12/02/2017

RESENHA #11 - “DELÍRIO” - LAUREN OLIVER

LIVRO: “DELÍRIO” 
SÉRIE: “DELÍRIO”
AUTORA: LAUREN OLIVER
TÍTULO ORIGINAL: “DELIRIUM”
TRADUÇÃO: RITA SUSSEKIND
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS – 350
1ª  EDIÇÃO 2012
CATEGORIA: FICÇÃO AMERICANA
ASSUNTO: ROMANCE
ISBN: - 978-85-8057-164-6



CITAÇÃO: 

”-Toda escolha é limitada – disparo. – A vida é assim.” (pág.22)

“Contarei mais um segredo, esse para seu próprio bem. Você pode pensar que o passado tem algo a dizer. Pode pensar que deveria ouvi-lo, que deveria se esforçar para entender seus murmúrios, que deveria se inclinar ao máximo para escutar sua voz sussurrada se erguendo do chão, dos lugares mortos. Pode pensar que há algo para ser entendido ou decifrado.” (pág.042)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Laminada em azul e dentro do título: olhos e boca femininos.
Adaptação da capa feita por Ilustrarte Design e Produção Editorial.
A capa é um tanto misteriosa e bem simplório, apesar da cor.

(nota: 3,80 de 5,00)


-DIAGRAMAÇÃO:

Folhas amareladas com letras medianas. As páginas iniciais são pretas com letras brancas.

Nenhum texto alternativo automático disponível.

Conteúdo: dedicatória; 27 capítulos numerados por extenso e com pensamentos do SHH (Suma de Hábitos, Higiene e Harmonia – livro que rege a sociedade, tipo um Manual a ser seguido para não quebrar as regras); agradecimentos; e, saiba o que vem depois (sobre o próximo volume).

Nenhum texto alternativo automático disponível.
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Projeto gráfico do miolo: Ilustrarte Design e Produção Editorial.

(nota: 4,80 de 5,00 )


- ESCRITA:

Narrativa descritiva em primeira pessoa pela protagonista.
Diálogos bem escritos e narrativa concisa, mesmo mostrando apenas o ponto de vista da protagonista, temos um panorama generalizado de tudo que acontece ao redor.
Reparação feita por Elisa Nogueira.
Revisão de Shirley Lima e Umberto Figueiredo Pinto.

(nota: 4,50 de 5,00)

CITAÇÃO: “[...] Acho que isso faz parte de amar alguém: saber abrir mão de algo. Às vezes, saber abrir mão da pessoa amada.” (pág.295)


RESUMO SINÓPTICO:


LENA HALOWAY mora em Portland com a tia Carol, tio Willian e as primas Grace e Jenny. Rachel é sua irmã e mora em sua própria casa com o marido.
Há mais de 60 anos o presidente e o Consórcio identificaram o amor como uma doença e há mais de 40 anos os cientistas descobriram a Cura. Todas ao completarem 18 anos, deveriam passar pela INTERVENÇÃO para ficarem curados.
Lena está há poucos meses de completar 18 anos e finalmente fazer a intervenção. Foi o que sempre quis, porque achava ter herdado da mãe a DELÍRIA (AMOR DELÍRIA NERVOSA). A mãe havia cometido suicídio após ter feito três  intervenções e não ser curada. Ela e toda família eram vigiadas e excluídas da sociedade por causa desse fato. Lena queria logo a Cura e fazer parte da sociedade como uma pessoa normal.
Estudava, era aplicada e ‘certinha’. Procurava fazer tudo baseado na SHH, tipo um manual preventivo e explicativo para não se contrair a DELÍRIA.
Hana é sua melhor e única amiga desde a 2ª série mesmo sendo de classe social diferente. Lena considera Hana a menina mais linda: alta, loira, descontraída; o inverso dela: baixinha, sem graça e medrosa; a amizade entre as duas é incondicional. Se entendem através de apenas um olhar e costumam fazer diversas atividades juntas, não guardam segredos uma para outra.
Lena e Hana tem apenas alguns meses de diferença na idade e vão fazer no mesmo dia a entrevista nos Laboratórios, antes da intervenção. A entrevista serve para classifica-los e escolherem quem serão seus pareados após a intervenção, de acordo com os gostos e aptidões parecidos.
No dia da entrevista aconteceu um fato inusitado. Os Laboratórios foram invadidos por bois e as entrevistas tiveram de ser adiadas para outro dia. O ataque foi comandado pelos SIMPATIZANTES, grupo que era contra a cura. E ainda tinham os INVÁLIDOS, aqueles que não foram curados e conseguiram fugir para morar na SELVA, floresta que ficava além dos limites da cidade, eu era rodeada por cercas eletrificadas.
Durante todo o acontecido na entrevista, Lena olha para o local onde estavam alguns residentes assistindo e vê um olhar cinza a observá-la com um sorriso sarcástico...
Algum tempo depois, ao fazer uma corrida com Hana, elas acabam no setor de cargas dos laboratórios e conhecem ALEX, o guarda de plantão no momento. Lena fica assustada porque nunca tinha conversado com um rapaz, porém ao perceber a marca no pescoço de Alex e constatar que ele já havia sido curado, ficou tranquila.
Hana descobre através do computador que haviam festas/encontros clandestinos para os não curados. Ficou com muita vontade de participar e convidou Lena para ir com ela e lá acaba reencontrando Alex  passam a se encontrar furtivamente com mais frequência do que imaginava e aí... 
Vocês terão de ler o livro para saber o que aconteceu...


