LIVRO: “UMA PEQUENA
FÁBULA” (LITERATURA NACIONAL)
AUTOR: VALDEMIR AUGUSTO PEREIRA
EDITORA: SCORTECCI
PÁGINAS –228
2ª EDIÇÃO 2022
CATEGORIA: FICÇÃO/FANTASIA
ASSUNTO: CONTOS
ISBN: - 978-6555-29-907-6
PRIMEIRO PARÁGRAFO:
“QUANDO O DIA AMANHECEU, TODAS AS CRIATURAS JÁ O
AGUARDAVAM INSONES E ANSIOSAS. A NOITE
HAVIA SIDO LONGA E O TERROR QUE POR ELA PASSOU FOI AINDA MAIOR. NINGUÉM SABIA
DIZER, AO CERTO, O QUE HAVIA SE PASSADO. TUDO COMEÇOU AO CAIR DA TARDE, QUE,
ATÉ O INÍCIO DE TUDO, ESTAVA CLARA E TRANQUILA. ATÉ QUE, DE REPENTE, UMA
ESPESSA E NEGRA NÉVOA SURGIU COMO QUE POR ENCANTO, COBRINDO AS COPAS DAS
ÁRVORES MAIS ALTAS E, EM QUESTÃO DE MINUTOS, TODA A MATA SE VIU COBERTA E ÀS
ESCIRAS. [...]”
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Uma montanha roxa com céu laranja ao fundo e árvores pretas
à frente; um asa preta de um grande pássaro e vários pássaros sobrevoando a
floresta.
Imagens c capa: Pixabay/Michi S; Freepik/Mrjo_7
Arte da capa: Daniela Jacinto
NOTA: 4,50 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são brancas e letra pretas medianas.
Sem capítulos, títulos os separações. O texto começa e
continua até o final.
Diagramação: Valdir Colonhezi
Mesmo sendo uma fábula ou conto, fiquei um pouco incomodada
com a escrita contínua e alguns parágrafos enormes.
NOTA:3,80 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em terceira pessoa onipresente e
diálogos complementares.
A escrita é fluída, de fácil entendimento e atualizada.
NOTA: 4,50 DE 5,00
SINOPSE:
“Um estranho grupo de expedicionários, depois de uma longa e
árdua viagem ao encontro de uma besta mitológica que está devastando sem
piedade muitas aldeias daquelas cercanias e que vem se aproximando
perigosamente de onde moram, ao retornar se depara, com tristeza e pesar, com o
trágico fato que havia se aplacado sobre a amada aldeia, que, juntamente com
seus habitantes, fora devastada, salvando-se apenas uma jovem fêmea, encontrada
sob os destroços muito ferida e assustada. A sobrevivente conta-lhes todos os
detalhes do terrível acontecimento, descrevendo a besta como um ser humano de
feições malignas dotado de enormes asas negras, possuidor de garras afiadas
como as de uma pantera e presas tão grandes quanto as do tigre-dentes-de-sabre.
Logo todos partem para a aldeia vizinha, onde se veem numa tremenda enrascada
ideológica com o líder do local, Uraculuz, um pretensioso, arrogante e
inconsequente tirano que, no desenrolar da história, descobre o quanto fora
tolo em seus atos, gestos e pretensões. Depois de muitas dificuldades com esse
sujeito, Ursuluz, o herói de nossa história, consegue organizar uma nova
expedição e saem mais uma vez à caça da tenebrosa criatura. No meio da viagem
se deparam com um bosque encantadoramente belo. Fascinado com o lugar, Uraculuz
resolve desistir da expedição e retornar para a aldeia, a fim de anunciar o seu
plano de transferi-la para o bosque, que recebe o sobrenome de encantado.
Depois de muita discussão com Ursuluz, que defende a ideia de prosseguirem, o
inconveniente líder o vence numa votação e em poucos dias o vale encantado
passa a ser o novo lar daquelas estranhas e pequenas criaturas. Mas os
mistérios desta história não param por aqui, pois alguns dias mais tarde são
surpreendidos por uma inusitada visita: um gnomo. Na realidade o verdadeiro
morador e zelador do lugar, conhecedor e detentor de poderes incríveis, como a
levitação. Este lhes conta a sua longa saga até chegar àquele paradisíaco
lugar. Espantados, descobrem que o gnomo também fora vítima da besta. O medo, a
revolta e o desejo de vingança dos recém-chegados vêm à tona novamente e
decidem que o melhor mesmo seria eliminar, de uma vez por todas, o feroz animal
alado. Mas o gnomo não pensa como eles e diz que o melhor para todos seria
deixar tudo como está. Com suas calmas palavras, tenta mostrar-lhes que todo o
mal que viam, na verdade, habitava o interior de cada um e que era projetado
como um filme na parede para acreditarem que tudo se passava fora, e não dentro
de si mesmos, como, erroneamente, pensavam, se materializando, assim, na
horrenda criatura. Suas palavras, com o apoio de Ursuluz e de seu filho,
Ursolino, não foram bastantes para convencer e conter as ideias e a fúria dos
outros membros.”
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
Quando vejo o nome “fábula” em um livro, sempre penso em contos de
fábulas que retratam princesas e romances. A fábula em questão não traz isso,
entretanto, traz um ‘reino’ encantado com várias personagens fantásticas e toda
uma história poderosa que fala sobre os desejos e personalidades que vem do
coração e são moldadas de acordo com as vivências de cada um e como o poder de
serem manipulados de alguma forma, os transformam.
