AUTOR: JÔ SOARES
EDITORA: COMPANHIA DAS LETRAS
PÁGINAS – 256
1ª EDIÇÃO 2005
CATEGORIA: LITERATURA BRASILEIRA
ASSUNTO: ROMANCE POLICIAL
ISBN: - 978-85-3590-617-2
CITAÇÃO:
“O Coruja impressionou-se com a agilidade e a força do
homenzinho. Carregava os pesados rolos de fazenda sem demonstrar o menor
esforço. A fita métrica, longa demais para o seu tamanho, pendia-lhe do
pescoço, lembrando uma cobra morta. Voltou para junto de Machado usando a
plataforma móvel como uma patinete, com destreza juvenil.” (pág. 106)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
A capa é verde com flores douradas, parece a parte do
sobretudo usado na Academia de letras.
Concepção da capa: Hélio de Almeida.
Tratamento de imagem da capa: Almapbbdo.
NOTA: 4,50 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amareladas com letras pretas um pouco acima da
média. Papel pólen Bold da Suzano Bahia Sul.
Conteúdo: em memória;
dedicatória; pensamentos; matéria de jornal da época (aparece em várias partes
do livro); os capítulos tem títulos e alguns falam sobre alguns dos
personagens, entre uma mudança de capítulo e outra tem pequenos diagrama de
caneta e tinteiro; e, tem várias ilustrações.
A diagramação é diferenciada e gostei muito, porque
facilitou a leitura.
Assistência editorial: Miguel Said Vieira.
Fotos das págs. 69 e 77: Acervo Copacabana Palace.
NOTA: 5,00 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em terceira pessoa onipresente em
todos os fatos e tem diálogos complementares.
A linguagem é um pouco mais culta, devido a época em que a
história é ambientada e por se falar dos Imortais da Academia Brasileira de
letras.
Na edição lida, como a reforma da ortografia ainda não tinha
sido homologada, o português é o da época. Não são erros, apenas não estão
atualizadas.
Revisão: Carmen S. da Costa e Isabel Jorge Cury.
NOTA: 4,80 DE 5,00
CITAÇÃO:
“-Nada disso. Vou adorar ouvir o poeta dizendo seu próprio
texto, mesmo que seja jocoso. Sou admirador do seu pai há muitos anos.” (pág.
162)
“-Não tinha ideia de como ser imortal é importante pra
certas pessoas.” (pág. 165)
SINOPSE:
“Durante seu discurso de posse, o senador Belizário Bezerra,
o mais novo imortal da Academia Brasileira de Letras, cai fulminado no salão do
Petit Trianon. A morte de outro confrade, em circunstâncias semelhantes -
súbita, sem sangue e sem violência aparente -, traz uma tensão inusitada para a
tradicionalmente plácida casa de Machado de Assis: um serial killer literário
parecia solto pelo pacato Rio de Janeiro de 1924, e não estava pra brincadeira.
Queria ver mortos todos os imortais.
Os 'Crimes do Penacho', como a imprensa marrom apelidou a
série de assassinatos, despertaram a curiosidade do comissário Machado Machado,
um tipo comum na paisagem carioca não fosse o indefectível chapéu-palheta, a
pinta de sedutor irresistível e a obstinação em provar que aquelas mortes
jamais poderiam ser coincidências.
Em sua investigação, que serpenteia entre um chope e outro
no Café Lamas, uma visita ao teatro São José, uma passada no cemitério São João
Batista e outra na Lapa, Machado Machado encontra suspeitos por toda parte:
políticos, jornalistas, religiosos, nobres falidos, embaixadores, crupiês,
poetas maiores e menores, homens de letras, magnatas da imprensa, alfaiates e
atrizes francesas, quase todos com um pendor inescapável para o assanhamento e
a malandragem.”
CITAÇÃO:
“O livro era composto de travessuras descritas com humor e
talento extraordinários, o que amenizava as ações daqueles pequenos demônios,
as quais beiravam o sinistro. Impossível não rir das crueldades que eles
planejavam com extremo cuidado, mesmo prevendo-se o desfecho trágico.” (pág.
207)
RESUMO SINÓPTICO:
Rio de Janeiro do século XIX é o cenário de vários
assassinatos sem explicações entre os imortais da Academia Brasileira de
Letras. Mesmo que eles não fossem apreciados pela sociedade, os imortais precisavam
de uma definição sobre o que estava acontecendo e o porque de tantas mortes.
