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06/01/2019

RESENHA #01 - “VEJO VOCÊ NO ESPAÇO”


LIVRO: “VEJO VOCÊ NO ESPAÇO”
TÍTULO ORIGINAL: “SEE YOU IN THE COSMOS”
AUTOR: JACK CHENG
TRADUTORA: THAIS PAIVA
EDITORA: INTRÍNSECA
 PÁGINAS – 208 PÁGS
  EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: FICÇÃO INFANTO-JUVENIL AMERICANA
ASSUNTO: FICÇÃO
ISBN: - 978-85-510-0267-4

Vejo você no espaço

CITAÇÃO:

“Mas meu herói sempre dizia qie o conhecimento é melhor do que a ignorância, que é melhor descobrir e aceitar a verdade, mesmo que ela não seja agradável. Eu queria passar a melhor impressão, assim como ele, mas também acredito na verdade, então é por isso que preciso contar o que aconteceu...Meu foguete caiu.”(pág. 67)

“[...]Ele falou que aquele momento era o mais importante de todos: a reação ao fracasso. Ou eles se deixavam abater pelo fracasso ou redobravam os esforços para descobrir o que tinha dado errado, corrigiam seus erros e garantiam que a próxima tentativa fosse um sucesso.[...]” (pág. 69)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Um céu todo azul com algumas estrelas brancas e lua cheia, um garoto soltando um foguete e um cachorro ao lado dele, ambos olhando para o céu.
Apesar de não achar uma das capas mais bonitas, ela mostra o enredo do livro e transmite a ingenuidade infantil.
Projeto gráfico: Jason Henry:
Ilustração da capa: The Heads of State.
Adaptação da capa: Ô de casa.

NOTA: 4,00  DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com letras pretas na média.
Conteúdo: dedicatória; os capítulos são 52 gravações com o tempo da gravação e o diagrama de um foguete ao lado; e, agradecimentos.
Diagramação e lettering feita por ô de Casa.

NOTA: 5,00  DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa aqui é bem diferenciada, é em primeira pessoa pelo protagonista, porém através de gravações que ele faz para enviar ao espaço. Inclusive os diálogos também fazem parte das gravações e durante a narrativa, os sons do que se passa, são registrado entre parênteses.
Achei tão interessante e bem lúdica essa forma de escrita e não fica cansativa, fica bem interessante.
Revisão: Rayana Faria e Juliana Werneck.

NOTA: 5,00  DE 5,00

CITAÇÃO:

“E o Zed respondeu: É exatamente em momentos como esse que a gente mostra nossa força. Não adianta ser forte só quando se está feliz. Isso não é ser forte.” (pág. 100)
“ALEX: Mas eles não se amam? Então por que brigariam?
TERRA: Olha... É complicado. Amar não significa não brigar nunca. Mas quando duas pessoas se amam de verdade, geralmente dá pra lidar com esses problemas.” (pág. 185)

SINOPSE:

“Alex tem onze anos e adora o espaço sideral, foguetes, sua família e seu cachorro, Carl Sagan - uma homenagem a seu maior herói, o astrônomo autor de Cosmos e Pálido ponto azul. A missão de vida de Alex é enviar seu iPod dourado para o espaço, do mesmo jeito que Sagan (o cientista, não o cachorro) enviou os Discos de Ouro nas sondas Voyager, em 1977, com sons e imagens da Terra, a fim de mostrar aos extraterrestres como é a vida no nosso planeta. Por isso, Alex constrói um foguete. E por isso ele viaja do Colorado ao Novo México, de Las Vegas a Los Angeles, gravando tudo o que acontece pelo caminho. Ele encontra pessoas incríveis, gentis e interessantes, desencava segredos e descobre que, mesmo para um menino com uma mãe complicada e um irmão ausente, família pode significar algo bem maior do que se imagina.
Um livro tocante e delicioso sobre aprendermos a discernir realidade e aparências, Vejo você no espaço é uma lição de que família também se constrói e de que, com honestidade, força e amor, nos tornamos tão grandes quanto o próprio universo.”

