Mostrando postagens com marcador Editora Gutenberg. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Editora Gutenberg. Mostrar todas as postagens

12/01/2024

DIVULGAÇÃO DE EDITORAS #02 - THOMAS NELSON, HARPERCOLLINS, GUTENBERG, LER, PANDORGA, GALUBA, DARKSIDE.

 Olá alegres e felizes!


Novidades das editoras.


01-) THOMAS NELSON:



02-) HARPERCOLLINS:



03-) GUTENBERG:



04-) LER:




05-) PANDORGA:


Últimos dias! 


06-) GALUBA:


Comece a ler O Amor e Outras Mentiras

Pode o amor verdadeiro nascer da mentira?

fb tw in email

Sinopse:

Rue Thorn partiu em uma aventura de carro pela Austrália. Fez uma lista de coisas para fazer e cheia de atividades triviais para contar à família quando retornasse. Escreveu também uma segunda lista para si, esperançoso, que continha apenas 2 itens:
1. Apaixonar-se.
2. Levá-la para casa.

Abby Benson é uma mentirosa compulsiva. Cansada de arruinar a vida de todos à sua volta, preferiu se isolar em uma cidade pequena, onde conta com a comunidade amigável e fofoqueira para se manter na linha.

Abby e Rue tem objetivos muito diferentes, mas, depois que suas vidas se cruzam, tudo muda.

 

Ela achou aquilo intenso e aterrorizante: amarrado em arame farpado.

A cerca em si era de arame liso, quatro pedaços de metal estendidos horizontalmente. Inofensiva, padrão… até alguém fazer um trabalho destrutivo nela, tecendo com arame farpado igual a uma teia de aranha deformada. O tipo de serviço que Abby Benson condenava, porque… surpresa! A teia enferrujada capturara uma presa.

Ela quase não o vira. Esgotada depois de um dia na clínica, fora atraída para a estrada vazia, procurando por um cachorro supostamente abandonado quando seu dono deixou a cidade.

— Eu o vi no posto de combustível — disse-lhe alguém numa ligação. — A caminhonete dele está lotada de coisas e não tem cachorro nenhum lá atrás.

A ideia a repugnava — com certeza era apenas um boato que havia se espalhado —, mas ela prometera checar para acalmar as pessoas preocupadas.

— Cachorrinho! Venha aqui, por favor! — gritou ela, pisando no cascalho.

Nada. Bocejando, Abby se afastou de seu veículo com tração nas quatro rodas e gritou mais uma vez. Ela esperou, tentando ouvir algum latido ou o som de patinhas. Aqui, no lado norte de Belgulla, as propriedades estendiam-se colina abaixo e pelo vale, hectares de gramados exuberantes com árvores e vacas leiteiras. Insetos se revoltavam no céu cinzento. O ar vibrava com o canto das cigarras, rico com o cheiro penetrante dos eucaliptos, e ligeiramente carregado de umidade. Ela gritou uma terceira vez, para o caso de o cachorro estar atrás dela, e bateu num mosquito em seu braço. Seu suspiro seguinte foi mais do que isso. Estava na hora do banho, de um prato de risoto e palavras cruzadas. Ela voltou para seu carro resmungando:

— Como se alguém fosse abandonar…

Um choramingo suave atravessou o ar.

A inquietação injetou um arrepio em sua espinha quando ela analisou o bangalô de fibrocimento novamente, a garagem vazia e, em seguida, as árvores de eucalipto por ali. Onde você está se escondendo? Ela deslizou rapidamente sobre um espaço escuro e indistinto na linha da cerca, antes de mover-se para o arbusto mais à frente; então, algo chamou sua atenção de volta com uma suspeita revoltante.

Um cachorro. Preso no arame, com as duas patas dianteiras e uma traseira emaranhadas, e seu corpo pendurado num ângulo nada natural. Todo o seu peso estava equilibrado numa pata traseira fininha, tremendo de cansaço.

Ele a encarou com olhos selvagens.

Abby saiu correndo. A adrenalina correu por suas veias e seu pulso acelerou tanto que ela se sentiu mal. Seus joelhos atingiram a terra dura quando ela caiu ao lado do cãozinho. Ele se mexeu, grunhindo, gemendo, se debatendo, com os arames indo mais fundo e ela articulou:

— Shhh — repetindo várias vezes enquanto cruzava o emaranhado para apoiar o tórax dele, aliviando o peso de sua pata.

— Pronto. — Seus olhos doíam conforme o cachorro relaxava junto a ela. Podia sentir o coraçãozinho dele batendo histericamente. — Eu te peguei. Acalme-se. Estou com você.

Ele gemeu outra vez, um som agudo. Apenas neste momento ela viu o arame embaixo do pescoço dele, com uma farpa perto demais de sua artéria. Seu apoio tinha jogado o peso dele para a frente.

