LIVRO: “FLORES DE FOGO” (LITERATURA
NACIONAL)
AUTORA: STEPHANIE GRÜNHEIDT
COLEÇÃO: VIAGENS NA FICÇÃO
EDITORA: CHIADO
PÁGINAS – 130
1ª
EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: FICÇÃO BRASILEIRA
ASSUNTO: FANTASIA
ISBN: - 978-989-52-1013-8
CITAÇÃO:
“[...] Não, muitas coisas já disseram
sobre mim, mas nunca que sou mal-agradecido. De quem me faz o bem eu me lembro.
Os que te fazem mal você deve esquecer, rapaz, mas dos bondosos você deve
lembrar. [...]” (pág. 13)
“-Curto e longo são conceitos
relativos. A você seu tempo de vida pode
parecer longo, já que é todo tempo que você tem, mas que são os anos perante a
eternidade?” (pág. 28)
“É mais fácil se dar bem com quem é
muito diferente de você apenas respeitando as diferenças sem necessariamente entende-las.”
(pág. 31)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Flor vermelha como fogo e outras
flores azuladas.
Todo sentido com o conteúdo do livro,
sem contar que é uma linda capa.
Composição gráfica: Vera Sousa.
Feita por: Marta Horta.
NOTA: 5,00 DE 5,00
-DIAGRAMAÇÃO:
Folhas amareladas com letras pretas
medianas.
Conteúdo: prólogo; dezoito capítulos
numerados; e, desfecho.
É uma diagramação simples, porém
eficiente.
Impressão e acabamento: Chiado Print,
impresso em Lisboa/Portugal.
NOTA: 4,80 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva (em
detalhes) pelo protagonista Benjanmin, mostrando suas análises, pensamentos e
sentimentos.
Os diálogos são bem interativos e
fluentes, de fácil entendimento, cheio de dinamicidade, dando movimento
contínuo a toda aventura.
Encontrei um único erro de grafia,
acredito que seja da impressão(?).
Revisão de : Stephanie Grünheidt.
NOTA: 4,90 DE 5,00
CITAÇÃO:
“-Nem sempre – ele continuou – fazer algo
que não deve implicará na sua punição, mas sempre vai causar algum dano e se
não for você o prejudicado é duas vezes pior.” (pág. 36)
“-Uma aparência fria pode esconder
uma personalidade bondosa quase tão bem quanto uma aparência bondosa pode
esconder uma personalidade fria – ele respondeu.” (pág. 36)
“Há muito mais do que pode ser
percebido neste mundo e entenderíamos nossa compreensão ao máximo se aos
guiássemos pelos sentimentos e não pelos sentidos. Mas aprendemos desde sempre
a sobreviver pelos nossos sentidos e desligar-nos deles é uma tarefa difícil.
Vocês humanos anseiam pelo entendimento, mas é na incompreensão que está a
verdade, pois tudo que é compreendido necessariamente o é de um certo ponto de
vista, já que o pensamento e a interpretação estão unidos de tal modo que não
podem ser separados e é inerente a todos os seres o julgamento de que sua
própria interpretação é a correta.” (pág. 37)
SINOPSE:
“Não, mandá-la de volta seria o mesmo
que tê-la deixado morrer e portanto a única solução, não sei dizer se feliz ou
infelizmente, era levá-la comigo.
Enquanto eu fazia essas reflexões, a
Princesa e o tigre me observavam em silêncio, silêncio que eu quebrei dizendo:
- Muito bem, você irá me acompanhar
em minha jornada.
- É claro que eu vou – ela disse –
quem disse que eu não ia?
Eu suspirei; por um momento eu havia
esquecido o quanto ela era difícil de lidar.”
CITAÇÃO:
“- Porque você acredita que não
consegue – disse a ninfa – e quando você mesmo se considera incapaz não há nada
nem ninguém que o convença do contrário.” (pág. 80)
“[...]Se sim ou se não ainda era uma
atitude louvável; ela não era um ser de muitas palavras, mas palavras perdem a
importância diante dos fatos especialmente em situações de emergência.” (pág.
97)
“[...] Mesmo garras podem ser usadas
a seu favor, quando você faz um amigo.” (pág. 127)
RESUMO SINÓPTICO:
O ancião buscava madeira para afastar
o frio de sua cabana. Como já havia cortado todas próximas a sua casa, teve que
andar mais pela neve que dificultava a visão. Estava fraco e não conseguia
cortar árvores grosas. Iria morrer de
frio no meio daquela neve toda. Se encolheu no chão e desesperado, começou a
chorar... Alguém surgiu, não sabia se era ele ou ela, pois era um único bloco
de gelo transparente como cristal e emitia uma luz azul. O corpo era formado
por cabeça, tronco e braços, porém não tinha pernas, o tronco se estendia até o
chão. O ancião sentiu um calafrio e seu sangue gelou. A criatura o olhava de
frente de forma gélida, como seu próprio corpo. Não possuía orifícios no rosto,
apenas a cavidade dos olhos que eram redondos, brilhantes e completamente negros.
