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18/09/2018

RESENHA #54 - “A LINHA AMARELA DO METRÔ” (LITERATURA NACIONAL) - VIVIANE SANTYAGO


LIVRO: “A LINHA AMARELA DO METRÔ” (LITERATURA NACIONAL)
AUTORA: VIVIANE SANTYAGO
EDITORA: TELUCAZU EDIÇÕES
PÁGINAS – 116
  EDIÇÃO 2018
CATEGORIA: LITERATURA BRASILEIRA
ASSUNTO: CONTOS/CRÔNICAS NACIONAIS
ISBN: - 978-85-6970-812-4


CITAÇÃO:

“Tenho andado diariamente por esta Linha Amarela, às vezes fica cinza de tanta gente, a plataforma me mostrou que as pessoas são cinza quando amontoadas, e assim estando perdem o brilho, a cor, o eu, e ficam da cor do concreto.” (pág. 36)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Plataforma do túnel do metrô e as pernas de alguém, aparentemente masculina.
Não é uma foto cheia de glamour, entretanto, descreve o local onde as histórias do livro se passam.
Design de capa: Helena Dias.

NOTA: 4,00 DE 5,00

-DIAGRAMAÇÃO:


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As folhas são amareladas com letra pretas medianas e algumas ilustrações.

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Conteúdo: dedicatória; sumário; prólogo; e, trinta e dois contos/crônicas, com títulos e alguns com ilustrações.
Ilustrações: Lucilene Girondi.

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Diagramação: Pablo Madeira.

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NOTA: 4,70 DE 5,00

- ESCRITA:

A narrativa é intercalada com textos narrados em 3ª pessoa desconhecida, 3ª pessoa conhecida e 1ª pessoa.
Os textos são explicativos e alguns, subentendidos que faz o leitor refletir.
A linguagem é bem popular, facilitando o entendimento.
Revisão: Danielle A. Santos.

NOTA: 4,70 de 5,00


CITAÇÃO:

“Se eu fosse filosofar aquela pergunta a meu sonho de ter sido aeromoça, a gravidez precoce, o abandono do marido, a desistência da faculdade, poderíamos ficar até amigos íntimos, mas opto pelo não.” (pág. 76)

SINOPSE:

“Uma criança perdida em uma plataforma em movimento, assim como milhares de brasileiros que caminham pelo mundo particular criado por Viviane Santyago.
A dor, fome, alegria, ódio, ganancia e simplicidade de um povo que tem pressa em chegar, por vezes, nem se sabe onde.
A Linha Amarela do Metrô trata-se de uma obra ficcional, mas seu realismo é incômodo, a impotência e omissão deixada no leitor em cada texto pedem minutos de reflexão, de uma tentativa fracassada de perdão.
Diante de tanta humanidade repelida sob as paredes de uma estação, retratada aqui como o mundo, a autora trás a tona a sensibilidade e nobreza encontrada em alguns singulares. Singulares estes, se fizeram necessário ser contados.”


CITAÇÃO:

“Tirem todos os espelhos da casa. Enquanto não respeitarem esta face enrugada, não os quero aqui.” (pág. 113)

RESUMO SINÓPTICO:

A autora retrata alguns episódios observados na LINHA AMARELA do metrô, conhecida como Linha 4 que iniciou seu sistema de operação em maio de 2010 e é administrada pela concessionária Via Quatro, responsável pela manutenção e operação da linha. Tem 12,0 quilômetros de extensão em operação, que percorre onze estações, ligando a região Luz, no centro de São Paulo, ao bairro da Vila Sônia, na zona sudoeste.
A linha Amarela do metrô é um país e pode ser encontrado um mito de tradições e sotaques que se misturam com a mesma velocidade em que o trem roda.
E é nesse cenário que a autora descreve vários fatos e acontecimentos, com pessoas diversas.


ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:


Gosto de livros que retratam a realidade, mesmo que possa ter algo de ficção para complementar o enredo. A vida traz situações inusitadas, trágicas, surpreendentes, enfim, várias surpresas, que podem ou não serem boas. E ao meu ver, devemos aprender com essas lições de vida. E é isso que a autora mostra no livro: momentos de vida dentro do  trem ou na plataforma do metrô.
As histórias enveredam por vários assuntos e sentimentos do cotidiano mesmo, porém trazem um quê de aprendizado. O leitor pode assimilar através dos contos/crônicas, experiências, talvez nunca vividas por ele, entretanto, que poderão acontecer em qualquer momento e isso que traz credibilidade ao trabalho: poder nos identificarmos com as personagens.
Não sei se já comentei em algum momento por aqui, caso não, comentarei agora: gosto de observar as pessoas e seus comportamentos. E gosto de anotar as reações e respostas pessoais de cada uma delas através dos estímulos naturais que recebem. Quando morava em Maceió/AL, teve uma época que trabalhei no interior e quando regressava do trabalho, tinha que atravessar um shopping para pegar o ônibus de linha para casa e aí... tinha o hábito de sentar na praça de alimentação, em uma mesa bem na saída da escada rolante, apenas para observar as pessoas e era fantástico. Anotava tudo. Nem preciso dizer que perdia a hora várias e várias vezes para chegar em casa, né? Mas isso é assunto para outro momento, o que quero dizer com isso é que me identifiquei totalmente com os textos e as observações da autora.
É um livro real e ao mesmo tempo, que serve de entretenimento. Muito bem escrito e com a linha de pensamento que coaduna com a escrita versátil da autora.
Vale a pena a leitura!
Recomendadíssimo!

NOTA : 5,00 de 5,00

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SOBRE O AUTORA:

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É mineira, mas vive em São Paulo. Aos 34 anos é formada em jornalismo, pós graduanda em Literatura Brasileira.
Escritora de romances, contos e poesias, venceu diversos concursos literários.
Trabalhou com assessoria de imprensa e comunicação digital, atualmente se dedica exclusivamente a literatura.

Exemplar cedido pela autora.

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