— Meu Deus. — Uma pedra cortou seu joelho quando ela, suando frio, avançou para a cabeça do animal. — Merda. — Ela moveu a mão para o focinho, tirando de seu peito, para mantê-lo erguido. — Sinto muito. — Seus dedos ficaram melados de sangue, mas, felizmente, não era muito sangue. O pescoço do cãozinho estava um pouco arranhado, não cortado.

Ela expirou com força. Inspirou. Expirou. As cigarras continuavam cantando… apenas outra noite quente no meio-norte de Nova Gales do Sul.

— Tudo bem — conseguiu falar. E agora? Cada músculo de seu corpo estava tenso, alerta. Pronto para a ação, sem nada a fazer a não ser esperar.

O cachorro grunhiu apavorado.

— Quieto. — Não foi num tom severo. Ela olhou para a barriga dele e falou — Estou com você, garoto.

Ela quase prometeu tirá-lo dali, mas temeu que pudesse ser uma mentira.

O ar fedia a urina e ao seu bafo ofegante. Ele parecia jovem, mas completamente crescido, uma cruza de Deerhound ou um tipo de Lurcher, com pelos acinzentados e o corpo franzino. O branco de seus olhos brilhava para ela na luz fraca. Ele ficou quieto. Imóvel.

Esperando que ela o resgatasse.

Abby também esperava, o pânico comprimiu suas vias respiratórias.

Ela não tinha nenhum alicate para cortar o arame, nem telefone celular à mão. Apenas uma casa vizinha perto o suficiente para ajudar, mas com moradores idosos que ouviam muito mal para escutar seus gritos.

Ela estava presa segurando um cachorro que não podia salvar.

O sol se pôs totalmente. Seus músculos começaram a queimar, mas ela não o soltou. Seus braços eram mais fortes que a pata traseira do cachorro. Não muito, mas o suficiente.

Apenas uma vez ela se movimentou para pegar o celular no carro. O cachorro ganiu no momento que ela soltou seu peso. Seria só por um instante, pensou, preparando-se para correr. De ofegante, ele passou a gritar enquanto se debatia, desesperado para segui-la, para não ser abandonado novamente, e Abby desistiu da ideia, imaginando a farpa contra sua garganta rasgando a pele e cortando a artéria.

Para que serviria o celular se ele sangrasse até a morte antes de a ajuda chegar?

Então, ela o acalmou novamente e segurou seu tórax e seu pescoço, e ele suspirou e grunhiu.

— Bom garoto — murmurou ela, fingindo que não estava presa e assustada, desejando pela primeira vez em um ano e meio que tivesse alguém em casa que desse pela sua falta.

Quanto tempo demoraria até que o pânico fosse substituído pela exaustão? Só então ela poderia pegar o telefone, sabendo que ele não se debateria, porém, todo o seu peso estaria nos arames. Naquele em seu pescoço. Ela lutou contra a imagem, apreensiva, seus pensamentos zumbindo como estática e igualmente confusos. Se desse ruim, a retrospectiva iria torturá-la pelo resto de seus dias.

— Bom garoto — sussurrou.

O cãozinho abanou o rabo languidamente uma única vez.

— Eu não vou te deixar. — O céu escureceu e as primeiras estrelas brilharam através dos galhos sobre sua cabeça. — Prometo.

***

— Vire à direita na Grande Árvore — resmungou Rue Thorn, analisando a rua desconhecida. — Ah, certo, ótimo. Pronto.

Ele dirigiu sua caminhonete pela pequena cidade de Belgulla, o último destino de sua viagem pela Austrália. Havia reservado uma estadia de uma semana numa cabana de madeira, uma pequena e fofa propriedade de férias chamada Extrato da Felicidade, repleta de jardins com ervas medicinais e uma piscina no quintal. O dono do pub na cidade anterior reconhecera o nome.

— Aquele lugar, sim, eu conheço — falou enquanto Rue engolia um lanche no balcão. — Quer informações de como chegar?

Não ocorrera a Rue buscar detalhes sobre a Grande Árvore. Ele supôs que a reconheceria quando a visse. O homem falou como se alguém pudesse esperar realmente vê-la do espaço, então Rue imaginou que conseguiria avistá-la da estrada.

E talvez tivesse conseguido, se cada esquina na cidade não ostentasse uma árvore grande. A maioria era jacarandá, mas também havia eucaliptos. Os eucaliptos eram maiores que os jacarandás, mas bem mais finos, a casca branca brilhava acima das luzes da rua como esqueletos.

Ele chegou ao final da rua principal da cidade e deu meia-volta. Não havia ninguém, e tinha acabado de passar das 20h. Vida noturna de cidade pequena.

— Southbank Road, 49 — resmungou Rue para si mesmo, inclinando-se para frente e batucando no volante. Voltando por onde veio, ele viraria na primeira rua à direita. Porque nenhuma dessas esquinas tinha placas de sinalização, ninguém sabe, mas o homem no pub disse que Southbank Road estava ligada diretamente à rua principal. Ele teria que procurar o número 49 de cada lado da rua até encontrá-lo.