Ela o cobriu com sua capa e instantaneamente flores brotaram da neve ao redor
dele e cresceram enquanto a neve derretia. Não eram flores comuns, as pétalas eram
três e ardiam como fogo. Ele já não sentia mais frio e a criatura partiu,
dizendo que não contasse nada daquilo para ninguém.
Os pescadores da aldeia viviam da
pesca e ao saírem para pescar, nenhum peixe caiu na rede e perceberam que a
água estava quente, matando odos os peixes. Se reuniram para tentar descobrir
como resolver o problema e um menino disse: sei o que aconteceu, o ancião jogou
flores na água e as vi afundando.
Todos se reuniram para punir o
ancião, mas viram que não faria sentido. O ancião contou sobre a criatura e o
chefe do vilarejo decidiu que pela manhã, iriam atrás dela, pois saberia como
resolver o problema.
O ancião chamou Benjamin e o levou ao
local onde havia encontrado a criatura. Entregou uma bússola e disse que ele
seguisse para o norte, mas prestasse muita atenção no caminho, pois a paisagem
mudava conforme ele chegasse mais perto do seu objetivo. Benjamin cheio de
coragem, partiu naquela mesma noite em busca dos seres de GELO. Começa assim a
jornada entre os quatro reinos: GELO, FOGO, AR e ÁGUA, na busca da solução que
afetava todos os reinos e seu vilarejo...
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
Ah! Que fantasia bem escrita em
apenas 130 páginas. São tantas aventuras, tantos perigos enfrentados, tanta
demonstração de coragem e amizade que não tem como não ficar envolvido na
leitura e termina-la logo, para saber o final.
O mais interessante do livro é,
primeiro o quanto um ‘pequeno’ acidente, através de um gesto de bondade, pode
afetar todo o ecossistema de um lugar. A autora se utilizou de uma simbologia
através de povos não humanos, para mostrar a importância da natureza e da
riqueza que ela nos proporciona se soubermos cuidar dela com atenção.
Outro ponto bem desenvolvido é a
demonstração do quanto uma pessoa que, aparentemente pode ser inferior a
outras, consegue conquistar a todos e tem seus próprios valores, sendo assim,
reconhecido e criando laços de amizade até com seres inimagináveis.
Na verdade o enredo traz uma ficção,
fantasia, muito bem escrita e elaborada, nos fazendo refletir sobre diversas
situações cotidianas, e torna o enredo, algo tão próximo da nossa realidade que
nem notamos ser uma fantasia. Algo que nos faz pensar em como enfrentar nossos
medos e superar situações que consideramos intransponíveis.
Apesar de Benjamin ser o total
protagonista da história, muitas personagens bem elaboradas, compõem todo
enredo e complementam a busca da resolução do problema, cada um com seu
temperamento característico e que se complementam.
Duas pequenas coisas me deixaram
intrigadas e fez que com não desse a nota máxima: a primeira é o sentido de um
amuleto usado por ele e que o ajudou, porém não ficou explicado o porquê e a
outra coisa foi o final. Apesar de ser um final fechadinho, com todas as pontas
amarradinhas, fiquei na dúvida se foi o que esperava, mesmo sendo uma romântica
incorrigível, mas isso é algo meu, minha opinião. O final foi bom diante de
toda a situação. Não falarei para não estragar a surpresa de quem ainda for ler
o livro, porque o recomendo demais.
O livro tem muitas lições que
trazemos para nossa vida, ao mesmo tempo que é um grande entretenimento.
NOTA : 4,70 de 5,00
SOBRE O AUTORA:
Stephanie Grünheidt nasceu 1989 em
São Paulo, mas cresceu e mora até hoje na Paraíba, no Brasil. No Ensino Médio
ganhou a medalha de ouro na “Operação Cisne Branco” para jovens escritores
concedida pela Marinha do Brasil por escrever o melhor texto no seu estado. É
formada em Arquitetura pela Universidade Federal da Paraíba. Stephanie é muito
alegre, gosta de sorrir e abraçar, de cantar, dançar, desenhar, pintar, ler,
escrever (escrever muito, tem mais de quarenta diários) e a publicação do seu
livro, Flores de Fogo, é a realização de um sonho!
Exemplar cedido pela a autora.
Aproveito para falar que O lançamento do livro será no dia 09/08, 19 horas, Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa/PB. E claro que irei com o maior prazer.