12/10/2019

DIVULGAÇÃO DE EDITORA #34 - DARKSIDE, CIA. DAS LETRAS, SEXTANTE, LER, ROCOO, ULTIMATO, OBJETIVA.

Olá alegres e felizes!

Novidades das editoras.

01-) DARKSIDE:


Hoje é dia de presentear os anjinhos endiabrados que tanto amamos 🖤

A DarkSide está sempre ao lado dos pequenos leitores trevosos e preparou uma promoção especial: na compra de 2 livros da marca Caveirinha, você ganha um terceiro livro grátis (também Caveirinha). Mas corre que é só até às 23h59 deste Dia das Crianças 💀
SAIBA MAIS
Dia das Crianças Caveirinha
Promoção válida somente no www.darksidebooks.com.br, de meia-noite de 12/10/2019 até às 23h59 de 12/10/2019 e/ou enquanto durarem os estoques. 
DarkSide e Galápagos em um sorteio para agradar os pequenos de A a Zumbi ��
O Dia das Crianças está chegando e nossos pequenos anjinhos endiabrados merecem um presente assustadoramente irresistível. A DarkSide Books e a Galápagos Jogos se uniram e vão deixar esta data ainda mais especial. Corra para participar! 🚀 
Um sorteio para agradar de A a Zumbi
PARTICIPE
QUIZ Dia das Crianças
Quiz: Qual o livro perfeito para o Dia das Crianças?
Faça o teste que a Caveirinha preparou e descubra a história que mais se encaixa com o seu anjinho endiabrado.
10 livros do especial de Halloween de Os Simpsons
Halloween: 10 livros que apareceram no especial de Os Simpsons
Histórias publicadas pela DarkSide, como os clássicos de Mary Shelley, Bram Stoker e Edgar Allan Poe, já foram homenageadas pelo desenho.
VÍDEO DA SEMANA
O thriller perturbador de Ilana Casoy e Raphael Montes vai virar série da Netflix, e a parceira Bárbara Sá contou tudo sobre o livro em um vlog de leitura.
Vlog de leitura de Bom Dia, Vêronica
Veja o vídeo
MAIS VENDIDOS
FOTO DO LEITOR
A foto da semana é do @nerdvino 📸 Quem também tem um coração dark pulsando pelas histórias da marca DarkLove? 💀
Viva a Experiência Dark

02-) CIA. DAS LETRAS E DAS LETRINHAS:


Leia trechos dos lançamentos de outubro do Grupo Companhia das Letras
Morangos mofados, de Caio Fernando Abreu
Em Morangos mofados, Caio faz transbordar de cada página a angústia, o desassossego e o estilo confessional que o consolidaram como uma das vozes mais combativas e radicais de sua época. Inclui posfácio inédito de José Castello.
A origem dos outros, de Toni Morrison
Toni Morrison, ganhadora do prêmio Nobel de literatura, reflete sobre questões raciais, políticas públicas de imigração e outros temas contemporâneos em ensaios pungentes e profundos. Tradução: Fernanda Abreu.
Amazona, de Sérgio Sant'Anna
Nono livro de Sérgio Sant’Anna e romance sem-par na literatura brasileira, Amazona ganha nova edição com posfácio de André Nigri.
Crocodilo, de Javier Arancibia Contreras
Uma narrativa singela e emotiva sobre a construção da família, da relação pai-filho e das mudanças que o amadurecimento traz para a vida de todos nós.