Dirigiu lentamente pela estrada de terra, olhando as caixas de correio quando os faróis passavam por elas. Os quarteirões ficavam maiores conforme ele passava, cheios de árvores e sombras, cercas frontais abrangendo propriedades com inúmeros hectares.

— Quarenta e cinco… quarenta e sete… quarenta e nove.

Uma grande casa de madeira. Luzes acesas. Clareira extensa à esquerda, lar de cavalos lamacentos. Rue atravessou, virou, e tentou a próxima rua.

Ele abaixou a janela. O ar quente da noite o aqueceu enquanto ele lia os números das casas. A segunda rua era pequena, terminando no 22.

Na terceira tentativa, ele parou no número 49 com a sensação de ter chegado. O portão estava aberto. Paredes brancas que poderiam ser feitas de madeira interrompiam a escuridão. Não havia luz saindo pelas janelas. Um quarteirão maior do que ele esperava, mas não estava reclamando. A dona da propriedade havia dito que deixaria as chaves debaixo do capacho de boas-vindas. Dando um soco no ar, Rue virou para a entrada.

Em poucos metros, seus faróis pousaram num carro estacionado. Lutando contra a frustração, deu ré.

Então, ouviu um grito.

Ou seria um apelo de socorro?

Ele parou, intrigado. O grito veio novamente, mais alto, quase um berro. Não veio da casa, mas de um denso bloco de escuridão no lado esquerdo da propriedade.

— Estranho — sussurrou, e desviou para o lado do perigo, de ré para que os faróis iluminassem a escuridão. Uma cerca surgiu por volta de vinte metros da casa, além de um arbusto cheio.

Ele se debruçou no volante, estreitando os olhos.

Uma mulher estava ajoelhada perto da cerca. Ela acenava freneticamente com um braço, agachada sobre alguma coisa. Ele só conseguiu distinguir um montinho cinza, mas um arrepio desceu pela espinha dele. Havia algo de errado ali.

— Ajude-me! — gritou ela com a voz rouca. — Que merda, por favor!

Rue empurrou o carro na vaga e puxou o freio de mão, mas deixou o motor ligado e os faróis acesos. Ele bateu a porta ao sair, suas botas rangeram no cascalho ao se aproximar dela. Sem pressa, ele queria descobrir primeiro o que ela segurava. Queria estar preparado, porque seus instintos fervilhavam de desconforto.

Um gemido atravessou a noite, alto e canino, e a realidade de para o que ele estava olhando quase atingiu seu coração.

— Puta merda — falou ele, correndo para a cerca.

O cachorro estava preso. Três patas bem amarradas fora do chão, apenas uma o tocava. Arames para todo lado como se ele tivesse tropeçado em uma e caído em outra, então, entrou em pânico, se debatendo, girando, enrolando-se até que o metal ficou esticado e seu corpo suspenso.

Chegando no local, Rue foi saudado pelos olhos em chamas da mulher.

— Babaca. — Ela estava agachada, agora com as duas mãos sustentando o cachorro. A voz dela tremia tanto quanto os braços. — Você me deixa enjoada. Se voltou para pegá-lo… — Ela parou, balançando a cabeça brutalmente. O cachorro grunhiu apavorado. — Se foi por isso que voltou vou lutar contra você com unhas e dentes, eu juro.

É o quê?

— Eu não…

— O quê? — cortou-lhe ela alterando a voz. Ele que ousasse discutir. Os olhos dela brilhavam exageradamente, seu rosto estava atormentado pela exaustão. Suas bochechas, molhadas pelas lágrimas. — Não minta! Se eu soubesse que você deixaria a cidade e o abandonaria, ele estaria… ah!

O cachorro bateu em seu pulso. Ela o tirou dali, estava arranhado, porém, não sangrava. O olhar que ela lançou a Rue poderia ter mandado um homem inocente para a forca.

— Nós o assustamos. — Ela olhou para o animal, fingindo um sorriso. — Shhh, desculpa. Chega de gritos. — E colocou a mão de volta sob sua mandíbula, tirando-a do arame. — Pronto.

Depois, olhou para Rue.

— Este cachorro não é meu. — Não era disso que ela o estava acusando? — Esta casa não é minha, nem mesmo a cidade.

Ela estreitou os olhos e, num tom de calma forçada falou:

— Você não pode tê-lo de volta. — Os faróis de Rue iluminavam seus cabelos loiros bagunçados e, ao se ajoelhar ao lado dela, viu uma mancha de sangue na lateral de sua blusa branca e um pouco coagulado em sua testa. — Não vou deixar que fique com ele.

— Ele não é meu. — Ele examinou o cão. Nada bom. Possivelmente muito, muito ruim. — Se fosse, eu não o teria abandonado.

Ela o ignorou.

Rue passou a mão pela nuca. O tremor dos braços dela o preocupava. Grandes tremores, como se os músculos estivessem se comprimindo, mas ela ignorava com o que parecia ser um desrespeito feroz pela dor.

