LIVRO: “CLARICE SABE VOAR” (LITERATURA NACIONAL)
SÉRIE: “O TUNEL DO TEMPO”
VOLUME 1
AUTORA: ADRIANA VARGAS
EDITORA: MODO
PÁGINAS – 64
1ª EDIÇÃO 2013
CATEGORIA: LITERATURA BRASILEIRA - CONTOS
ASSUNTO: ROMANCE SOBRENATURAL
ISBN: - 978-85-65588-48-5
CITAÇÃO:
“-Tem chá fresco no bule da cozinha, a La Mère Poulard sob a
mesa. Não sei se você gosta, mas é a única que tenho comido ultimamente. Acabou
a grana, sabe...” (pág. 19)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Uma mulher (apenas a sombra) em uma rua que tem ao fundo a
Torre Eiffel, fundo todo marrom.
Capa: Denis Lenzi.
NOTA: 5,00 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
As folhas são amarelados com letras pretas na média. Algumas
ilustrações.
O livro é de bolso.
Conteúdo: conto; conheça outros livros da autora; e,
biografia.
Ilustrado e colorido: preto e branco.
NOTA: 5,00 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em primeira pessoa feita pela protagonista com alguns diálogos
complementares.
Linguagem de fácil entendimento e com linguagem um pouco
mais clássica e alguns termos em francês.
Revisão: Adriana Vargas.
NOTA: 5,00 DE 5,00
CITAÇÃO:
“Novamente ele me puxou com a cabeça dentro de seu casaco,
saindo eu, daquele depósito feito um zumbi. Quando percebi meus pés na calçada
novamente, minha cabeça ainda estava no mesmo lugar, então...” (pág. 30)
SINOPSE:
“Aprendendo a lidar com a vida após ter acordado do coma,
Clarice se esbarra em um homem sexy e intrigante enquanto divagava pelas ruas.
Um novo relacionamento pra lá de excêntrico está por vir ou não passa de mais
uma ilusão de ótica? Não percam o primeiro volume dos contos sobre os
personagens da obra O Túnel do Tempo.
Prequel do livro O Túnel do Tempo.”
CITAÇÃO:
“Foi embora novamente de minha vida, sem que eu pudesse ao
menos lhe dar um abraço. E foi neste exato momento que despertei. A claridade
do dia novo invadia meu quarto solitário como algo sagaz e necessário. Olhei o
relógio que jazia no criado-mudo, e algo me dizia que tudo não havia passado de
um sonho.” (pág. 43)
RESUMO SINÓPTICO:
O livro é um prequel = obra sequencial que narra as origens
da história da série O túnel do tempo da autora.
Fala sobre a personagem CLARICE que acorda após um coma e
ainda se encontra um tanto aérea, sem entender bem alguns acontecimentos. Sentia-se ‘perseguida’ por alguém, porém não
via ninguém... Em dado momento um homem a aborda na rua dizendo que ela precisa
ajuda-lo, que não tem para onde ir, não pode ir para hotéis e precisa
descansar.
Após muita insistência, ela acaba cedendo e recebendo o
estranho em sua casa. A convivência entre os dois é breve e o estranho a salva
algumas vezes até o momento de partir e permitir que ela descubra quem
realmente ele é...
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
Fazia alguns anos que não lia nada da autora e querida
Adriana Vargas, havia até me esquecido o quanto seus escritos são envolventes e
fascinantes. Pena que o livro é curtinho e apenas um prequel, mas dá para
sentir o quanto a história original é carregada de suspense e mistério, além de
totalmente envolvente.
Em uma ambientação tendo Paris e toda sua beleza,
encontramos uma protagonista tentando se readaptar a vida após ter sofrido com
um coma que a deixou entre a vida e a morte e com isso, seres do outro lado a
estão perseguindo. Um história fantástica deliciosa de ser lida.
Não dá para falar muito, porque o livro é curtinho.
Recomendo muito para quem gosta de um bom romance
sobrenatural. Aqui é apenas um conto, mas quem se interessar, tem toda uma
série.
