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20/03/2019

RESENHA #18 - “A IRMÃ DA PÉROLA” - LUCINDA RILEY


LIVRO: “A IRMÃ DA PÉROLA”
SUBTÍTULO: “A HISTÓRIA DE CECI”
TÍTULO ORIGINAL: “THE PEARL SISTER”
SÉRIE: AS SETE IRMÃS
LIVRO: 4
AUTORA: LUCINDA RILEY
TRADUTORA: VIVIANE DINIZ
EDITORA: ARQUEIRO
 PÁGINAS – 528
  EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: FICÇÃO IRLANDESA
ASSUNTO: ROMANCE
ISBN: - 978-85-8041-773-9


A Irmã da Pérola


CITAÇÃO:

“[...]Nunca segui nenhuma religião, mas, se tivesse que escolher uma, acho que seria o budismo, porque parece ter tudo a ver com o poder da natureza, que eu acreditava ser um milagre permanente acontecendo bem diante dos meus olhos.” (pág. 16)

“-Acho que a gente nunca aprecia de verdade o que tem até perder, não é mesmo?” (pág. 53)

“-Ah, sim, compreendo – concordou ele, pesaroso. É muito difícil quando você confia cegamente em uma pessoa e ela o decepciona.”(pág. 57)


ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Céu avermelhado com a constelação das sete irmãs e uma jovem sentada em uma planície árida com poucas folhagens.
A capa traz uma paisagem relacionada a uma parte do livro.
 Feita por: Raul Fernandes.
Imagens da capa: mulher: @Viktor Gladkov/iStock/: esfera armilar: nicoolay/Getty Images.

NOTA: 4,80  DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com as letras pretas um pouco acima da média.
Conteúdo: dedicatória; esfera armilar; personagens; trinta e sete capítulos divididos em partes de acordo com as personagens ou locais;  nota da autora; agradecimentos; bibliografia; e, outros títulos da autora.
Impressão e acabamento: Associação Religiosa Imprensa da Fé.
FORMATO: 16 X 23 CM
PESO: 0.70 KG
ACABAMENTO: BROCHURA

NOTA: 4,80  DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa é descritiva em primeira pessoa nos capítulos protagonizado por Ceci na atualidade e em terceira pessoa desconhecida por Kitty no passado, ambas épocas acompanhadas de diálogos complementares a narrativa. Os ambientes são descritos de forma minuciosa.
A linguagem em ambas as épocas são de fácil entendimento, fluida, de forma coerente e de maneira a envolver o leitor e o deixar curioso por cada continuação em cada parte.
Alguns erros ortográficos, gráficos e de concordância tanto verbal como nominal. Não chega a atrapalhar a leitura, porém acredito que mereça uma nova revisão e correção.
Revisão feita por: Flávia Midori e Suelen Lopes.

NOTA: 4,50  DE 5,00

CITAÇÃO:


“-A vida é bem diferente lá fora – disse ele, como se estivesse lendo seus pensamentos. – Uma questão de sobrevivência. Isso torna qualquer um mais sensível.
-Não tenh dúvidas disso.” (pág. 117)

“-Creio que o Senhor não se importa com o local onde é adorado, ou como, desde que glorifique Seu nome – respondeu Kitty com tato.” (pág. 123)

“-Aqui estou eu, cheia de audácia, oferecendo-lhe o meu corpo e a minha alma, e você escolhe justamente este momento para ser sensato! Tempo é um luxo finito e, meu Deus, não quero desperdiçar nem mais um segundo.” (pág. 240)

SINOPSE:

“Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade, decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.
Filha de um pastor em Edimburgo, no início do século XX, Kitty McBride é presenteada com a chance de deixar seu ambiente opressivo e ir para a Austrália como dama de companhia da Sra. McCrombie. Em Adelaide, seu destino se entrelaça com o da família da velha aristocrata, incluindo seus dois jovens sobrinhos: o impetuoso Drummond e o ambicioso Andrew, gêmeos idênticos, porém em tudo diferentes, além de herdeiros de um próspero comércio de pérolas.
Seu bilhete para uma nova terra oferece todas as oportunidades de aventura com que ela sempre sonhou e um amor que ela jamais poderia imaginar...
Cem anos depois, Ceci D’Aplièse decide seguir o exemplo das irmãs e ir atrás de sua família biológica. Seguindo as coordenadas deixadas pelo pai adotivo antes de morrer, ela parte rumo à Austrália, e se vê refazendo os intrincados passos de Kitty à medida que procura descobrir a própria história – uma narrativa improvável que envolve uma pérola amaldiçoada e um mergulho mágico na arte aborígine.”