CITAÇÃO:

“ALEX: Então, quando amamos muito uma pessoa, temos que nos sacrificar e ficar longe dela?
RONNIE: Não, nem sempre. Normalmente não é assim. Mas, às vezes... às vezes não tem jeito. Às vezes, temos que nos afastar das pessoas que amamos. Tem casos em que a distância é melhor para elas.” (pág. 252)

RESUMO SINÓPTICO:

A sinopse está bem completa, por isso, não há necessidade de um resumo sinóptico.

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:

A primeira coisa que falarei é sobre a forma como o livro é escrito, bem diferente de tudo que já li até hoje e chama  muito a atenção, porque todo enredo é feito de forma ‘gravada’ pelo protagonista, dando uma forma dinâmica e lúdica ao livro. E como é um livro infanto-juvenil, torna a leitura bem atraente, ainda mais por ser uma ficção.
Outro ponto que gostei muito foi o fato do autor, apesar de ter criado um personagem infantil inteligente, dinâmico e bem esperto, não o fez perder a ingenuidade infantil e os sentimentos espontâneos; com gostos específicos na área do conhecimento, mas receptivo anovo aprendizado, sempre que lhe é apresentado. Muito questionador, demonstrando a curiosidade natural da idade. Achei fantástico!
Gostei também pelo fato de ser uma ficção, por estar ligada não apenas ao plot do livro e pela ideologia criada para o personagem, o livro traz outros assuntos bem mais ligados a realidade cotidiana, como a família, os relacionamentos, a concretização de objetivos, doença psicológica, a influência da segurança em relação à criança, um pouco de drama e mistério, descobertas inusitadas e inesperadas e amizade. O autor conseguiu passar tantos ensinamentos e reflexões que torna o livro fascinante.
Algumas coisas não achei tão legais... O fato de uma criança fazer uma viagem tão longa, sozinho, apenas com um cachorro e ninguém perceber, é intrigante e angustiante, mesmo que ele tenha encontrado pessoas muito boas durante o caminho, algo que talvez não seja tão real, porque hoje a maldade impera, principalmente em relação a crianças. Até entendi o distanciamento do irmão que teve de ir trabalhar em outro estado para poder sustentar a família, porém, ele não se interessar pelo que acontece com o irmão e com a mãe, não consegui engolir mesmo, o bom foi que ele pode reconhecer seu erro e mudar.
E por esses pequenos detalhes essenciais, não dei uma nota mais alta, o que não quer dizer que a leitura  é ruim, muito pelo contrário, é uma leitura deliciosa, interessante, intrigante e carregada de ensinamentos que afloram os sentimentos intrínsecos de cada um.
Mais que recomendado!

NOTA : 4,50  DE 5,00

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SOBRE O AUTOR:

Jack Cheng

Jack Cheng nasceu em Xangai, mas mudou-se para os Estados Unidos ainda criança. Trabalhou por dez anos com tecnologia e publicidade. Vejo você no espaço é seu primeiro livro para jovens.

CHEIRINHOS

RUDY




06/12/2018

RESENHA #74 - “O SOM DO AMOR” - JOJO MOYES


LIVRO: “O SOM DO AMOR”
TÍTULO ORIGINAL: “NIGHT MUSIC”
AUTORA: JOJO MOYES
TRADUÇÃO: ADALGISA CAMPOS DA SILVA
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS – 304
  EDIÇÃO NOVEMBRO 2016
CATEGORIA: ROMANCE INGLÊS
ASSUNTO: ROMANCE
ISBN: - 978-85-510-0066-3


CITAÇÃO:

“-Depois melhora – disse, e ele ergueu os olhos para ela de baixo daquele gorro de lã. – A vida. Às vezes pode ser uma merda, e quando a gente pensa que vai ser sempre assim, muda.” (pág. 275)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Um mulher tocando violino ao ar livre com a lua cheia por trás e céu estrelado
A capa tem tudo haver com a protagonista do livro, embora seja apenas uma ilustração.
Ilustração da capa: @Sarah Gibb.
Adaptação de capa: Aline Ribeiro/linesribeiro.com

NOTA: 4,50 DE 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas e letras um pouco abaixo da média (Electra LH).
Conteúdo: dedicatória; pensamento; vinte e cinco capítulos numerados; epílogo; e, agradecimentos.
Preparação: Luís Curvão.
Diagramação: Kátia Regina Silva/Babilonia Cultura Editorial.
Impressão geográfica.
Papel de miolo: Pólen Soft 70G/M²
Papel de capa: Cartão supremo alta alvura 250G/M²
A diagramação é simples, porém eficiente.

NOTA: 4,50 de 5,00


- ESCRITA:

Narrativa descritiva em terceira pessoa e diálogos complementares.
Embora seja uma escrita de fácil entendimento e muito descritiva, com detalhes, o início foi um tanto lento.
Alguns poucos erros de concordância e ortografia que não atrapalham a leitura.
Revisão: Marcela de Oliveira.

NOTA: 4,30 de 5,00


CITAÇÃO:

“[...] Todo mundo sobreviveu. Todo mundo sobreviveu. E de uma coisa eu sei, algo que aprendi nesse último ano é que a gente deve aproveitar todas as oportunidades de ser feliz.” (pág. 293)

SINOPSE:

“Matt e Laura McCarthy são obcecados pela ideia de herdar a Casa Espanhola — uma construção malcuidada e quase em ruínas no condado de Norfolk, interior da Inglaterra, que tem um valor simbólico para os moradores locais. Para atingir esse objetivo, Laura, a mando do marido, faz todas as vontades do velho Sr. Pottisworth, o proprietário. Entretanto, como o homem nunca deixou nada por escrito, quem acaba por herdar a casa é uma parente distante, Isabel Delancey.
Primeiro violino na Orquestra Sinfônica Municipal, em Londres, Isabel tinha uma vida tranquila com seus dois filhos e o marido, mas tudo virou de cabeça para baixo quando ele morreu em um acidente de carro e deixou uma grande dívida. Sua única oportunidade de recomeço é fincar moradia na Casa Espanhola — algo que o casal McCarthy vai tentar impedir a qualquer custo.
O som do amor é um romance sobre obsessão, manipulação, segredos e paixões. Por meio de personagens carismáticos e capazes de tudo para realizar seus objetivos, Jojo Moyes mantém seu estilo inconfundível em uma brilhante história de recomeços.”

RESUMO SINÓPTICO:

ISABEL DELANCEY é a primeira musicista  de violino da Sinfônica em Londres. Está afastada por um tempo, pois o marido LAURENT, faleceu e sente demais sua falta, não apenas como companheiro, mas como pai dos filhos KITTY de 15 anos e THIERRY de 10 anos (que ficou mudo após a morte do pai), e, como administrador das contas da casa. Laurent não deixava que ela se preocupasse com nada, apenas com treinar seu violino. MARY agora é a única que continua a ajuda-la, pois foi contratada desde o nascimento de Kitty e auxilia na criação dos filhos e faz os serviços da casa. Sem Laurent ela não sabe o que fazer... Recebe a visita do SR. CARTWRIGHT, contador de Laurent, informando que há muitas dívidas a serem pagas, que ela deve tirar as crianças da escola e coloca-las em escola pública, demitir Mary e tentar vender a casa para liquidar as dívidas, ou seja, está falida. Ela não sabe o que fazer... Quando a filha Kitty mostra uma carta informando que herdou a Casa Espanhola de um tio distante, no interior de Londres. Resolve então se mudar para lá. Acredita que seja uma nova oportunidade, mesmo porque, não tem mais para onde ir.
SR. POTTISWORTH é um velho ranzinza e excêntrico, dono das ruínas da Casa Espanhola e mora lá sozinho. BYRON um ex-detento que preta serviços avulsos na região, o ajuda para comprar guloseimas e iguarias na cidade, que ele mantém escondidas no armário. Se aproveita da ambição dos vizinhos LAURA E MATT MCCARTHY em quererem possuir a Casa Espanhola, para que o alimente e cuide dele. Há nove anos tem a árdua função de preparar e levar comida para SR. P, mas já está em seu limite, não aguenta mais a ousadia e rabugice do velho. Matt a convence em continuar a cuidar dele, pois está decrépito e logo irá morrer. Nem imaginam que Sr. P é astuto e quando Laura volta para casa após o jantar, ele vai ao armário comer chocolate, acaba escorregando e morrendo...
Laura e Matt logo acham que ficarão com as terras através do testamento, porém como esse nunca foi encontrada, o governo descobre que Isabel é sua única herdeira viva e por direito as terras serão dela...
Quando Isabel chega na Casa Espanhola, a decepção é grande. O prédio está em ruínas, não tem água encanada, nem sequer chuveiro ou banheira para se tomar banho, o fogão a gás não acene e as paredes estão todas rachadas. A propriedade precisa de uma reforma geral e ela nem dinheiro tem para isso, ainda assim, acredita que é uma nova oportunidade, mesmo com a revolta de Kitty...


ANÁLISE CRÍTICA E DA AUTORA:

Gosto muito dos enredos criados pela autora, já tive oportunidade de ler outros livros dela e aqui não é diferente.
Embora o início seja um tanto lento, pelo menos achei, talvez pelo fato de a princípio não ter gostado muito de Isabel, aos poucos o livro vai tomando rumos inesperados e traz grandes reviravoltas, dramas, situações drásticas e extremas, além de romance, é claro.
As personagens são muito bem construídas, inclusive as secundárias, assim como toda a trama e desenvolvimento. Traz assuntos bem relevantes como novos começos, perdas, amizade, reconquistas, mostra o quanto as pessoas são capazes de prejudicar as outras por causa de um pedaço de terra. Chocante!
O que não gostei muito foi o fato de Isabel ser uma mulher totalmente alienada do mundo real, pensava apenas em tocar seu violino e não se importava com as coisas de casa e com os filhos, não sabia lidar com dinheiro e pagamentos, a filha Kitty sim, é uma garota esperta e inteligente que auxiliava a mãe o máximo que podia. Fiquei me perguntando se existem pessoas como Isabel? O bom é que ao perceber que nada seria mais como antes e que ela precisava dar suporte aos filhos, ela vai tentando mudar e consegue, se tornando uma mulher um pouquinho mais esperta, porém ainda muito ingênua em relação as pessoas. Não percebeu em nenhum momento toda a maldade e perversidade que se apoderava de Matt, com inveja por ela ter herdado o que ele achava ser dele...
E embora goste de textos descritivos, o excesso de descrição sobre os detalhes da casa em ruínas, por vezes se tornava maçante. 
Já falei demais e não quero soltar spoilers.
O livro é bom, porque vale como alerta sobre a ambição das pessoas e que tudo pode ser resolvido de uma forma ou de outra, mesmo quando se acha que não há solução imediata.
Gostei da construção do romance e do final também. E porque não é apenas um bom romance, tem outras nuances bem interessantes.
Recomendo a leitura.

NOTA : 3,80 de 5,00

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SOBRE A AUTORA:

Foto -Pauline Sara Jo Moyes

Jojo Moyes nasceu em 1969 e cresceu em Londres. Trabalhou como jornalista por dez anos, nove deles no jornal The Independent, de onde saiu em 2002 para se dedicar integralmente à carreira de escritora. Como Eu Era Antes de Você, seu romance de maior sucesso, ocupou o topo da lista de mais vendidos em nove países e foi adaptado para o cinema. Com mais de 20 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, Jojo Moyes é uma das poucas escritoras a ter emplacado três livros ao mesmo tempo na lista de best-sellers do The New York Times. A autora mora em Essex, na Inglaterra, com o marido e os três filhos.


