22/10/2019

DIVULGAÇÃO CULTURAL #86 - BIANCA SOUZA E CAMILA - Sobre força e fragilidade

Olá alegres e felizes!

"Eu CAMILA e Bianca refletimos muito sobre nossas personagens, sobre as mulheres da vida real e sobre as perseguições e julgamentos que tantas de nós (ou todas?) sofremos. E chegamos à conclusão de que se há algum tempo éramos perseguidas por ousarmos sermos fortes, hoje somos por termos nossos momentos de fragilidade.
Estranho né?
As lutas para que a fibra, essência e voz da mulher fossem reconhecidas jamais objetivaram nos tirar de uma caixinha para nos colocar em outra. Nossas lutas têm como objetivo justamente nos livrar dos rótulos. Sejam eles quais forem.
Queremos ser livres para discutir, debater, ocupar espaços e gritar. Mas queremos também ser livres para termos dúvidas, para errarmos, para não sermos santas.
Em resumo, queremos ser livres para sermos livres.
Não queremos precisar ser nada, mas sim termos escolhas. Até porque eu e Bianca acreditamos que todos nós. temos muito em nosso interior, e que oscilamos em diversos momentos e experiências. Ter a possibilidade de fazer nossas próprias escolhas, sejam elas quais forem, a possibilidade de oferecer ajuda e de precisar dela é o que nos torna iguais. Nós, mulheres, não somos sobre-humanas. E nem deveríamos querer ser. Pois do contrário, é só mais uma prisão de expectativas alheias e próprias a que estaremos submetidas.
Acha que faz algum sentido?
Aliás, em nossos livros, temos personagens femininas que demonstram os mais diversos tipos de força e fragilidade.
Separamos duas de cada obra para apresentarmos a vocês:
capa maldição dos inocentes
Em Maldição dos Inocentes:

Pietra é o tipo de personagem badass. É independente, resiliente, dura e agressiva. Ao longo da maior parte da história parece indestrutível, como se não tivesse nenhuma vulnerabilidade.

Já Sophia, por sua vez, é uma das três irmãs que cruzam o caminho da protagonista. Bem jovem, Sophia é doce, meiga, sensível e absolutamente compreensiva e generosa.

Ambas têm sua importância no
enredo e nos fatos que sustentam o mistério. E ouso dizer que são ambas muito fortes, apesar de suas personalidades distintas.
capa do livro laços
Em Laços:

Força mental
Poucos teriam a frieza de arquitetar um plano para reaver o reino durante sua queda. A Rainha Abigail engole a bile ao se casar com o rei invasor de seu reino, para garantir sua soberania nas terras e, também o futuro de seu amado filho que já estava em seu ventre... foi capaz de ir até a última consequência em nome daquilo que acreditava. Sendo uma delas, o amor pelo filho.
A Rainha Abigail é o retrata perfeito de uma época onde a mulher não tinha o direito de escolha (mesmo sendo rainha), quando agia era na
surdina. A força de Abigail trabalha no terreno da preservação, resiliência e estratégia. Quando precisa empregar sua força, age como veneno e não como espada. Fere de dentro para fora, letal e irreversível.

Força Bruta
Já Lívia, a nossa vampira, tem a força física como um dos principais atributos. Diferente da rainha Abigail, Lívia fere como uma espada. De fora para dentro. Amedronta até o mais corajoso dos homens quando se transforma no monstro com sede de sangue. Finca os caninos pontiagudos no pescoço de sua vítima e a drena toda. No entanto, mesmo sendo dona de tanta potência, Lívia tem suas fraquezas e momentos de fragilidade. Em um dos embates contra a bruxa Brianna, ela sai muito machucada, tanto físico quanto emocional. Ela não aguenta mais tanta dor e sofrimento, ela chora como um vampiro chora, lágrimas sofridas de sangue. Naquele momento, ela se desmancha porque simplesmente, não consegue manter-se forte o tempo todo. No fundo, ela ainda é só uma mulher tentando sobreviver no mundo.
Os exemplos que mostramos aqui, servem para reflexão.
A imposição de identidade e comportamento vai ao contrário do que prega a liberdade. Todos nós, sem exceção, temos potencial enorme para ser nossa melhor versão. Isso quer dizer que não seremos – ou não deveríamos querer ser – igual aos outros, pois a força do outro pode não ser a nossa, e, vice-versa. Quando a gente tenta ser o que não é, se força a se encaixar em um padrão (seja o da super mulher ou o da donzela em perigo) é irreal e perigoso, pois gera uma autocobrança absurda e a falsa noção de que temos a obrigação de sermos perfeitas, quando não somos nem uma coisa nem outra. O ser humano é muito mais complexo do que isso. Não devemos nos limitar por rótulos e sim por ações e vontade. Conhecer a si mesmo é um grande exercício.

Bjs!
Bianca
Mais informações aqui
Camila

cheirinhos
Rudy


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8 comentários:

  1. Olá Rudy! Verdade nos mulheres não podemos nos limitar por rótulos, já fiquei doida pra ler esses dois livros, parecem ótimos.
    Bjs

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  2. Gente...Que capas são essas? Socorro! Que lindaaaas.
    Amo livros com personagens femininas empoderadas.

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  3. Que capas lindas! Incríveis!
    As histórias parecem fascinantes também!
    Assim que der comprarei!
    Bjs

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  4. Olá Rudy!!
    Uau, que capas maravilhosas e achei super interessante as premissas dos livros, já quero ler!

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Obrigada!!
cheirinhos
Rudy