 Leia um trecho 
 
Herói mutilado, de Laura Mattos Soares Quintas
Um livro extremamente atual, que chama a atenção para o fato de que a censura conta com o suporte de parte da sociedade e sempre terá, na ditadura ou na democracia, defensores confessos e aqueles que levantam a bandeira da liberdade de expressão, desde que concordem com o que é dito.
Diários intermitentes, de Celso Furtado
Esta edição integral é ilustrada por fotos, documentos e outros registros inéditos dos diários do acervo do economista Celso Furtado, autor de Formação econômica do Brasil e um dos grandes intérpretes de nossa história. Organização: Rosa Freire d'Aguiar.
Devoção, de Patti Smith
Neste livro breve e delicado, Patti Smith, a lendária autora do disco Horses e do aclamado livro de memórias Só garotos, oferece um relato íntimo de seu processo criativo — e uma reflexão poderosa sobre os mecanismos da escrita. Tradução: Caetano W. Galindo.
O ano do macaco, de Patti Smith
O ano é 2016 e Patti Smith atravessa a América numa turnê com sua banda. Neste emocionante relato autobiográfico, a lendária compositora de Horses propõe uma vigorosa meditação sobre morte, política, arte e um mundo em convulsão. Tradução: Camila von Holdefer.
Matéria de poesia, de Manoel de Barros
A linguagem de Manoel de Barros se insurge contra o convencional, o grandioso e o mercantil. Matéria de poesia é, nesse sentido, um livro revolucionário, um contraponto a tudo aquilo que a civilização rejeita como menor. Com prefácio de Mia Couto e imagens do acervo pessoal do poeta.
Uma jornada como tantas, de Francisco J. C. Dantas
Romance de grande humanidade, Francisco J.C. Dantas o constrói com um lirismo delicado e tocante, o que aprofunda a ironia diante da crueza das vicissitudes, mas que, por isso mesmo, lança um bote certeiro, a ponto de desarranjar a memória coletiva e pedir respostas.
Stalker, de Lars Kepler
Do mesmo autor de O homem de areia, mais um eletrizante romance policial da série Joona Linna. Sucesso em dezenas de países, Stalker trata de obsessões doentias e das frágeis fronteiras entre verdade e mentira, heroísmo e vilania. Tradução: Renato Marques.
As flores do mal, de Charles Baudelaire
Edição bilíngue de um dos mais influentes livros de poemas da modernidade. Obra poética completa de Baudelaire em nova tradução. Tradução: Júlio Castañon Guimarães.
Como pensar e viver melhor, de Rolf Dobelli
Do mesmo autor do best-seller A arte de pensar claramente, este livro apresenta dicas práticas valiosas para tomarmos as melhores decisões na vida e nos negócios. Com base na psicologia, na economia comportamental, na filosofia e nas teorias de investimento, Rolf Dobelli nos faz enxergar o mundo sob um novo ângulo. Tradução: Kristina Michahelles e Silvania Gollnick.
Cidade porosa, de Bruno Carvalho
Uma visão original do Rio de Janeiro, este livro destaca os encontros, convívios e trocas de saber que ajudaram a gerar as culturas do samba e do Carnaval. Trata também da larga história dos processos de urbanização da cidade e suas pluralidades culturais. Tradução: Daniel Estill.
Comer para vencer doenças, de Dr. William Li
Sua dieta alimenta ou destrói doenças? Um guia prático para entender como a alimentação é capaz de combater diversas doenças. Tradução: Guilherme Miranda.
Seja monge, de Satyanātha
Neste livro fundamental, o monge Satyanātha compartilha meditações, segredos e descobertas para quem busca a verdade, a paz e o silêncio na mente; para que a luz de todos, de cada um, possa brilhar. 
Substitua consumo por autoestima, de Fê Resende e Cris Zanetti
60 ideias e desafios para pôr em prática um consumo consciente da moda sem perder o estilo!
Os sete maridos de Evelyn Hugo, de Taylor Jenkins Reid
Com todo o esplendor que só a Hollywood do século passado pode oferecer, esta é uma narrativa inesquecível sobre os sacrifícios que fazemos por amor, o perigo dos segredos e o preço da fama. Tradução: Alexandre Boide.
Sessão da meia-noite com Rayne e Delilah, de Jeff Zentner
Uma história contemporânea divertida e emocionante sobre amizade, filmes de terror trash e amadurecimento. Tradução: Guilherme Miranda.
Frank e o amor, de David Yoon
Frank está descobrindo o amor — e você está prestes a se apaixonar por este livro. Tradução: Lígia Azevedo.
Wild Cards: O começo, de George R.R. Martin
“Wild Cards explora todas as qualidades dos quadrinhos clássicos e da ficção, e acrescenta uma dose de lógica e realismo. É incrível.” – The Guardian
Tradução: Alexandre Martins, Petê Rissatti e Edmundo Pedreira Barreiros.
Labirinto de histórias, de Stela Barbieri e Fernando Vilela
Uma aventura emocionante por diferentes contos de fada muito conhecidos pelos pequenos leitores, ilustrada pelo premiado Fernando Vilela.
Mortina e o primo insuportável, de Barbara Cantini
Mortina terá de enfrentar um grande mistério no Palacete Decrépito ao lado de Dondoco, o primo mais chato desse (e de qualquer outro) mundo. Tradução: Eduardo Brandão.
O Homem-Cão: O senhor das pulgas, de Dav Pilkey
Esse é o quinto volume da série Homem-Cão, escrita e ilustrada pelo mesmo criador do Capitão Cueca. Na aventura da vez, inspirada no clássico da literatura O senhor das moscas, nosso super-herói favorito vai descobrir detalhes da infância de Pepê, o gato mais malvado do mundo. Tradução: André Czarnobai.
Estes livros estão em fase de revisão. Por favor, desconsidere eventuais erros encontrados.



