LIVRO: ”LÉGUAS DA DESCOBERTA”(LITERATURA NACIONAL)
AUTOR: CLÁUDIO GUILHON
PELO ESPÍRITO RITA DE CÁSSIA
EDITORA: JAGUATIRICA
PÁGINAS –286
1ª EDIÇÃO 2017
CATEGORIA: LITERATURA NACIONAL
ASSUNTO: ESPÍRITA
ISBN: - 978-85-5662-093-4
CITAÇÃO:
“Duramin era uma comunicante direta com o mundo dos
espíritos, que a acompanhavam desde a infância. Na realidade, ela fora
preparada nas zonas espirituais para exercer um mandato de intercomunicações
entre os espíritos e os homens de boa vontade, ou seja, que além do respeito
com as religiões alheias, são aqueles que tendem a alavancar a humanidade em
seus destinos construtivos. [...]”(pág. 31)
“Afinal, tudo começou com o Divino Mestre elogiando aquele
país, que no futuro seria pátria do evangelho, coração do mundo. Que Deus seja
louvado pelas suas obras infinitas.” (pág. 65)
“Essa história de amoré e ódio, voltando ao cenário
terrestre, toma como ponto de partida o amor fragmentado de uns pelos outros
que foram vítimas dos seus próprios orgulhos e vaidades. Nessa trama não há
vencidos ou vencedores, apenas amor, dádiva de Deus aos seus semelhantes que, em
aprendizagem, será capaz de uni-los e resgatá-los para o início de uma nova
trajetória. E nós, simples servidores de Cristo, fomos escalados para
acompanhar, receber e doar todas as complacências que o Nosso Senhor Jesus
Cristo nos concedeu.” (pág. 109)
“-Bem, meu pai, uma coisa aprendi: não existe bem maior que o
amor a Cristo. A partir de agora, Ele será meu guia e conselheiro. Nunca
deixarei este amor se afastar de mim. Assim prometo, assim eu confirmo as
minhas palavras.” (pág. 279)
ANÁLISE TÉCNICA:
-CAPA-
Uma caravela singrando o mar com montanhas e vegetação nas
margens e por do sol ao fundo.. É uma fotografia linda!
Feita por 54 Design.
A capa é belíssima e retrata uma parte da história do livro.
NOTA: 5,00 DE 5,00
-DIAGRAMAÇÃO:
Páginas amareladas com letras pretas
um pouco acima da média que facilitam a leitura.
Conteúdo: sumário; introdução;
capítulos sem numeração e com títulos em negrito; consequência; novas
revelações; outras considerações; pós-fim; comentários I; e, comentários II.
Feita por
Nathalia Amaral.
NOTA: 5,00 DE 5,00
- ESCRITA:
A narrativa é descritiva em 3ª pessoa
pelo espírito Rita de Cássia que relata de forma explicativa os fatos do
passado que culminaram no encontro do presente; diálogos dinâmicos e
imprescindíveis.
Foram encontrados alguns erros
ortográficos, principalmente de separação de palavras, mas nada que interfira
no entendimento do enredo.
Revisão feita por Evaldo Reis e José
Fontenele.
NOTA: 4,80 de 5,00
CITAÇÃO:
“[...] É assim que acontece com as
sociedades sem líderes religiosos sensatos, sem moral e sem razão de ser,
deixando a ilusão comandar seus atos. [...]” (pág. 144)
“Como neste caso, tudo dependeria, no
final, da vontade de cada um através do contato íntimo de seus pensamentos
perdoar e amar uns aos outros. [...]” (pág. 155)
“A riqueza transmitia poder sobre os
outros e fama para a sociedade europeia. Nos dias atuais, além desses
predicados, a Cida na cidade tornou-se mais cheia de prazeres rápidos e sem
noção, o que leva o ser humano a um imenso abismo entre o seu eu e a realidade
que teima em se apresentar à sua frente. Nestas circunstâncias, a lei do perdão
e do amor ao próximo tende a ser posta de lado em favor dos prazeres que a vida
moderna passa a oferecer. [...]” (pág. 156)
“[...] Os planos do Mestre são para
salvar os pecadores e enterrar o pecado, eis o objetivo da evolução moral.