— Você precisa de uma pausa. — Ele ignorou sua careta enquanto enfiava os braços cuidadosamente no arame farpado; ignorou seu estremecimento quando as mãos dele meio que cobriram as dela, uma sob o tórax do cachorro, outra em sua mandíbula. Ela estava fria ao toque, arrepios estenderam-se pelos seus braços e ombros.

Ela não soltou.

— Juro que ele não é meu — murmurou Rue, admirando sua tenacidade. — Estou aqui apenas pelo jardim herbal.

Ela franziu a testa, olhando-o com curiosidade, e se rendeu. No momento em que ele pegou o peso do animal, ela desabou para trás, com as costas no chão, seus cabelos compridos espalharam-se na sujeira. Ela envolveu os braços no peito e gemeu entredentes, um som de dor e alívio.

Ele se perguntou por quanto tempo ela ficou ali, se recusando a soltá-lo apesar da escuridão e do isolamento. E o cachorro? Por quanto tempo ele estava ali, preso e apavorado? Rue olhou o cachorro nos olhos. Os olhos pretos com as pupilas dilatadas, os brancos mal aparecendo nas bordas. Assustado. Ferido.

Estava na hora de tirá-lo dali.

— Ei, amigão. — Ele desviou o rosto da respiração ofegante, sentindo o calor contra sua bochecha. — Vamos te tirar daí agora.

A mulher rolou para o lado e se sentou. Sua respiração era pesada e sem nenhum sinal de estar sob controle. Por medo — imaginou ele — mais do que por raiva. Ele a sentiu observando-o.

— Vamos precisar de alicate para cortar o arame — falou para o cachorro.

Ela observava.

— Algo que fique entre seu pescoço e aquela farpa.

E observava.

— E vou precisar de uma cerveja depois.

Ela bufou em zombaria.

Rue se virou e perguntou:

— Como estão seus braços?

Ela ignorou a pergunta.

— Quem é você, já que este cachorro não é seu?

— Ah — disse ele, mudando o peso dos calcanhares para os joelhos. — Sou um cara viajando de carro. E me perdi.

A expressão de escárnio dela dizia que não acreditava nele.

— Você costuma parar em garagens aleatórias quando está perdido?

— Apenas se não tiver ninguém em casa.

Os lábios dela formaram o início de “O quê?”, mas não foram adiante.

— Eu estava procurando pela minha hospedagem. Avenida Southbank, 49.

Ela se levantou.

— Aqui não é a Southbank.

— Estava chegando à essa conclusão.

— Placas de sinalização — falou ela, como se ditasse o conceito a ele.

— Eu, pessoalmente, sou um grande fã delas. Não me importaria com uma ou duas.

Ela mexeu os lábios. Lindos lábios, Rue reparou distraidamente, principalmente quando eles oscilaram na iminência de um sorriso.

— Elas ficam nos cantos das árvores.

Bem... O cara no pub poderia ter mencionado. Ele olhou para a mulher.

— Consegue andar?

— Claro que consigo andar — explodiu ela. Seu olhar foi para o cachorro.

— Não sei por quanto tempo você ficou aqui. Isso não é exatamente tranquilo para os músculos.

— Eu consigo andar — repetiu ela com mais suavidade.

— Então, vamos lá. — O coração da pobre criatura acelerou em sua mão. — Vá até o meu carro. Desligue o motor. A bateria aguenta os faróis acesos, mas o combustível está acabando. Vá no porta-malas, minha caixa de ferramentas está em algum lugar ali. Pegue o alicate.

— Você sugeriu acolchoá-lo antes de cortá-lo.

— Isso. Minhas roupas estão na bolsa preta, pegue o que vamos precisar.

— Tenho uma toalha no meu carro — falou ela. — Vou deitá-lo para impedir que a sujeira atinja os cortes. Restringir o risco de infecção.

— Ótimo.

A mulher hesitou por um momento, depois parou, virou-se e caminhou bambeando até o carro dele. Rue deu uma olhada nas curvas escuras de sua silhueta antes de voltar para o cão.

O motor parou. O porta-malas abriu. Ele ouviu um farfalhar, bolsas sendo remexidas.

— Onde está a caixa de ferramentas? — gritou ela, num tom de voz cheio de pânico mal velado em frustração.

— Em algum lugar?

— Tem um monte de coisas em um monte de lugares.

Ele tentou se lembrar. Havia usado a caixa por último para uma torneira que pingava no banheiro de um hostel algumas semanas atrás.

— Debaixo do fogão portátil.

— Por que você tem um fogão portátil?

— Porque eu não estou mentindo. Sou mesmo um cara viajando de carro.

Ela ficou calada. Então, falou tão baixinho que ele quase não a escutou:

— Não consigo tirá-la do lugar. Meus braços não podem…

— Tudo bem. — Rue manteve a voz tranquila. — Volte. Eu faço isso.

