LIVRO: “A IRMÃ DA PÉROLA”
SUBTÍTULO: “A HISTÓRIA DE CECI”
TÍTULO ORIGINAL: “THE PEARL SISTER”
SÉRIE: AS SETE IRMÃS
LIVRO: 4
AUTORA: LUCINDA RILEY
TRADUTORA: VIVIANE DINIZ
EDITORA: ARQUEIRO
PÁGINAS – 528
1ª EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: FICÇÃO IRLANDESA
ASSUNTO: ROMANCE
ISBN: - 978-85-8041-773-9
CITAÇÃO:
“[...]Nunca segui nenhuma religião, mas, se tivesse que escolher uma, acho que seria o budismo, porque parece ter tudo a ver com o poder da natureza, que eu acreditava ser um milagre permanente acontecendo bem diante dos meus olhos.” (pág. 16)
“-Acho que a gente nunca aprecia de verdade o que tem até perder, não é mesmo?” (pág. 53)
“-Ah, sim, compreendo – concordou ele, pesaroso. É muito difícil quando você confia cegamente em uma pessoa e ela o decepciona.”(pág. 57)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Céu avermelhado com a constelação das sete irmãs e uma jovem
sentada em uma planície árida com poucas folhagens.
A capa traz uma paisagem relacionada a uma parte do livro.
Imagens da capa: mulher: @Viktor Gladkov/iStock/: esfera
armilar: nicoolay/Getty Images.
NOTA: 4,80 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amareladas com as letras pretas um pouco acima
da média.
Conteúdo: dedicatória; esfera armilar; personagens; trinta e
sete capítulos divididos em partes de acordo com as personagens ou locais; nota da autora; agradecimentos; bibliografia;
e, outros títulos da autora.
Impressão e acabamento: Associação Religiosa Imprensa da Fé.
FORMATO: 16 X 23 CM
PESO: 0.70 KG
ACABAMENTO: BROCHURA
NOTA: 4,80 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em primeira pessoa nos capítulos
protagonizado por Ceci na atualidade e em terceira pessoa desconhecida por
Kitty no passado, ambas épocas acompanhadas de diálogos complementares a
narrativa. Os ambientes são descritos de forma minuciosa.
A linguagem em ambas as épocas são de fácil entendimento,
fluida, de forma coerente e de maneira a envolver o leitor e o deixar curioso
por cada continuação em cada parte.
Alguns erros ortográficos, gráficos e de concordância tanto
verbal como nominal. Não chega a atrapalhar a leitura, porém acredito que
mereça uma nova revisão e correção.
Revisão feita por: Flávia Midori e Suelen Lopes.
NOTA: 4,50 DE 5,00
CITAÇÃO:
“-A vida é bem diferente lá fora – disse ele, como se
estivesse lendo seus pensamentos. – Uma questão de sobrevivência. Isso torna
qualquer um mais sensível.
-Não tenh dúvidas disso.” (pág. 117)
“-Creio que o Senhor não se importa com o local onde é adorado, ou como, desde que glorifique Seu nome – respondeu Kitty com tato.” (pág. 123)
“-Aqui estou eu, cheia de audácia, oferecendo-lhe o meu corpo e a minha alma, e você escolhe justamente este momento para ser sensato! Tempo é um luxo finito e, meu Deus, não quero desperdiçar nem mais um segundo.” (pág. 240)
SINOPSE:
“Ceci D’Aplièse sempre se sentiu um peixe fora d’água. Após
a morte do pai adotivo e o distanciamento de sua adorada irmã Estrela, ela de
repente se percebe mais sozinha do que nunca. Depois de abandonar a faculdade,
decide deixar sua vida sem sentido em Londres e desvendar o mistério por trás
de suas origens. As únicas pistas que tem são uma fotografia em preto e branco
e o nome de uma das primeiras exploradoras da Austrália, que viveu no país mais
de um século antes.
A caminho de Sydney, Ceci faz uma parada no único local em
que já se sentiu verdadeiramente em paz consigo mesma: as deslumbrantes praias
de Krabi, na Tailândia. Lá, em meio aos mochileiros e aos festejos de fim de
ano, conhece o misterioso Ace, um homem tão solitário quanto ela e o primeiro
de muitos novos amigos que irão ajudá-la em sua jornada.
Ao chegar às escaldantes planícies australianas, algo dentro
de Ceci responde à energia do local. À medida que chega mais perto de descobrir
a verdade sobre seus antepassados, ela começa a perceber que afinal talvez seja
possível encontrar nesse continente desconhecido aquilo que sempre procurou sem
sucesso: a sensação de pertencer a algum lugar.
Filha de um pastor em Edimburgo, no início do século XX,
Kitty McBride é presenteada com a chance de deixar seu ambiente opressivo e ir
para a Austrália como dama de companhia da Sra. McCrombie. Em Adelaide, seu
destino se entrelaça com o da família da velha aristocrata, incluindo seus dois
jovens sobrinhos: o impetuoso Drummond e o ambicioso Andrew, gêmeos idênticos,
porém em tudo diferentes, além de herdeiros de um próspero comércio de pérolas.
Seu bilhete para uma nova terra oferece todas as
oportunidades de aventura com que ela sempre sonhou e um amor que ela jamais
poderia imaginar...
