Nos Separe, Liane Moriarty mostra como a
culpa é capaz de expor as fragilidades que existem mesmo nos relacionamentos
estáveis, como as palavras podem ser mais poderosas que as ações e como
dificilmente percebemos, antes que seja tarde demais, que nossa vida comum era,
na realidade, extraordinária.”
CITAÇÃO:
“Por sua causa, pensou ela. Porque cresci na imundície,
cercada de podridão, decomposição e mofo, por isso germes, esporos e toda forma
de nocividade tomaram meu corpo. Ela não ficara nem um pouco surpresa ao
descobrir que não podia engravidar. Claro que seus óvulos tinham problemas. Não
era nenhuma surpresa!” (pág. 354)
RESUMO SINÓPTICO:
ERIKA é casada com OLIVER e não tem filhos; é contadora e suas
vidas são certinhas. Ela é controlada, organizada, infértil e tem TOC.
CLEMENTINE é violoncelista, casada com SAM, eles tem duas
filhas: RUBY e HOLLY. Andam enfrentando uma crise no casamento por causa da
rotina. Clementine é criativa, descolada, muito desorganizada, o oposto de
Erika.
Erika e Clementine são amigas desde a infância e recebem um
convite para participarem de um churrasco na casa dos vizinhos: VID e TIFFANY.
Durante o churrasco acontece uma grande tragédia que vai mudar a vida de todos,
a culpa irá corroer cada um deles e testar seus limites de convivência e de
amizade.
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
Quando resolvi fazer a leitura desse livro, foi pelo fato de
ler e escutar boas coisas sobre os enredos e a escrita da autora. Fato é que
comecei a leitura com expectativas altíssimas e confesso que me decepcionei um
pouco...
A história é boa, fala sobre amizade, infertilidade, dramas
pessoais e familiares, problemas, traumas, TOC, e, claro, culpa que é o tema
central do livro; porém, na minha ótica de leitura, tudo poderia ter sido
decorrido em pelo menos metade das páginas, o que facilitaria muito a leitura,
já que os capítulos são curtos.
A linguagem é bem descritiva, tanto em relação aos
acontecimentos, como em relação as descrições das personagens, e mesmo gostando
dos detalhes, a leitura foi um tanto
entediante e cansativa, principalmente na primeira metade do livro, onde há o
ápice dos acontecimentos no churrasco e depois tudo fica muito linear.
Quase desisti da leitura. Por que não fiz isso? Primeiro
porque até hoje nunca abandonei um livro; quando tudo começa a fica entediante
e fora de foco, largo a leitura, faço outra e depois retorno; e, porque a
história fica mais interessante na segunda metade do livro, trazendo algumas
revelações do passado: como o fato e Erika ter TOC, porque sua mãe era uma
acumuladora e por aí vai. Porque a personalidade das protagonistas, apesar de
serem inversas e totalmente diferentes, elas tem algo em comum: A FORÇA.
Os traumas, problemas, dramas e assuntos delicados como a
infertilidade e o Toc, e outros temas delicados, relacionamento familiar,
filhos, amizade, o suspense e mistério que permeiam o livro desde o início,
fizeram com que continuasse, porque sou curiosa por natureza e quero ver tudo
esclarecido.
Não é um livro ruim, é lento e entediante, ainda sim
recomendo a leitura, porque fala de assuntos importantes e de como a culpa pode
corroer nossas mentes e nossos corações de maneira irreversível. As reflexões
que o livro traz, são importantes.
NOTA : 3,50 DE 5,00
SOBRE O AUTORA:
Liane Moriarty é uma escritora australiana, nascida em 1966
em Sydney. Antes de se tornar escritora, Moriarty trabalhou no departamento de
propaganda e marketing de uma editora de livros jurídicos e como escritora
freelancer. Sua primeira obra publicada foi Three Wishes (2004), como parte de
sua dissertação de mestrado na Macquarie University. Após sua estréia
literária, publicou outras cinco obras: The Last Anniversary (2006), What Alice
Forgot (2010), The Hypnotist's Love Story (2011), The Husband's Secret (2013) e
Big Little Lies (2014).
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