LIVRO: “AQUELES QUE ABANDONAM
OMELAS”
AUTORa: URSULA K. LE GUIN
EDITORA: MORRO BRANCO
PÁGINAS –21
CATEGORIA: CONTOS/LITERATURA
ESTRANGEIRA
ASSUNTO: FICÇÃO/FANTASIA
ISBN: - 978-85-9279-591-7
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
A capa é azul, com um figura
masculina como se tivesse observando uma cidade ao fundo com uma lua no céu.
NOTA: 4,80 DE 5,OO
-DIAGRAMAÇÃO:
Como é um conto, a história é toda
corrida e não há divisões.
NOTA: 4,80 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em
primeira pessoa desconhecida.
A linguagem é um tanto poética e
de fácil entendimento.
NOTA: 4,80 DE 5,00
CITAÇÃO:
“[...] Mas, nem pastores dóceis,
bons selvagens, utópicos mansos. Nas não havia nenhum rei. Eles não usavam
espadas ou mantinham escravos. Não eram bárbaros. Não conheço as regras e leis
de sua sociedade, mas suspeito que eram consideravelmente poucas. Assim como
passavam bem sem a monarquia e a escravidão, iam em frente sem a bolsa de
valores, a publicidade, a polícia secreta e a bomba. Ainda assim, repito: não
eram pessoas simples, nem pastores dóceis, bons selvagens, utópicos mansos. Não
eram menos complexos do que nós. O problema é que temos o péssimo hábito,
encorajado por pessoas pedantes e sofisticadas, de considerar a felicidade uma
coisa um tanto idiota. Apenas a dor é intelectual, apenas o mal, interessante.
Eis a traição do artista: a recusa em admitir a banalidade do mal e o terrível
fastio da dor. Se você não pode com eles, junte-se a eles. Se doer, repita. Mas
louvar o desespero é condenar o prazer, abraçar a violência é perder o controle
de todo o resto. Quase perdemos o controle; não podemos mais descrever um homem
feliz, nem celebrar a alegria de qualquer maneira. Como posso falar sobre as
pessoas de Omelas a vocês¿ Elas não foram crianças ingênuas e alegres, embora
suas crianças sejam de fato, alegres. Eram adultos maduros, inteligentes, apaixonados,
cujas vidas não foram desgraçadas.” (págs. 03/04)
SINOPSE:
“"Aqueles que abandonam
Omelas" é ambientado em uma cidade onde a felicidade de todos depende da
infelicidade de uma criança, presa na sujeira, escuridão e miséria. Até quando
isso pode durar?”
RESUMO SINÓPTICO:
Omelas parece uma cidade de contos
de fadas, um lugar distante e criada há muito tempo, um mundo de fantasias onde
todos são felizes porque a felicidade é baseada em um discernimento justo sobre
o que é necessário, o que não é necessário nem destrutivo, com luxo, conforto,
de acordo com sua vontade, inclusive andar sem roupas, fazer sexo e todo
conforto necessário.
Mas como pode existir um lugar
assim¿ Tudo depende da infelicidade de uma criança...
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:
Tive acesso a esse conto através
do Projeto Cápsula da Editora Morro Branco, que traz alguns contos de alguns
autores famosos. Acho um projeto sensacional, porque proporciona boa leitura
para quem não tem acesso a livros e/ou para poder ter uma noção da escrita dos
autores. Quem tiver interesse, basta acessar o link: https://editoramorrobranco.com.br/projeto-capsula/
O conto apesar de curto, traz um
início bem ficcional mesmo, onde um local tudo é perfeito, as pessoas são livres,
sem governantes para mandar ou dominar, onde se tem todo luxo e conforto e toda
felicidade necessária.
Na metade do conto acabamos entendendo
porque tudo isso é possível... Bem como percebemos o potencial da autora em
mostrar as questões sociais e filosóficas, e, que mostra toda uma reflexão e
questionamentos interiores para pensarmos sobre a felicidade.
Conto muito bem escrito e que recomendo
para quem gosta do estilo.
NOTA : 4,40 DE 5,00
SOBRE AUTORA:
Ursula Kroeber Le Guin, nascida
Ursula Krober (Berkeley, Califórnia, Estados Unidos, 21 de Outubro de 1929 —
Portland, Oregon, 22 de Janeiro de 2018), mais conhecida como Ursula K. Le Guin
ou Ursula Le Guin, foi uma escritora, ficcionista, tradutora, poetisa, ensaísta
e editora literária estadunidense. Em seus mais de cinquenta anos de carreira
profissional, Le Guin publicou mais de cem obras, entre mais de cinquenta
romances e dezenas de contos, ensaios e poemas. Seus trabalhos constantemente
orbitam o gênero da ficção em seus mais diversos contextos e nuances, incluindo
obras renomadas de ficção científica e de fantasia. A maioria de suas textos
são ambientados em mundos alternativos e/ou secundários, e abordam questões
complexas ligadas à política, filosofia, psicologia, etnografia, biologia,
religião, antropologia e sexualidade e gênero. Em última análise, sua obra está
repleta de referências às convicções feministas, anarquistas e taoístas da
autora.
CHEIRINHOS
RUDY