Cem anos depois, Ceci D’Aplièse decide seguir o exemplo das
irmãs e ir atrás de sua família biológica. Seguindo as coordenadas deixadas
pelo pai adotivo antes de morrer, ela parte rumo à Austrália, e se vê refazendo
os intrincados passos de Kitty à medida que procura descobrir a própria
história – uma narrativa improvável que envolve uma pérola amaldiçoada e um
mergulho mágico na arte aborígine.”
CITAÇÃO:
“[...] Com certeza o naufrágio nos ensina a nunca ser
arrogantes, não é? A arrogância do homem o faz acreditar que ele pode controlar
os oceanos. A natureza sabe que não é assim.” (pág. 306)
“-Assim como você. E lembre-se, nada acontece por acaso.
Tudo está planejado antes mesmo de respirarmos pela primeira vez.” (pág. 390)
“-O amor é a emoção mais egoísta e altruísta do mundo, Celeno, e suas duas facetas não podem ser separadas. A necessidade em si luta com o desejo de a pessoa querida ser feliz. Só que o amor não é algo a ser racionalizado e nenhum ser humano escapa de seu controle, acredite. [...]” (pág. 391)
RESUMO SINÓPTICO:
Como a sinopse está bem completinha e já conta a história do
livro, não vejo necessidade de um resumo sinóptico.
CITAÇÃO:
“-Todo mundo comete erros, faz parte da curva de aprendizado
humano, desde que você aprenda mesmo
com eles – acrescentou com um suspiro. – Se quiser voltar para cá, minha casa é
sua pelo tempo que precisar.” (pág. 408)
“[...] Devemos tentar ser responsáveis por nossas ações, mas
não podemos ser pela ações dos outros. Elas têm um jeito insidioso de se
emaranhar como uma trepadeira em nossos destinos. Tudo na Terra tem ligação com
outras coisas.” (págs. 446/447)
“[...] Eu o vi se expandir, abrangendo todas as novas pessoas
que eu amava. E entendi que o coração tinha uma capacidade infinita de se
expandir. E quanto maior ficasse, mais saudável e feliz batia dentro de você.
E, o melhor de tudo, meus dedos formigavam, e eu soube imediatamente qual seria
a inspiração para minha próxima pintura.” (pág. 509)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
Já tive oportunidade de ler alguns outros livros da autora e
o primeiro dessa série, o que já mostra que os livros podem ser lidos de forma
independente, mesmo que um ou outro ponto fique incógnito por se referir ao livro
anterior, mas não atrapalha o entendimento e o ritmo do livro.
O que mais me atrai na escrita da autora, primeiro é a
demonstração da extensão da pesquisa que faz para compor seus livros, aqui
aprendemos mais sobre o mercado de pérolas do início do século XX e sobre a
cultura aborígene do continente australiano, que por sinal é fascinante. Só por
esse fato, o livro já seria interessante de ser lido, mas o melhor, é que ela
consegue trazer duas estórias separadas dentro de um mesmo enredo, uma no
passado e outra no presente, e, depois, entrelaça as duas, dando um desfecho
inesperado e concluso, sem nenhuma ponta solta.
Sei que algumas pessoas questionam essa forma de escrita da
autora, porém de minha parte, acho a parte essencial de seus livros, porque
quando começamos a embarcar na primeira jornada da viagem, de repente já
estamos envolvidos com uma nova história ainda mais instigante do que a
primeira, que traz a curiosidade pra poder entendermos como ambas estão
correlacionadas.
Nenhuma personagem, nem mesmo as secundárias, deixam de ser
importantes, todas tem papel fundamental em toda a trama e um sentido para
estarem ali presentes. Todos são bem construídos, detalhados tanto em suas formas
físicas, como em sua maneira de pensar, agir, de seu estado psicológico e sua
sensibilidade. Os cenários são bem descritos ao ponto de nos transportarmos
para a realidade dos fatos quando acontecem.
O enredo traz a busca interior da protagonista para
encontrar seu lugar no mundo, resolver suas dúvidas interiores, definir sua
opção sexual, qual atividade quer exercer realmente, já que tem baixa estima e
acredita que não presta para nada, porque tem dislexia e não consegue ler
direito e compreender as coisas com facilidade. Fala ainda do amor familiar, do
amor companheiro, de tradições, traz mistérios, segredos e um enredo bem
intrigante e fechado.
Para mim a autora é uma das melhores do nosso mundo contemporâneo.
É um livro excepcional e mais que recomendo.
NOTA : 5,00 DE 5,00
SOBRE O AUTORA:
LUCINDA RILEY nasceu na Irlanda e, após uma carreira inicial
como atriz de cinema, teatro e televisão, escreveu seu primeiro livro aos 24
anos. Suas obras já foram traduzidas para 37 países e venderam mais de 15
milhões de exemplares em todo o mundo. Ela está na lista de autores mais
vendidos do The Sunday Times e do The New York Times.
Lucinda atualmente está escrevendo a série As Sete Irmãs,
inspirada na mitologia da famosa constelação. Os cinco primeiros livros ficaram
em primeiro lugar na lista de mais vendidos em toda a Europa, e os direitos
para uma série de televisão já foram adquiridos por uma produtora de Hollywood.
Além das Sete Irmãs, a Editora Arqueiro publicou A garota
italiana, A árvore dos anjos, O segredo de Helena e A casa das orquídeas.
CHEIRINHOS
RUDY