Quando comecei Na Ponta dos Pés, sabia que queria escrever sobre amor, recomeços e segundas chances.
Mas também sabia que, para isso, precisava passar por lugares sombrios.
Você não precisa dançar sozinha… Falar sobre saúde mental nunca é simples… especialmente quando estamos criando ficção.
Existe uma linha tênue entre romantizar e humanizar. Entre dramatizar e tocar com verdade.
E eu queria fazer isso com todo o cuidado do mundo.
Na Ponta dos Pés é, antes de tudo, uma história de sobrevivência.
De alguém que, mesmo sem saber, estava esperando por um abraço.
Por uma música.
Por uma nova chance.
Durante o processo de escrita, voltei a refletir sobre a forma como tratamos nossas dores… ou nos escondemos elas.
Sobre o quanto é fácil parecer forte quando, por dentro, a gente só queria que alguém dissesse: "Eu vejo você."
"Eu só queria que a dor parasse.
E, por mais que parecesse impossível, ela parou.
Não de uma vez. Não para sempre.
Mas aos pouquinhos, como quem aprende a respirar de novo."
Escrever esse livro me mudou.
Me fez escutar mais. Observar melhor. Ficar atenta às pequenas coisas que escapam nas entrelinhas das conversas.
Me ensinou que delicadeza também é força.
E que existem gestos que podem ser um fio de vida para alguém, mesmo que a gente não perceba na hora.
Falar sobre saúde mental também me toca profundamente porque eu já estive lá.
Já vivi dias em que levantar da cama era uma batalha. Em que sorrir parecia um esforço impossível.
A depressão não avisa quando chega — e sair dela exige força, sim, mas também apoio, tempo e, muitas vezes, ajuda profissional.
É um caminho que sigo trilhando com cuidado, um dia de cada vez.
E escrever, compartilhar, estar com vocês… tem sido parte da minha cura.
Se hoje você está lutando contra algo invisível, silencioso ou difícil de explicar:
você não está sozinho.
Você merece ser ouvido.
E existe ajuda, mesmo quando tudo parece escuro demais.
Se você está lendo essa newsletter, saiba que sua vida importa.
Que pedir ajuda é um ato de coragem.
E que você não precisa dançar sozinha.
Se estiver passando por um momento difícil, procure ajuda.
O CVV – Centro de Valorização da Vida oferece apoio emocional gratuito, com total sigilo, 24 horas por dia.
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💛 O Meyerverso é um espaço para histórias que tocam, curam e acolhem. A cada 15 dias, sempre às quintas, compartilho palavras com a esperança de que elas encontrem quem precisa ler. Nos vemos na próxima edição, com mais leveza, amor e presença. ✨
Ótima reflexão sobre a saúde mental, é muito importante falarmos sobre isso., sempre.
ResponderExcluirAaaaaaa
ResponderExcluirAmo ver Meyer por aqui
Eu aprendi tanto a amar essa doce autora aqui!
ResponderExcluirÉ como um refresco em um dia muito quente!!!!!
Beijo
Angela Cunha Gabriel
Olá Rudy!
ResponderExcluirAdorando essas Postagens da A. C. Meyer, tudo muito interessante!!!