DIVULGAÇÃO DE PARCEIROS #78 - Guia de Investimento - Você já ouviu as expressões mansplaining e manterrupting? Entenda os seus significados

Em um aspecto geral as mulheres sempre passaram por maiores dificuldades dentro da sociedade, já que fazem parte de um grupo socialmente marginalizado, não recebendo o mesmo destaque e muito menos as mesmas oportunidades que o público masculino.

Isso através dos mais diversos períodos históricos, sendo possível enxergar as conquistas do público feminino em relação aos seus direitos ao comparar a posição das mulheres hoje no mercado de trabalho em comparação ao que acontecia antigamente.

E nem é necessário voltar tanto assim, já que até mesmo na década passada o percentual de mulheres ocupando cargos importantes era muito baixo, tal como segue a acontecer nos dias de hoje. Realidade que deve ser combatida de forma contínua para assim subvertê-la.

Pois foi somente através dessa reivindicação de direitos que atualmente podemos ver a mulher tendo um contato com materiais descartaveis cirúrgicos na posição de profissional de saúde. Isso além de muitos outros direcionamentos ocupacionais.

É a partir dessa luta que as mulheres podem ocupar posições que antigamente eram destinadas somente para o público masculino, tal como ocorre com profissões de perfil físico, sendo preciso quebrar esse ideal ainda mais da mulher ser o sexo frágil.

Um cenário socialmente negativo que é alimentado pelo comportamento machista. Um conjunto de condutas sociais que não só prejudica o público feminino, apagando a voz dessa audiência, ao mesmo tempo que traz prejuízos até mesmo para os homens.

Público que se vê na obrigação de acompanhar um perfil previamente estabelecido que pode ser atormentador para todas as pessoas que pertencem a um grupo social, tanto homens como mulheres, por mais que seja o segundo grupo o que mais acaba sofrendo.

Sendo mais difícil associar a essas mulheres a profissões voltadas à indústria, como uma atuação em uma fábrica produtora de acoplamento elástico flexível, por exemplo, por mais que a presença das mulheres na indústria seja comum desde o período das guerras.

E quando se fala desse apagamento das mulheres na sociedade não é apenas ao trabalho que nos referimos, já que de forma geral se trata de um grupo que aos poucos vai sendo excluído de todo tipo de atividade social, incluindo até uma reunião de amigos.

Isso porque é comum que as opiniões trazidas pelas mulheres sejam sumariamente ignoradas, sendo algo que pode ocorrer até mesmo de forma não-proposital, mas cujos impactos costumam ser tão prejudiciais como se existisse uma intenção por trás disso.

Um cenário negativo que acaba dando um destaque específico para termos como manus planning e manterrupting. Palavras cujo significado pode ser, infelizmente, mais acessível do que se pensa.

A institucionalização do apagamento feminino

Quando se fala sobre a exclusão das mulheres na sociedade, é possível direcionar tal afirmação ao campo profissional, político, além de muitas outras características possíveis de se encontrar na sociedade. Locais que de comum partilham do apagamento feminino.

E enquanto em certos casos essa exclusão é feita de forma proposital, por causa de um comportamento machista por quem gerencia alguns projetos ou empreendimento, acontece também das vozes femininas serem silenciadas até mesmo por quem se porta como aliado.

Como exemplo é possível citar uma consulta médica realizada em um centro de medicina do trabalho, onde um paciente opta por ser atendido por um médico masculino, por não se sentir confortável com uma profissional mulher ou por qualquer motivo pré-definido.

Casos isolados que ao se repetirem em alta frequência acabam por apresentar uma possível desconfiança em relação à performance de uma mulher dentro do ramo da medicina, por mais que elas passem pelo mesmo tipo de especialização dos homens.

E mesmo quando existe uma parceria clínica, não é difícil encontrar casos onde uma médica pode ser interrompida, tanto por seus superiores como pelos seus pacientes, isso em um nível que não chega a ser tão recorrente em relação aos profissionais masculinos.

Isso sem contar com as situações onde tal pessoa qualificada recebe por explicações diversas, mesmo sendo tal profissional especializada nesse assunto em questão. Cenários que de tão comuns receberam uma denominação própria para cada um.

Mansplaining

O mansplaining, termo que pode ser traduzido como “uma explicação masculina”, refere-se a uma situação no qual um homem realiza algum tipo de explicação sobre assuntos diversos, mesmo sem a requisição por parte dessa mulher.

Questão que se torna pior quando se trata de uma mulher que seja especializada em certo assunto, sendo alguém que atua no setor fabril, mas que mesmo assim recebe explicações sobre como funcionam equipamentos de sua área, como um transdutor de pressão.

