02/04/2019

RESENHA #20 - “VERTIGO” - BOILEAAU-NARCEJAC


LIVRO: “VERTIGO”
SUBTÍTULO: “UM CORPO QUE CAI”
TÍTULO ORIGINAL: “D’ENTRE LES MORTS”
COLEÇÃO: HITCHCOCK
AUTOR(es): BOILEAAU-NARCEJAC
TRADUTOR: FERNANDO SCHEIBE
EDITORA: VESTÍGIO
PÁGINAS – 194
  EDIÇÃO 2016
CATEGORIA: FICÇÃO FRANCESA
ASSUNTO: MISTÉRIO/POLICIAL
ISBN: -  978-85-8286-289-6

Vertigo

CITAÇÃO:

“[...] Adivinhava que faria em breve muitas coisas absurdas “para o caso de...”. Assim que pensava nela, perdia o sangue-frio. A mulher com a tulipa! Tentou desenhar a silhueta debruçada sobre o rio. Então queimou a folha e engoliu dois comprimidos para dormir.” (pág. 39)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

A capa é toda preta com um tipo holograma de túnel do tempo e dentro um casal como se estivesse caindo.
Embora a capa seja simples, gostei das cores e a capa tem haver com o conteúdo do livro.
A capa é dura.
Feita por: Carol Oliveira e Diogo Droschi.

NOTA: 4,70 de 5,00


-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com letras pretas medianas. As folhas das partes são cinzas com letras pretas.
Conteúdo: dedicatória; o livro é dividido em duas partes, ambas com seis capítulos cada, numerados em romanos; e, sobre autores.
A diagramação é simples e eficiente.
formato: 14 x 21
Feita por: Larissa Carvalho Mazzoni.

NOTA: 4,50  DE 5,00


- ESCRITA:

A narrativa é descritiva em terceira pessoa e diálogos complementares ao texto.
A linguagem é moderna, embora o livro tenha sido escrito em 1958, alguns termos diferentes, não sei se é por causa da tradução ou da época que foi escrita, porém não atrapalha o entendimento.
Em alguns trechos tive a impressão de ser um roteiro para teatro ou filme, mesmo que não seja enfadonho ou coisa do gênero.
Preparação: Eduardo Soares.
Tradução: Fernando Scheibe.

NOTA: 4,50  DE 5,00

CITAÇÃO:

“Sua voz se tornou mais rouca. Ele ia gritar, como uma criança no escuro? Os degraus iam ficando mais altos, escavados no centro. Um pouco de luz penetrava por uma terceira abertura, acima da sua cabeça. A vertigem estava à espreita dele naquele novo patamar.[...]” (pág. 83)

SINOPSE:

“Encarregado por um antigo colega de seguir sua jovem e bela mulher, o detetive Flavières logo se vê perdidamente apaixonado pela moça. Essa impropriedade não o impede de investigar os temores de seu amigo Gévigne a respeito da esposa: suas ausências, seus mistérios, uma melancolia que a leva a olhar para as águas do Sena por horas a fio… Nenhum amante, nenhuma simulação, nenhuma doença. Apenas uma estranha relação com a bisavó, morta em circunstâncias terríveis e a quem a jovem Madeleine não chegou a conhecer.
Um clássico de Pierre Boileau e Thomas Narcejac, especialistas na arte de conduzir a trama – e o leitor – até onde menos se espera. Este instigante e sinistro romance noir foi adaptado por Alec Coppel e Samuel Taylor e filmado por Alfred Hitchcock em 1958, sendo considerado um dos grande clássicos do cinema de todos os tempos.”

CITAÇÃO:

“[...] Deus! Como sentia sono. Descia, por sua vez, às trevas onde vivem de modo estranho as recordações. [...]” (pág. 150)

RESUMO SINÓPTICO:

ROGER FLAVIÈRES é advogado formado e trabalha como detetive, após ter sido demitido da delegacia que comandava. Tem uma vida simples, sem muito luxo, junta o que pode financeiramente já que não tem muitos gastos. Gosta de beber e fumar. Nunca se interessou romanticamente por alguém a ponto de ter um relacionamento mais sério ou mesmo se casar.
GÈVIGNE tem uma fábrica em ascensão. Está gordo, calvo e aparência de bonachão. É casado há 4 anos com MADELEINE e não tem filhos. Gosta de charutos e passa muito tempo em viagens para fechar novos negócios e deixa a esposa muito tempo solitária e sozinha.
MADELEINE é uma artista, gosta de pintar, tem um humor cáustico e ultimamente sente-se infeliz e triste. Após o falecimento dos pais, herdou bibelôs,  joias e o patrimônio da família.  Tem uma ligação muito forte com sua bisavó PAULINE LAGERLAC que aos 25 anos cometeu suicídio se jogando de um prédio.
Gèvigne foi amigo de Flavières antes da faculdade, faziam 15 anos que não se encontravam e quando o primeiro soube que Roger trabalhava com investigação, resolveu procura-lo. Gèvigne resolve contratar Flavières pois anda muito preocupado com Madeleine que anda obsessiva pelos pertences de Pauline, sai às escondidas e anda muito triste. Ele já a levou ao médico e constatou que ela está normal, ainda assim ele está aparentemente preocupado e pensando que ela pode até ter um amante. Após muita insistência de Gèvigne, Flavières acaba aceitando e passa a seguir Madeleine.
Flavières começa sua missão e todos os dias reporta suas observações mais sinceras ao ‘amigo’ e como nada de importante tem sido observado, autoriza o investigador a se aproximar de Madeleine e ficar ‘colado’ nela, para que não cometa suicídio como sua bisavó. Flavières só não espera ficar encantado e apaixonado com a vivacidade de Madeleine.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR(es):

Como romances policiais são altamente atrativos para mim, principalmente os romances noir, precisava fazer a leitura desse livro, principalmente porque já tinha assistido o filme dirigido por Hitchcock e claro que gostaria de conferir o livro que originou o filme.
Confesso que esperava um pouco mais do livro. Apesar de haver todo mistério, suspense e muitas dúvidas no decorrer do enredo e até o envolvimento romântico entre os protagonistas, mesmo que de forma superficial, apenas um ‘affair’, não fiquei tão envolvida quanto achei que ficaria.
 O livro não é ruim, alguns trechos são mais voltados ao thriller psicológico, é um livro ambientado durante a segunda guerra, mesmo que se fale apenas da recessão da época e tem toda uma alucinação envolvendo o detetive, vício do álcool que quase o leva a morte, mas o que mais me incomodou, foi o fato de quase tudo ser desvendado apenas nas últimas páginas do livro, mesmo que de forma inesperada e imprevista, achei que faltou um pouco mais de impacto e um pouco mais de explicação.
Talvez o fato de ter muitas expectativas e achar que seria mais eletrizante como o filme, tenha baixado um pouco minha ansiedade durante a leitura, o que pode não acontecer com outros leitores, já que o livro é bom com muito suspense, carregado de intriga, thriller que traz aquele ‘friozinho na barriga’ durante a leitura e um romance policial que tenta desvendar as mortes que ocorrem, mas para mim, ficou faltando algo, só não consigo explicar o por quê...
Recomendo a leitura, principalmente por ser um clássico para quem gosta do estilo policial.

NOTA : 3,60  DE 5,00

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SOBRE O AUTOR(es):

Narcejac and Boileau

Pierre Boileau

Pierre Louis Boileau é inicialmente orientado para uma carreira comercial, especialmente em uma fábrica de feltro. Atraído desde tenra idade pela literatura policial, ele pratica vários ofícios e escreve durante o mesmo período de contos e notícias. Mais tarde, ele escreveu romances e ganhou em 1938 o Adventures Novel Prize por "The Rest of Bacchus".

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Thomas Narcejac , nascido em Rochefort-sur-Mer em 3 de julho de 1908e morreu em Nice em7 de junho de 1998, é um escritor francês , autor de romances policiais . Ele estudou em Bordeaux , Poitiers e Paris, onde obteve graduação em literatura e filosofia . Ele é então destinado ao ensino e ocupa sucessivamente cargos em Vannes , Troyes , Aurillac . Desde 1945, ele foi professor de clássicos em Nantes até sua aposentadoria em 1968 . Um teórico literário, Narcejac também publicou, sozinho ou em colaboração com Pierre Boileau , vários ensaios sobre o romance policial.Thomas Narcejac tem duas filhas: Annette e Jacqueline.