CHEIRINHOS


RUDY



02/09/2018

RESENHA #50 - “QUEM ERA ELA” - J P DELANEY


LIVRO: “QUEM ERA ELA”
TÍTULO ORIGINAL: “THE GIRL BEFORE”
AUTOR: J P DELANEY
TRADUÇÃO: ALEXANDRE RAPOSO
EDITORA: INTRÍNSECA
PÁGINAS – 336
  EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: FICÇÃO INGLESA
ASSUNTO: THRILLER PSICOLÓGICO
ISBN: -  978-85-510-0139-4

Quem era ela

CITAÇÃO:

“O que, suponho, transformaria a mim e Si em seus ratinhos de laboratório. Mas, na verdade, não me importo. Na verdade, quero mudar quem sou, quem somos, e sei que não posso fazer isso sem ajuda.” (pág. 23)

“Nunca se desculpe por alguém que você ama, diz baixinho. Isso faz você parecer idiota.” (pág. 47)

“-As relações humanas, assim como as vidas humanas, costumam acumular coisas desnecessárias – continua ele, baixinho. – Cartões dos Dia dos Namorados, gestos românticos, datas especiais, carinhos sem sentido, todo o tédio e inércia dos relacionamentos tímidos e convencionais que terminam antes mesmo de começarem. Mas e se nos desapegarmos de tudo isso? Há certa pureza em um relacionamento desimpedido, uma sensação de simplicidade e liberdade. Acho emocionante que duas pessoas se encontrem sem outro objetivo senão viver o presente. Acho emocionante que duas pessoas se encontrem sem outro objetivo senão viver o presente. E quando desejo alguma coisa, corro atrás. Mas quero deixar muito claro o que estou sugerindo.” (pág. 72)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Uma casa de vidro com uma pessoa andando e nuvens no céu, toda em tons de azul, dando um ar sombrio.
Embora a capa não seja das mais bonitas, tem muito haver com todo o enredo do livro, o que dá muito sentido à ela.
Design da capa: Carlos Beltrán.
Fotografia: @GG Archard/Gallery.
Adaptação: Júlio Moreira/ Equatorium Design.

NOTA: 4,00 DE 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas com letras pretas medianas.
Conteúdo: pensamentos; não há numeração nos capítulos; são divididos entre ANTES e AGORA referindo-se as protagonistas de cada capítulo e em caixa alta; e, agradecimentos.
É uma diagramação simples, mas que se encaixa perfeitamente com a forma de desenvolvimento do enredo.
Feita por Ilusatrarte Design e Produção Editorial.

NOTA: 4,00 DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa é em primeira pessoa, intercalando as protagonistas, trazendo as sensações e pensamentos de forma objetiva e ampla, mostrando os desejos e vontades de cada uma e a visão pessoal.
Os diálogos são dinâmicos e fluidos.
A linguagem é de fácil entendimento.
Alguns poucos erros de ortografia e concordância, nada que atrapalhe o andamento e entendimento da leitura.
Revisão: Taís Monteiro e Carolina Rodrigues.

NOTA: 4,50 de 5,00

CITAÇÃO:

“- Como terapeuta, passo a maior parte do tempo detectando padrões inconscientes de comportamento. Quando alguém me pergunta: “Por que todos os homens são assim?, minha resposta é: “Por que todos os homens que você escolhe são assim?” Freud chama isso de compulsão à repetição, um padrão em que alguém encena diversas vezes o mesmo psicodrama sexual, com gente diferente ocupando os mesmos papéis imutáveis. Em um nível subconsciente, ou até mesmo consciente, a pessoa tem esperança de modificar o resultado, aperfeiçoar o que deu errado. Mas, de forma inevitável, o relacionamento é destruído pelas mesmas falhas e imperfeições que alguém assim traz, exatamente da mesma maneira.”