Essa palavra foi institucionalizada pela autora Rebecca Solnit em 2008, em sua obra "Os Homens Explicam Tudo para Mim”. Não demorou para que o termo ganhasse um destaque maior na sociedade, já que se trata de uma situação comum de ocorrer às mulheres.

O que pode ser visto tanto nas relações físicas como no cenário digital. Sendo comum encontrar nas redes sociais casos de mulheres que comentam sobre um assunto e logo em seguida recebem explicações não requisitadas por homens que navegam na rede.

Manterrupting

O manterrupting costuma se associar ao mansplaining, mas se trata de uma concepção particular, envolvendo o método de interrupção de uma voz feminina por parte do público masculino. Independentemente de qual seja o assunto ou ocasião.

Termo mais recente, ele foi estabelecido a partir de janeiro de 2015, após ser descrito pela jornalista Jessica Bennett em um artigo para a revista americana Time. É uma palavra que pode ser usada para explicar as frequentes interrupções que a mulher sofre no dia a dia.

Sendo possível destacar alguns cenários como:

• Reunião de negócios;

• Sala de aula;

• Congressos políticos;

• Hospital.

Ou seja, qualquer local onde a mulher tenha direito à fala, mas seja silenciada em um nível maior pelos homens presentes nesse mesmo recinto. 

Situação que pode até mesmo fazer com que uma profissional feminina se sinta diminuída durante uma apresentação sobre esterilizador para laboratório ou em qualquer outro momento.

Por mais que tal pessoa tenha um completo conhecimento sobre o assunto, acaba tendo sua performance profissional questionada simplesmente por ser uma mulher em uma posição de respeito, sendo assim interrompida pelos homens que ali se encontrem.

Logo, a combinação entre o mansplaining e o manterrupting podem causar um grande peso na vida das mulheres, em relação às suas carreiras ou qualquer tipo de especialização social.

Por que as mulheres sofrem de tal exclusão?

Esse é um tipo de questionamento que as mulheres fazem desde o começo dos tempos, já que existe um rastro histórico no que envolve o apagamento das mulheres, que acabam sendo retiradas do campo social e profissional apenas pelo seu gênero.

Essa prática de interrupção e explicação desnecessária, tratando esse público como algo inferior, são apenas mais um entre diversos comportamentos sociais que resultam na exclusão das mulheres entre qualquer tipo de posição buscada por tal parcela social.

E assim como o volume hídrico em um encanamento ou bomba pode ser avaliado por um medidor de vazão de água, os impactos desse apagamento feminino podem ser medidos através de qualquer estudo sobre a posição das mulheres dentro do setor profissional.

Já que tais práticas podem resultar na construção de um perfil inferior às mulheres, sem condizer com a realidade, mas que acaba por excluir tal grupo unicamente por causa de uma visão deturpada que é criada em cima dessas mulheres.

E isso ocorre não apenas de forma externa, mas em relação às próprias mulheres entre si, já que ao serem interrompidas diversas vezes, ou então receber direcionamentos mesmo quando não é necessário, essas mulheres podem perder confiança em si mesmas.

Por mais que se trate de uma pessoa com a completa capacidade de agir em um serviço de monitoramento ambiental, os casos recorrentes de mansplaining e manterrupting podem atrapalhar até mesmo a performance dessa profissional especializada nesse tema especial.

E para evitar esse tipo de problema é necessário ter uma atenção maior para a forma com que esse público feminino é tratado em sociedade, sendo preciso que os homens realizem diversas situações, de forma a identificar quando pratica tal comportamento.

Por parte das mulheres a única solução acaba sendo a mesma que se pratica em relação aos mais diversos campos repressivos ao público feminino. É necessário impor suas vozes e reagir sempre que tal tipo de situação ocorre.

Uma maneira de não só evitar que tais casos ocorram futuramente, mas também de informar aos homens sobre como tal comportamento pode acontecer até mesmo sem o seu conhecimento, sendo preciso reconhecer o problema para poder solucioná-lo.

O que vale tanto para o machismo de forma geral como para suas variações menores, baseada em certos comportamentos. 

Portanto, todos nós devemos tomar atitudes para que isso seja evitado, seja dentro da nossa empresa de consultoria técnica ambiental ou até mesmo dentro de casa.

Esse texto foi originalmente desenvolvido pela equipe do blog Guia de Investimento, onde você pode encontrar centenas de conteúdos informativos sobre diversos segmentos.

cheirinhos

Rudy