Um escritor decadente passa por um deserto criativo e emocional enquanto o Rio de Janeiro colapsa ao seu redor. Em seu sexto romance, Chico Buarque constrói uma engenhosa trama em cujas entrelinhas se revelam as contradições do Brasil de agora.
Nas livrarias a partir de 14 de novembro.
Há pontos de contato entre Chico Buarque e o protagonista de Essa gente. Além de ser escritor, Manuel Duarte tem esse sobrenome de perfil vocálico idêntico e gosta de bater perna atrás de inspiração nos arredores do Leblon, onde voltou a morar após o fim de seu último casamento. Embora seja quase inevitável buscar alusões autobiográficas no novo romance de Chico — o primeiro após a consagração do prêmio Camões —, o leitor não demorará a descobrir que tal linha de pensamento conduz a um beco sem saída. Na melhor das hipóteses, lhe dá a posse de uma chave que pode abrir uma ou outra porta, mas não todas. Essa não será a única pista falsa antes do ponto-final.
Essa gente é, entre os romances de Chico, o mais áspero e possivelmente o mais enigmático. A história contada em forma de pequenos capítulos de diário, quase todos datados de um passado tão recente que se pode chamar de atualidade, é mais um de seus quebra-cabeças narrativos com fumaças de literatura policial. No entanto, a reflexão sobre a linguagem que é uma dimensão estruturante das ficções buarquianas se ancora desta vez no estilo mais imediato de todos: o do apontamento rápido, feito para auxiliar a memória do próprio apontador no futuro, quando houver distância e lucidez para transformar o tumulto do presente numa história redonda. Sim, estamos no nebuloso país do agora. A parte da brincadeira que cabe ao leitor é mais decisiva do que nunca.
Autor de diversos livros, entre eles um best-seller já entrado em anos chamado O Eunuco do Paço Real, Duarte é um escritor decadente às voltas com uma pindaíba total, tanto financeira quanto afetiva. Tem um filho pré-adolescente com quem é incapaz de trocar uma única palavra. Está sempre em busca de um modo de descolar dinheiro — seja arrancando mais um adiantamento de seu editor paulista, seja apelando à generosidade arisca de um amigo bem-sucedido. Com uma mistura de hiperatividade e inação, ricocheteia entre suas duas ex-mulheres, uma tradutora intelectual e uma decoradora perua, e um número não especificado de putas. Enquanto isso, à sua volta, o Rio de Janeiro sangra e estrebucha sob o flagelo de feridas sociais finalmente supuradas, exibidas por muitos com uma espécie doentia de orgulho.
O distanciamento emocional vagamente camusiano com que Duarte fala dessas ruínas, tanto a pessoal quanto a coletiva, eximindo-se de juízos históricos ou mesmo de indignação, dá ao livro um tom de farsa — não ligeira mas grave, encharcada de humor negro. Logo de saída, a comédia sombria se escancara na subtrama dos castrati: um pastor neopentecostal e um maestro italiano estão castrando jovens pobres dos morros cariocas, com a anuência de suas famílias, a fim de abastecer o mercado do canto lírico internacional.
Será que estamos diante de uma alegoria poderosa da emasculação de um povo? Pode ser, mas talvez isso só exista na ficção que Duarte tenta escrever, alegoria de alegoria, retomando um tema presente em O Eunuco do Paço Real. Essa e outras fronteiras entre vida, imaginação, sonho e delírio vão sendo borradas pelo autor — e aqui falamos de Chico Buarque — com um sorriso que quase se deixa entrever nas páginas.
A montagem do quebra-cabeça se complica mais um pouco quando outros narradores se apresentam, das ex-mulheres de Duarte a uma vizinha enxerida que lhe é uma completa estranha, sem falar de uma voz que narra em terceira pessoa. Vai ficando claro que o “diário” é um estratagema literário de Duarte, o próprio livro que ele tenta escrever, embora também essa chave encontre seu limite quando, nas últimas páginas, o formato se prolonga além de toda verossimilhança para dar o toque final numa charada que o autor capricha em deixar sem solução. Uma informação jogada então com sugestiva ausência de ênfase, a de que o computador do protagonista estava vazio de textos, chega a acenar com a não existência do próprio livro que se acabou de ler.
Romance urgente, colado corajosamente na opacidade do agora, Essa gente é, numa primeira leitura, uma comédia de costumes tão divertida quanto cruel. É também um engenho narrativo feito para empurrar até o futuro possível — algum momento após o fim da leitura — o caimento da ficha derradeira: a compreensão de que, enquanto Duarte nos conduzia pelas tortuosas vielas literárias de sua história mundana, alegórica, metalinguística, o mais importante ocorria ao seu redor. O foco se desloca então da “literatura” para a paisagem, a chapa quente carioca compartilhada pela classe média alta do Leblon e pela mistura de classe média baixa, pobreza e miséria da vizinha favela do Vidigal. Terminada a leitura, o livro nos intima a virá-lo do avesso, transformando fundo em forma e desviando os olhos da história para a História.
Nessa nova perspectiva, os personagens principais se tornam com clareza dolorosa a violência letal da polícia contra “essa gente”, a humilhação dos porteiros, o espancamento gratuito do mendigo pelo sócio do Country Club, o bullying sofrido na escola pelo filho de esquerdistas, o alagamento apocalíptico das ruas em dias de chuva, as pedras que ameaçam deletar o morro, a falência material e moral de uma cidade que já foi símbolo de uma nação — talvez ainda seja. Que a única redenção possível venha do olhar de uma ruiva gringa apaixonada pela fantasia do Orfeu do Carnaval é parte do humor dilacerante da primeira obra literária de vulto a encarar o tema do Brasil bolsonarista. Pensando bem, essa gente somos todos nós.
Sérgio Rodrigues
Ouça um trecho do livro, com narração de Marília Garcia
SOBRE O AUTOR
Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro, em 1944. Compositor, cantor e ficcionista, publicou, além das peças Roda viva (1968), Calabar, escrita em parceria com Ruy Guerra (1973), Gota d’água, com Paulo Pontes (1975), e Ópera do malandro (1979), a novela Fazenda modelo (1974) e os romances Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite derramado (2009) e O irmão alemão (2014).
OBRAS DE CHICO BUARQUE PUBLICADAS PELA COMPANHIA DAS LETRAS