“-Uma pessoa pode não gostar de algo, mesmo se tiver feito por uma benevolência momentânea. Pode se sentir mal. Você, mais que todo mundo, deveria entender isso.” (pág. 171)

“Certa vez, Carol me disse que a maioria das pessoas concentra toda a energia na tentativa de mudar as outras, sendo que só dá para mudar a si mesmo, e até isso é incrivelmente difícil. Agora entendo o que ela quis dizer. Agora entendo o que ela quis dizer. Acho que estou pronta para ser uma pessoa diferente. Não alguém que deixa toda essa merda acontecer.” (pág. 227)


SINOPSE:

“É preciso responder a uma série de perguntas, passar por um criterioso processo de seleção e se comprometer a seguir inúmeras regras para morar no nº 1 da Folgate Street, uma casa linda e minimalista, obra-prima da arquitetura em Londres. Mas há um preço a se pagar para viver no lugar perfeito. Mesmo em condições tão peculiares, a casa atrai inúmeros interessados, entre eles Jane, uma mulher que, depois de uma terrível perda, busca um ponto de recomeço.

Jane é incapaz de resistir aos encantos da casa, mas pouco depois de se mudar descobre a morte trágica da inquilina anterior. Há muitos segredos por trás daquelas paredes claras e imaculadas. Com tantas regras a cumprir, tantos fatos estranhos acontecendo ao seu redor e uma sensação constante de estar sendo observada, o que parecia um ambiente tranquilo na verdade se mostra ameaçador.

Enquanto tenta descobrir quem era aquela mulher que habitou o mesmo espaço que o seu, Jane vê sua vida se entrelaçar à da outra garota e sente que precisa se apressar para descobrir a verdade ou corre o risco de ter o mesmo destino. Com um suspense de tirar o fôlego e um clima de tensão do início ao fim, JP Delaney constrói um thriller brilhante repleto de reviravoltas até a última página. Uma história de duplicidade, morte e mentiras.”

CITAÇÃO:

“Não posso voltar atrás, digo. Simon é passado. Quano algo dá tão errado assim, não tem mais conserto.” (pág. 237)

“[...] Você pode tornar o ambiente em que vive tão refinado e vazio quanto quiser. Mas isso não importa se você ainda estiver bagunçado por dentro. E, na verdade, todos nós estamos buscando isso, não é mesmo? Alguém que cuide da bagunça que há dentro de nossa cabeça.” (pág. 319)

RESUMO SINÓPTICO:

EDWARD MONKFORD é um tecnoarquiteto britânico, ligado à estética minimalista e que acredita na tecnologia para a construção de seus projetos, tornando-os viáveis através do controle eletrônico para o ecologicamente correto e para o crescimento das pessoas que se habilitam em habitar suas construções. Foi casado com ELIZABETH MONCARI e tiveram um filho: MAX. Ambos morreram durante a construção da casa na FOLGATE STREET nº1, onde iriam morar. O acidente foi muito questionado à época e desconfiaram que ele havia matado a esposa e o filho. Depois da morte deles, Edward passou um período sabático no Japão e aperfeiçoou ainda mais suas técnicas de construção.
Folgate Street nº1 estava disponível em uma imobiliária para ser alugada, porém as pessoas que se habilitavam para morar lá, tinham que responder  um questionário imenso, com perguntas que podem parecer sem noção, tem de atender à uma série de terminações que podem parecer esdrúxulas para alguns e por último, ter uma entrevista pessoal com Edward. O aluguel não era caro, entretanto as exigências afastavam possíveis interessados.
No passado próximo EMMA sofre um assalto e abuso sexual e fica traumatizada, com medo de voltar para o local onde mora com SIMON, seu namorado. Ele por ser muito apaixonado por EMMA, concorda com todas as exigências impostas pela corretora e concorda em ir à entrevista com Edward. Na entrevista, Edward ignora totalmente Simon e se volta exclusivamente para Emma. Acabam sendo aprovados para morarem lá. Na estada de Emma e Simon na casa, muitas coisas estranhas começam a acontecer, segredos de Emma são desmascarados e ela acaba se separando de Simon e posteriormente, começa um relacionamento com Edward e... morre.
No momento atual JANE está passando por um momento delicado em sua vida. Perdeu seu filho na hora do parto, foi despejada e não tem dinheiro para assumir um aluguel caro e acaba se sujeitando a todas as exigências para alugar o imóvel na Folgate Street nº 1. Na entrevista com Edward, acaba sentindo uma atração por ele e percebe que o mesmo aconteceu com ele em relação a ela. Se muda e começa um relacionamento com Edward. Simon fica rondando a casa e deixa vasos de flores que a princípio Emma acha que é para ela, até conversarem e ele explicar que era para Emma. Acabam se tornando amigos. Vários acontecimentos estranhos começam a acontecer na casa e Jane fica bem assustada. Começa a pesquisar sobre o passado de Edward e fica abismada com tudo que descobre e acaba se descobrindo grávida de Edward, que não aceita ter filhos e acabam rompendo o relacionamento.
Emma e Jane são parecidas fisicamente com Elizabeth...
Qual o segredo de Folgate Street nº1?


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:

Desde o lançamento do livro, fiquei bem intrigada com todas as resenhas que lia e curiosa em poder entender como uma casa poderia ser a principal protagonista de um livro, mas... não é bem assim. Na verdade a casa é bem futurista mesmo e totalmente controlada através da eletrônica, é programada para fazer isso, inclusive para detectar o humor do morador e tornar os ambientes adaptados para cada oscilação de humor. É fantástica a tecnologia e bem queria uma casa dessas...Sem contar que tem uma arquitetura belíssima!
Gostei do fato do autor trazer os capítulos entre o passado e o presente, podemos assim, acompanhar duas histórias em uma no mesmo livro, porque tudo converge para um mesmo ponto: Edward...
Confesso que no início achei que ele era um homem manipulador, egoísta, autoritário e um tanto obsessivo, aos poucos fui entendendo seu perfeccionista e ponto de vista, mesmo que não aceite.
Emma foi outra personagem que não gostei de forma nenhuma. No início até me compadeci dela, porém aos poucos, fui entendendo que ela era uma pessoa mentirosa, ardilosa e altamente perigosa.
Jane é uma protagonista forte e obstinada e fiquei totalmente conquistada por ela.
Tudo bem, vocês não querem saber de nada disso, entendo. Falei porque as personagens são bem construídas e definidas o que é um grande atrativo para a leitura.
Na verdade o livro é muito bom. Uma leitura que prende do início ao final, tenso, cheio de mistérios que vão sendo desvendados aos poucos, ensinamentos sobre alguns costumes orientais, análise do comportamento humano e seus relacionamentos em vários níveis, um enredo intrigante e bem formulado com reviravoltas inesperadas perto do fim.
O que não gostei muito e por isso não dei a nota máxima, foi o fato de sentir-me engada em relação a real função da casa na história. Claro que isso não influencia nas diversas sensações durante a leitura, entretanto, iludi o leitor sobre o que acontece dentro dela e não é nada do que pensamos. É claro que o sentimento é bem pessoal e quem for ler, porque recomendo muito a leitura, pode até não se sentir indignado como eu. Para saber, você terá de ler.


NOTA : 4,00 de 5,00

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SOBRE O AUTOR:

(NÃO HÁ FOTOS DO AUTOR)

JP Delaney é o pseudônimo de um escritor norte-americano que já publicou, sob outras identidades, diversas obras de ficção. Quem era ela é seu primeiro thriller psicológico.

CHEIRINHOS


RUDY