Ela voltou parando em seu 4X4. Permaneceu ali por meio minuto, onde ele a ouviu falando, provavelmente no celular. Logo ela estava ao seu lado novamente, estendendo a toalha embaixo do cão. Quando ela se inclinou para passar a borda pelos joelhos de Rue, olhou para ele. Furtiva, curiosa, como se esperasse que ele não a notasse ali. Pouca chance de isso acontecer, já que seu seio roçava no joelho dele e a proximidade dela parecia um sono interrompido, a sensação mais doce já conhecida pelo homem: acordar no escuro ao lado de uma mulher, nua e macia, deslizando a perna sobre seus quadris. Ele não acordava desse jeito há muito tempo.

— Obrigado — disse calmamente.

Ela desviou o olhar e se levantou.

— Você tomou antitetânica recentemente? Sua cabeça está arranhada.

Ela ergueu a mão para tocar o sangue seco.

— Sim. E você?

— Sim. Agora você vai ter que segurá-lo novamente. Para aliviar o peso da pata.

— Tudo bem. — E então — Droga, esqueci as roupas.

— Eu pego.

— Desculpe. — A voz dela tremia. — Minha cabeça está… não consigo… estou com medo por ele.

Ela ajoelhou de novo, tão perto que suas pernas se encostaram. Ela hesitou, insegura, a energia que tinha foi embora junto com a raiva.

— Debaixo do meu braço — murmurou ele, levantando o cotovelo para que ela pudesse se inclinar e alcançar o tórax do cachorro. Ela se abaixou com a nuca perto do rosto dele. O quadril encostou em sua coxa.

— Você está muito longe. — Ele tentou não reparar no jeito que os seios dela se renderam à gravidade quando se inclinou para frente. — Fique na minha frente.

Ele moveu-se para trás, abrindo as pernas para dar espaço. Ela avançou para uma das coxas dele e impulsionou a coluna contra seu peito para manter distância do arame.

O pulso de Rue acelerou. A polpa da nádega dela encostou diretamente na virilha dele. De maneira firme e completa. Ele a ouviu ofegar quando ambos ficaram imóveis.

— Use as duas mãos — falou ele com firmeza, olhando para o céu. — Vou segurar o pescoço dele.

Ela mexeu a cabeça e sua outra mão tocou a dele. Agora quente, estava suada.

— Tudo bem?

Ela assentiu novamente. Devagar, ele tirou a mão debaixo da dela.

O cãozinho grunhiu, percebendo a mudança, e Rue encontrou seu olhar.

— Está tudo bem. Bom garoto.

Ele se esticou, com a mão esquerda sustentava o maxilar do cachorro.

— Vou colocar alguma coisa entre o pescoço e o arame para você poder botar as duas mãos na barriga dele, tudo bem?

— Tudo bem.

Ele tirou a camisa com a mão direita. Quando ela ficou pendurada em seu pulso esquerdo, ele a enrolou, sem muito volume, mas grosso o bastante.

— Você vai ter mais peso para sustentar — alertou ele e, ao aceno da mulher, trocou de mãos para libertar a cabeça do cachorro indo e voltando. Depois, puxou a mão depressa da manga e enfiou a camisa entre o pescoço do cãozinho e o arame, amarrou as mangas no lado oposto do pescoço, duplicando o nó. Então, guiou a cabeça do animal novamente para baixo, ajudando-o a se acomodar e soltou com cuidado.

O cachorro arfou para ele. O acolchoado pressionando o pescoço dificultava sua respiração, porém o arame não cortava mais sua pele.

— Bom garoto — falou mais uma vez. — Até agora, tudo bem.

— Depressa — disse a mulher. Os braços dela já tremiam. — Por favor.

Rue correu para o seu carro. Arrastando o fogão portátil para o lado, ele puxou a caixa de ferramentas e sua bolsa preta. Ele correu de volta, largando as duas no chão e ajoelhando atrás da mulher, com o peitoral nas costas dela. Um tremor correu por ela quando seus braços nus envolveram os dela e um calor primitivo o devastou. Inapropriado devido às circunstâncias, mas impressionantemente forte. Quando suas mãos pousaram sobre as dela, ele murmurou:

— Peguei.

Ela se retirou rapidamente para o lado, ele a observava por sobre o ombro quando ela descansou nos calcanhares, com o rosto para o chão, e esfregou os braços.

— Obrigada.

— Qual o seu nome?

Ela levantou a cabeça, correndo os olhos para o seu peito nu. Hesitou, flexionando o maxilar.

— Abby.

— Eu sou o Rupert — falou —, mas prefiro Rue. Você pode pegar o alicate?

Sem responder, Abby se virou e abriu a caixa, colocou uma mão lá dentro e tirou o alicate.

— Vou acolchoá-lo primeiro.

Ela abriu a bolsa, vasculhou e tirou a blusa da banda preferida dele.

— Esta?