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Olá, querida leitora e querido leitor!

Vamos comemorar o mês das crianças com uma série de eventos e atividades especiais. Confira os detalhes abaixo e marque na agenda!
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Um escritor decadente passa por um deserto criativo e emocional enquanto o Rio de Janeiro colapsa ao seu redor. Em seu sexto romance, Chico Buarque constrói uma engenhosa trama em cujas entrelinhas se revelam as contradições do Brasil de agora.
Nas livrarias a partir de 14 de novembro. Já em pré-venda.
Há pontos de contato entre Chico Buarque e o protagonista de Essa gente. Além de ser escritor, Manuel Duarte tem esse sobrenome de perfil vocálico idêntico e gosta de bater perna atrás de inspiração nos arredores do Leblon, onde voltou a morar após o fim de seu último casamento. Embora seja quase inevitável buscar alusões autobiográficas no novo romance de Chico — o primeiro após a consagração do prêmio Camões —, o leitor não demorará a descobrir que tal linha de pensamento conduz a um beco sem saída. Na melhor das hipóteses, lhe dá a posse de uma chave que pode abrir uma ou outra porta, mas não todas. Essa não será a única pista falsa antes do ponto-final.
Essa gente é, entre os romances de Chico, o mais áspero e possivelmente o mais enigmático. A história contada em forma de pequenos capítulos de diário, quase todos datados de um passado tão recente que se pode chamar de atualidade, é mais um de seus quebra-cabeças narrativos com fumaças de literatura policial. No entanto, a reflexão sobre a linguagem que é uma dimensão estruturante das ficções buarquianas se ancora desta vez no estilo mais imediato de todos: o do apontamento rápido, feito para auxiliar a memória do próprio apontador no futuro, quando houver distância e lucidez para transformar o tumulto do presente numa história redonda. Sim, estamos no nebuloso país do agora. A parte da brincadeira que cabe ao leitor é mais decisiva do que nunca.
Autor de diversos livros, entre eles um best-seller já entrado em anos chamado O Eunuco do Paço Real, Duarte é um escritor decadente às voltas com uma pindaíba total, tanto financeira quanto afetiva. Tem um filho pré-adolescente com quem é incapaz de trocar uma única palavra. Está sempre em busca de um modo de descolar dinheiro — seja arrancando mais um adiantamento de seu editor paulista, seja apelando à generosidade arisca de um amigo bem-sucedido. Com uma mistura de hiperatividade e inação, ricocheteia entre suas duas ex-mulheres, uma tradutora intelectual e uma decoradora perua, e um número não especificado de putas. Enquanto isso, à sua volta, o Rio de Janeiro sangra e estrebucha sob o flagelo de feridas sociais finalmente supuradas, exibidas por muitos com uma espécie doentia de orgulho.
O distanciamento emocional vagamente camusiano com que Duarte fala dessas ruínas, tanto a pessoal quanto a coletiva, eximindo-se de juízos históricos ou mesmo de indignação, dá ao livro um tom de farsa — não ligeira mas grave, encharcada de humor negro. Logo de saída, a comédia sombria se escancara na subtrama dos castrati: um pastor neopentecostal e um maestro italiano estão castrando jovens pobres dos morros cariocas, com a anuência de suas famílias, a fim de abastecer o mercado do canto lírico internacional.