O autor soube incutir em sua ficção fantasia, várias formas
de podermos refletir sobre o que se
passa na mente humana e também traz analogias com as mentes do seres
fantásticos, fazendo um ‘comparativo’ entre as atitudes de ambos. A grande
reflexão que transporta para nossa própria interiorização e avaliações pessoais para mudanças de paradigmas.
Foi o que senti,
entretanto, para quem não se preocupa tanto com a profundidade com que um livro
pode ou não mudar nossa vida de alguma forma, temos aqui uma fantasia muito bem
criada, elaborada e com personagens com personalidades próprias que compõem o
todo do livro.
Uma única coisa me incomodou no livro: a escrita contínua e
alguns parágrafos enormes. Não há divisões no
livro. Me incomodou porque gosto de fazer pausas na leitura em
alguma marcação de capítulo ou subtítulos, o que ficou complicado aqui, foi
como ver alguém começar a falar e não para mais. O lado bom disso é que o livro
é tão dinâmico que a leitura não ficou cansativa como pensei, já que alguns
parágrafos são enormes. É uma opinião minha, cada pessoa tem sua forma de
leitura, portanto, pode não ser um incômodo para outros, e, também, não
atrapalha o andamento do enredo, ok?
Recomendo para quem gosta de uma ficção fantasia, escrita em
forma de conto que se transforma em uma fábula.
NOTA : 4,30 DE 5,00
SOBRE O AUTOR:
Nascido no município de Jales (SP), em 21 de setembro de
1962, Valdemir Augusto Pereira viveu em Magda, uma pequena cidade agrícola do
interior do estado de São Paulo, até os quinze anos de idade, quando se mudou
para a Capital com toda a família. Nessa grande cidade, trabalhou em muitas
empresas antes de ingressar no serviço público, em 1986. Estudou Filosofia na
Universidade São Judas e Psicologia na Uninove. A maior parte dos seus livros
foi escrita nas dependências do Centro Cultural São Paulo, nos dias de folga e
após o seu expediente de trabalho. Entusiasta da filosofia, amante da cerveja e
apreciador amador de vinhos, Augusto, como gosta de ser chamado, veio de uma
família simples, constituída de sete irmãos, sendo quatro homens e três
mulheres. Ao contrário dos irmãos e demais membros da extensa família, não tem
nem segue nenhuma corrente religiosa, pois acredita que todas as religiões
trazem, em si, um único propósito, que é o de educar e mostrar-nos o caminho
certo a seguir, permitindo-se, por esse motivo, ficar bem à vontade para
discutir sobre qualquer questão pertinente a essas correntes do pensamento. Não
se constrange ao ser visto entrando ou saindo desses templos, trazendo consigo
somente o que julga ser necessário para os seus estudos. Aprecia, como um
verdadeiro cristão, as parábolas de Cristo e cita-as sempre em suas
conversações. Usa com frequência a parábola do joio e o trigo, “a outra face” e
a máxima dita na cruz, momentos antes de morrer: “Pai, perdoe-os, pois eles não
sabem o que fazem”, para contrapor os seus adversários de debates filosóficos.
Quando não, também as aplica dentro dos próprios templos aos religiosos ao
perceber incoerências nos estudos e pesquisas apresentados por estes,
ajudando-os a fortalecer a fé e o conhecimento, além de enriquecer o seu
implacável existencialismo. Gosta de música, filosofia, literatura, dos seus
filhos e de livros, do cultivo de bonsais e da mulher que outrora fora a sua
grande parceira nas suas questões filosóficas. Considera esses hábitos e
sentimentos sua legítima religião.
EXEMPLAR CEDIDO PELA EDITORA SCORTECCI.
Mais uma excelente publicação do Grupo Sccorteci! Um livro bem instigante
ResponderExcluirOlá Rudy!
ResponderExcluirCurto muito fantasia e essa sua resenha me deixou bastante em conferi essa ficção fantasia, escrita em forma de conto que se transforma em uma fábula.
Bjs
É Rudy, isso de não ter uma pausa na leitura também me incomoda um pouco. Sinto que não saio do lugar rs
ResponderExcluirÉ preciso respirar sim e essa divisão de capítulos, ajuda muito no fluir da história!
Mas mesmo assim, adorei por ser literatura nacional e isso precisa ser muito valorizado!!!
Eu amo fantasia, então sei que pode me agradar muito!!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel/Rubro Rosa/O Vazio na flor
Olá Rudy!
ResponderExcluirAdoro livros de fantasia! Eu também não gosto de escrita contínua e parágrafos enormes para mim tem que ter divisão de capítulos sim, acho que a leitura fica muito cansativa quando não tem divisão de capítulos! Mas mesmo com tudo isso adoraria ter a oportunidade de ler!
ola
ResponderExcluirNunca li um livro com esse tipo de narrativa contínua ,Que bom ver os autores nacionais publicando seus livros e que a editora Scortecci está fazendo parte disso.
Uma fantasia que parece deixar uma moral da história muito boa.
ResponderExcluirMas essa escrita contínua realmente é um pequeno problema na hora de interromper a leitura.
Danielle Medeiros de Souza
danibsb030501@yahoo.com.br
Não conhecia o livro! Já que é fantasia, vou colocar na minha lista!
ResponderExcluirEu gostei bastante da premissa, já que sou um grande fã de fantasia. Realmente esse texto contínua sem divisões em capítulos assusta bastante. Também sou desses que gosta de dar pausas e até mesmo ler um capítulo ou dois por vez.
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