O detetive designado para desvendar ‘os crimes do Penacho’,
como foi apelidado pela imprensa marrom da época, foi MACHADO MACHADO. Ele
ganhou esse nome dos pais que eram fãs de Machado de Assis e como o sobrenome
da família era Machado, o nome ficou duplicado e... engraçado.
Machado Machado é um tanto boêmio e namorador, porém se
empenha em desvendar as mortes dos acadêmicos e quanto mais adentra ao caso
procurando um culpado e uma causa para os assassinatos, se enrola e se vê em um
beco sem saída. Alguns dos imortais não tem interesse em ajuda-lo, porque tem
seus próprios segredos e não querem que sejam desvendados, alguns não são tão
honestos quanto parecem, então Machado Machado resolve participar das
celebrações que acontecem na Academia na esperança de uma nova pista.
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
Acredito que todos conhecem o talentoso e inteligente Jô
Soares. E na literatura ele não fica atrás, é impecável, e claro, hilário. O
livro é um romance policial, entretanto, tão engraçado e bem escrito, que
trazem a marca indelével do Jô.
Uma das coisas que mais me agradou além de todo enredo
engenhoso, foram as personagens. Uma diversidade sensacional: um alfaiate anão
(que faz as roupas usadas pelos membros imortais), um padre gay, uma jovem
aparentemente respeitável mas que sai tirando a roupa por aí, os próprios
imortais e suas características pessoais, o Comissário um tanto corrupto e mais
alguns outros.
Outro momento importante, é o fato histórico da chegada do
Cristo Redentor ao Rio de Janeiro, onde o autor nos leva por um passeio pelo
Bondinho da Lapa, uma viagem pela sociedade carioca, seus costumes, os
vestuários, as ruas, enfim, uma deliciosa viagem de conhecimento.
Como Jô tem formação teatral, a forma como os assassinatos
são desenvolvidos, é um exercício de imaginação para o leitor, aliás, todos os
trechos do livro, exaltam a criatividade e o leitor acompanha de forma prazerosa
o desenrolar das descobertas. As pistas vão sendo expostas e quando o leitor
pensa que vai descobrir o assassino, trechos inesperados são inseridos e como o
detetive, nós também acabamos ficando com aquele sentimento de estarmos
perdidos e decepcionados por não desvendarmos o mistério.
E aí... chega o final! Totalmente inesperado, inimaginável,
tanto os motivos como o idealizador dos assassinatos. Fiquei de queixo caído
literalmente, porque acredito que tenha sido a única personagem que não
imaginei que seria responsável e incapaz de cometer tantas atrocidades.
Gente! O livro é excepcional e recomendo muito.
NOTA : 5,00* DE 5,00
SOBRE O AUTOR:
José Eugênio Soares, mais conhecido como Jô Soares, é um
humorista, apresentador de televisão, escritor, artista plástico, dramaturgo,
diretor teatral, músico e ator brasileiro.
Filho do empresário paraibano Orlando Soares e da dona de
casa Mercedes Leal, Jô queria ser diplomata quando criança. Estudou no Colégio
São Bento do Rio de Janeiro e em Lausanne na Suíça, no Lycée Jaccard, com este
objetivo. Porém, percebeu que o senso de humor apurado e a criatividade inata o
apontavam para outra direção.
Dono de um talento versátil, além de atuar, dirigir,
escrever roteiros, livros e peças de teatro, Jô Soares também é apreciador de
jazz e chegou a apresentar um programa de rádio na extinta Jornal do Brasil AM,
no Rio de Janeiro, além de uma experiência na também extinta Antena 1.
CHEIRINHOS
RUDY
Muito bom. Adoro o JÔ SOARES. :)
ResponderExcluirBeijos. Boa noite.
Cidália!
ExcluirBom que goste dele, é maravilhoso em tudo.
cheirinhos
Rudy
Oiii ❤ Ainda não tinha ouvido falar sobre essa obra do Jô Soares, mas confesso que a premissa é ótima, além do título ser chamativo.
ResponderExcluirO que mais me chamou atenção sobre a obra são os personagens, gostei que eles são bem diferentes entre si, estou curiosa para saber como é a interação entre eles.
Obrigada pela dica de leitura.
Beijos ❤
Rayane!
ExcluirSão personagens bem diversificados e hilários.
cheirinhos
Rudy
Olá Rudy! Gosto muito do Jô, porem ainda não nenhum dos seus livros, essa sua resenha me deixou bastante curiosa em conferi essa história, curto muito um romance policial. Bjs
ResponderExcluirMi!