Será que estamos diante de uma alegoria poderosa da emasculação de um povo? Pode ser, mas talvez isso só exista na ficção que Duarte tenta escrever, alegoria de alegoria, retomando um tema presente em O Eunuco do Paço Real. Essa e outras fronteiras entre vida, imaginação, sonho e delírio vão sendo borradas pelo autor — e aqui falamos de Chico Buarque — com um sorriso que quase se deixa entrever nas páginas.
A montagem do quebra-cabeça se complica mais um pouco quando outros narradores se apresentam, das ex-mulheres de Duarte a uma vizinha enxerida que lhe é uma completa estranha, sem falar de uma voz que narra em terceira pessoa. Vai ficando claro que o “diário” é um estratagema literário de Duarte, o próprio livro que ele tenta escrever, embora também essa chave encontre seu limite quando, nas últimas páginas, o formato se prolonga além de toda verossimilhança para dar o toque final numa charada que o autor capricha em deixar sem solução. Uma informação jogada então com sugestiva ausência de ênfase, a de que o computador do protagonista estava vazio de textos, chega a acenar com a não existência do próprio livro que se acabou de ler.
Romance urgente, colado corajosamente na opacidade do agora, Essa gente é, numa primeira leitura, uma comédia de costumes tão divertida quanto cruel. É também um engenho narrativo feito para empurrar até o futuro possível — algum momento após o fim da leitura — o caimento da ficha derradeira: a compreensão de que, enquanto Duarte nos conduzia pelas tortuosas vielas literárias de sua história mundana, alegórica, metalinguística, o mais importante ocorria ao seu redor. O foco se desloca então da “literatura” para a paisagem, a chapa quente carioca compartilhada pela classe média alta do Leblon e pela mistura de classe média baixa, pobreza e miséria da vizinha favela do Vidigal. Terminada a leitura, o livro nos intima a virá-lo do avesso, transformando fundo em forma e desviando os olhos da história para a História.
Nessa nova perspectiva, os personagens principais se tornam com clareza dolorosa a violência letal da polícia contra “essa gente”, a humilhação dos porteiros, o espancamento gratuito do mendigo pelo sócio do Country Club, o bullying sofrido na escola pelo filho de esquerdistas, o alagamento apocalíptico das ruas em dias de chuva, as pedras que ameaçam deletar o morro, a falência material e moral de uma cidade que já foi símbolo de uma nação — talvez ainda seja. Que a única redenção possível venha do olhar de uma ruiva gringa apaixonada pela fantasia do Orfeu do Carnaval é parte do humor dilacerante da primeira obra literária de vulto a encarar o tema do Brasil bolsonarista. Pensando bem, essa gente somos todos nós.
Sérgio Rodrigues
JÁ EM PRÉ-VENDA
Ouça um trecho do livro, com narração de Marília Garcia
SOBRE O AUTOR
Francisco Buarque de Hollanda nasceu no Rio de Janeiro, em 1944. Compositor, cantor e ficcionista, publicou, além das peças Roda viva (1968), Calabar, escrita em parceria com Ruy Guerra (1973), Gota d’água, com Paulo Pontes (1975), e Ópera do malandro (1979), a novela Fazenda modelo (1974) e os romances Estorvo (1991), Benjamim (1995), Budapeste (2003), Leite derramado (2009) e O irmão alemão (2014).
OBRAS DE CHICO BUARQUE PUBLICADAS PELA COMPANHIA DAS LETRAS


