Sempre achei curioso como cada autora encontra o seu lar criativo.
Algumas escrevem tensão.
Outras escrevem paixão.
Outras mergulham em mundos sombrios ou intensos.
E eu acho isso lindo.
Literatura é uma constelação enorme… e cada estrela brilha de um jeito.
Não suave no sentido de “leve”, porque meus personagens carregam suas dores, seus medos, suas cicatrizes.
Mas suave no sentido de acolhimento.
Eu escrevo amor que cura porque é onde a minha alma descansa.
Porque é onde consigo respirar.
Porque é onde as minhas histórias encontram a beleza que faz sentido para mim.
Eu leio de tudo.
Aprecio todas as narrativas.
Mas quando me sento para escrever, minha mão vai naturalmente para outro lugar.
Um lugar onde:
o amor conversa,
escuta,
afeta,
transforma,
e abre espaço.
Foi esse mesmo lugar que reencontrei quando voltei a escrever Depois Daquele Beijo,
um romance que ficou guardado por anos, mas que, quando renasceu, trouxe com ele justamente essa sensação de aconchego que eu também precisava.
É o espaço onde meus personagens se encontram para curar, não apagando a dor, mas dando novos significados a ela.
Onde a esperança volta devagarinho.
Onde a vulnerabilidade não é fraqueza.
Onde o amor não precisa ser perfeito, só verdadeiro.
Talvez porque eu mesma precise desse tipo de aconchego.
Talvez porque eu muitas vezes seja essa pessoa que carrega o mundo nas costas.
Talvez porque a parte mais antiga de mim ainda acredite que o amor pode ser cura, mesmo quando a vida é caótica.
Quando eu escrevo, entro em um território onde tudo isso ganha forma.
Onde as emoções são bem-vindas.
Onde o amor não machuca, ele acolhe.
Onde o lar é construído a duas mãos.
Foi assim com Depois Daquele Beijo: não era só uma história de Natal.
Era uma janela de luz em um momento em que eu também precisava me lembrar de que a esperança ainda existe.
O mais bonito é perceber que esse tipo de história sempre encontra quem precisa dela.
Leitoras que chegam dizendo:
“me senti abraçada”,
“esse casal parecia meu porto seguro”,
“obrigada por me lembrar de respirar.”
É aí que tudo se encaixa.
Não importa quantos gêneros existam ou quantas formas de narrar o amor o mundo invente, o meu caminho sempre volta para essa ideia:
o amor pode ser lar.
E é isso que eu nasci para escrever.
A cura pequena.
A esperança discreta.
O reencontro com o possível.
O tipo de amor que não bagunça sua alma, ele organiza.
Obrigada por dividir essas emoções comigo.
Obrigada por ler histórias que falam desse amor que, no fundo, também me cura enquanto escrevo.
Tem muita coisa linda vindo aí… algumas já estão até batendo na porta, como Depois Daquele Beijo, que chegou trazendo exatamente essa luz que eu queria dividir com vocês.
E mal posso esperar para te mostrar o que vem depois. ✨
O Meyerverso é esse meu cantinho de aconchego: onde reencontro minhas palavras, minhas verdades e, de um jeito bonito, quem me lê do outro lado da tela. A cada edição, abro um pedaço do que me move… às vezes com coragem, às vezes com dúvida, mas sempre com o coração. Nos encontramos a cada 15 dias, sempre às quintas. Até lá!