LIVRO:”SOBRE MOCINHOS E BANDIDOS” (LITERATURA NACIONAL)
AUTOR: FABIO DIAZ MENDES
EDITORA: PENALUX
SELO:
LAMPEJOS
PÁGINAS –173
1ª EDIÇÃO 2015
CATEGORIA:
LITERATURA NACIONAL
ASSUNTO: CONTOS
ISBN: - 978-85-69033-07-3
CITAÇÃO:” [...] ÀS vezes, por causa de uma besteira, uma
coisa irrisória, cometemos erros com conseqüências muito mais graves.” (Pág. 24
– Conto 1)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
A capa tem todo fundo vermelho
com folhas de papel caindo e dois homens, um em frente ao outro como se fossem ‘invisíveis’,
apenas os contornos. Ao lado deles uma arma apontada para rosas. O título
aparece em um trecho de página rasgada.
A capa é bem intrigante e tem
haver com o conteúdo do livro.
Feita por Ricardo A. O. Paixão.
Desenho da capa: Patrícia
Paulozi.
(nota:5,00 de 5,00)
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amareladas e letras
pretas.
Conteúdo: sumário; pensamentos;
apresentação; citação sobre Santa Rita de Cássia;e, 22 contos numerados e sem
títulos.
As bordas das páginas com tarja
cinza.
Feita por Ricardo A. O. Paixão.
Edição: França e Gorj.
A diagramação é muito bem feita.
(nota:5,00 de 5,00 )
- ESCRITA:
A revisão feita por Michele Pupo
está quase perfeita. Encontrei apenas um erro na pág.141 e pelo visto foi de
tipografia, não de ortografia ou concordância.
A escrita é bem contemporânea,
acessível, de fácil entendimento, com vocabulário extenso e inovador, algumas
palavras inseridas nos contos, nos faz pesquisar o dicionário, o que é
enriquecedor.
Os contos 1, 2, 3, 18, 19, 20 e
21, são escritos em 1ª pessoa, trazendo mais proximidade e identificação dos
acontecimentos.
Os contos 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10,
11,12,13,14,15, 16,17 e 22, são escritos em 3ª pessoa desconhecida em narrativa.
(nota:4,80 de 5,00)
CITAÇÃO: “Seu Quincas não estava
acreditando que Triguinho havida cedido à proposta dos policiais. Ainda mais
deste jeito, vendendo o estabelecimento todo, e indo embora, sem ninguém ver,
saber.Era no mínimo estranho. Ele havia crescido no bairro. Era sozinho,
perdera a mãe quando criança, e o pai quando mais adulto, vítima de uma bala
perdida, numa das muitas disputas de território sediadas na Vila dos Prazeres.
Herdara a casa e nela montou o depósito, uma fonte de renda honesta.” (Págs
80/81 – Conto 7).
RESUMO SINÓPTICO:
O livro consiste em 22 contos que
em certos aspectos podem ser considerados crônicas, já que são fatos cotidianos
e incrementados com tons de ironia e bom humor, dando uma visão diferenciada do
que está aparente a nossa frente e de tão óbvio, não conseguimos enxergar.
São contos que abordam uma
realidade social, política e cultural.Contam fatos do cotidiano e que estão
presentes em nossas vidas, mesmo que por serem tão corriqueiros, nem
percebamos.
São contos voltados para o que
consideramos bem ou mal, ético ou não, moral ou amoral. Que nos faz questionar
as premissas que temos na vida e que podem ser modificadas por situações,
pressões,fatos impostos por circunstâncias, independente da nossa vontade que
nos levam ao ‘erro’...
Contos que mostram a opressão que
a sociedade pode gerar interiormente e mostrar a dualidade pessoal que todos
possuem, uma linha tênue entre o bem e o mal...
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
Sempre tenho dificuldade em fazer
resenha quando considero um livro muito bom e aqui ainda mais por ser um livro
de contos.E contos que mexem com nossas premissas de vida, que nos põem a
refletir sobre nosso comportamento. Pensei em falar sobre cada conto separado,
entretanto, iria tirar o prazer da leitura.
O autor relata várias situações
corriqueiras, que se tivéssemos um olhar um pouco mais aguçado, poderíamos
perceber que acontecem com mais frequência do que imaginamos e bem ao nosso
lado.Fatos cotidianos e questionáveis do ponto de vista moral e que ao mesmo
tempo nos faz pensar: e se fosse comigo? Como agiria? É certa ou não
determinada atitude?
E os contos são abrangentes que
vão de um carro emprestado para alguém sem carteira de motorista à um chefe de
tráfico no morro que tem hábitos familiares como um cidadão comum; de crianças
que fogem de casa para andar de bicicleta e confundidas com bandidinhos à uma
oficial de justiça que pede um ‘cafézinho’ para entregar intimação na frente
das outras; de um médico mercenário à um funcionário de banco que repassa
informações para assalto dos clientes; de uma mãe que tenta salvar o filho das
drogas e é presa à um enfermeiro que considera a eutanásia a melhor forma de
aliviar a dor de pacientes terminais; enfim, os contos envolvem toda as classes
sociais, profissões, instruções ou não...
É um livro chocante do ponto de
vista que nos coloca frente a frente com a realidade da corrupção nos pequenos
atos, das injustiças covardes e da miséria social a que somos impostos
diariamente, tornando a obra que seria de ficção em algo tão real que chega a
nos assustar.
Apenas uma coisinha me
incomodou...A leitura rápida e voraz. Fiquei tão envolvida que em poucas horas
terminei a leitura e buscava por mais...Queria conhecer mais fatos que me
questionassem sobre nossa atitude.
Livro excelente!
NOTA :
5,00 de 5,00
SOBRE O AUTOR:
Natural de São Paulo (1978),
formado em Direito. Lançou seu novo trabalho literário, um livro de contos “Sobre
Mocinhos e Bandidos”, pela Editora Penalux, em maio de 2015. Em 2014 publicou
seu primeiro livro solo, de crônicas, "O Tempo. Nosso inimigo ou
aliado?", pela Editora Multifoco, Rio de Janeiro. No mesmo ano participou
do I Concurso de Crônicas da Academia Bragantina de Letras, sendo um dos
escolhidos para compor a Antologia "Despertar", publicada em março de
2015, com a crônica "A vida alheia". Em 2013 participou da coletânea
de poesias no livro "Poesia todo dia", da AgBook.
CONTATO:
SITE: http://www.fabiodiazmendes.com
E-MAIL: fabiodiazmendes@gmail.com
LEITURA CEDIDA PELO BOOKTOUR DO AUTOR!
cheirinhos
Rudy
PENSAMENTO DO DIA
"A verdadeira amizade significa unir muitos corações e corpos num coração e num espírito."(Pitágoras)