ExcluirVale a pena fazer a leitura.
cheirinhos
Rudy
Eu sabia q Jô tbm é escritor, mas nunca li nenhuma obra dele. Pela sua nota, o livro deve ser realmente excepcional. Jô é inteligentíssimo e tenho certeza que a escrita é perfeita.
ResponderExcluirVou procurar ler quando puder.
Halana!
ExcluirO livro foi um dos melhores do ano.
cheirinhos
Rudy
Ainda não li nada do Jô, mas acho ele muito incrível!
ResponderExcluirAdorei sua resenha, parece ser um livro fenomenal, com bom enredo, ótimos personagens e muito engraçado!
Assim que der lerei!
bjs
Ana!
ExcluirJá li outro livro dele e foi bom também.
cheirinhos
Rudy
Olá Rudy!!
ResponderExcluirAdoro o Jô Soares, mas ainda não li nenhum livro que ele tenha escrito! Mas lendo sua resenha fiquei muito curiosa em ler esse livro, ainda mais sendo um romance policia com tantos personagens inesperado e com o final que fiquei com muita vontade de conhecer!! Espero sinceramente de ter a oportunidade de ler esse livro que deve ser incrível!!
Lucia!
ExcluirSe conseguir ler, tenho certeza que irá gostar.
cheirinhos
Rudy
Olá, Rudy! ♡ Ainda não conhecia esse livro, mas depois de ler sua resenha quero muito! Parece de fato um ótimo livro.
ResponderExcluirGostei que mesmo o livro se tratando de uma investigação, ele ainda conta com muito humor.
Obrigada pela indicação! Beijos! ♡
Rayssa!
ExcluirÉ o Jô, tem de ser engraçado.
Vale a pena a leitura.
cheirinhos
Rudy
Gosto muito do Jô, porem ainda não nenhum dos seus livros,mas o que ouço falar me deixa muito curiosa ele e muito talentoso e depois dessa resenha estou ainda muito mais curiosa para ler..
ResponderExcluirAna Lucia!
ExcluirEle é um ser iluminado, quando puder, leia algo dele.
cheirinhos
Rudy
Oi!
ResponderExcluirQue legal, não lembrava que o Jô havia escrito um livro.
Adoraria ler a descrição sobre a cidade maravilhosa, queria muito conhecê-la.
Giovanna!
ExcluirO Jô já escreveu mais de um livro.
A descrição é linda.
cheirinhos
Rudy
Olá Rudy!
ResponderExcluirQue curioso, não sabia que Soares tinha publicado um livro, agora fiquei interessada pela escrita dele. Tem uma ótima premissa, gosto bastante de suspense e mistério e com certeza irei adora ler.
Meu blog:
Tempos Literários
Lily!
ExcluirEscreveu mais de um livro e leia se puder.
cheirinhos
Rudy
Gostei do fato do livro tratar de vários assassinatos mas ao mesmo tempo retratar de for hilariante e leve o tema.
ResponderExcluirO fato de fazer alusão aos imortais da academia e aos autores nacionais me agradou bastante.
Fabiolla!
ExcluirParece bom de verdade, leia.
cheirinhos
Rudy
Confesso que nunca li nada do Jo Soares,mas fiquei bastante intrigada com essa história. Quero ler esse livro.
ResponderExcluirAdorei a diagramação dele
Juliane!
ExcluirEspero que consiga lê-lo.
cheirinhos
Rudy
Tenho muita curiosidade de ler esse livro. Já tive o prazer de ler outro livro do Jô e adorei. Realmente ele sabe desenvolver um enredo inteligente e com um humor único.
ResponderExcluirEvandro!
ExcluirEle tem aquele humor mais cáustico que adoro.
cheirinhos
Rudy
Devo confessar que não sabia que o Jô Soares era escritor, o vi muito sendo apresentador, mas pelo que vi na resenha além de ser uma história de romance policial, deve ser um tanto engraçado.
ResponderExcluirMarcy!
ExcluirE os livros ele são ótimos.
Bom final de semana.
cheirinhos
Rudy
Oi, Rudy! Que delícia um romance policial escrito por Jô Soares! Nunca li nada dele, mas admiro o artista e pretendo conhecer seus livros. Achei a descrição dos personagens incríveis. Fico imaginando a confusão rs. E que desfecho inesperado é esse? Curiosa!
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