[...]” (pág. 165)
“-[...] Para nós a riqueza está nesta
natureza bela e perfeita, nos rios, no mar e no céu unindo as estrelas. Nosso
coração não é egoístas, só queremos ter filhos e criar famílias. Deixem estas
riquezas de lado e nos sigam na simplicidade da vida, assim vocês poderão
encontrar a paz que tanto vocês, homens de guerra, desejam.” (pág. 196)
SINOPSE:
“Em 'Léguas de descoberta', o
terceiro romance psicografado por Cláudio Guilhon e narrado pelo espírito Rita
de Cássia, acompanhamos exploradores espanhóis desbravando um novo país: o
Brasil. Na caminhada, uma dupla de escravos africanos e uma índia se juntam ao
grupo, mas não por acaso. A espiritualidade juntou aquelas almas com o objetivo
de que, próximas, consigam ultrapassar seus desafios pessoais em busca do
aperfeiçoamento divino. Solidariedade, intrigas, investigação, mortes,
surpresas, caridade e amor acompanham o grupo na jornada pelo território
desconhecido.”
CITAÇÃO:
“- Deixem-me concluir minha vingança.
– Disse ele.
- Vingança não leva a nada, retorne
para a vida que Cristo pregou, ajude seus irmãos.” (pág. 210)
“ – Louvado seja o Senhor que nos
guia, nos dá certeza de que um dia seremos homens de boa vontade.” (pág. 216)
“O porto seguro, sem dúvida, são os
ensinamentos do Pastor de almas que veio nos ensinar o quão é importante o amor
do nosso Pai para com todos. Para Ele, o fato de estarmos na infância da
humanidade significa mais cuidados com os sofredores e aflitos. Que assim seja!”.
(pág. 221)
“Assim lavava-se a honra da tribo:
praticando o ritual de morte. Após a matança ou captura de inimigos, cruzavam
as lanças por todo o corpo da vítima até atingir os órgãos vitais. [...]”(pág.
226)
“Após uma intensificação maior da
luminosidade, um doce perfume invade o ar onde se travava a batalha invisível.
Logo Portarcos e Restritos caem em choro compulsivo e são abosdados por vários
espíritos de luz que os consolam e lamentam o estado em que se encontram.
-Deixem-se amar, nós temos o bálsamo
para vocês, as palavras de Jesus, que dizia “Ame o seu próximo como a si mesmo”.”
(pág. 230)
RESUMO SINÓPTICO:
No ano de 1638 Portugal e Espanha
disputavam o descobrimento de novas terras, oq eu trazia inimizade entre as
nações.
No dia 18 de fevereiro uma excursão
com uma comitiva de dez navios, parte em
direção ao Atlântico Sul sob o comando de Diogo Álvares, contratado a peso de
ouro para comandar a expedição portuguesa às terras do Brasil a bordo da nau
Aragosa.
A frota foi financiada pelo governo
maltês em conjunto com os holandeses e abençoada pelo Bispo de Castela. No
grupo havia um jovem de descendência espanhola chamado Rubenito com apenas 18
anos e partia com o sonho de arrumar dinheiro e fortuna fáceis. Ao seu lado,
como companheiro de viagem, vinha de áreas europeias do norte o jovem Ruan
Bravi com 22 anos e que havia sido apunhalado pelo próprio irmão quando tinha
apenas 13 anos.
A viagem tem início e ao chegarem
próximos das terras que achavam ser o Brasil, a comitiva se depara com uma
grande tempestade que muda o curso da nau e vão parar em uma terra que não está
nos mapas cartográficos da época, acharam que estavam em terras africanas.
