LIVE HOJE, 19H30, NO YOUTUBE DA L&PM EDITORES
Nesta segunda-feira (22), às 19h30min, em homenagem ao centenário de JOSUÉ GUIMARÃES, a L&PM Editores promove um bate-papo com os autores Luís Augusto Fischer — autor de Dicionário de Porto-Alegrês — e Juremir Machado da Silva — autor de História Regional da Infâmia — sobre a obra Camilo Mortágua. De 1980, “Camilo Mortágua” foi o último grande romance de Josué. Na ficção, há uma confluência entre drama histórico e drama individual. Somos apresentados ao painel de uma cidade e de classes sociais, ao mesmo tempo que a um exame dos sentimentos e paixões dos indivíduos por meio da decadência de uma família de pecuaristas da fronteira gaúcha, com todas as suas misérias e grandezas. Luís Augusto Fischer e Juremir Machado da Silva irão refletir sobre a importância dessa obra atemporal e discutir suas leituras acerca da narrativa, em seu tempo histórico e ficcional. Se quiser dar uma espiadinha e adquirir os livros tanto de Josué Guimarães, quanto de Luís Augusto Fischer e Juremir Machado acesse o link: https://www.lpm.com.br/site/ ------------ Sobre os autores: Josué Guimarães (RS, 1921-1986) é considerado um dos grandes escritores brasileiros do século XX, tendo deixado uma obra fundamental como romancista, jornalista e autor de histórias infantis e infanto-juvenis. Em 2021 é comemorado o centenário do autor. Luís Augusto Fischer é doutor em Letras e professor de Literatura Brasileira na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. É autor de Quatro negros (novela), Dicionário de porto-alegrês, Duas formações, uma história: Das ideias fora do lugar ao perspectivismo ameríndio, Machado e Borges – E outros ensaios sobre Machado de Assis e Inteligência com dor – Nelson Rodrigues ensaísta, sendo estes dois últimos vencedores do Prêmio Açorianos de Literatura. Juremir Machado da Silva é doutor em Sociologia e professor titular da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. É autor de História regional da infâmia - o destino dos negros farrapos e outras iniquidades brasileiras, Jango: a vida e a morte no exílio, Raízes do conservadorismo brasileiro: A abolição na imprensa e no imaginário social, Acordei Negro e Vozes da legalidade: política e imaginário na era do rádio. É também cronista do jornal gaúcho Correio do Povo, no qual assina uma coluna diária. Saiba mais sobre a obra: A história de Camilo Mortágua reproduz, de certa forma, o drama de dezenas de famílias gaúchas que, baseando seus rendimentos na exploração de rebanhos na fronteira, levaram suas vidas luxuosas na capital do Estado, num fausto que fez época e que, com o passar do tempo, terminou por arruiná-las. Neste extenso romance, o protagonista começa já como um homem velho, decrépito, motivo de deboche na pensão onde vive. A história se passa em abril de 1964. Temos cinco dias nos quais se processa a vida atual do Camilo Mortágua. Nessa data, a pensão onde o protagonista reside, trata com indiferença os acontecimentos de 64. Todos estão mais preocupados com o abastecimento, do que com a violência e perseguição. Camilo vai ao cinema Castelo. na Azenha, assistir ao filme Cleópatra, mas acaba assistindo ao desfile de toda a sua vida, num filme mental intitulado: "Uma estranha vida". É nesse rememorar da vida passada que Camilo nos convida para, juntos, mergulharmos no seu passado de oligarca, ao jogo de perdas e ganhos na área econômica e na área psicológica do personagem, estabelecendo conexões e descobrindo as secretas razões de atitudes, palavras e gestos do passado. E o desfecho é absolutamente surpreendente. Considerado por Sergius Gonzaga como um dos melhores romances escritos na história da literatura do Rio Grande do Sul.
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