Escondendo uma careta, Rue assentiu.

Abby ficou de pé sobre ele, inclinando-se em volta do arame, e enfiou a blusa contra a parte interna da pata do cachorro. Ela amarrou as mangas para mantê-la no lugar enquanto a respiração do cãozinho ficava mais ofegante, seus pulmões enchiam e esvaziavam nas mãos de Rue. Ele mesmo respirava de forma igual.

Tirando mais roupas da bolsa dele, ela descartou um jeans, uma jaqueta forrada, alguns punhados de meias e cuecas: ou não eram absorventes ou eram pequenos demais. Seu estoque de barras de chocolates foi para a sujeira junto com o desodorante. Depois, ela tirou sua única camisa de linho do fundo da bolsa e outras roupas caíram junto. Era a primeira vez que ele via essa camisa desde que a colocara ali.

— Perfeito.

— Ah — falou Rue.

Ela parou, sem se levantar totalmente. Estava abatida.

— Não?

Ele a usara quando foi o padrinho de casamento de seu irmão. Sua cunhada a escolhera, alegando que o fazia parecer distinto, se ele simplesmente deixasse as mangas abaixadas e parasse de abrir o botão de cima.

— Pode usar.

Abby se ocupou no ombro do cachorro antes de recuar, levantando o alicate e olhando para ele.

— Comece aqui embaixo — sugeriu ele, reajustando onde segurava. — Tire esse arame do caminho.

Usando as duas mãos, ela fez o que ele disse. Seus músculos ainda tremiam. Seus braços estariam destruídos amanhã, independente do quanto ela se alongasse. Ela chutou o arame para o lado.

— E agora?

— O que está nas costas dele.

O arame pulou com o corte, mas não caiu.

— Esse faz parte do emaranhado.

— No pescoço — falou. — Ele vai despencar, mas estou segurando.

Aproximando-se, Abby posicionou o alicate na lateral da camisa de Rue.

— Espero que não seja sua preferida — murmurou ela ao apertar o arame, e se virou, colocando o ombro ali.

— Dirigi com esta camisa o dia inteiro. — Dez horas com o sol quente atravessando o para-brisa e com o vento batendo nele pela janela aberta. — Você deveria estar mais preocupada em como este pobre cachorro está lidando com ela na cara.

— Daqui cheira bem — falou ela com um leve sorriso nas palavras quando o arame caiu. O cachorro latiu quando seu peso tombou, um latido agudo por causa do medo. Ele começou a se sacudir. Rue xingou, segurando apertado.

— Quieto. — Sua voz soou brava ao dar o comando. — Pare! Não se mexa!

O cachorro o ignorou. A armadilha havia soltado e o instinto o fez lutar pela liberdade. Uma farpa cavou um sulco ligeiro no antebraço de Rue e ele o retirou, largando o cão. O cachorro ganiu enquanto se debatia e os movimentos deformaram o acolchoado.

Cambaleando para trás, ele gritou:

— Corte!

Mas a mão de Abby ficou congelada do ar, seu rosto refletia o horror.

Rue tomou o alicate dela. Jogando-se para frente, ele cortou o arame no peito do cachorro, na barriga, nas patas traseiras, nas dianteiras, até, finalmente, o emaranhado soltar e o cachorro estar livre. O animal deu alguns passinhos para trás antes de desabar na toalha, ofegando tão rápido que Rue suspeitou que o que o manteve consciente foi a adrenalina, não o oxigênio.

Ele avistou uma ferida onde sua camisa escorregara para o lado. Um corte em seu ombro, profundo o bastante para abrir como se fosse uma guelra.

— Quieto — falou apreensivo e estendeu uma mão. — Quieto.

O cão olhou fixo para Rue. Ele se mexeu, engoliu em seco e chorou.

Abby colocou as mãos no rosto. Ela suspirava e gemia.

Mantendo o foco, Rue afastou os arames. Ele ajoelhou e estendeu a mão para o cachorro.

— Você está bem agora. Acredita em mim? Você está bem.

O cachorro engoliu em seco mais uma vez e, com a boca fechada, avançou o focinho para a mão de Rue. Fungou. Depois recuou e voltou a ofegar.

Isso teria que servir. Rue deslizou os braços para baixo da toalha. Depois, da forma mais suave que conseguiu, recolheu o animal… bem, não exatamente recolheu, foi mais para uma içada e um grunhido por ser um cão adulto. Depois ele apoiou e segurou firme. Esperava que o cachorro se debatesse, entretanto, seu instinto de sobrevivência pareceu reconhecer que precisava de ajuda.

Abby estava pálida.

— Vou levá-lo para a clínica veterinária.

— Não vai estar fechada?

— Eu garanto que não.

— Meu carro está no caminho. Pegue-o.

Enquanto Rue a seguia, o cachorro pendia pesado em seus braços, o focinho descansava em seu bíceps e sua respiração era rápida e superficial. Ela abriu a porta de trás e ele entrou desajeitado, colocando o cachorro ao seu lado. O olhar de Abby permanecia no animal.