Diogo Álvares mandou que três canoas
fossem à terra descobrir se existia civilização. Após três dias chega a notícia
que encontraram remanescentes da tribo Mabeube, uma aldeia africana de tantos
cultos religiosos considerados hostis. Um casal de negros é levado a bordo,
porém ninguém conseguia comunicação com eles e por causa dos pássaros os
nomearam Aramim para o homem e Duramin para a mulher.
A viagem retoma onde havia a
instrução dos reis de Castela para explorar o solo brasileiro e descobrir novas
terras e riqueza com destino ao Atlântico Sul. Chegaram a formação de três
pequenas ilhas, já demarcadas pelo cartógrafo em viagem anterior, que apelidou
o local de Ilha Grande, Dos Prazeres, Das Alegrias, Dos Derradeiros.
O Aragosa acaba encalhando na costa
do Sul do Brasil, nos arrecifes do arroio. As demais naus acabam se afastando
do curso e continuaram a viagem ainda mais para o sul. Nesse meio tempo Duramin
acorda de um sono intranquilo, onde tinha tico um mal pressentimento. Tentou
repassar a mensagem para Diego que não acreditou nas palavras da negra, disse
que ela não sabia de nada e só trazia mau agouro.
Enquanto os reparos eram feitos na
Aragosa, uma comitiva desce para terra com Rubenito, Ruan, o padre, os negros e
outros homens. Foram explorar o local e trazer mantimentos, pois já estavam no
fim. Acabam se deparando com a índia Aluê que encanta Rubenito. Através de
pequenos presentes dados para tribo de Aluê, eles conseguem um tesouro em ouro
e pedras o que fascina Rubenito e Diego Álvares que querem ir em busca de
mais...
O que não sabiam é que o destino
deles já estava traçado pelo mundo espiritual e assim começam uma ventura
inimaginável para resgate dos erros do passado. Ao mesmo tempo o próprio plano
espiritual travava também uma guerra entre o bem e o mal...
CITAÇÃO:
“Passaram várias horas até o sol
nascer, Aramin não conseguia dormir e a nova situação trazia mais
responsabilidade para ele, mas o amor não tem fronteiras; quando ele atinge os
corações apaixonados, nada impede das almas se unirem. Com as bênçãos de Deus a
humanidade progride para o amor a Ele e aos semelhantes.” (pág. 241)
“Numa passagem do Evangelho, Cristo
se referiu: “a todo aquele que se dedicar aos negócios do Pai, será dado o
cêntuplo de bênçãos de retorno”.[...]”(pág. 248)
“-Deixem a voz de Deus falar, e não
me interrompam. Por certo, durante milhares de anos, os povos vêm divergindo um
dos outros. Chego a pensar o que seria da humanidade se não houvesse o amor que
o Divino Mestre propagou, a caridade, o respeito mútuo; certqamente estaríamos
em um lixo, num buraco sem fim. Mas Ele veio e trouxe o recado que deveríamos
nos amar uns aos outro e respeitar sem cobranças. [...]”(pág. 264)
“-Nunca imaginei isto, mas sinto que
aqui se inicia uma nova história do bem contra o mal, onde o primeiro suplantou
o segundo. Daqui para a frente não duvidarei da bondade divina, erguerei a luz
do Mestre ao ponto mais alto da minha emoção. Não deixarei nunca de acreditar
que o amor suplanta qualquer ódio ou pecado. Ficarei atento a todos que com seus
destinos influenciarão vidas alheias, que com um toque do que o divino Mestre
ensinou, tudo se transformará.” (pág. 272)
“Assim ocorre nas famílias de sangue,
ou de trabalho, ou de convivência comum. Almas, já adestradas e evoluídas,
confiadas para a missão do amor, levam pesados fardos, na maioria das vezes,
com a finalidade de trazer o Cristo ou o amor aos seus pares. Com isso, a
humanidade vai progredindo, pedindo e clamando por mais justeza na relações,
caindo e se levantando, pedindo e orando ao nosso Mestre maior para que um dia
tenha finalmente chegado ao que o Mestre anunciou: “Chegarás a mim pelo teu
esforço, e terás um lugar no paraíso”.[...]”(pág. 277)
ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTOR:
Como podem observar, marquei várias
citações e já deu para notar que a leitura foi agradável e de grande
aprendizado, não apenas em termos espirituais, como em termos históricos
também.