CITAÇÃO:

“[...] Com certeza o naufrágio nos ensina a nunca ser arrogantes, não é? A arrogância do homem o faz acreditar que ele pode controlar os oceanos. A natureza sabe que não é assim.” (pág. 306)

“-Assim como você. E lembre-se, nada acontece por acaso. Tudo está planejado antes mesmo de respirarmos pela primeira vez.” (pág. 390)

“-O amor é a emoção mais egoísta e altruísta do mundo, Celeno, e suas duas facetas não podem ser separadas. A necessidade em si luta com o desejo de a pessoa querida ser feliz. Só que o amor não é algo a ser racionalizado e nenhum ser humano escapa de seu controle, acredite. [...]” (pág. 391)

RESUMO SINÓPTICO:

Como a sinopse está bem completinha e já conta a história do livro, não vejo necessidade de um resumo sinóptico.

CITAÇÃO:


“-Todo mundo comete erros, faz parte da curva de aprendizado humano, desde que você aprenda mesmo com eles – acrescentou com um suspiro. – Se quiser voltar para cá, minha casa é sua pelo tempo que precisar.” (pág. 408)

“[...] Devemos tentar ser responsáveis por nossas ações, mas não podemos ser pela ações dos outros. Elas têm um jeito insidioso de se emaranhar como uma trepadeira em nossos destinos. Tudo na Terra tem ligação com outras coisas.” (págs. 446/447)

“[...] Eu o vi se expandir, abrangendo todas as novas pessoas que eu amava. E entendi que o coração tinha uma capacidade infinita de se expandir. E quanto maior ficasse, mais saudável e feliz batia dentro de você. E, o melhor de tudo, meus dedos formigavam, e eu soube imediatamente qual seria a inspiração para minha próxima pintura.” (pág. 509)

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Já tive oportunidade de ler alguns outros livros da autora e o primeiro dessa série, o que já mostra que os livros podem ser lidos de forma independente, mesmo que um ou outro ponto fique incógnito por se referir ao livro anterior, mas não atrapalha o entendimento e o ritmo do livro.
O que mais me atrai na escrita da autora, primeiro é a demonstração da extensão da pesquisa que faz para compor seus livros, aqui aprendemos mais sobre o mercado de pérolas do início do século XX e sobre a cultura aborígene do continente australiano, que por sinal é fascinante. Só por esse fato, o livro já seria interessante de ser lido, mas o melhor, é que ela consegue trazer duas estórias separadas dentro de um mesmo enredo, uma no passado e outra no presente, e, depois, entrelaça as duas, dando um desfecho inesperado e concluso, sem nenhuma ponta solta.
Sei que algumas pessoas questionam essa forma de escrita da autora, porém de minha parte, acho a parte essencial de seus livros, porque quando começamos a embarcar na primeira jornada da viagem, de repente já estamos envolvidos com uma nova história ainda mais instigante do que a primeira, que traz a curiosidade pra poder entendermos como ambas estão correlacionadas.
Nenhuma personagem, nem mesmo as secundárias, deixam de ser importantes, todas tem papel fundamental em toda a trama e um sentido para estarem ali presentes. Todos são bem construídos, detalhados tanto em suas formas físicas, como em sua maneira de pensar, agir, de seu estado psicológico e sua sensibilidade. Os cenários são bem descritos ao ponto de nos transportarmos para a realidade dos fatos quando acontecem.
O enredo traz a busca interior da protagonista para encontrar seu lugar no mundo, resolver suas dúvidas interiores, definir sua opção sexual, qual atividade quer exercer realmente, já que tem baixa estima e acredita que não presta para nada, porque tem dislexia e não consegue ler direito e compreender as coisas com facilidade. Fala ainda do amor familiar, do amor companheiro, de tradições, traz mistérios, segredos e um enredo bem intrigante e fechado.
Para mim a autora é uma das melhores do nosso mundo contemporâneo.
É um livro excepcional e mais que recomendo.


NOTA : 5,00  DE 5,00

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SOBRE O AUTORA:

Lucinda Riley

LUCINDA RILEY nasceu na Irlanda e, após uma carreira inicial como atriz de cinema, teatro e televisão, escreveu seu primeiro livro aos 24 anos. Suas obras já foram traduzidas para 37 países e venderam mais de 15 milhões de exemplares em todo o mundo. Ela está na lista de autores mais vendidos do The Sunday Times e do The New York Times.
Lucinda atualmente está escrevendo a série As Sete Irmãs, inspirada na mitologia da famosa constelação. Os cinco primeiros livros ficaram em primeiro lugar na lista de mais vendidos em toda a Europa, e os direitos para uma série de televisão já foram adquiridos por uma produtora de Hollywood.
Além das Sete Irmãs, a Editora Arqueiro publicou A garota italiana, A árvore dos anjos, O segredo de Helena e A casa das orquídeas.

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