— Vamos chamá-lo de Fininho — falou ela oscilante. — Ele é magrinho.

Surpreso, Rue concordou.

Sentando-se no banco do motorista, ela girou a chave que ainda estava na ignição. Depois, deu ré e acelerou pela estrada com as mãos firmes no volante.

Eles ficaram em silêncio. Rue manteve a mão no cachorro tanto para contê-lo quanto para confortá-lo. Sua atenção foi para Abby: corajosa, intensa e solidária. Nas faixas brilhantes ao passar pelos postes de luz, ele viu que seu rosto estava seco, mas o lábio inferior inchado e tremendo.

— Você está bem? — perguntou ele baixinho.

Ela balançou a cabeça e não disse nada.

— Ele vai sobreviver. Nós o salvamos.

Ela seguiu para a estrada principal, acelerando com tudo na curva. Quando as lojas da cidade passaram pela janela, ela disse:

— Você o salvou.

— Não é verdade.

— A camiseta — falou ela, como se isso vetasse seu argumento. — Em retrospecto, deveria ter pensado nisso.

— O quê?

Os ombros dela retesaram.

— Segure-o.

Enquanto ele inspirou para responder, ela lançou o carro para a esquerda, pegou a direita imediatamente, e freou tão de repente que Rue teve que empurrar o cachorro com força para mantê-lo no banco.

Abby saltou do carro.

Eles estavam parados em frente a uma construção de tijolos de um andar. A luz fraca enchia as janelas e, ao lado das portas de vidro, havia uma placa iluminada que dizia Veterinária Belgulla. Lá dentro, uma mulher vestida com uniforme azul saiu correndo de uma sala anexa para abrir a porta de entrada. Rue ergueu Fininho e se virou enquanto Abby abria a porta traseira.

A veterinária apareceu ao lado de Abby. Ela arregalou os olhos de espanto quando viu o cachorro.

— Dê soro na veia para reidratá-lo e prepare-o para a cirurgia — falou Abby com a voz nivelada. Depois, assustando Rue, ela se virou e desapareceu lá dentro.

— Eu sou a Beck — disse a veterinária distraidamente. — Venha comigo.

Ela segurou a porta e depois deu uma corridinha na frente para levá-lo até a sala de operação, o ar cheirava a desinfetante que fracassara em disfarçar o fedor de bicho. Havia duas mesas operatórias de aço e Beck gesticulou para a mais próxima ao passar.

Rue deitou Fininho. A cabeça do cachorro descansava na toalha de praia, contorcendo as sobrancelhas ao olhar para ele, o branco de seus olhos estava gritante sob as luzes. Sua camisa estava amarrada de maneira grosseira ao corpo magro, manchada de sangue, e o tórax do cachorro pulsava. Rue sentiu uma onda de conexão com esta criatura, seu sofrimento e sua dor, e de repente ele não conseguia suportar a ideia de abandoná-lo.

— Quieto — falou suavemente.

O cão fechou os olhos.

— Por acaso você sabe o nome dele? — Beck não olhou para ele enquanto pegava produtos das prateleiras.

— Não sei qual era hoje de manhã. — Ele ficou parado com a mão espalmada na lateral do cachorro. Ele a mexeu devagar, de maneira tranquilizadora. — Mas agora é Fininho.

— Certo. — Ela ficou no lado oposto, segurando o cateter de plástico conectado ao soro para a intravenosa. Sua atenção estava voltada para o paciente. — Pode ir agora.

— Ele vai ficar bem?

— Se Abby fizer o trabalho dela.

Então, Abby era a veterinária.

— Ela o segurou por bastante tempo. As mãos dela não estão prontas para uma boa cirurgia.

— Ela falou sobre isso no telefone. Faremos juntas. — Beck raspou um quadrado na parte interna da pata de Fininho. — Esta camisa deve ser sua — disse ela baixinho depois de um tempo de silêncio. Seu olhar saltou para o abdômen dele antes de voltar para o que fazia.

— Ah, é. — Esfregando a cabeça magra do cachorro, ele fez uma promessa — Eu vou voltar.

Fininho agora tinha um novo dono.

Do lado de fora, Rue quase colidiu com Abby. Vestida com o uniforme, com os cabelos presos sob uma rede, ela parecia no limite. Frágil. Ela parou, olhando para ele.

Só agora ele conseguia ver que os olhos dela eram verdes, claros e cristalinos. Eles lhe lembravam das uvas em seu vinhedo, presas nas videiras, enevoadas numa manhã fria. Então, aquele olhar verde desapareceu por trás de cílios loiros quando ela tirou vários lenços antissépticos e um rolo de fita cirúrgica do bolso. Ela entregou tudo a ele, acenando para o corte em seu antebraço.

— Obrigado.

