LIVRO: “ORGULHO E
PRECONCEITO”
AUTORA: JANE AUSTIN
TÍTULO ORIGINAL: “PRIDE AND PREJUDICE”
TRADUTORA: M. ÂNGELA SANTOS
EDITORA: PRINCIPIS/LIVRARIA FAMÍLIA CRISTÃ
PÁGINAS – 288 PÁGS.
1ª EDIÇÃO 2020
CATEGORIA: LITERATURA INGLESA
ASSUNTO: ROMANCE/ROMANCE DE ÉPOCA
ISBN: - 978-65-509-7043-7
PRIMEIRO PARÁGRAFO:
“UMA VERDADE MUNDIALMENTE CONSAGRADA É A DE QUE UM HOMEME SOLTEIRO, DONO DE UMA
GRANDE FORTUNA, DEVE ESTAR PRECISANDO SE CASAR. POR MENOS QUE OS SENTIMENTOS
OUAS IDEIAS DE TAL HOMEM SEJAM CONHECIDOS, AO SE ESTABELECER EM UM NOVO LOCAL,
ESSA VERDADE ESTÁ DE TAL FORMA ENRAIZADA NA MENTE DAS FAMÍLIAS VIZINHAS QUE
MUITAS DELAS CONSIDERAM O RAPAZ PROPRIEDADE LEGÍTIMA DE UMA DAS SUAS
FILHAS"
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Toda branca com título preto e algumas folhagens nas
laterais.
Confesso que esperava uma capa mais condizente com o
romance.
A capa é dura.
Projeto gráfico e capa: Wilson Gonçalves.
NOTA: 3,80 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amareladas e bem finas.
As letras são pretas um pouco maior que a média.
A lombada das folhas é verde e a capa dura.
Conteúdo: sumário; prefácio; sessenta e um capítulos
numerados e em sequência.
NOTA: 4,50 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em terceira pessoa e com diálogos.
A linguagem é mais formal, porém de fácil entendimento, com
tiradas sarcásticas nos diálogos e bem fluída.
Tradução: M. Ângela Santos.
Revisão: Beluga (Paula Medeiros)
NOTA: 4,80 DE 5,00
CITAÇÃO: “Custava para ela admitir que pudesse constituir um
objeto de admiração para tão grande homem. A ideia de que ele a fitasse porque
ela lhe desagradava lhe parecia mais estranha ainda. Concluiu, por fim, que
talvez lhe chamasse a atenção por, de acordo com as noções dele de decoro,
encontrar algo de mais errado e repreensível do que em qualquer outra pessoa
presente. Tal suposição estava, porém, longe de magoá-la. Não simpatizava com
ele o suficiente para se preocupar com a opinião que pudesse formar a respeito.”
(págs. 45/46)
SINOPSE:
“A história de Orgulho e Preconceito gira em torno de cinco
irmãs Bennet, que viviam na área rural do interior da Inglaterra, no século
XVIII. Aborda a questão da sucessão em uma família sem herdeiros homens, dentro
de uma sociedade patriarcal, onde o casamento era fundamental para as mulheres.
Assim quando um homem rico e solteiro se muda para os arredores a vida pacata
da família entra em ebulição.”
CITAÇÃO: “Ele pareceu igualmente surpreso por encontra-la
sozinha e desculpou-se pela intrusão, dizendo ter pensado encontrar todas as
senhoras em casa.” (pág. 136)
RESUMO SINÓPTICO:
A Vila de Longbourn começa a mudar com a chegada do
solteiro, jovem e rico MR. BINGLEY, sua irmã e seu melhor amigo MR.DARCY, que
resolvem passar uma temporada no campo em Meryton, próxima a propriedade da
família Bennet.
A família Bennet fica em grande alvoroço, afinal naquela
época, as mulheres viviam para casar e ter filhos, cuidar exclusivamente da família e o propósito da Sra. Bennet era encontrar
bons maridos para suas cinco filhas: a bela Jane, a sensata Elizabeth, a culta
Mary, a imatura Kitty e a desvairada Lydia.
Senhora Bennet vê a oportunidade de aproximar Jane, sua
filha mais velha com o MR. Bingley, o que ele acata de bom grado. Já Mr. Darcy
não quer aproximação com nenhuma delas, pois se acha superior e elas
socialmente inferiores.