Parabéns pelo seu dia! Seu trabalho cotidiano e sua prática pedagógica fazem a diferença para nossas crianças e jovens.
E justamente para refletir sobre o conhecimento pedagógico em torno da leitura em ambiente escolar iniciamos hoje a série Práticas de Leitura na Escola.
Com este canal abrimos um espaço para reflexão sobre formação de leitores e mediação de leitura nas escolas ou em outros espaços educativos, como bibliotecas, centros comunitários, salas de leitura etc. Nesta série de vídeos abordaremos diversas práticas de leitura que auxiliam a consolidar a escola como uma comunidade de leitores.

Além disso, a cada vídeo vamos oferecer dicas de livros de literatura e de não ficção, como apresentar esses livros aos leitores, sobre o que conversar em torno dessa leitura, ampliando os olhares sobre esse elemento fundamental para a formação de leitores: uma mediação de qualidade, capaz de expandir os sentidos construídos na leitura.

Sejam bem-vindos!
LIVROS CITADOS NESTA EDIÇÃO
“[...] as fábulas são verdadeiras. São, tomadas em conjunto, em sua sempre repetida e variada casuística de vivências humanas, uma explicação geral da vida, nascida em tempos remotos e alimentada pela lenta ruminação das consciências camponesas até nossos dias; são catálogo do destino que pode caber a um homem e uma mulher, sobretudo pela parte que justamente é o perfazer-se de um destino: a juventude, do nascimento que tantas vezes carrega consigo um auspício ou uma condenação, ao afastamento da casa, às provas para tornar-se adulto e depois maduro, para confirmar-se como ser humano.”

Italo Calvino
03-) SEXTANTE:




04-) LER:


O ebook do segundo livro da série Sabores do Sangue já está liberado 🤩


SINOPSE O ciclo do despertar transforma a vida de todos que se envolvem com ele. Portadores, Escravos, Caçadores e todos que estão próximos deles irão provar os sabores e dissabores desta conturbada relação de sangue.Adquira já o seu em uma das lojas parceiras! ...



A Ler Editorial e a Livraria Leitura convidam para o lançamento de A Exortação


Primeiro livro da série O Encontro, do autor Tito Corrêa. Sessão de autógrafos com brindes para os leitores que adquirirem o livro no lançamento. Dia 09 de novembro às 15h Livraria Leitura do Shopping Light Rua Coronel Xavier de Toledo 23 República - São Paulo/SPConfirme presença no evento do Facebook clicando aqui!Clique aqui para acessar a página do livro e conhecer mais sobre a obra. ...





"Livro de Lucas de Sousa desafia o leitor a descobrir, junto com a personagem, os segredos do seu novo lar."


O Dia das Crianças está chegando e o PublishNews tem uma linda indicação de obra para os pequenos leitores. Confira! "Na obra publicada pela Ler Editorial, a personagem Sophie descobre um lugar encantado e misterioso em sua nova casa."Leia a matéria publicada no PublishNews clicando aqui!Clique aqui para acessar a página do livro e conhecer mais sobre a obra.Compre o livro em nossa lojinha. ...



05-) ROCCO:



Editora Rocco***Tipo de divulgação***
Escolha a magia: Harry Potter e o Cálice de fogo ilustrado chega às livrarias em 8 de outubro!
Harry Potter e o cálice de fogo, quarto volume da série do bruxo mais amado do mundo, ganha edição ilustrada. Com projeto gráfico sofisticado – capa dura, sobrecapa e miolo em papel cuchê – o livro traz o texto integral de J.K. Rowling acompanhado dos incríveis desenhos do premiado artista britânico Jim Kay, escolhido para recriar em imagens os sete livros da série. Através dos olhos de Jim Kay, vamos voltar à Toca, acompanhar as velozes vassouras no Mundial de Quadribol, nos deparar com o retorno da Marca Negra no céu, 
vibrar com os desafios do Torneio Tribuxo e ficar frente a frente com Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado.
Títulos já publicados
Harry Potter e a Pedra Filosofal | J.K. RowlingHarry Potter e a Câmara Secreta | J.K. RowlingHarry Potter e o Prisioneiro de Azkaban | J.K. Rowling



Editora RoccoDia das Crianças
Uma criança com um livro na mão pode mudar o mundo! Nesse Dia das Crianças, presenteie com histórias cheias de emoção, diversão e ensinamentos preciosos para a vida toda!


