LIVRO: “A LINHA AMARELA DO METRÔ”
(LITERATURA NACIONAL)
AUTORA: VIVIANE SANTYAGO
EDITORA: TELUCAZU EDIÇÕES
PÁGINAS – 116
1ª
EDIÇÃO 2018
CATEGORIA: LITERATURA BRASILEIRA
ASSUNTO: CONTOS/CRÔNICAS NACIONAIS
ISBN: - 978-85-6970-812-4
CITAÇÃO:
“Tenho andado diariamente por esta
Linha Amarela, às vezes fica cinza de tanta gente, a plataforma me mostrou que
as pessoas são cinza quando amontoadas, e assim estando perdem o brilho, a cor,
o eu, e ficam da cor do concreto.” (pág. 36)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Plataforma do túnel do metrô e as
pernas de alguém, aparentemente masculina.
Não é uma foto cheia de glamour,
entretanto, descreve o local onde as histórias do livro se passam.
Design de capa: Helena Dias.
NOTA: 4,00 DE 5,00
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amareladas com letra
pretas medianas e algumas ilustrações.
Conteúdo: dedicatória; sumário;
prólogo; e, trinta e dois contos/crônicas, com títulos e alguns com
ilustrações.
Ilustrações: Lucilene Girondi.
Diagramação: Pablo Madeira.
NOTA: 4,70 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é intercalada com textos
narrados em 3ª pessoa desconhecida, 3ª pessoa conhecida e 1ª pessoa.
Os textos são explicativos e alguns, subentendidos
que faz o leitor refletir.
A linguagem é bem popular,
facilitando o entendimento.
Revisão: Danielle A. Santos.
NOTA: 4,70 de 5,00
CITAÇÃO:
“Se eu fosse filosofar aquela
pergunta a meu sonho de ter sido aeromoça, a gravidez precoce, o abandono do
marido, a desistência da faculdade, poderíamos ficar até amigos íntimos, mas
opto pelo não.” (pág. 76)
SINOPSE:
“Uma criança perdida em uma
plataforma em movimento, assim como milhares de brasileiros que caminham pelo
mundo particular criado por Viviane Santyago.
A dor, fome, alegria, ódio, ganancia
e simplicidade de um povo que tem pressa em chegar, por vezes, nem se sabe
onde.
A Linha Amarela do Metrô trata-se de
uma obra ficcional, mas seu realismo é incômodo, a impotência e omissão deixada
no leitor em cada texto pedem minutos de reflexão, de uma tentativa fracassada
de perdão.
Diante de tanta humanidade repelida
sob as paredes de uma estação, retratada aqui como o mundo, a autora trás a
tona a sensibilidade e nobreza encontrada em alguns singulares. Singulares estes,
se fizeram necessário ser contados.”
CITAÇÃO:
“Tirem todos os espelhos da casa.
Enquanto não respeitarem esta face enrugada, não os quero aqui.” (pág. 113)
RESUMO SINÓPTICO:
A autora retrata alguns episódios
observados na LINHA AMARELA do metrô, conhecida como Linha 4 que iniciou seu
sistema de operação em maio de 2010 e é administrada pela concessionária Via
Quatro, responsável pela manutenção e operação da linha. Tem 12,0 quilômetros
de extensão em operação, que percorre onze estações, ligando a região Luz, no centro
de São Paulo, ao bairro da Vila Sônia, na zona sudoeste.
A linha Amarela do metrô é um país e
pode ser encontrado um mito de tradições e sotaques que se misturam com a mesma
velocidade em que o trem roda.
E é nesse cenário que a autora
descreve vários fatos e acontecimentos, com pessoas diversas.
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
Gosto de livros que retratam a
realidade, mesmo que possa ter algo de ficção para complementar o enredo. A
vida traz situações inusitadas, trágicas, surpreendentes, enfim, várias
surpresas, que podem ou não serem boas. E ao meu ver, devemos aprender com essas
lições de vida. E é isso que a autora mostra no livro: momentos de vida dentro
do trem ou na plataforma do metrô.
As histórias enveredam por vários
assuntos e sentimentos do cotidiano mesmo, porém trazem um quê de aprendizado.
O leitor pode assimilar através dos contos/crônicas, experiências, talvez nunca
vividas por ele, entretanto, que poderão acontecer em qualquer momento e isso
que traz credibilidade ao trabalho: poder nos identificarmos com as personagens.
Não sei se já comentei em algum
momento por aqui, caso não, comentarei agora: gosto de observar as pessoas e
seus comportamentos. E gosto de anotar as reações e respostas pessoais de cada
uma delas através dos estímulos naturais que recebem. Quando morava em
Maceió/AL, teve uma época que trabalhei no interior e quando regressava do
trabalho, tinha que atravessar um shopping para pegar o ônibus de linha para
casa e aí... tinha o hábito de sentar na praça de alimentação, em uma mesa bem
na saída da escada rolante, apenas para observar as pessoas e era fantástico.
Anotava tudo. Nem preciso dizer que perdia a hora várias e várias vezes para
chegar em casa, né? Mas isso é assunto para outro momento, o que quero dizer
com isso é que me identifiquei totalmente com os textos e as observações da
autora.
É um livro real e ao mesmo tempo, que
serve de entretenimento. Muito bem escrito e com a linha de pensamento que
coaduna com a escrita versátil da autora.
Vale a pena a leitura!
Recomendadíssimo!
NOTA : 5,00 de 5,00
SOBRE O AUTORA:
É mineira, mas vive em São Paulo. Aos
34 anos é formada em jornalismo, pós graduanda em Literatura Brasileira.
Escritora de romances, contos e
poesias, venceu diversos concursos literários.
Trabalhou com assessoria de imprensa
e comunicação digital, atualmente se dedica exclusivamente a literatura.
Exemplar cedido pela autora.
CHEIRINHOS
RUDY