A fim de que não percam as condições de vítima, há os que não perdoam.
Com o propósito de despertar a compaixão alheia, estimam viver com os sentimentos feridos.
Evocam, com frequência, a ingratidão de que foram alvo e, ao descrevê-la comovem-se às lágrimas.
De caso pensado, negam ao ofensor a oportunidade da reparação.
Fogem à reaproximação promovida por amigos comuns.
Dificultam, ao máximo, a possibilidade do entendimento.
Cobrem-se de razão, não admitindo sequer a hipótese de que possam ter alguma parcela de culpa.
Ofendidos uma única vez, não hesitam em ofender sucessivas vezes em revide.
Estabelecem um preço excessivamente alto a quem os tenha magoado por bagatela.
Não entendem o perdão como dádiva, mas como mercadoria negociável.
Esses irmãos, aos quais nos referimos, mantém o rancor como trunfo em seu relacionamento com os outros.
Perdoam ou não perdoam, segundo interesses e conveniências que sopesam meticulosamente.
Obrigada uma vez mais Rosa Maria Mendes por sua contribuição.
Sábado abençoado.
cheirinhos
Rudy
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Pensamento do dia: "A justiça é a vingança do homem em sociedade, como a vingança é a justiça do homem em estado selvagem." - Epicuro
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Rudy