CITAÇÃO: “Sete dias até estar livre, longe de todas essas pessoas e de suas vidas superficiais e desapegadas, passando umas pelas outras, deslizando, deslizando, deslizando da vida para a morte. Para eles, quase não há diferença entre as duas condições.” (Pág.299)


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:


Gosto demais de ficção distópica, mesmo sabendo que tudo é comandado pelo Governo a seu bel prazer, o que causa um pouco de revolta, porque geralmente, todos são doutrinados a fazerem o que mandam, como se sofressem uma lavagem cerebral.
Aqui fiquei ainda mais indignada por ver que tudo girava contra o Amor. Como assim viver sem amar? Como tolher os sentimentos e atitudes espontâneas. Tornando as pessoas robotizadas em nome da felicidade e da cura?
Ao longo da leitura vamos descobrindo os pontos falhos da imposição governamental e como o amor pode mudar toda a doutrinação feita no decorrer da vida das personagens, que por sinal, são bem delineadas e apesar da protagonista pensar de uma forma e agir de outra, mostra como os instintos não podem não podem ser totalmente controlados.
No início da leitura achei um tanto enfadonha, toda narrativa da protagonista com suas convicções firmes, tentando provar para ela mesma e para os outros que não era igual a mãe. Aos poucos fui acompanhando a mudança dentro dela, as aventuras que se mete para poder aproveitar a vida antes de ser curada e sua total transformação quase no final do livro, o que trouxe dinâmica, tensão, agonia, ação, melhorando muito o enredo.
E por falar no final... foi totalmente inesperado e deixando o gancho para o próximo livro da série: Pandemônio. Final literalmente explosivo!
Recomendo a leitura para os fãs de distopia.


NOTA : 4,00 de 5,00

Emoticon triste


SOBRE O AUTORA:

Lauren Oliver

Lauren Oliver vem de uma família de escritores e por isso sempre acreditava (erroneamente) que passar horas na frente do computador todos os dias, meditando sobre a diferença entre “rindo” e “rir”, é normal. Ela sempre foi um leitor ávido.
Ela frequentou a Universidade de Chicago, onde ela continuou a ser o mais prático possível, formando em filosofia e literatura. Após a faculdade, ela participou do programa do MFA na NYU e trabalhou como assistente do mundo, pior, editorial e editor assistente de apenas marginalmente melhor, em uma grande editora em Nova York. Suas contribuições principais carreira durante este tempo foram desrespeitando o código de vestuário corporativo, a cada passo possível e repetidamente quebrar a impressora. “Antes que eu vá” é seu primeiro romance publicado.


cheirinhos
Rudy


PENSAMENTO DO DIA:


"A sabedoria e a ignorância se transmitem como doenças; daí a necessidade de se saber escolher as companhias." (William Shakespeare)
  

8 comentários:

  1. Nunca fui tão ligada assim em distopias.E não sabia que o livro era desse gênero. Mas lendo a resenha,fui me envolvendo!
    Até que você deu uma pausa, e fiquei curiosa com os próximos acontecimentos...
    Gostei!
    A única coisa que sempre me incomoda um pouco,são livros que tem continuação... Dá uma agonia! Rsrs

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  2. Oii Rudy!
    Estava bem ansiosa para saber mais sobre esse livro, desde que você mostrou nos lidos do mês de janeiro. Eu não sabia que era um distopia, e também achei revoltante a forma como esse governo da trama tenta manipular os sentimentos e sentidos das pessoas, ainda mais o amor! Fiquei curiosa para saber mais sobre as festas que Lena e Hana frequentavam e onde ela encontrava Alex. A capa apesar de simples achei super bonita!
    Beijos!

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  3. Eu também to amando ler distopias e esse parece muito bom!
    Com todos esses sentimentos controlados, principalmente o amor, sem amor, meu Deus, as pessoas devem ser bem maus, não?
    Quero ler sem falta e em breve!
    bjs

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  4. Tbm gosto muito de ler distopia... Foge bastante do clichê. Eu hã havia visto o livro, mas não sabia ao certo o gênero. Achei que fosse erótico 😂😂😂
    Quero muito ler

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  5. Rudy eu amo distopias...Esse eu não conhecia ainda, gostei mto, vou anotar na listinha!
    Bjs!!

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  6. Pela capa jamais imaginaria um enredo assim. Me lembrou muito a série Feios, que aliás li o primeiro livro esses dias em alguns detalhas (na verdade muitos). É um tema interessante, eu leria, com certeza.

    *☆* Atraentemente *☆*

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  7. Adoro uma boa distopia e essa parece ser uma dessas. Gostei do enredo e do mundo distópico criado pela autora. Um mundo sem amor e realmente ruim, e se com este sentimento cometemos atrocidades, imagina sem ele. Fiquei curiosa sobre o final eletrizante. Ótima resenha.
    Abraço!
    A Arte de Escrever

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  8. Oi Rudy, tudo bem?
    li essa série já tem um tempinho e gostei bastante.
    Bjkas

    http://www.acordeicomvontadedeler.com/

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Adoro ler seus comentários, portanto falem o que pensam sem ofensas e assim que puder, retribuirei a visita e/ou responderei aqui seu comentário.
Obrigada!!
cheirinhos
Rudy