Ela não respondeu, apenas continuou parada, olhando para o braço dele, com o rosto pálido e o queixo instável. Mal conseguindo se aguentar.

— Ei — chamou Rue delicadamente.

Fungando levemente, ela olhou para cima com lágrimas nos olhos.

Ele se aproximou, colocando os braços em volta dos ombros dela e puxando-a para perto. Ela relaxou no abraço, aceitando o gesto, com as mãos espalmadas na pele nua do peito dele, assim como o rosto. Ao toque dela, o calor desceu pelo cós de sua calça jeans e incendiou sua pele. A adrenalina ainda percorria suas veias, procurando um alívio; com Abby tão próxima, o alívio que ele desejava era suado e carinhoso.

O peito dela expandiu, retraiu e, então, ela se afastou. Rue a soltou, reparando que a expressão dela estava mais firme. Mais forte.

— Avenida Southbank — falou ela, olhando para onde Beck conversava docemente com Fininho. — Vire à esquerda na Rua Principal e, depois, à direita quando chegar à Grande Árvore.

— E isso vai ser bem óbvio, não vai?

— Claro.

Ele balançou a cabeça, sorrindo.

Ela ficou confusa.

— O que foi?

— Nada. — Com a diversão desaparecendo, pela primeira vez ele se perguntou se existia tal coisa como ser daltônico para tamanhos. — Vou esperar aqui.

— Não se incomode. Vai demorar um pouco.

— E quanto ao seu carro?

— Beck pode me levar depois. — A exaustão escureceu a pele sob os olhos dela. Ela mexeu no bolso do jaleco. — Obrigada por salvá-lo.

— Eu o tirei de lá — falou. — Você está prestes a mantê-lo vivo.

Ela evitou seu olhar, mas não se virou.

— É estranho — falou ele, porque esta poderia ser sua única chance. — Conhecer alguém numa situação de resgate. Colocados juntos, com a adrenalina a mil, unidos por uma causa vital.

Os olhos dela passearam pelo peitoral dele, depois pararam em seu braço ferido novamente.

— Você foi bem incrível lá — continuou ele — e não consigo parar de pensar que se atenuássemos um pouco do trauma eu poderia te levar para…

— Eu sou casada.

Ele congelou, vencido. Houve um longo momento de silêncio.

— Você é…

— Casada — repetiu ela com a voz embargada. Ela abaixou o rosto. Segurou a bainha da camisa. Suas mãos tremiam.

Rue sentiu como se algo precioso tivesse sido entregue para que ele guardasse e tomado de volta antes que pudesse começar a apreciá-lo.

— Ah. — Ele recuou com um grande passo. — Claro.

Acima, as lâmpadas florescentes zumbiam. Rue enfiou uma mão no bolso da calça e olhou para a fileira de cadeiras de plástico perto do balcão.

— Vou esperar aqui.

Ele se virou e ela falou:

— Por favor, não.

Rue se amaldiçoou. Ele havia envergonhado a si mesmo.

— Vou deixar meu número. Quero saber se ele está bem.

— Tudo bem.

Logo depois, a porta da sala de cirurgia fechou atrás dela.

— Casada? — Rue deu um soco em sua têmpora. Meu Deus, ele foi um idiota.

Nunca teve problemas em reconhecer uma mulher comprometida antes. Por algum motivo, ele deixou os sinais passarem. Ao se debruçar no balcão da recepção e anotar os seus dados num Post-it, uma verdade desconfortável penetrou em sua mente: houve vários sinais. Ela mal olhou para ele; estremeceu ao seu toque; foi cautelosa, calada e indiferente.

Entretanto, aqueles olhos também o olharam com curiosidade. Ela ficou sem ar com a proximidade dele, estremeceu junto a ele. Ela ficou distraída e assustada e, ainda assim, extremamente ciente do seu corpo junto ao dela.

Instinto e nada mais.

A voz de Abby vinha da sala de cirurgia, com claras instruções, então Rue largou a caneta e foi até a porta. Quando passou pelo chão de azulejos, com passos vazios na solidão da madrugada, ele se sentiu especialmente sozinho. Não solitário, apenas um indivíduo sem nenhuma ligação profunda com nenhum outro.

Abby provavelmente contaria sobre a noite para o seu marido acrescentando “Ah, e depois ele me chamou para sair” como um aparte insignificante. Eles se encolheriam com uma simpatia divertida e se aconchegariam. Sem dúvida, depois da noite que ela teve, merecia ser confortada.

Rue merecia uma cerveja e um banho quente.

fbigin


07-) DARKSIDE: 


Conheça o horror brasileiro em seis livros imperdíveis


Entre as tantas maravilhas que os brasileiros produzem, a literatura de horror está lá, provocando, apavorando e aguçando nossos medos mais primitivos. É hora de você mergulhar na leitura nacional e explorar os territórios horripilantes do seu jardim de casa com essas histórias tenebrosas cultivadas em solo brasileiro.




O que acharam?


cheirinhos

Rudy