RESENHA #78 - “NO RITMO DO AMOR" - BRITTAINY C. CHERRY

LIVRO: “NO RITMO DO AMOR"

TÍTULO ORIGINAL: “BEHING THE BARS”

SÉRIE: MUSIC STREET

LIVRO 1

AUTORA: BRITTAINY C. CHERRY

TRADUTORA: NATALIE GERHARDT

EDITORA: RECORD

 PÁGINAS –336

1ª  EDIÇÃO 2018

CATEGORIA: ROMANCE AMERICANO

ASSUNTO: ROMANCE

ISBN: 978-85-01-11339-9

CITAÇÃO:

“[...] Eu não podia ser só uma grande cantora – deveria ser a melhor atriz e a melhor dançarina também. Mais talentos significavam mais oportunidades, mais oportunidades significavam mais fama e mais fama significava que minha mãe talvez se orgulhasse de mim.” (pág. 11)

“-Porque ele fa-fala que a música não deve ficar confinada em um porão. Ela deve ser espalhada pelo mundo para curar as cicatrizes das pessoas ou algo assim. Eu odeio fa-fazer isso.” (pág. 29)

“[...] A música não é algo que você vê, e sim algo que você sente. Música não vê cores. Ela transcende estereótipos. Você vai ser a maior cantora de soul que a humanidade já viu.” (pág. 57)

“A vida, às vezes, era difícil. Mas talvez Deus tenha nos presenteado com a música como se fosse um pedido de desculpas.” (pág. 63)

ANÁLISE TÉCNICA:

-CAPA-

Um casal, ele um homem de cor e abraça ela por trás.

A capa é fidedigna ao enredo do livro, sem contar que é uma capa linda.

NOTA: 5,00 DE 5,OO

-DIAGRAMAÇÃO:

As folhas são amareladas e as letras pretas um pouco acima da média, proporcionando facilidade na leitura.

Conteúdo: dedicatória; dividido em duas partes numeradas e com pensamentos; quarenta e cinco capítulos numerados e o título é o nome do protagonista do capítulo; epílogo; e, agradecimentos.

A diagramação é simples, porém eficiente.

 NOTA: 4,80 DE 5,00

ESCRITA:

A narrativa é em primeira pessoa pelos protagonistas e intercalada, trazendo os pensamentos e sentimentos claros das personagens. Ainda tem diálogos dinâmicos, troca de e-mails.

A linguagem é bem contemporânea e atual, de fácil entendimento.

Achei a forma de comunicação da autora sensacional e envolvente.

Embora a tradução tenha trazido o termo “às vezes”, diversas vezes, o envolvimento é tanto que não atrapalha a leitura.

NOTA: 4,70  DE 5,00

CITAÇÃO:

“-Porque a música conta histórias de um jeito único, e não há erros no jazz, não de verdade, apenas chance de fazer um equívoco brilhar.” (pág. 75)

“-Talvez essa cidade seja a sua nova casa – sugeri. –Talvez sua casa não seja onde você começa a vida, e sim onde você termina.” (pág. 97)

“-A música deve continuar sempre, apesar do coração partido, Elliott. Se ela não continuasse, como as pessoas iriam se curar?” (pág. 131)

“A morte era algo estranho. Você sabia que era triste, entendia que isso trazia tristeza às pessoas, mas nunca compreendia o luto de verdade até que a morte fizesse parte da sua vida. Então, depois de conhece-la, você desejava voltar no tempo para conversar com todas as pessoas que perderam um ente querido e se desculpar por não ter dado a elas aquela dose extra de conforto. Eu não sabia ao certo quem a morte machucava mais – os que partiam ou os que ficavam.” (pág, 147)

SINOPSE:

“Duas almas atormentadas unidas por uma grande paixão: a música

A linda e encantadora Jasmine Greene nasceu para brilhar. Cantora nata, ela cresceu sabendo que tinha vindo ao mundo para ser famosa, pois sua mãe — uma artista frustrada que concentrava na filha todas as suas expectativas — não a deixava se esquecer disso um minuto sequer. A vida da jovem de 16 anos se resume a estúdios, aulas de dança e canto e a inúmeros testes para ser o grande nome da música pop. Ela não tem tempo nem de ir à escola, é educada em casa e sofre com a rotina atribulada. Para Jasmine, o pior de tudo é não poder cantar soul, sua paixão. Mas ela não reclama, porque, na verdade, seu maior sonho é fazer com que a mãe tenha orgulho dela. 

Elliott Adams é uma alma atormentada. Para ele, cada dia é uma batalha a ser vencida. O rapaz tímido, humilde e franzino sofre bullying na escola por causa de sua aparência e por ser gago. Mas ele é mais forte do que imagina e encontrou em seu saxofone uma válvula de escape. Tira todas as suas forças dos acordes de Duke Ellington, Charlie Parker e Ella Fitzgerald, seus maiores ídolos.

Quando Jasmine finalmente consegue a permissão da mãe para frequentar a escola pela primeira vez na vida, sente que ganhou na loteria. Adora estar cercada de pessoas da sua idade, que vivem os mesmos dilemas e questionamentos... ela só odeia ver o garoto mais encantador que já conheceu na vida sofrer na mão dos valentões e fará tudo o que estiver ao seu alcance para mostrar a Elliott que ele não está sozinho.

Aos poucos, esses dois jovens sofredores irão descobrir que têm muito mais em comum do que o amor pela música. Mas será que vão superar as reviravoltas que o destino preparou para eles?”