Todo cenário é muito bem ambientado e
traz a história verdadeira entre as disputas de terras por Portugal e Espanha
daquela época, para adentrar no verdadeiro enredo do livro, que traz a história
de resgates espirituais das personagens principais. Eles viveram contendas,
traições e litígios em vidas anteriores e voltaram para resgatar o perdão, a
união e o amor.
Independente da crença religiosa de
quem está lendo essa resenha, devo dizer que apesar do livro ser psicografado,
a maior lição do livro é o grande amor de Deus e de Jesus por todos nós e que
devemos seguir o exemplo Deles, praticando o perdão e cultivando o amor pelo
próximo.
A lição maior é deixarmos a ambição,
a inveja, o desejo material, pelo prazer de apreciar a simplicidade da
natureza, de apreciar o que a natureza nos proporciona de bom grado, do amor ao
próximo sem esperar nada em troca...
Através de um enredo bem
contextualizado e com personagens bem definidos, podemos apreciar o desejo
pessoal ser suplantado e superado pelo amor verdadeiro.
O livro é tocante e traz grande
questionamento pessoal sobre nosso pensamento e comportamento diante de
diversas situações que se apresentam. O livro traz uma grande transformação
interior e uma perspectiva de que apesar de qualquer erro que tenhamos
cometido, temos sempre a oportunidade de nos redimirmos e crescermos como
pessoa e adquirirmos a evolução espiritual.
Preciso ainda comentar que o livro
tem muita ação e que o final traz uma reviravolta inesperada e surpreendente.
Recomendo a leitura para todos e que
ao lerem, tenham o coração aberto para absorver os ensinamentos transmitidos das
palavras abençoadas transmitidas pelo espírito de luz que conduziu o escritor à
escrita do livro.
NOTA : 5,00 de 5,00
SOBRE O AUTOR:
Cláudio Guilhon, natural de Belém
(PA), é médico especialista em Oftalmologia e Medicina do Trabalho. Em 2010
iniciou o estudo da doutrina Espírita e desenvolvimento da mediunidade no
Centro Espírita Yvon Costa, no qual exerce suas atividades mediúnicas até os
dias de hoje. Publicou 'Luzes no passado' (2016) e 'Tramas do Vesúvio' (2016),
também narrados pelo espírito Rita de Cássia.
Cortesia cedida pelo autor através da Oasys Cultural.
CHEIRINHOS
RUDY
Eu não curto muito o gênero...
ResponderExcluirJá tentei ler um livro espírita, por curiosidade, mas não consegui termina-lo... É uma estranheza, Acho q pelo fato de eu não acreditar nas palavras...não sei bem.
Eu não conhecia o livro, mas fiquei interessada.
ResponderExcluirApesar de cristã, gosto de livros que falam sobre o amor de Deus, e a importância do perdão. E, claro, o melhor: colocarmos os dois em prática.
bjs
Ola Rudy!!! Não conhecia esse livro, não sou muito de livro livros desse genero, gostei das citações que vc expôs, mas não é livro que pegaria para ler!!!
ResponderExcluirOlá Rudy!
ResponderExcluirNão conhecia esse livro e muito menos o autor, gostei do livro tem uma premissa muito boa, porém não é muito meu gênero de leitura.
Gosto de livros espíritas e esse tem um pano de fundo interessante com a disputa das terras por Portugal e Espanha. Tudo o que o espírito Rita de Cássia expõe pelas mãos do autor parece ser extremamente interessante para segurar o leitor em cada linha.
ResponderExcluirOi Rudy, tudo bem?
ResponderExcluirNão é bem o tipo de leitura que faço com frequência, mas gostei da sua resenha.
Bjkas
http://www.acordeicomvontadedeler.com/
Gratidão!
ExcluirBoa semaninha!
cheirinhos
Rudy