RESENHA #64 - ”PSEUDÔNIMO MR. QUEEN”-(LITERATURA NACIONAL) - LORAINE PIVATTO

LIVRO:”PSEUDÔNIMO MR. QUEEN”-(LITERATURA NACIONAL)

AUTORA: LORAINE PIVATTO

EDITORA: INDEPENDENTE

PÁGINAS –404

1ª  EDIÇÃO

IMPRESSÃO: GRÁFICA EPECÊ DA PUCRS

CATEGORIA: FICÇÃO NACIONAL

ASSUNTO: DISTOPIA

 

CITAÇÃO:” Ela nem lembrava mais direito das resoluções. Queria que as resoluções se danassem. Ainda mais depois do terceiro toque de Paulinho em seu rosto, assim que mencionou a separação. Ele estava sinalizando claramente que a desejava e Lara sentia o seu corpo todo estremecer de tanto desejo. Uma sensação nova e deliciosa. Aquilo era sensacional.” (pág. 201)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

A capa é alaranjada apenas com o título.

Feita por Daniela Bürgel.

Na verdade como é uma ‘prova’ o livro, não dá para fazer uma análise, embora tenha gostado.

(nota:4,00 de 5,00)

-DIAGRAMAÇÃO:

Falo novamente, é uma prova, então a análise que faço é em cima do que está em mãos, sabendo que poderá mudar.

As folhas são brancas e letras pequenas, o que para mim que estou com catarata, dificultou um pouco a leitura, tive de forçar muito a vista e ler apenas de dia...

O livro é dividido em 3 partes, numerados e com título;  e 38 capítulos apenas numerados. São corridos e os capítulos tem pequenas divisões.

 

 

(nota:4,00  de 5,00 )

- ESCRITA:

Narrativa é feita em 3ª pessoa desconhecida, com diálogos bem movimentados e coerentes.

É uma escrita dinâmica, explícita que facilita muito o entendimento, já que é bem atual.

Não encontrei erros gráficos.

(nota:5,00 de 5,00)

CITAÇÃO: “Embora Lara não tivesse vivido nenhuma situação embaraçosa ou realmente incômoda, tinha consciência de que andava mais introspectiva, mas sem clareza dos verdadeiros motivos. De qualquer forma, ela sabia que a reposta exigia ponderação. Conforme o que dissesse poderia induzi-los aum parecer equivocado. [...]”(pág. 309

RESUMO SINÓPTICO:

Dia 21 de dezembro de 2012 REGINA BRANDÃO faz aniversário e comemora em sua empresa: Laboratórios Brandão, é a presidente e seu esposo Maurício, o vice.

O dia fica marcado por vários acontecimentos: além do aniversário de Regina, ela descobre que o marido tem um caso há muitos anos com sua melhor ‘amiga’ Vanessa, e, acaba matando Vanessa com um tiro, antes de tudo se apagar e acordar em uma nova vida. A profecia foi cumprida.

Os escolhidos começam um mundo novo baseado nas novas regras: todos serão iguais, sem dinheiro, sem doenças,sem mortes prematuras. Há apenas uma maneira de morrer e o segredo é escondido pelos poucos que recebem as mensagens através dos sonhos, para salvar a sociedade de si mesma.

Todos viveram duas vidas: a primeira até os 70 anos, e a segunda dos 20 aos 100 anos, totalizando 150 anos.

Muitos não aceitam a atual sociedade e insistem em construir prédios luxuosos que no dia seguinte desaparece, procuram mostrar sua superioridade e logo se vêem sem nada novamente.

E durante todo o período, acompanhamos a história das 3 mulheres da família Brandão: Regina, Larissa e Vitória...E o misterioso Mr. Queen que que apenas criar o ’caos’...

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Devo dizer que já conhecia a escrita da Loraine, porque li Perseguição Digital e gostei muito.

Aqui não foi diferente... A Loraine soube criar uma distopia/fantasia, a meu ver, única, diferente, incrível e que nos faz acompanhar todo enredo de perto.

Além de criar um mundo igualitário, sem doenças, sem mortes, onde poucos podem se destacar através apenas da arte, mostra como a personalidade das pessoas, pouco muda... quem era ambicioso, continua assim e por aí vai. As pessoas não conseguem enxergar a oportunidade que tem em estar vivos.

Na verdade todo esse cenário é apenas o pano de fundo para contar a história das 3 mulheres Brandão que nos ensina muitas coisas: primeiro Regina, a mais forte delas que enfrenta tudo e guarda os segredos que devem ser guardados; Larissa que é mais encantadora das 3 e tem uma visão altruísta e procura ajudar a todos; e, Vitória a mais chatinha e mimizenta de todas.

É um livro futurista e ao mesmo tempo um livro que nos ensina algumas lições diárias que devemos colocar em prática, através do pensamento do que pode ou não acontecer, e, também sobre a personalidade das pessoas...

Se falar mais, vai perder a graça e espero que todos leiam mais essa obra nacional, de escrita inteligente, envolvente e primorosa.

Recomendo!

NOTA : 5,00 de 5,00

  

SOBRE O AUTORA:

Sou gaúcha, nasci e vivo em Porto Alegre. Graduada em Informática pela PUCRS e pós-graduada em Análise de Sistemas nesta mesma Universidade, trabalho há mais de dez anos na área de Tecnologia da Informação, como Administradora de Banco de Dados.

Além dos computadores, sempre tive muito interesse pelas formas de expressão artística, em especial a literatura, o cinema e a música. Minha mãe era educadora, e o contato com o seu trabalho fez despertar em mim desde muito cedo o gosto pela leitura. Além disso, sempre tive um espírito crítico bem aguçado quanto às questões comportamentais.

As histórias me inspiram. Histórias com personagens fortes e destemidos. Histórias de superação. Adoro ler e ouvir histórias de pessoas corajosas que lutam incessantemente na busca da realização de seus projetos de vida. Adoro grandes histórias de amor e de importantes conquistas profissionais.

E assim, juntando um pedacinho de cada história que já ouvi com as minhas próprias experiências vividas, observando as pessoas a minha volta e a mim mesma, questionando e desvendando suas atitudes e comportamentos, vou criando os meus personagens fictícios e tramando suas vidas imaginárias.

Não tenho nenhum estilo literário específico, apenas gosto de escrever e busco inspiração naquilo que observo. Criar personagens e situações que mexam com os leitores, explorando sentimentos e emoções tão comuns na vida de cada um de nós, como o medo, a insegurança, o ciúme, o amor, a paixão, a solidão, a ansiedade, e tantos outros, além de ser um grande desafio, é uma enorme fonte de prazer para mim.

Livro cedido pela autora através do BOOKTOUR.

cheirinhos

Rudy

 PENSAMENTO DO DIA:
 

"Se o que você esta fazendo for engraçado, não há necessidade de ser engraçado para fazê-lo."(Charles Chaplin)