CITAÇÃO:

“Se você tiver alguém para lhe segurar quando a vida estiver ruindo à sua volta, é uma pessoa muito abençoada.” (pág. 163)

“-Com o tempo e o sofrimento, aprendi a dura realidade da vida: não dava para obrigar alguém a amar você. Não importava quanto se esforçasse. Era impossível obrigar alguém a amar você, a sentir orgulho do que você fazia e a se importar de verdade com você. A única coisa que você realmente consegue controlar é a própria alma. E, com o tempo, somos nós que descobrimos o que faz nosso coração bater.” (pág. 164)

“-Ter o mesmo sangue não torna uma pessoa da família, Branca de Neve. É o amor que faz isso.” (pág. 168)

“-Não me olhe com essa carinha, minha jovem. Está tudo bem – afirmou ele, tentando me consolar. – É a vida. Às vezes você precisa aceitar as coisas.” (pág. 202)

RESUMO SINÓPTICO:

Como a sinopse está bem explicativa, não há necessidade de fazer um resumo do livro.

CITAÇÃO:

“-Ninguém consegue se curar se ficar fingindo que os machucados não existem.” (pág. 215)

“Cada pessoa tinha uma música em sua vida cuja letra era sofrida demais para ser cantada.” (pág. 216)

“-Não tenho como ter certeza – respondeu Laura com sua voz suave. – Mas às vezes preciso mentir para mim mesma para não desmoronar. Às vezes, a mentira é a única coisa capaz de nos tirar da cama todas as manhãs.” (págs. 223/224)

“-Não. Às vezes, as pessoas não precisam de palavras, Elliott. Elas só precisam de espaço para deixar que as emoções falem, precisam de alguém ao lado, como se fosse um lembrete de que não estão sozinhas.” (pág. 249)

ANÁLISE CRÍTICA E DO AUTORA:

Pela quantidade de citações já dá para notar que o livro traz grandes ensinamentos e é o primeiro ponto que destaco.

Já tinha lido um outro livro da autora: “SR. DANIELS” e gostei muito, entretanto, esse... me conquistou totalmente.

Elliot se tornou o crush literário do ano, principalmente na adolescência e depois do reencontro com Jasmine, ele teve um período de transição um tanto ‘negro’ e doloroso, mas nada que afetasse a real personalidade fofa e linda dele. Ficou apenas um pouco mais reservado e solitário. Amei a transformação dele.

E o que falar de Jasmine? Apesar de linda, simpática e de tentar agradar a mãe de todas as formas, foi muito maltratada e sentia-se uma pessoa solitária, sem um porto seguro. Um coração doce e desprendido, apesar de todo sofrimento.

Duas personagens secundárias merecem destaque no livro: o padrasto de Jasmine  e a mãe de Elliot que seres humanos sensacionais, apaixonei por eles.

Troféu A BRUXA DO ANO vai para a mãe de Jasmine, que mulherzinha, ninguém merece ser filha de uma mulher dessas.

Claro que o livro tem lá seus pequenos defeitos, porém nada gritante e por esse fato, favoritei o livro e se tornou um dos melhores do ano. Por quê? Traz assuntos atuais e muito relevantes: bullyng; superação; luto; a questão familiar que mostra que o amor não é apenas consaguíneo, muito pelo contrário, pode-se ter pai e/ou mãe, sem ter sido gerado por eles; música, muita música, sou uma pessoa que acredita que não há como viver sem música e  o livro mostra o quanto ela pode curar as feridas; generosidade; afeto; disciplina; aplicação merecida da lei e claro, o romance. Mostra que quando realmente há amor, dá para superar tudo e ser feliz! E olha que a maior parte do livro é mais voltado para o drama e o romance acaba ficando em segundo plano, vindo à tona quase na terceira parte do livro.

Sei que recomendo demais a leitura.

Aguardando o próximo volume da série.

NOTA : 5,00 DE 5,00*

CITAÇÃO:

“Sempre que eu pensava em lar, não era um lugar que me vinha à cabeça; eram pessoas. Aquelas que nos lapidavam para que nos tornássemos quem deveríamos ser, aquelas que nos amavam, apesar de nossas cicatrizes e que falavam que essas cicatrizes eram lindas. Aquelas que permitiam que cometêssemos nossos próprios erros e que, ainda assim, nos amavam por inteiro.” (pág. 264)

“Ela mentia quando dizia que era feliz, porque isso era mais fácil do que reconhecer a tristeza que a tomava. Às vezes, era melhor mentir a encarar as verdades mais sombrias.” (pág. 272)

“[...] Você é a música em um mundo mudo, e o meu coração bate só porque você está aqui.” (pág. 282)

“[...] A vida era mesmo extraordinária. Às vezes, ela seguia por direções que não poderíamos nunca imaginar. Porém, o mais incrível nos seres humanos é nossa capacidade de nos adaptar a essas mudanças.” (pág. 291)

“-às vezes é difícil ver as coisas com clareza quando já está tão acostumada com a escuridão.” (pág. 305)

“[...] Encerramento não era um final de conto de fadas com despedidas emocionantes. Encerramento nada mais era do que uma pessoa encontrar sua voz, sua força, e aprender a seguir em frente sozinha.” (pág. 332)

“A verdadeira liberdade vinha assim que você aprendia o estágio final do luto: aceitação.” (pág. 334)

SOBRE O AUTORA:

Brittainy C. Cherry é formada em artes cênicas, com especialização em escrita criativa pela Carroll University, em Wisconsin. Quando não está escrevendo, adora brincar com seus bichinhos de estimação. Ela mora com a família em Milwaukee, Wisconsin.

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