Elizabeth, a segunda filha, percebe o desprezo de Mr. Darcy
com a família. Ele a considera apenas tolerável. O que ele não sabe é que ela é
inteligente e perspicaz. Resolve então ‘dar o troco’ e ‘pagar com a mesma moeda’.
E através de discussões sobre diferenças sociais, sobre
educação e sobre casamentos arranjados que visam apenas status e a moral, e
muitas situações hilárias e dramáticas, levam ao caminho da autodescoberta , a
definição dos verdadeiros valores e também o que os levará para o caminho do
amor, puro e verdadeiro.
CITAÇÃO: “Se a gratidão e a estima são fundamentos
suficientes para a afeição, a alteração no sentir de Elizabeth não seria nem
improvável nem inadequada. Mas se, pelo contrário, a afeição oriunda de tais
motivos é insensata e pouco natural, comparada com aquela que em geral, dizem
originar-se no próprio instante do encontro e mesmo antes de qualquer palavra
ser trocada, nada poderá ser dito em defesa de Elizabeth, a não ser que ela
experimentou esse último método com Wickham e que seu fracasso talvez a
autorize a procurar a outra espécie menos interessante de afeição. Seja como
for, foi com tristeza que ela o viu partir. [...]” (págs. 207/208)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
Falar que é um clássico nem se faz necessário, concordam?
O que me surpreendeu foram os diálogos e embates entre as
personagens principais, que trouxeram a leitura um tom mais leve, hilário e um
embate ácido, mostrando a real personalidade deles e mostrando que apesar de
aparentemente nada terem em comum, acabam descobrindo o amor.
Ele é arrogante, ela cabeça dura. E aos poucos eles vão se
transformando, se amoldando e amadurecendo de uma forma inexplicável e
inusitada, nem eles mesmos percebem o que está acontecendo.
A escrita da autora é fenomenal. Descreve e envolve tanto com sua escrita que é possível sentir
cada angústia, cada palavra e atitude interpretada da forma errada, até
chegarmos enfim a todo desfecho e redenção da história. É um retrato fiel de
todo sentimento que nos envolve de forma arrebatadora.
Devo dizer que o início foi um tanto tumultuado, pelo menos
para mim. É que são muitas personagens, tudo bem descritivo e ainda a linguagem
que apesar de fluída, é um tanto formal e é preciso se adaptar.
Mais do que recomendado, principalmente por não se fazer
necessário trechos de colóquios amorosos e descrições minuciosas sobre o
relaciomento afetivo, achei genial!
NOTA : 4,50 DE 5,00
SOBRE O AUTORA:
Romancista britânica nascida em Steventon, Hampshire,
Inglaterra, cuja obra literária deu ao romance inglês o primeiro impulso para a
modernidade, ao tratar do cotidiano de pessoas comuns com aguda percepção
psicológica e um estilo de uma ironia sutil, dissimulada pela leveza da
narrativa. Filha de um pastor anglicano, toda a sua vida transcorreu no seio de
um pequeno grupo social, formado pela aristocracia rural inglesa. Aos 17 anos,
escreveu seu primeiro romance, Lady Susan, uma paródia do estilo sentimental de
Samuel Richardson. Seu segundo livro, Pride and Prejudice (1797), tornou-se sua
obra mais conhecida, embora, inicialmente, tenha sido malvisto pelos editores,
o que levou por algum tempo ser descriminada no meio editorial. Depois
conseguiu publicar o romance Sense and Sensibility (1811), cujo sucesso levou à
publicação, ainda que sob pseudônimo, de obras anteriormente recusadas. Vieram
ainda outros grandes sucessos como Mansfield Park (1814) e Emma (1816) em um
estilo menos ágil e humorístico, porém ganhando em serenidade e sabedoria, sem
perda de sua típica ironia. Morreu em Winchester, um ano antes de serem
publicadas as obras Persuasion e Northanger Abbey, uma deliciosa sátira,
escrita na juventude, ao gênero truculento da novela gótica. Seu poder de
observação do cotidiano forneceu-lhe material suficiente para dar vida aos personagens
de suas obras, e a crítica considerou-a a primeira romancista moderna da
literatura inglesa.
CHEIRINHOS
RUDY