06-) ULTIMATO:


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Topo Últimas #470

Uma biografia de Jesus
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Neste domingo, 6 de outubro de 2019, celebramos a vida e o legado do pastor e jornalista Elben César (1930-2016), fundador e diretor-redator da revista Ultimato até a sua morte, há exatos três anos.

E, para marcar a data, publicamos parte do manuscrito no qual o pastor Elben César trabalhava naqueles dias de 2016. Assim como fez com os reformadores Lutero, em 2006, e Calvino, em 2014, a sua ideia era escrever uma biografia de Jesus. Para não parecer irreverente, ele não “conversou” com o biografado, mas com os três primeiros discípulos (Mt 4.18-22) e os primeiros apóstolos de Jesus, Pedro, Tiago e João. Confira.

E tem mais. O livro Deixem Que Elas Mesmas Falem, do pastor Elben César, é um presente para o leitor durante esta semana. Baixe o seu aqui.
Stanley Jones (1884-1973): o maior missionário do século 20

Stanley Jones (1884-1973): o maior missionário do século 20
O autor do lançamento “O Caminho – Meditações Diárias" é um nome quase mítico na história das missões modernas.
[Alderi Souza de Matos]
Jesus é Deus disfarçado de homem ou homem disfarçado de Deus?

Jesus é Deus disfarçado de homem ou homem disfarçado de Deus?
Livro inédito do pastor Elben César, “entrevista” o Trio de Jesus – Pedro, Tiago e João – e apresenta a biografia do Mestre.
[Elben César]
Apoie Ultimato
Se não eu, quem? Se não agora, quando?
Se não eu, quem? Se não agora, quando?
Cerca de 9,7 milhões de pessoas têm alguma deficiência auditiva, no Brasil, e apenas 1% é cristã. O que você tem para dizer a elas? [Blog da Ultimato]
Treinamento para profissionais cristãos na área da saúde
Treinamento para profissionais cristãos na saúde
Saline Process oferece capacitação para quem deseja ser testemunha de Cristo no trabalho.

[Notícia]
Criança também pode ajudar a salvar o planeta Terra
Criança também pode ajudar a salvar o planeta Terra
Projeto quer colaborar para o ensino de valores relacionados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
[Notícia]
Tretas na internet e a idolatria da (in)verdade

Tretas na internet e a idolatria da (in)verdade
Defender a verdade sem amor é impossível.[André Costa]
O risco de alcançar os não-alcançados

O risco de alcançar os não-alcançados
Como equilibrar a segurança dos missionários e a compaixão pelos povos não-alcançados?
[Sue Arnold]
O Caminho
Revitalizando

Fazendo a vontade de Deus, permanecemos para sempre; fazendo nossa própria vontade, desabamos interiormente, nos desintegramos.
            [Stanley Jones]
Apoie Ultimato



Lançamentos
Quanta coisa boa foi lançada este ano!
Aproveite a semana para comprar nossa safra de 2019 com desconto.
O Caminho - Stanley Jones
Neste devocionário, somos guiados, ao longo do ano, dia a dia, por um dos heróis da fé do século 20: Stanley Jones. O autor foi indicado duas vezes ao Prêmio Nobel da Paz e chamado pela revista Time de o maior evangelista missionário do mundo.
De R$ 86,10 por R$ 73,15
      
A Revolução
Século I - A Revolução
[Cayo César Santos]
Completa a trilogia de ficção e contextualização histórica dos acontecimentos e das pessoas do primeiro século que andaram com Jesus.

de R$ 59,90 por
R$ 47,90
Lendo Gálatas com John Stott

Lendo Gálatas com John Stott
[John Stott]
Apresenta em nove estudos as respostas do evangelho para perguntas dos nossos dias, dentro e fora da igreja.
de R$ 37,90 por
R$ 30,30
O Regresso do Peregrino
O Regresso do Peregrino 
[C. S. Lewis]
O primeiro livro de ficção de C. S. Lewis registra, por meio da fantasia, o que de outra forma exigiria um tratado de filosofia da religião.

de R$ 68,50 por
R$ 54,80
Contando e Cantando (Volume 2)

Contando e Cantando (Volume 2) 
[Henriqueta Rosa F. Braga]
Quer inspirar com a arte e a criatividade, com histórias de lutas e vitórias, dores e alegrias de irmãos nossos do passado.