NOTA : 5,00 DE 5,00
SOBRE O AUTORA:
Nascida em 27 de dezembro em Anápolis, Goiás, veio para Mato
Grosso do sul ainda pequena. Começou a escrever desde que aprendeu a ler, pois
seus pais compravam enciclopédias infantis ilustradas para incentivar seu gosto
pela leitura, enquanto as crianças brincavam no quintal.
Imaginava histórias que nunca viveu e as passava para o
papel. Esses escritos, porém, eram escondidos debaixo do colchão. Ao serem
revelados, venceu o seu primeiro concurso literário aos oito anos de idade,
representando seu estado em nível nacional, o que lhe deu a segunda colocação
no Concurso Mirim, realizado em 1978. Aos treze anos escreveu seu primeiro
romance.
No ano de 2000 entrou para a Academia de Direito pela
Universidade UCDB, sendo uma das alunas mais aplicadas do curso. Apaixonada por
leitura filosófica, procurava por obras de autores como Platão e Hanna Arendt.
Encantou-se com os Iluministas e as histórias das antigas civilizações.
Participou de projetos, como o incentivo às cooperativas.
Dia 10 de Novembro estará recebendo o prêmio INTERARTE, em
Goiânia, pelo destaque nacional de seu livro O OITAVO PECADO. Tendo seu nome
reconhecido e destacado em placa num museu ligado à arte e cultura na Áustria.
Fez Direito pelo senso de justiça que a alimenta e sempre
haverá alguma lacuna em suas obras para ressaltar as misérias sociais e a busca
por mobilização.
Julga-se morta quando se encontra em estado de falta de
inspiração. Pretende escrever como amadora durante toda a sua vida, pois
somente desta forma consegue se encontrar livre em sua escrita, escrevendo como
quer e quando quer, como um mero desabafo do eu interior.
Hoje afastou-se das práticas forenses, buscando novos
desafios, tendo uma parte de seu tempo dedicado arduamente aos seus livros e
leituras de livros como filosofia, sociologia, civilizações antigas e ao
trabalho que desenvolve em prol dos novos autores no Clube dos Novos Autores,
onde é coordenadora geral.
A sua contribuição para com a literatura brasileira é
ressaltar os valores escondidos longe da hipocrisia. Fala dos sentimentos como
são e da vida como é. Nas entrelinhas de seus escritos estarão ressaltados os
valores esquecidos pela marcha do capitalismo emergente.
Todos os seus trabalhos são palpados em pesquisa de campo
junto à realidade dos comportamentos e traços característicos do que escreve,
convivendo com as pessoas e situações. Questionadora por natureza, está sempre
em busca de respostas.
Tem o ímpeto atrativo em escrever livros inspirados em
acontecimentos verídicos.
Adriana desenvolveu um estilo literário ímpar, seus livros
são marcados por singularidade e inovação linguística. A escritora encabeça a
lista de traços inéditos à literatura nacional. O fluxo da consciência indefine
as fronteiras entre a voz do narrador e a das personagens, de modo que reminiscências,
desejos, falas e ações se misturam na narrativa num jorro desarticulado,
descontínuo, que tem essa desordem representada por uma estrutura sintática
caótica. Assim, o pensamento simplesmente flui livremente, pois as personagens
não pensam de maneira ordenada, e sim, conturbada e desconexa, ou seja, é a
espontaneidade da representação do pensamento das personagens que caracteriza o
caos de tal marca literária.
Aprecia a escrita de romances e discurso interior. Seus
livros possuem o dom de nascerem viscerantes – em pouco tempo o leitor torna-se
íntimo de suas personagens, criadas com o afã de cavar, no fundo do âmago, o
sentimento capaz de dominar, jogar os leitores entre as suas palavras, em uma
entrega não somente infinita, mas de profundidade. Este é o modo como vive e se
relaciona com a vida.
Com participações e menções honrosas em vários concursos
literários, acredita neste caminho para galgar as escadas tão dificultosas em
um país cuja leitura ainda é um desafio.
Exemplar cedido pela autora.
CHEIRINHOS
RUDY