CHEIRINHOS
RUDY




22 comentários:

  1. Não é bem o tipo de livro que gosto de ler, mas é bem interessante, original.
    Parece misturar policial com algo mais psicológico e ser cheio de surpresas.
    Se tiver oportunidade lerei sim.
    Bjos

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    1. Ana!
      Sempre acho que mesmo não sendo estilo que gostamos, devemos nos aventurar na leitura, nem que seja para conhecer.
      Boa semaninha!
      cheirinhos
      Rudy

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  2. Olá Rudy!!
    Confesso que não assisti o filme e como adoro romance policial com muito suspense e expectativa gostaria muito de ler, achei o título muito interessante, pena que você não gostou muito e que ficou faltando algo!!

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    1. Lucia não é que não gostei, mas achei que faltou algo, mais impacto, sabe?
      Boa semaninha!
      cheirinhos
      Rudy

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  3. Eu gosto muito do estilo também e não vi o filme ainda. Esses enredos que lembram roteiros são interessantes, mas às vezes parece faltar algo, não sei se é o caso. Quero muito ler!

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    1. Dá a impressão Evandro, mas falta nada não, só entendimento.
      Boa semaninha!
      cheirinhos
      Rudy

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  4. Não faz meu estilo de leitura, mas quem sabe eu acabe mudando e leia esse livro para conhecer mais sobre a história. 😊😊

    Bjos

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    1. Depende muito do gosto pessoal Larissa.
      Boa semaninha!
      cheirinhos
      Rudy

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  5. Olá Rudy! Curto muito um romances policiais e ainda não li nenhum romances noir, essa sua resenha me deixou bem curiosa em conferi essa história.
    Bjs

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    1. Mi!
      São romances bem estruturados, valem a pena.
      Boa semaninha!
      cheirinhos
      Rudy

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  6. Olá!
    O livro tem uma premissa boa, mas não é um livro que eu leria, talvez algum dia mas não deixa de ser uma ótima premissa.

    Meu blog:
    Tempos Literários

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    Respostas
    1. Lily!
      questão de gosto, não é?
      Boa semaninha!
      cheirinhos
      Rudy

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  7. Oi Rudy, tudo bem?
    Não conhecia o livro, mas vi sua alta avaliação e fiquei curiosa. Anotei a dica, obrigada.
    Beijos

    http://www.acordeicomvontadedeler.com/

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  8. Oi, Rudy!
    Assim como você também gosto de romances policiais, por isso já fiquei interessada em Vertigo, e talvez por não ter assistido ao filme eu não acabe me decepcionando tanto como aconteceu com você ao ler o livro, aliás não conheço o filme, vou procurar mais sobre ele, se me interessar vou assistir mas só depois da leitura do livro... Bjos, valeu pela dica!

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    Respostas
    1. Any!
      Tomara que goste ao ler.
      Boa Páscoa!
      cheirinhos
      Rudy

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  9. É um verdadeiro milagre o filme ser melhor do que o livro... geralmente acontece o contrário.
    Nunca li ficção francesa...também nunca ouvi sobre a obra, mas não me despertou muito a vontade de ler.
    Mas amei sua resenha, Rudy.

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  10. Olá! Gosto bastante de romances policiais, é um gênero que me agrada muito, mas nunca li um romance noir, vou procurar me informar mais sobre esse tipo de livro.
    Achei interessante a premissa, nunca li nada parecido até agora.
    Obrigada pela indicação! Beijos! ♡

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  11. Oiii ❤ Ultimamente tenho me interessado muito por livros de investigação, romances policiais, então fiquei curiosa sobre esse livro.
    É realmente uma pena quando lemos algum livro é ficamos com a sensação de ter faltado algo, mesmo que a obra seja boa.
    Beijos ❤

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  12. Oi, Rudy! Esse livro tá na minha listinha de desejados faz tempo. Saber que foi filmado por Hitchcock me deixou mto interessada na época. Uma pena vc não ter curtido tanto a leitura.

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Adoro ler seus comentários, portanto falem o que pensam sem ofensas e assim que puder, retribuirei a visita e/ou responderei aqui seu comentário.
Obrigada!!
cheirinhos
Rudy