de R$ 57,50 por
R$ 46,00
A Missão da Igreja Hoje
A Missão da Igreja Hoje 
[Michael W. Goheen]
Combina as demandas urgentes com os desafios futuros da igreja local. Uma leitura profunda e também acessível.

de R$ 83,50 por
R$ 66,80
Lendo Efésios com John Stott

Lendo Efésios com John Stott 
[ John Stott ]
As habituais clareza e sabedoria de John Stott e um resumo preciso do evangelho e suas implicações.

de R$ 46,50 por
R$ 37,20
Capitalismo e Progresso
Capitalismo e Progresso 
[Bob Goudzwaard]
Preenche uma lacuna na literatura cristã brasileira sobre a relação entre fé e pensamento econômico.

de R$ 65,10 por
R$ 52,08
Um Novo Dia

Um Novo Dia 
[Emma Scrivener]
Deixando para trás ansiedade, fome, controle, vergonha, ira e desespero.

de R$ 57,10 por
R$ 45,65
O Reino Entre Nós
O Reino Entre Nós 
[Mauricio José da Silva Cunha e Beth Wood ]
O registro de valores e do entendimento sobre a responsabilidade da igreja perante um mundo que precisa de tudo.

de R$ 43,90 por
R$ 35,10
Lendo Timóteo e Tito com John Stott

Lendo Timóteo e Tito com John Stott
[John Stott]
 Numa época em que a verdade é condicionada, as três cartas apresentam como tema central a verdade objetiva revelada.

de R$ 45,90 por
R$ 36,70
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07-) OBJETIVA:



Baseado no livro de memórias de Michelle Obama, o best-seller Minha história, este diário apresenta uma íntima e inspiradora introdução escrita pela ex-primeira-dama dos Estados Unidos e perguntas provocadoras que ajudarão você a descobrir — e a redescobrir — sua história.
“Espero que você use este diário para anotar suas experiências, seus pensamentos e seus sentimentos, com todas as suas imperfeições, e sem juízos de valor... Não temos que nos lembrar de tudo. Mas tudo de que nos lembramos tem relevância”, escreve a autora na introdução.

Minha história: Um diário para encontrar sua voz chega às livrarias pela editora Objetiva no dia 19 de novembro. O lançamento é mundial e acontece simultaneamente em mais de 20 países, incluindo Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia, África do Sul, Índia, Alemanha, Franca, Itália, Holanda, Espanha, Portugal, Suécia, Noruega, Dinamarca, Finlândia, Polônia, Taiwan e China.

Ao publicar Minha história, uma obra com reflexões profundas e relatos fascinantes, Michelle Obama compartilhou sua extraordinária jornada para que outras pessoas contassem suas histórias e descobrissem a força da própria voz. Neste diário há perguntas inspiradoras e citações do Minha história que ajudarão você a refletir sobre sua história pessoal e familiar, seus objetivos, desafios e motivações, o que lhe dá esperança, e que futuro imagina para si e para as pessoas ao seu redor. 
Michelle Robinson Obama exerceu o cargo de primeira-dama dos Estados Unidos entre 2009 e 2017. Formada na Universidade Princeton e na Faculdade de Direito de Harvard, Michelle Obama iniciou a carreira como advogada na firma de advocacia Sidley & Austin, onde conheceu seu futuro marido, Barack Obama. Ela posteriormente trabalhou na prefeitura de Chicago e no Centro Médico da Universidade de Chicago. Michelle Obama também fundou em Chicago a filial da Public Allies, uma organização que prepara jovens para seguir carreira no serviço público. O casal Obama vive atualmente em Washington, DC, e tem duas filhas, Malia e Sasha.
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cheirinhos
Rudy

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11 comentários:

  1. Sempre bons lançamentos deixando a gente com vontade né!!
    Quero muito o novo da Carina Rissi e o da Lucinda Riley!
    bjs

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  2. Nossa é muitos lançamentos bons para tão pouco dinheiro no bolso, mas como sonhar não custa nada, minha lista de desejados segue só crescendo.
    Bjs

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  3. Olá Rudy!!
    Quantos livros bons, nossa a Darkside arrasa nas capas, quero muito Alice no País das Maravilhas!!

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  4. Quantos livros bons da Darkside adoro os livros delaalém do conteúdo maravilhoso as capas são sempre de muito bom gosto chamam muito a atenção

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  5. Amei esses lançamentos.
    To louca pra comprar os que estarão em produção no Halloween 😍😍😍

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Obrigada!!
cheirinhos
Rudy