Bom Noite Alegres e
felizes seguidores!
É com imenso prazer que trago mais uma parceria para
enriquecimento do blog.: o escritor Marcelo Hipólito.
Gentilmente se
prontificou em nos conceder uma entrevista para que possamos conhecer um pouco
mais sobre ele, sua obra e suas outras atividades.
Obrigada Marcelo, já agradeço!
1-) Para iniciarmos, que tal falar um pouquinho da sua vida
pessoal?
Nasci em São Paulo, mas ainda pequeno fui morar no Rio de
Janeiro, onde passei boa parte da minha vida. Atualmente, moro em Brasília. Sou
casado e levo uma vida tranquila.
2-) Como e quando surgiu a ideia de ser escritor?
Na verdade, graduei-me em Cinema, na Universidade Federal
Fluminense, motivado pela minha paixão por roteiros. Trabalhei alguns anos
nesse ofício, desenvolvendo roteiros para cinema e televisão com um colega
escritor, Marcelo Machado. Chegamos a ter um agente em Los Angeles, nos EUA, e
algumas propostas avaliadas por estúdios, como um episódio chamado “Flute”, que
escrevemos para a série Arquivo X.
Contudo, para essas propostas efetivamente se desenvolverem
teríamos que nos mudar para a América, algo nada viável para nós, à época, por
diversos fatores pessoais e profissionais.
Diante disso, decidimos investir numa atividade que nos
permitisse escrever tanto para o mercado estrangeiro quanto o brasileiro sem a
necessidade de mudar do Brasil. Começamos a escrever contos em inglês, como
“Eternal Grief”, indicado para melhor conto de horror nos EUA, em 2003, pelo
“Preditors & Editors Readers´ Poll”. Paralelamente, iniciei uma carreira
própria como romancista no Brasil, que levou aos meus livros “Lúcifer – O
Primeiro Anjo” e “Osíris – Deus do Egito”, ambos da editora Marco Zero. Em
2012, devo lançar meu terceiro romance.
3-) Quais influências teve para escolher o estilo
ficção/terror?
Minhas influências são variadas, não apenas na literatura,
mas também no cinema, televisão e quadrinhos. Em livros, cito Stephen King e
J.R.R. Tolkien. Em outras
mídias, Garth Ennis, Alan Moore, Stanley Kubrick, Rod Serling e Joss Whedon.
4-) Fale um pouco de suas obras literárias.
Escrever é meu maior prazer, alegria e satisfação. Creio que
minhas obras refletem essa paixão.
Quando seleciono um tema, mergulho de cabeça no universo que
estou criando. Deixo-me levar por seus meandros, desdobramentos e
consequências.
Aprecio histórias épicas, impactantes e de forte emoção. Não
somente emoção do tipo aventureira e física, mas principalmente a intelectual e
criativa. Gosto de pesquisar sobre o tema, desvendar suas curiosidades e polir
suas incertezas, para depois compartilhar com o leitor minhas descobertas e
inquietações.
Em resumo, escrevo os livros que eu gostaria de ler.
5-) E sobre o livro Osíris, o que pode nos contar?
“Osíris – O Deus do Egito” conta a história dos deuses
egípcios, uma tarefa intricada por se tratar de uma mitologia de base oral, que
apresenta grande variedade e fluidez narrativa, dependendo da época e da região
do Antigo Egito abordada. O livro mistura mitologia e ficção ao apresentar deuses
com características surpreendentemente humanas, eivados de qualidades,
defeitos, predicados e iniquidades que os aproximam bastante de seus súditos.
6-) Sou fascinada por anjos e não poderia deixar de
perguntar como foi fazer estudos arqueológicos e religiosos para composição do
livro Lúcifer - o primeiro anjo?
Foram mais de dois anos de pesquisas. Procurei estudar teses
e livros acadêmicos de arqueólogos da Europa, Japão, EUA e Oriente Médio sobre
rituais funerários, religiosos e tribais de povos pré-históricos da
Mesopotâmia, Síria e Turquia. Adicionalmente, li o Corão, o Talmude, o Vedas, a
Bíblia, o Tao Te Ching, entre outros. Além disso, pesquisei obras de referência
sobre outras crenças e filosofias, como o Zoroastrismo e o Budismo.
7-) Tive oportunidade de ler um conto seu no livro
Metamorfose (organizado por outro grande escritor nacional que é o Ademir
Pascale), e confesso ter me fascinado a
ideia de fazer uma transformação inversa de um lobisomem. Pode se dizer que é
uma forma de analogia com a raça humana?
A lenda do lobisomem sempre me fascinou pela ideia do
monstro que, na lua cheia, destrói todos os homens e lobos que encontra em seu
caminho. Contudo, instigava-me, ainda mais, a ideia do que aconteceria se, em
vez de um homem, fosse um lobo a sobreviver ao ataque da criatura, condenado, a
partir de então, a carregar a maldição. Na minha concepção, ele seria amaldiçoado
com a condição humana e todas as suas idiossincrasias. Nossas angústias, medos,
alegrias, sonhos e ambições. É um conceito muito forte para mim: o animal que
subitamente se torna racional, dando-se conta de sua própria existência,
fragilidade e mortalidade.
8-) O que acha da participação dos blogs na vida de um
escritor nacional? Qual sua expectativa?
Acho que blogs, fóruns e redes de relacionamento constituem
um canal de diálogo dinâmico e indispensável entre autores, leitores e
entusiastas, contribuindo de forma relevante para a troca de ideias,
experiências e a promoção da cultura.
9-) Quem quiser adquirir suas obras pode encontrá-las onde?
No meu novo site os interessados encontram informações sobre
os livros, trechos gratuitos das minhas obras, canais de compra e outros
conteúdos interessantes: www.marcelohipolito.com
10-) Agradeço de coração por poder conceder essa entrevista
ao blog, e, se não for pedir muito, deixe uma mensagem aos nossos leitores.
Ler é o melhor alimento para o cérebro, a maior ginástica
para a imaginação e uma das mais deliciosas formas de aproveitar a vida. Assim,
seja feliz. Leia bastante!
Obrigada e desejo sucesso sempre.
cheirinhos
Rudy
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Sua sorte do dia (10 de ago)
"Egoísmo não é viver como a pessoa deseja; é pedir que os outros vivam como ela ."
